61 resultados para Ensino fundamental Financiamento
Resumo:
Este artigo aborda as formulaes que adolescentes, alunos do ensino fundamental, elaboram sobre cor e preconceito, a partir da relao que estabelecem com as msicas que consomem. Nesse sentido, o consumo visto como uma chave para a compreenso desse grupo etrio e de uma das dimenses de sua vida: a leitura que fazem da hierarquia da cor e a forma como se percebem nela. Importa-nos, portanto, perscrutar de que forma a preferncia manifestada por adolescentes que cursam o ensino fundamental permite entrever a relao que estabelecem com esse significante social brasileiro - a cor - e uma das relaes estabelecidas com ele - o preconceito.
Resumo:
Este estudo tem como objeto o Financiamento do Ensino Mdio pblico no Estado do Maranho no perodo de 1996 a 2006 e os possveis efeitos da poltica de focalizao para esse nvel de ensino. Procuramos ao longo desse estudo responder algumas questes: Quais os efeitos da poltica que focalizou os recursos financeiros para o ensino fundamental na manuteno e desenvolvimento do Ensino Mdio, no Estado do Maranho? Quais as fontes de recursos que financiaram a manuteno e o desenvolvimento do Ensino Mdio, no perodo de 1996 a 2006?Quais os valores do custo-aluno-ano do Ensino Mdio no perodo em que a poltica de financiamento priorizou o Ensino Fundamental?O objetivo foi analisar os efeitos da poltica de financiamento que focalizou apenas uma etapa da educao bsica, visando avaliar a pertinncia dessa estratgia na manuteno e desenvolvimento do Ensino Mdio. Para iluminar as nossas reflexes e anlises, numa perspectiva crtica, fizemos uma reviso da literatura sobre Estado, capitalismo e financiamento da educao, de forma especfica das suas configuraes a partir da dcada de 1990. Considerando as particularidades do Ensino Mdio, apresentamos algumas consideraes histricas sobre sua poltica de financiamento. Para a realizao desse estudo realizamos um levantamento dos dados educacionais e financeiros do Estado do Maranho em estudo detalhado de documentos (Balanos Gerais, Demonstrativo de alguns Convnios, Sinopses do INEP e dados do IBGE) ancorados numa perspectiva de pesquisa quantiqualitativa. Os dados revelam aspectos ligados ao valor gasto-aluno do ensino fundamental e mdio; apresentam a relao entre o PIB e os gastos com a educao no Estado; mostram os programas PROMED/Escola Jovem, ALVORADA e VIVA EDUCAO e seu carter transitrio de financiamento do Ensino Mdio a autos custos aos cofres pblicos. Reforando os aspectos da poltica neoliberal implementada na educao brasileira, com destaque a influncia dos organismos multilaterais Os resultados desse estudo revelam, dentre outras coisas, que a poltica de focalizao de recursos para o ensino fundamental deixou rebatimentos danosos a qualidade do Ensino Mdio no perodo de 1996 a 2006 no Estado do Maranho.
Resumo:
A Dissertao trata sobre a poltica salarial dos professores municipalizados do municpio de Tucuru do Estado do Par. Objetiva avaliar a poltica salarial dos professores no contexto da municipalizao do ensino e tenta contribuir com a avaliao da poltica educacional no Par, no perodo entre 1997 a 2008. Procuramos analisar dinamicamente, a poltica salarial face ao carter da poltica educacional do programa de descentralizao, desenvolvido nas reformas do Estado brasileiro, executado pelo Ministrio da Educao, desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Assim, a investigao atentou para modelos de polticas de financiamento de orientao nacional concentrada no MEC. O estudo aponta contradies na relao do projeto nacional de municipalizao com a gesto local em que a poltica salarial dos professores sofre perdas na remunerao. A questo norteadora do estudo acontece frente instigao da existncia de alteraes nos salrios dos professores a partir do momento que foram cedidos da rede estadual para o municpio de Tucurui, local da pesquisa. A partir deste local, analisamos documentos, fatos cotidianos da escola; realizamos entrevistas com os sujeitos da pesquisa como os professores, tcnicos, secretrio de educao e indicalistas do SINTEPP. Ento, o estudo indicou que a poltica salarial dos professores sofreu alteraes; progressiva extino destes da folha ativa de pagamento da SEDUC e marcas de ilegalidade frente ao ato de cedncia ao municpio que nos fizeram observar um modo imposto na conduo da poltica municipalista no Par. No contexto desta poltica avaliamos haver ajustes ideolgicos de cunho conservador e neoliberal concretizados nos acordos entre o governo do Estado e a prefeitura.
