49 resultados para Fígado gorduroso Teses
Resumo:
RESUMO As leishmanioses so doenas causadas por um protozorio intracelular pertencente ordem Kinetoplastida, da famlia Trypanosomatidae, do gnero Leishmania. Os parasitas so transmitidos aos hospedeiros vertebrados por dpteros pertencentes sub-famlia Phlebotominae. Devido inexistncia de vacinas a quimioteraputica continua a representar o nico mecanismo de preveno e controlo. Os frmacos de primeira linha para o tratamento da leishmaniose visceral continuam a ser os antimoniais pentavalentes e a anfotericina B (AMB). A AMB lipossmica est a ser cada vez mais utilizada como 1 linha. O conhecimento do(s) mecanismo(s) utilizados pelos parasitas, responsveis pela resistncia, fundamental de modo a permitir o desenvolvimento de novos frmacos anti-Leishmania que possam substituir e/ou complementar os frmacos existentes, de uma forma eficaz assim como contribuir para o desenvolvimento de metodologias para avaliar e monitorizar a resistncia. Espera-se do modelo animal a reproduo da infeco na Natureza. Os modelos canino e murino tm ajudado na compreenso dos mecanismos responsveis pela patognese e pela resposta imunitria infeco por Leishmania. Sendo o co o principal hospedeiro da infeco por L. infantum e o principal reservatrio domstico da leishmaniose visceral humana, procedeu-se caracterizao da evoluo da infeco experimental em candeos de raa Beagle atravs da anlise clnica, hematolgica, histopatolgica, parasitria, assim com atravs da resposta imunitria desenvolvida. As alteraes hematolgicas observadas foram as associadas leishmaniose visceral: anemia, leucopenia, trombocitopenia com aumento das protenas totais e da fraco gama-globulina, e diminuio da albumina. Histologicamente observou-se nos rgos viscerais uma reaco inflamatria crnica, acompanhada por vezes da formao de granulomas ricos em macrfagos. Apesar de todos os animais terem ficado infectados (confirmado pela presena do parasita nos vrios tecidos e rgos recolhidos na necrpsia), os nicos sinais clnicos observados transitoriamente foram adenopatia e alopcia. As tcnicas moleculares foram significativamente mais eficazes na deteco do parasita do que os mtodos parasitolgicos convencionais. As amostras no invasivas (sangue perifrico e conjuntiva) mostraram ser significativamente menos eficazes na deteco de leishmanias. No nosso modelo experimental no se observou a supresso da resposta celular ao antignio parasitrio e confirmou-se que, apesar de no protectora, a resposta humoral especfica pronunciada e precoce. A bipolarizao da resposta imunitria Th1 ou Th2, amplamente descrita nas infeces experimentais por L. major no modelo murino, no foram observadas neste estudo. O facto dos animais no evidenciarem doena apesar do elevado parasitismo nos rgos viscerais poder estar relacionado com a expresso simultnea de citocinas de ambos os tipos Th1 e Treg, no bao, fígado, gnglio, medula ssea e sangue perifrico. Neste estudo tambm se caracterizou o efeito da saliva do vector Phlebotomus perniciosus na infeco experimental de murganhos BALB/c com estirpes de L. infantum selvagem e tratada com AMB, inoculadas por via intradrmica. A visceralizao da infeco ocorreu aps a utilizao da via de administrao do inculo que mais se assemelha ao que ocorre na Natureza. Apesar da disseminao dos parasitas nos animais co-inoculados com extracto de uma glndula salivar ter sido anterior do grupo inoculado apenas com parasitas, no se detectaram diferenas significativas na carga parasitria, entre os trs grupos, ao longo do perodo de observao pelo que, embora a saliva do vector esteja descrita como responsvel pela exacerbao da infeco, tal no foi observado no nosso estudo. O aumento de expresso de citocinas esteve relacionado com o aumento do parasitismo mas, tal como no modelo canino, no se observou bipolarizao da resposta imunitria. Os animais dos trs grupos infectados parecem ter desenvolvido nos diferentes rgos uma resposta mista dos tipos Th1 e Th2/Treg. Contudo, verificou-se a predominncia da expresso Th1 (TNF-), no fim do perodo de observao, o que pode estar