54 resultados para Gasolina - Teses
Resumo:
A análise do ADN baseada nos STRs (Short Tandem Repeats) tem provado ser uma ferramenta extremamente útil em estudos forenses. A aplicação dos multiplex de STRs resulta em perfis genéticos completos, para a maior parte das amostras, desde que contenham uma quantidade apreciável de ADN. Contudo, em amostras com ADN degradado, a análise tornase mais complicada, uma vez que os STRs com maior peso molecular (acima dos 250 pb), podem não ser amplificados nestas condições. Como a metodologia de Mini-STRs não estava, ainda, implementada nos Laboratórios Forenses portugueses, o objectivo principal deste estudo consistiu na aplicação de um multiplex, designado por Mini-SGM, que contém os marcadores TH01, FGA, D18S51, D16S359, D2S1338 e a Amelogenina, para implementação na prática forense, tendo os resultados sido comparados com a metodologia de rotina. O trabalho experimental teve início com um estudo populacional, que compreendeu uma amostra de 110 indivíduos de origem portuguesa, não relacionados e uma amostra de 52 indivíduos, não relacionados, oriundos de Cabo Verde, encontrando-se, ambas as populações, em Equilíbrio de Hardy-Weinberg, excepto para o locus D18S51, na população portuguesa e o locus D2S1338 na população de origem africana. Em relação aos parâmetros estatísticos forenses, este estudo demonstrou que o poder de discriminação varia entre 0,903 e 0,959, para a população portuguesa, e entre 0,908 e 0,958, para a população de Cabo Verde. Após o estudo populacional, foram analisados 39 casos forenses, devidamente anonimizados, da casuística do Serviço de Genética e Biologia Forense da Delegação de Lisboa do INML, com diferentes tipos de vestígios biológicos, como sangue, ossos, pulmão, coração, tecidos embrionários, tecidos inclusos em parafina, fígado, rim e dentes, de modo a ilustrar a utilidade desta nova metodologia nos casos forenses. No estudo de amostras degradadas, o uso da metodologia de rotina pode,
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O estudo faz parte de um projecto mais amplo, desenvolvido no âmbito do Grupo ESSA (Estudos Sociológicos em Sala de Aula), centrado na formação inicial de professores de ciências. Neste estudo partiu-se do seguinte problema: Que prática(s) pedagógica(s) é(são) implementada(s) na formação inicial de professores de ciências em Cabo Verde e de que forma essa(s) prática(s) se reflecte(m) na aprendizagem e intervenção pedagógica dos formandos? Teoricamente, o estudo baseia-se, em termos sociológicos, no modelo do discurso pedagógico de Bernstein (Bernstein, 2000). Em termos psicológicos, baseia-se nas ideias de Vygotsky (1978) e, na sua vertente epistemológica, na conceptualização de Ziman (1984) sobre a construção da ciência. Metodologicamente, o estudo enquadra-se numa abordagem de investigação mista. Com base numa dialéctica entre o teórico e o empírico, construíram-se instrumentos para caracterizar o contexto de formação inicial e a prática em sala de aula, e um guião de entrevista para apreciar as aprendizagens dos formandos. A investigação envolveu uma formadora e formandos de uma disciplina da área da Metodologia da Biologia de uma Escola Superior de Educação. Os resultados mostraram que o contexto específico de formação se caracterizou, em particular, pela desvalorização do trabalho experimental e da relação entre ciência e metaciência, por um baixo nível de exigência conceptual, por uma fraca articulação entre os conhecimentos e por um grau muito baixo de explicitação do texto a ser adquirido pelos formandos. Revelaram também que a formação pouco contribuiu para a aprendizagem e intervenção pedagógica dos formandos, isto é, para a aquisição da orientação específica de codificação (regras de reconhecimento e de realização) para características relacionadas com o que e com o como do ensino/aprendizagem das ciências. O estudo pretende contribuir com sugestões sobre a inclusão de características pedagógicas da aprendizagem científica na formação inicial de professores de ciências em Cabo Verde e permite reflectir sobre a importância da utilização de instrumentos metodológicos que possibilitem uma análise comparativa entre contextos e textos presentes na formação de professores.