Resumo:
Esse estudo apresenta resultados de uma pesquisa que investigou os contratos estabelecidos, no perodo de 2000 a 2008, entre a Universidade Federal do Par (UFPA) e prefeituras do interior do estado do Par, para a oferta de cursos de licenciatura plena, financiado com os recursos do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio (FUNDEF), para os professores das redes municipais de ensino. Para compreender essa problemtica, elaboramos os seguintes questionamentos: Como est estruturada a poltica de financiamento implementada pelo governo federal, para as IFES, ao longo desse perodo, e quais so as suas relaes com a reforma do Estado e da Educao Superior, no pas? Qual a poltica de financiamento do processo de interiorizao da Universidade Federal do Par e qual a sua relao com a poltica de oferta de cursos de contrato? Qual o montante dos recursos pblicos municipais provenientes dos contratos celebrados entre Universidade Federal do Par e as prefeituras do interior do estado, no perodo destacado? Como foram aplicados os recursos advindos dos contratos celebrados entre a Universidade Federal do Par e as prefeituras do interior do estado?Adotamos como metodologia a abordagem quanti-qualitativa e utilizamos dados documentais. Como resultado, percebemos que, a Reforma do Estado, resultante da crise financeira do capital, implicou em reconfiguraes do papel do Estado na educao, especialmente no que tange legislao da educao superior e poltica de financiamento para esse nvel de ensino. Por isso, a universidade pblica brasileira vive uma crise institucional, que se manifesta, especialmente, na estagnao oramentria dos recursos do Governo Federal para sua manuteno. Os recursos disponibilizados pelo fundo pblico federal para custearem as despesas com Educao Superior no tm dado conta da crescente demanda de jovens que buscam esse nvel de ensino. Ficou evidenciado na pesquisa que os cursos de contrato so uma estratgia de qualificao de profissionais locais com complementao de recursos para manuteno dos campi do interior e para complementao salarial dos professores que atuam nesses cursos.
Resumo:
Ao longo de muitos anos os recursos oramentrios destinados s instituies federais de ensino no Brasil vm se tornando cada vez mais insuficientes para a manuteno e o desenvolvimento do ensino. Diante desse cenrio nacional, as IFES foram estimuladas pelo Governo de FHC a buscarem fontes alternativas de recursos em outras empresas pblicas e privadas visando amenizar as crises financeiras por estas enfrentadas. Seguindo o que preceitua a Teoria Contingencial, as organizaes tiveram que se adaptar aos ambientes externos buscando diversos mecanismos de captao de recursos, sobretudo por meio dos rgos de fomento, a UFPA se insere nesse cenrio. Neste estudo analisa-se o financiamento empreendido na UFPA, no perodo de 2005 a 2010. Referimo-nos aos recursos advindos do Tesouro/Ministrio da Educao (MEC), como tambm os recursos oriundos de outras fontes adquiridos por meio de captao externa mediante a contribuio de outros rgos federais e ou empresas privadas. Este trabalho pesquisou os aspectos da contabilidade pblica, especificamente financiamento das IFES, com o foco nas verbas de outros custeios e capital (OCC) da UFPA, excludo o grupo de despesa de pessoal. Para esta anlise, foi adotada uma abordagem qualitativa, caracterizada como uma pesquisa descritiva, realizada mediante anlise de documentos oficiais envolvendo as formas de financiamento na UFPA. Portanto, foram analisadas as condicionalidades financeiras executadas no perodo supramencionado e que envolveram o processo de financiamento dos programas de ensino, pesquisa e extenso, e buscou-se compreender as aplicaes dos recursos resultantes desse processo de financiamento externo como instrumento de diferenciao na UFPA. Deste total de financiamento, 77% representam os Recursos Externos, sendo que a FADESP, gerencia valores bastante considerveis dentro do cenrio de financiamento dos recursos captados, cujos valores vm colaborando para o cumprimento da misso da UFPA, demonstrando com isso, que eles se relacionam e complementam os recursos advindos do Tesouro/MEC. A captao de recursos na UFPA bastante expressiva, porm concentrada na rea da pesquisa cientfica, que embora apresente reflexos positivos na UFPA contribuindo para a pesquisa, extenso e graduao, torna-as dependentes de tais recursos. Sendo assim, ser necessrio constituir uma nova forma de compor as receitas da universidade, captar recursos diretamente na sociedade, diversificando as fontes para que se proporcione suporte econmico instituio, evitando-se com isso que a universidade vivencie sucateamento gradual de sua infraestrutura e obsolescncia de equipamentos, comprometimento de suas aes e, em consequncia, sua sustentabilidade no apenas financeira, mas tambm a econmica, no ficando assim dependente de uma fonte exclusiva de provimento de recursos.