relacionado com a resoluo da infeco. Por outro lado, a presena de parasitas na pele dos animais inoculados com a estirpe L. infantum tratada com AMB permite colocar a hiptese da existncia de parasitas resistentes na Natureza e destes poderem ser transmitidos. Aps se ter verificado que a estirpe de L. infantum tratada com AMB tinha a capacidade de infectar e visceralizar no modelo murino, analisou-se o seu comportamento em dois dos principais vectores de L. infantum, Lutzomyia longipalpis e P. perniciosus. Os parasitas tratados com AMB apresentaram uma menor capacidade de permanecerem no interior do vector assim como um desenvolvimento mais lento apontando para uma menor capacidade de transmisso das estirpes resistentes a este frmaco, pelo que o tratamento com AMB poder ser favorvel preveno e controlo atravs da interrupo do ciclo de vida do parasita. De modo a determinar in vitro a susceptibilidade de Leishmania aos diferentes frmacos utilizados na teraputica da leishmaniose humana e canina (Glucantime, Fungizone, miltefosine e alopurinol) comparou-se o sistema de promastigotas axnicos com o sistema amatigota-macrfago. Verificou-se que, para as estirpes estudadas, os resultados de ambos os sistemas no apresentavam diferenas significativas sendo a utilizao do primeiro mais vantajosa ao ser menos moroso e de mais fcil execuo. Seleccionaram-se estirpes quimio-resistentes in vitro, por exposio prolongada a doses crescentes de AMB, tendo-se verificado que os parasitas tratados, apresentaram uma menor susceptibilidade do que os no tratados aco dos frmacos estudados, com excepo do alopurinol. A diminuio da susceptibilidade das estirpes aos frmacos utilizados poder facilitar a disperso de parasitas multiresistentes. Sendo a apoptose um dos mecanismos utilizados pelos parasitas para evitar a induo de uma resposta imune por aco de compostos anti- Leishmania, determinou-se o nmero de amastigotas apoptticos assim como a produo de TNF- e IL-10 pelos macrfagos tratados. Concluiu-se que os compostos conseguiram suprimir a produo de IL-10, inibidora da activao dos macrfagos, contudo nem a produo da citocina pro-inflamatria TNF- nem a apoptose pareceram ser os principais mecanismos responsveis sobrevivncia dos parasitas ao contacto com os frmacos.
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xi RESUMO A aco da insulina no msculo esqueltico depende de um reflexo parassimptico heptico que conduz libertao de uma substncia heptica sensibilizadora da insulina, designada por HISS, responsvel por cerca de 55% do efeito hipoglicemiante da insulina. A aco da HISS finamente regulada pelo monxido de azoto (NO) heptico e pelo estado prandial, aumentando no perodo ps-prandial imediato e diminuindo progressivamente com as horas de jejum. A secreo da HISS pode ser inibida cirrgica ou farmacologicamente, quer por desnervao selectiva do plexo anterior heptico, quer por administrao de atropina, quer por inibio do sintase do NO (NOS) heptico. O objectivo geral do trabalho apresentado nesta dissertao foi a caracterizao da via de transduo de sinal que conduz libertao da HISS. O modelo utilizado neste estudo foi o rato Wistar. A sensibilidade insulina foi avaliada atravs do teste rpido de sensibilidade insulina (RIST). A primeira hiptese de trabalho testada foi que a sequncia de eventos que conduzem secreo da HISS inicia-se com a activao do sistema parassimptico heptico seguida de activao do NOS heptico com subsequente produo de NO e activao do guanilato ciclase (GC). Observou-se que a administrao de um dador de NO reverteu a resistncia insulina induzida, quer por inibio do NOS heptico, quer por antagonismo dos receptores muscarnicos com atropina. Em contraste, a resistncia insulina produzida por inibio do NOS heptico no foi revertida por administrao intraportal de acetilcolina (ACh). Constatou-se que a inibio do GC heptico diminuiu a sensibilidade insulina. Estes resultados sugerem que: a ACh libertada no fígado induz a sntese de NO heptico que conduz libertao da HISS, que por sua vez modulada pelo GC heptico. A libertao da HISS em resposta insulina