Resumo:
Esta tese centra-se em aspectos relevantes do inglês como uma língua universal, no actual contexto globalizado e examina possíveis mudanças relacionadas com o seu uso, em especial no continente africano, particularmente no caso de Cabo Verde, no sentido de ponderar eventuais alternativas nas pedagogias linguísticas no ensino desta língua que impliquem uma adaptação à realidade contemporânea. Uma vez que, nos nossos tempos, o inglês é a língua de eleição para a comunicação intercultural entre povos com várias experiências culturais e linguísticas, o conhecimento deste idioma torna-se, a cada dia que passa, impreterível e indispensável, na interacção intercultural. Em África, as funções desempenhadas pelo inglês são complexas; além da língua inglesa ser usada para comunicação entre etnias, com o estatuto de língua franca, também tem o papel de preservar a identidade nacional e de estabelecer a unidade entre os povos da mesma nação. Por conseguinte, é de considerar talvez ainda com mais pertinência, a adopção de uma nova filosofia de pedagogia de ensino que permita dotar os seus cidadãos de capacidades que lhes possibilitem comunicar de forma inteligível com povos de outras culturas e línguas. O primeiro capítulo aborda aspectos teóricos relacionados com a expansão, comunicação e mudança associadas à língua inglesa e suas implicações no ensino em países onde esta não é língua nativa (L1). O segundo capítulo reflecte, em primeiro lugar, sobre a situação linguística em África e as línguas francas predominantes no continente, incluindo a língua inglesa. Considera também questões relacionadas com o multilinguismo e a identidade, bem como assuntos relacionados com as implicações da diversidade linguística para a educação dos povos africanos.
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A presente investigação tem como principal objectivo averiguar o impacto da imigração sobre a percepção de suporte social. A amostra de imigrantes é constituída por 48 participantes, oriundos de países como a Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Rússia, Brasil, China e Cabo-Verde. A média das idades é 34,67 anos e a média do tempo de permanência em Portugal é 50,38 meses. Dos participantes, 21 são do sexo feminino e 27 do sexo masculino. A percepção de suporte social foi avaliada através da EPS (Escala de Provisões Sociais, Cutrona e Russel, 1990). Avaliou-se a percepção de suporte social antes da imigração, retrospectivamente, através de uma adaptação da EPS, assim como depois da imigração. Os resultados indicam que a percepção de suporte social difere significativamente antes e depois da imigração, sendo maior na última situação. Os resultados indicam ainda, que a percepção de suporte social é independente dos anos de permanência em Portugal. Quando analisada isoladamente, a amostra de Leste não apresenta uma diferença significativa na percepção de suporte social global, antes e depois da imigração.
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Em S.Tomé e Príncipe a língua portuguesa foi instituída como língua oficial após a proclamação da Independência a 12 de Julho de 1975. Esta língua, porém, vive em regime de coabitação com outros sistemas nacionais: o Forro, o Lunga Ngola, o Lunguyé e o Crioulo de Cabo Verde. Do contacto resultam as inevitáveis interferências que têm conferido à situação linguística são-tomense uma especificidade muito particular: é que a grande maioria da população estudantil tem como língua materna um sistema que se situa num continuum linguístico entre o Crioulo e o Português cuja norma é a do europeu e que à falta de uma designação mais adequada, à semelhança de Fernanda Pontífice, apelidaremos de falar são-tomense. Tal facto tem constituído um sério problema no processo de ensino/aprendizagem da língua portuguesa no país. Dada esta situação, por imperativos pedagógicos, a implementação de métodos e técnicas de ensino adequados se tornam indispensáveis. Impõem-se, pois, a premência e a necessidade de estudos e pesquisas sobre este falar para que se possa encontrar um quadro de intervenção pedagógica que melhor se adeque a essa especificidade. Impõe-se um estudo sobre as interferências, impõe-se que os professores possam dispor de informação e formação que lhes permitam distinguir nas produções dos seus alunos o que são desvios, portanto o que é tolerável, e como tal pode ser aceite como marca específica da identidade linguística do sujeito falante e o que são erros e enquanto tais, têm de ser corrigidos. Conscientes da necessidade e da importância do estudo desta problemática, desenvolvemos o presente trabalho com o objectivo de sensibilizar os diversos sectores e entidades para a necessidade de se desenvolver a investigação e trabalhos de pesquisa linguística e se dotarem os professores e agentes educativos de formação adequada. Só assim estes estarão em condições de responder às exigências que nestas circunstâncias o ensino-aprendizagem da língua oficial impõe.