Resumo:
Esta Dissertao objetiva analisar o aspecto normativo do FUNDEF e do FUNDEB com vistas a avaliar possibilidades de colaborao entre os entes federados para o financiamento da educao bsica no Brasil por meio destes Fundos. Para isso, analisamos o processo de formulao do FUNDEF e do FUNDEB com vistas a identificar possibilidades de colaborao entre os entes federados e caracterizamos as possveis formas de colaborao entre os entes federados presentes nas leis que regulamentam o FUNDEF e o FUNDEB. A metodologia de anlise foi qualitativa com aproximaes da anlise do discurso. A discusso foi dividida em trs captulos, no primeiro captulo analisamos os conceitos que se constituem nas categorias de anlise do presente estudo, tais como Federalismo e descentralizao, analisamos ainda a estrutura de financiamento da educao bsica no Brasil, partindo dos anos de 1930, ocasio em que surgiu no Brasil a concepo de Fundos para financiar a educao, contudo, focamos a anlise no FUNDEF e no FUNDEB a partir da contextualizao do perodo da redemocratizao brasileira e da mudana da estrutura federativa proporcionada pela promulgao da CF/88, que possibilitou as bases que norteariam a mudana na concepo do papel do Estado. No segundo captulo, analisamos os processos de formulao e implantao do FUNDEF e do FUNDEB e, dentro desse contexto, as relaes federativas com nfase nas possibilidades de colaborao entre os entes federados decorrentes destes processos no Brasil. Para isso, analisamos os documentos legais citados anteriormente neste texto, que consubstanciaram a criao e operacionalizao de ambos os Fundos. Analisamos ainda dados de matrculas e financeiros, na perspectiva de avaliar as formas de colaborao entre os entes federados, bem como as relaes federativas proporcionadas pela implantao de ambos os Fundos no pas. No terceiro e ltimo captulo, analisamos trs indicadores, surgidos da anlise do processo de formulao e implantao do FUNDEF e do FUNDEB no Brasil, trabalhados no segundo captulo, a saber: (i) coordenao federativa a partir da instituio do FUNDEF e do FUNDEB para o financiamento da educao bsica no Brasil e suas implicaes para a colaborao entre os entes federados; (ii) efeitos da redistribuio dos recursos financeiros proporcionada pelo FUNDEF e pelo FUNDEB nos municpios e Estados brasileiros e a participao da Unio; (iii) efeitos da poltica de financiamento do FUNDEF e do FUNDEB sobre as matrculas da educao bsica em nvel regional e nacional. Conclumos que o FUNDEF focalizou recursos no ensino fundamental, o que acarretou a induo de polticas nos Estados e municpios brasileiros. No contexto do FUNDEB a induo de polticas e aes por parte da Unio para os entes federados permaneceu e se fortaleceu, o que levou a um processo de colaborao regulada pela Unio.
Resumo:
O presente documento atualiza os dados que revelam o perfil atual do ensino fundamental e mdio no Brasil, re-visitando os bancos de dados de instituies oficiais (INEP e IBGE). Ns encontramos coincidncias suspeitas que relacionam concentrao de renda e abstinncia educacional, como combustveis que realimentam o ciclo da misria em nosso pas. Aspectos qualitativos da escola brasileira tambm foram levantados para que pudssemos compreender as dificuldades do fazer educacional no Brasil e acenar com possibilidades concretas de mudana. Ns tambm investigamos, atravs da metodologia de estudo de caso, dois cursos de frias para implementar e avaliar a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). As aulas foram direcionadas a professores e alunos do Ensino Mdio. Atravs da observao direta e de inferncias obtidas a partir de questionrios aplicados a alunos e professores, antes e depois de cada um dos cursos (em 2004 e 2005), mediu-se o impacto da ABP sobre alunos e professores. Os resultados revelaram vrias dificuldades e perplexidades demonstradas por professores e alunos, tais como a dificuldade em relacionar experimentos e contedos dos livros didticos, a abstinncia quase completa em experimentao e sua relao com o Mtodo Cientfico, dificuldades de discernir entre hiptese e fato, etc. A Aprendizagem Baseada em Problemas foi aceita por todos (estudantes e professores) como uma possvel maneira de mudar as aulas de Cincias e a Biologia. Contudo, sua ampla disseminao vai exigir capacitao em larga escala, gesto e liderana para iniciar o processo de mudana, aumentos de salrios, e melhor infra-estrutura das escolas para experimentao. Utilizando metodologias semelhantes ABP, como alternativa para capacitao, as universidades que desenvolvem atividades de pesquisa precisam ser diretamente envolvidas no processo atravs de fomento dirigido para a renovao. Um pacto educacional precisa ser construdo para reformar o fazer educacional, e essa ao deve incluir Administradores e Professores das escolas de ensino fundamental e mdio, Secretrios de Educao (do Estado e do Municpio), Governos de Estado e do Municpio, Ministrios da Educao e da Cincia e Tecnologia, Universidades e Agncias de Fomento para que o esforo possa ganhar dimenses nacionais.