regulada pelo estado prandial. Uma vez que os nveis hepticos de glutationo (GSH) se encontram, tal como a HISS, diminudos no estado de jejum e aumentados aps a ingesto de uma refeio, testou-se a hiptese de que o GSH heptico est envolvido na secreo da HISS. Observou-se que a depleo do GSH heptico induziu resistncia insulina, comparvel obtida aps inibio do NOS heptico. Estes resultados suportam a hiptese de que o GSH heptico desempenha um papel crtico na aco perifrica da insulina. Considerando que, no estado de jejum, tanto os nveis de GSH heptico como os nveis de NO heptico so baixos, testou-se a hiptese de que a co-administrao intraportal de um dador de GSH e de um dador de NO promove um aumento da sensibilidade insulina no estado de jejum, devido ao restabelecimento do mecanismo da HISS. Observou-se que a administrao sequencial de dadores de GSH e de NO no fígado provocou um aumento na sensibilidade insulina, dependente da dose de dador de GSH administrada. Concluiu-se portanto que ambos, GSH e NO, so essenciais para que o mecanismo da HISS esteja completamente funcional. O GSH e o NO reagem para formar um S-nitrosotiol, o S-nitrosoglutationo (GSNO). Os resultados supra-mencionados conduziram formulao da hiptese de que a secreo/aco da HISS depende da formao de GSNO. Observou-se que a administrao intravenosa de S-nitrosotiis (RSNOs) aumentou a sensibilidade insulina, em animais submetidos a um perodo de jejum, ao contrrio da administrao intraportal destes frmacos, o que RSNOs tm uma aco perifrica, mas no heptica, na sensibilidade insulina. Os resultados obtidos conduziram reformulao da hiptese da HISS, sugerindo que a ingesto de uma refeio activa os nervos parassimpticos hepticos levando libertao de ACh no fígado que, por sua vez activa o NOS. Simultaneamente, ocorre um aumento dos nveis de GSH heptico que reage com o NO heptico para formar um composto nitrosado, o GSNO. Este composto mimetiza a aco hipoglicemiante da HISS no msculo esqueltico. SUMMARY Insulin action at the skeletal muscle depends on a hepatic parasympathetic reflex that promotes the release of a hepatic insulin sensitizing substance (HISS) from the liver, which contributes 55% to total insulin action. HISS action is modulated by hepatic nitric oxide (NO) and also by the prandial status so as to, in the immediate ostprandial state, HISS action is maximal, decreasing with the duration of fasting. HISS secretion may be inhibited by interruption of the hepatic parasympathetic reflex, achieved either by surgical denervation of the liver or by cholinergic blockade with atropine, or by prevention of hepatic NO release, using NO synthase (NOS) antagonists. The main objective of this work was to characterize the signal transduction pathways that lead to HISS secretion by the liver. Wistar rats were used and insulin sensitivity was evaluated using the rapid insulin sensitivity test (RIST). The first hypothesis tested was that the sequence of events that lead to HISS secretion starts with an increase in the hepatic parasympathetic tone, followed by the activation of hepatic NOS and subsequent triggering of guanylate cyclase (GC). We observed that insulin resistance produced either by muscarinic receptor antagonism with atropine or by hepatic NOS inhibition was reversed by the intraportal administration of an NO donor. In contrast, intraportal acetylcholine (ACh) did not restore insulin sensitivity after NOS inhibition. We also observed that GC inhibition lead to a decrease in insulin sensitivity.These results suggest that the release of ACh in the liver activates hepatic NO synthesis in order to allow HISS secretion, through a signaling pathway modulated by GC. HISS release in response to insulin is controlled by the prandial status. The second hypothesis tested was that glutathione (GSH) is involved in HISS secretion since the hepatic levels of GSH are, like HISS action, decreased in the fasted state and increased after ingestion of a meal. We observed that hepatic GSH depletion led to insulin resistance of the same magnitude of that observed after inhibition of