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Introdução: Actualmente, estima-se que existam dois milhões de indivíduos infectados por vírus da hepatite B (VHB) e que, cerca de 25% dos indivíduos com infecção crónica morrem devido a sequelas resultantes da infecção por VHB. Paralelamente, calcula-se que existam cerca de 33 milhões de indivíduos infectados por VIH, sendo que 22, 5 milhões residem na região de África a sul do Sara. Na região de África a sul do Sara existem poucos estudos efectuados no âmbito da co-infecção por VIH/VHB. Contudo, dos estudos existentes, esta taxa pode situar-se entre os 2,4% e os 9,9%. Objectivo: Avaliar as taxas de seroprevalência de VHB e VIH, assim como a taxa de co-infecção por VIH/VHB em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. Métodos: Foram efectuadas duas pesquisas bibliográficas neste estudo. A primeira, realizada nos meses de Setembro/Outubro 2008, tinha como objectivo contextualizar a infecção por VHB, VIH e a co-infecção por VIH/VHB nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento. A segunda pesquisa foi efectuada durante o mês de Agosto de 2009, e visava apenas cobrir a realidade dos países em análise, relativamente aos objectivos previamente delineados do estudo. Resultados: Em Moçambique, constatou-se que a seroprevalência de VIH-1 tinha quadriplicado entre 1993 (1,17%) e o ano 2000 (4,5%). Na Guiné-Bissau, entre 1997 e 1999, também a seroprevalência de VIH-1 duplicou (2,5% e 5,2%, respectivamente). Em Cabo-Verde, no ano de 2006, a seroprevalência de VIH era 2,4%, enquanto que a seroprevalência da infecção por VHB era 4,4%. Em Angola, no ano de 2005, a seroprevalência de VIH era de 2,5%. Neste estudo também foi avaliada a co-infecção, sendo que nenhum caso foi diagnosticado. Conclusão: É urgente realizarem-se mais estudos nos países PALOP, no âmbito da seroprevalência das monoinfecções VIH e VHB, assim como na co-infecção por VIH/VHB, uma vez que existe pouca informação disponível. De qualquer modo, sendo a infecção por VHB uma doença prevenível por vacina, é fundamental que os planos de vacinação continuem a ser postos em prática nos países onde já estão implementados e, no caso dos países que ainda não os têm, que a sua implementação seja efectuada de forma sustentada e o mais brevemente possível.
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Resumo:
Cabo Verde é hoje um país cada vez mais inserido no mundo globalizado, tendo desenvolvido ao longo dos anos importantes reformas sócio - económicas, as quais se traduziram, no campo energético, em aumentos significativos nas importações de combustíveis fósseis. Hoje, a importação de produtos petrolíferos atinge cerca de 280 mil toneladas ao ano, dos quais cerca de 40 por cento são reexportados através da “ bunker” internacional e da aviação civil. Embora os valores sejam expressivos para um pequeno país insular como Cabo Verde, no contexto mundial o volume de importação é de facto irrisório, o que não permite qualquer margem negocial junto dos fornecedores. Desde sempre os produtos petrolíferos como o Gasóleo e Fuelóleo (doravante Fuel) foram recebidos em São Vicente, o JetA1 e a Gasolina no Sal e o gás Butano na ilha de Santiago. A redistribuição entre as ilhas é efectuada com recurso a pequenos tankers, processo que contribui para o aumento dos custos e consequente repercussão nos preços de venda ao consumidor final. Com o desenvolvimento exponencial da Ilha de Santiago aumentou igualmente o consumo de combustíveis, com especial destaque na produção de energia eléctrica. Actualmente a Ilha consome internamente cerca de 50 % dos produtos petrolíferos importados, processo altamente dificultado pela inexistência de condições portuárias que permitam a recepção directa dos produtos petrolíferos. Assim torna-se imprescindível a racionalização deste sector de forma a minimizar os custos para o consumidor final, com a criação de condições de descarga no principal centro consumidor do país e a constituição de uma empresa de logística comum, que envolva as empresas privadas que trabalham neste ramo, a Enacol e a Vivo Energy. A segurança energética será reforçada com a constituição das reservas estratégicas de combustíveis. Para alcançar os objectivos preconizados neste trabalho, fiz pesquisas e estudos aprofundados com base na bibliografia citada, bem como nos relatórios, Leis, Decretos-Leis e trabalhos especializados. De igual modo realizei entrevistas a pessoas com competência nesta área, com a finalidade de compreender melhor o sector e dar meu contributo para o fortalecimento da sua eficiência, dado o impacto que tem na economia Cabo-verdiana.