Resumo:
Relata indcios de envolvimento e aprendizagem dos personagens participantes da pesquisa -o professor-pesquisador; o professor de matemtica e, sua turma composta de 38 alunos da oitava serie do ensino fundamental de uma escola pblica do municpio de Belm-Pa- em contato com atividades desenvolvidas em sala de aula, onde a Modelagem Matemtica foi utilizada como ambiente de ensino e de aprendizagem. Trata-se, portanto, de uma pesquisa-participante, na modalidade narrativa, cujo objetivo era registrar, compreender e interpretar, a partir de aes dos personagens, indcios de envolvimento e aprendizagem. Foram planejadas duas atividades, para serem desenvolvidas em sala de aula cujo objetivo era coletar material emprico para tentar responder o problema proposto nessa investigao. Os resultado apresentados nessa investigao foram registradas atravs de trs instrumentos a saber: observaes, documentos e entrevistas. Na analise dos resultados, cheguei concluso que o ambiente proporcionado pela Modelagem Matemtica, foi capaz de tornar a aprendizagem dos alunos significativa, pois em suas falas foi possvel perceber a ligao entre matemtica utilitria e matemtica escolar, fato que tambm foi percebido pelo professor da turma, alm disso, ele chegou a concluso que o professor deve ser reflexivo. E para mim, como professor e pesquisador de minha prpria prtica, alm do prazer de realizar essa pesquisa, pude perceber a importncia do uso dos algoritmos no ensino da matemtica e a necessidade de alterar esse discurso no sentido de mudanas e no de abandono. Nesse sentido, acredito que, a Modelagem Matemtica pode ser apontada como uma das alternativas de reescrever esse processo.
Resumo:
Anlise de relaes ordinais nos quais o responder estaria sob controle de propriedades relacionais do tipo primeiro, segundo, terceiro e assim por diante, a partir do paradigma de equivalncia, constitui uma importante forma de compreender o comportamento verbal (sintaxe). Cinco estudos buscaram avaliar a emergncia de novas sentenas com trs ou quatro palavras (artigos, substantivos, adjetivos ou verbos e advrbios), com base nas posies ocupadas pelas mesmas em cada sentena ensinada independentemente. Participaram do Estudo 1 cinco crianas da pr-escola. Todos os participantes foram submetidos a procedimentos de ensino com trs palavras atravs de emparelhamento de acordo com o modelo, testes de equivalncia, treino por encadeamento de respostas, testes de produo de seqncias, conectividade e testes de leitura com compreenso. No Estudo 2, outras cinco crianas do ensino fundamental foram expostas aos mesmos procedimentos de ensino e testes, com quatro palavras. No Estudo 3, quatro crianas eram submetidas ao procedimento por encadeamento, testes de produo de seqncias, conectividade e de leitura com compreenso com quatro palavras. No Estudo 4 outras quatro crianas com histria de fracasso escolar foram submetidas ao mesmo procedimento de ensino e testes dos Estudos 1 e 2, com quatro palavras. No Estudo 5 trs outras crianas tambm com histria de fracasso escolar foram submetidas ao mesmo procedimento adotado no Estudo 3 com quatro palavras. Os participantes no tinham leitura fluente de frases, mas liam palavras isoladamente. As sesses experimentais ocorreram numa sala da escola freqentada pelas crianas. Um microcomputador forneceu suporte ao estudo e um software especfico exerceu o controle e registro dos dados comportamentais. Utilizaram-se trs conjuntos de estmulos: A (desenhos), B (palavras maisculas) e C (palavras minsculas), para ensinar as relaes condicionais AB e AC e testes BC/CB. No treino por encadeamento eram usadas trs sentenas diferentes. Na primeira tentativa, a palavra UM, por exemplo, era apresentada na rea de escolha. Um toque sobre a palavra produzia como conseqncia seu deslocamento para a rea de construo na parte superior da tela, uma animao grfica era apresentada acompanhada de um som muito bem, legal, certo. Em seguida, duas palavras eram apresentadas 10 simultaneamente na tela e o participante deveria tocar em uma delas e depois, na outra. Caso as palavras fossem ordenadas corretamente, a mesma conseqncia anterior era apresentada, e a mesma configurao de palavras era reapresentada em posies diferentes na rea de escolha. Caso a resposta fosse diferente da programada pela experimentadora, produzia um escurecimento na tela por 3s e uma nova configurao de palavras era apresentada, lado a lado na rea de escolha. Aps o ensino da linha de base, testes de produo de seqncias e de conectividade eram aplicados para verificar a emergncia de seis novas sentenas (exceto Estudo 1), a partir da recombinao das palavras ensinadas anteriormente. Finalmente, um teste de compreenso de leitura com novas frases era apresentado aos participantes. Por exemplo, na presena de uma figura, trs sentenas diferentes em letras maisculas eram apresentadas e o participante deveria selecionar qual a sentena correta. Em todos os estudos, os participantes alcanaram o critrio de acerto, trs vezes consecutivas, sem erro, embora alguns tenham precisado de re-exposies. No Estudo 1 e 2 todos os participantes responderam consistentemente aos testes e leram as novas sentenas fluentemente e com compreenso. No Estudo 3, um participante construiu as seis novas sentenas prontamente. Nenhum participante leu com compreenso aos testes finais de leitura. No Estudo 4, trs participantes construram duas novas sentenas prontamente e um participante no respondeu aos testes de conectividade. Dois participantes responderam aos testes de leitura com compreenso. No Estudo 5 dois participantes construram quatro novas sentenas prontamente. Nos Estudos 3 e 5 os participantes no responderam aos testes de nomeao oral. Estes resultados demonstraram a emergncia de novas sentenas, sem qualquer treino adicional, a partir do ensino com trs sentenas independentes. Os resultados dos testes de leitura com compreenso mostraram uma coerncia com o paradigma de equivalncia. Conclui-se que os estmulos utilizados eram funcionalmente equivalentes e exerceram ainda funes ordinais pela posio que cada um ocupou nas sentenas.
Resumo:
A presente investigao se configura em termos qualitativos de pesquisa como um estudo de caso dos alunos de uma escola estadual integrante do programa especial de Educao de Jovens e Adultos EJA. Tais alunos estavam matriculados na 3 e na 4 etapas do programa, cujo formato curricular corresponde s quatro ltimas sries do Ensino Fundamental de 5 a 8 sries, cuja operacionalizao concentra conhecimento, espao e tempo uma vez que cada etapa desenvolvida em um ano letivo. A escola escolhida se localiza em rea geogrfica de ocupao cuja comunidade vive na condio de excluso social, justamente no entorno de duas universidades pblicas. Os jovens e adultos originados desse contexto, que estudam nessa escola, vivenciaram uma trajetria escolar marcada por impedimentos de estudar, reprovaes e interrupes escolares que os impediram de concluir o Ensino Fundamental. Por essas razes, me propus investigar para conhecer, no mbito do ensino da Matemtica, elementos que contribuem para a (re)incluso escolar com sucesso desses alunos, bem como elementos que acabam por incidir na sua (re)excluso escolar, um fenmeno que retroalimenta o processo inevitvel de excluso social desses alunos. Para tanto, assumi a construo de uma trama narrativa relativa ao contexto dessa escola, envolvendo e interagindo dialogicamente os seus sujeitos nesta pesquisa, quais sejam, alunos, professores e funcionrios da escola. Considerei suas historicidades e suas interpretaes dos eventos pedaggicos vividos por eles em relao ao ensino de Matemtica, objetivando produzir outros sentidos, relaes e nexos que respondam ao como e ao por que os elementos de anlise destacados contribuem e incidem no processo de incluso ou excluso escolar. As anlises por mim procedidas possibilitam evidenciar os termos da indiferena escolar e do despreparo docente quer pela desconsiderao da histria do alunado quer pela viso distorcida de currculo justo e igualdade de oportunidades na comparao com os alunos legalmente ditos vinculados ao ensino regular.
Resumo:
Partindo da premissa que O ensinar requer saber aprender e saber construir (juntamente com os nossos alunos) as aprendizagens que buscamos, desenvolvi uma proposta de atividades investigativas, para o ensino-aprendizagem em Cincias. Ressalto que ministrar aulas diferenciadas, nem sempre seria ou fcil, pois h um contedo a ser cumprido e terminado, alm de um tempo muito curto para realiz-las. Assim, minha dissertao uma investigao do tipo qualitativa, que se configura como uma pesquisa-ao, sobre as atividades programadas em momentos, com alunos das 7 sries do ensino fundamental de duas escolas da rede particular de ensino do municpio de Belm (denominadas aqui, Escola A e Escola B), tendo como contedo programtico o corpo humano. Na escola A, enfatizando o sistema digestrio, tivemos os seguintes momentos: o grande lanche; um vdeo sobre o processo de digesto alimentar e mini-gincana (prova). J na escola B, com o contedo sobre o Sistema Locomotor, os momentos: construo hipottica do corpo humano, a partir do contorno de um modelo; a caminhada at uma Academia de Ginstica com a realizao de atividades; aulas na quadra da escola, em conjunto com o professor de Ed. Fsica; e por fim, a confeco de um CD-ROM com todos os assuntos trabalhados, durante o ano letivo. Em ambas as escolas, houve o momento da releitura dos livros didticos. Conclumos que aprendizagens, a partir de atividades investigativas, e que levam em conta as vivncias, os questionamentos e as contribuies dos alunos, so efetivas, independente do assunto que ser abordado e da Instituio de Ensino (pblica ou particular). Porm, consideramos que essa metodologia de trabalho funcionar se o professor: 1 estiver disposto a continuar seus estudos e 2 compartilhar com seus alunos os sabores e os saberes, assim como os ensinamentos e as aprendizagens.
Resumo:
Este um trabalho de pesquisa qualitativa, a partir do enfoque do estudo de caso, adotando a abordagem narrativa sobre o Ensino de Cincias em Classes Multisseriadas, especificamente relacionado ao papel das interaes sociais e discursivas no desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem no ensino de Cincias. A investigao da prtica do Ensino de Cincias foi desenvolvida com uma professora e seu grupo de 30 educandos distribudos nas seguintes sries: prescolar (jardim I, II e III) 1, 2, 3, 4 srie da Educao Bsica e sua Professora, nas aulas de Cincias, em uma escola pblica de ensino multisseriado num municpio do Estado do Par, a cerca de 60 minutos de barco de Belm. Tivemos como objetivo configurar como uma professora de classe multisseriada lida com a diversidade de saberes dos educandos e das interaes sociais e discursivas desenvolvidas no contexto da sala de aula, tendo em vista o desenvolvimento dos contedos pedaggicos no ensino e na aprendizagem de Cincias nas diferentes sries com as quais trabalha, de modo concomitante. A construo da prtica enfocada se deu a partir de: (a) Observaes diretas, pois assim podia perceber as relaes das interaes sociais e discursivas entre os alunos e alunos, alunos e professora, bem como a participao e a interao dos alunos no desenvolvimento das atividades; (b) Notas de campo, onde anotava os contedos trabalhados e os processos interativos/discursivos desenvolvidos em sala de aula; (c) Fotografias e filmagens, onde se registrou as interaes/discusses ocorridas entre os sujeitos durante as aulas. Recorremos anlise microgentica para desvelar uma prtica construda/desenvolvida nas interaes sociais e discursivas entre professora e educandos ao longo dos episdios, sendo que estas foram vivenciadas nas mudanas presentes na abordagem comunicativa e nos padres do discurso. Neste estudo utilizamos as categorias de Mortimer e Scott (2003) para analisar as intenes, o contedo, a abordagem comunicativa, os padres de interao e as intervenes da professora. As anlises tomaram visveis as alternncias de abordagens e padres variados de discurso, em um ritmo que favorece a apropriao, por parte dos educandos, de modelos e modos de pensar a cincia. Sendo assim, evidenciou-se continuamente, criatividade na construo do conhecimento, possibilitada pela abertura de espao pedaggico em aula para desenvolvimento da autonomia de voz ou da palavra de cada educando, de seus pensamentos e de suas aes em termos interativos com seus pares, professora e pesquisadora. A prtica investigada evidenciou a importncia de a professora envolver o contedo de Cincias, na vida cotidiana do educando, a fim de contribuir para facilitar a compreenso dos conceitos cientficos. Os resultados da investigao apontam, ainda, a responsabilidade que a Equipe Tcnica da Secretaria de Educao do Municpio precisa assumir de (i) assessorar efetivamente os professores de Classes Multisseriadas, (ii) propiciar ajuda pedaggica imprescindvel aos alunos e professores, bem como (iii) ressaltar que isto tudo parte fundamental para a construo de um currculo que tome como referncia e valorize as diferentes experincias, saberes, valores e especificidades culturais das populaes que vivem e so da Amaznia, para redimenso do processo de ensino e de aprendizagem de quaisquer contedos, tratado na escola, especialmente nas escolas de Classes Multisseriadas.
Resumo:
A Geometria Fractal um ramo novo da Matemtica que vem sendo estudado desde sua descoberta nos anos sessenta por Benoit Mandelbrot. Por se tratar de uma geometria essencialmente intuitiva, muito se tem comentado a respeito da possibilidade de sua introduo ainda no Ensino Fundamental e Mdio de nossas escolas. Assim, um grande nmero de atividades envolvendo Geometria Fractal foram e ainda esto sendo desenvolvidas com o intuito de tornar o contedo da Matemtica curricular mais significativo ao aluno. Entretanto, muitas carecem de um estudo mais aprofundado no que tange ao seu verdadeiro grau de eficcia. Para tentar vislumbrar at que ponto estas atividades podem se caracterizar como um recurso didtico vlido, elaboramos e ministramos um curso sobre Geometria Fractal para onze alunos do 3 ano do Ensino Mdio de uma escola pblica estadual na cidade de Santarm-Pa. O curso consistia de uma parte terica sobre o assunto e algumas atividades selecionadas de tal forma que estas pudessem abranger alguns tpicos da Matemtica curricular j visto por eles em suas trajetrias escolares. Aplicamos antes do curso um pr-teste e no final um ps-teste para avaliar a compreenso dos assuntos abordados. Os resultados obtidos mostram uma evoluo tanto quantitativa, quanto qualitativa na (re)apropriao dos conceitos matemticos trabalhados durante o curso. O estudo ainda sugere que a Geometria Fractal pde proporcionar aos alunos uma relao mais forte entre os saberes do cotidiano e o escolar, alm de ter proporcionado uma viso dinmica da Matemtica como uma cincia que avana, e no como um corpo de conhecimentos prontos e acabados.
Resumo:
Estudos baseados no paradigma da equivalncia de estmulos tm produzido a leitura, com compreenso, de palavras substantivas, em humanos de diferentes idades, com e sem histria de fracasso escolar. O presente estudo objetivou verificar se cinco crianas, sendo quatro do sexo feminino e uma do sexo masculino, entre 8 e 11 anos, matriculadas na 2 srie do Ensino Fundamental de Escolas Pblicas de BelmPA, com dificuldades em leitura, seriam capazes de aprender a ler frases s quais nunca tinham sido expostas, e se demonstravam a leitura generalizada de (novas) frases, aps o ensino de pr-requisitos, no mbito do paradigma de equivalncia. Os estmulos experimentais foram slabas, palavras e frases faladas e impressas, e figuras (relativas s palavras e frases). Foram programadas diferentes fases experimentais, envolvendo pr-testes, treinos de relaes condicionais, testes de relaes emergentes (equivalncia e generalizao), e ps-testes. Utilizou-se um formato de discriminao condicional em que o estmulo modelo (palavra, ou frase impressa, ou figura) ficava posicionado, numa cartela, sempre antes ( esquerda) dos estmulos de comparao (trs palavras, ou frases impressas, ou figuras), os quais eram apresentados em posies diferentes, separados do modelo por uma linha vertical. Foram usadas instrues verbais e houve conseqncias diferenciais para acertos e erros. Exigiase do participante a obteno de 100% de acertos no treino. Os testes, de equivalncia, eram aplicados uma nica vez. Nos testes de generalizao, um erro implicava a reapresentao das tentativas do treino em que o responder fosse incorreto. O controle da apresentao dos estmulos, do registro das respostas e das conseqncias para acertos e para erros, e do incio e trmino das sesses (que duravam cerca de 40 minutos), era realizado manualmente, pela experimentadora e um outro observador. Todos os participantes foram bem-sucedidos nas relaes condicionais testadas e treinadas, que envolviam palavras faladas, figuras e palavras impressas correspondentes (AB e AC misto). A maioria formou a Equivalncia BC relao entre figuras e respectivas palavras impressas, e todos demonstraram a relao inversa, ou a Equivalncia CB. Tambm, os participantes nomearam as figuras correspondentes a essas palavras (BD), leram as palavras (CD) e, alm disso, foram capazes de ler novas palavras (C D). Em seguida, foram bem-sucedidos nas relaes condicionais entre frases faladas e figuras correspondentes (testadas e treinadas), AB e AB misto, e nas relaes treinadas envolvendo frases faladas e frases impressas correspondentes (AC misto). Apenas dois participantes formaram a Equivalncia BC (entre figuras e frases impressas) e a maioria formou a Equivalncia CB. Tambm, a maioria nomeou as figuras das frases (BD), todos os participantes leram essas frases (CD), leram novas frases, organizadas pela recombinao de palavras (C D), e a maioria leu outras novas frases, organizadas pela recombinao de slabas (C D). Um ms depois, os participantes mantiveram o desempenho na leitura das mesmas palavras, a maioria manteve a leitura das mesmas frases e a leitura generalizada das palavras e das frases novas. Este estudo possibilitou o estabelecimento de pr-requisitos para o ensino de leitura e a avaliao da compreenso, envolvendo frases simples. O estudo pode ser visto como um avano, embora parcial, em relao aos que, tradicionalmente, tm-se fundamentado no mesmo paradigma e utilizado palavras como estmulos. pertinente implementar novas investigaes utilizando 15 unidades verbais ainda mais amplas, como frases complexas, as quais, alm de conterem palavras substantivas e adjetivas, abarquem artigos, pronomes, verbos, advrbios, etc.
Resumo:
O fracasso escolar uma realidade nacional alarmante que torna indispensvel o aprimoramento da tecnologia de ensino. O paradigma de equivalncia tem contribudo para a compreenso de processos comportamentais relacionados aquisio de repertrios lingsticos e de habilidades cognitivas. As investigaes acerca da aprendizagem de leitura por meio deste paradigma tem sido relevantes tanto para a identificao das variveis de controle de respostas corretas e de respostas incorretas na leitura de palavras com funo substantiva, quanto para a anlise de quais procedimentos so eficazes no sentido de o responder ficar sob controle de propriedades relevantes dos estmulos impressos. Investigou-se, por meio de uma replicao sistemtica, o ensino de leitura com compreenso de frases compostas por pronome demonstrativo, substantivo, adjetivo e verbo intransitivo. Participaram cinco alunos com dificuldades em leitura. Os estmulos foram de modalidade auditiva (slabas, palavras e frases faladas), representada pela letra A; visual (grafia de slabas, palavras, frases e figuras que representam palavras e frases), representada pela letra B para as figuras e pela letra C para os estmulos impressos e modalidade auditivo-visual. Foi realizado o treino das discriminaes condicionais entre palavras/frases faladas e figuras (relaes AB) e slabas/palavras/frases faladas e estmulos impressos (relaes ACs, ACp e ACf). Foram programadas conseqncias diferenciais (reforo social) para os acertos e aplicao de procedimentos de correo ou procedimentos especiais para respostas incorretas. Pretendeu-se investigar se aps o ensino destas relaes pr-requisitos ocorreriam relaes equivalentes (palavras impressas e figuras e vice-versa), bem como se os participantes demonstrariam o desempenho de leitura generalizada. No foram programadas conseqncias diferenciais durante a aplicao dos testes. Ao trmino de cada sesso, os participantes recebiam brindes variados. Foram programadas quatro fases experimentais. Na Fase I, os estmulos impressos eram palavras com funo substantiva. Na Fase II, frases formadas por palavras com funes substantiva e adjetiva. Na Fase III, acrescentou-se o pronome demonstrativo s frases. Na Fase IV, acrescentaram-se verbos intransitivos s frases. Na Fase V, programou-se a reteno do desempenho aprendido durante o experimento. Todos os participantes, com exceo de um, aprenderam o desempenho de linha de base. Nos testes de equivalncia e de leitura generalizada, houve maior variabilidade em relao aos estudos anteriores. Todos os participantes apresentaram a leitura com compreenso em pelo menos uma das fases envolvendo frases. Nas Etapas de leitura Generalizada, apenas uma participante obteve 100% de acertos nos testes da Fase II. Os demais participantes apresentaram leitura generalizada parcial ou ausncia de leitura recombinativa, sendo necessria a aplicao de procedimento especial para promover escores mais elevados. Considerou-se o paradigma de equivalncia promissor para proporcionar o ensino de leitura de frases com compreenso. Props-se mudanas no procedimento que tornem o controle experimental mais rgido. Sugeriu-se ainda a investigao da pertinncia do paradigma de equivalncia para o ensino de leitura de frases, com compreenso, envolvendo classes gramaticais como artigos, advrbios, verbos transitivos diretos e objetos diretos.