hepatic NOS. These results support the hypothesis that hepatic GSH is crucial in peripheral insulin action. Since, in the fasted state, both hepatic GSH and NO levels are low, we tested the hypothesis that intraportal o-administration of a GSH donor and an NO donor enhances insulin sensitivity in fasted Wistar rats, by restoring HISS secretion. We observed that GSH and NO increased insulin sensitivity in a GSH dose-dependent manner. We concluded that HISS secretion requires elevated levels of both GSH and NO in the liver. GSH and NO react to form a S-nitrosothiol, S-nitrosoglutathione (GSNO). The last hypothesis tested in this work was that HISS secretion/ action depends on the formation of GSNO. We observed that intravenous administration of -nitrosothiols (RSNOs) increased insulin sensitivity in animals fasted for 24 h, in contrast with the intraportal administration of the drug. This result suggests that RSNOs enhanced insulin sensitivity through a peripheral, and not hepatic, mechanism. The results obtained led to a restructuring of the HISS hypothesis, suggesting that the ingestion of a meal triggers the hepatic parasympathetic nerves, leading to the release of Ach in the liver, which in turn activates NOS. Simultaneously, hepatic GSH levels increase and react with NO to form a nitrosated compound, GSNO. S-nitrosoglutathione mimics HISS hypoglycaemic action at the skeletal muscle.
Resumo:
pp. 75-88
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A schistosomose uma doena parasitria que afecta cerca de 200 milhes de pessoas, com alta prevalncia nos trpicos e que origina um grave problema de sade pblica. Ao longo da infeco, o sistema imunitrio tenta de vrias formas combater a presena do parasita. Inicialmente ocorre uma resposta imune mediada por clulas do tipo Th1, com o progresso da infeco, a resposta substituda por uma resposta do tipo Th2 induzida durante a formao de granulomas. Este surge como resposta presena de produtos txicos libertados pelos ovos do parasita retido nos tecidos. O fígado o principal alvo do depsito de ovos, sofrendo alteraes fisiopatolgicas, e histolgicas. O Mus musculus tem sido muito utilizados na infeco experimental por Schistosoma mansoni, para melhor se conhecer o papel da resposta imunitria na formao de granulomas hepticos. No decorrer da infeco o granuloma sofre alteraes desencadeadas pelas citocinas que o sistema imunitrio produz. Estas alteraes dividem-se em cinco fases: reaco inicial, exsudativa, exsudativa-produtiva, produtiva e involutiva granuloma. O presente trabalho, estudou as alteraes sofridas pelo granuloma heptico (quantidade, dimenso e fase do granuloma), em trs diferentes perodos de infeco (55, 90 e 125 dias) no modelo animal Mus musculus infectado com Schistosoma. mansoni, estirpe SmBh distribudos por trs grupos experimentais com diferente nmero de cercrias (50, 80, e 100). Verificou-se que ao longo da infeco a quantidade de granulomas aumenta, as dimenses tm uma tendncia inicial para aumentar mas a partir dos 90 dias aps a exposio sofrem uma diminuio. No grupo experimental com maior intensidade de infeco inicial a diminuio deu-se mais cedo. Em relao s fases de desenvolvimento do granuloma este sofre alteraes ao longo de toda a infeco. Assim, aos 55 dias predomina a fase exsudativa, aos 90 todos os grupos apresentam maior percentagem de granulomas na fase produtiva e por fim aos 125 dias prevalece a fase involutiva. Todos estes resultados sugerem que a caracterizao do granuloma nas diferentes fases de infeco pode depender do nmero de cercrias da exposio.
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Thesis presented to obtain the Ph.D. degree in Biology (Molecular Genetics), by the Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Cincias e Tecnologia.
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Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obteno do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente
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O vrus da hepatite delta (HDV) o agente etiolgico de uma das formas mais graves de hepatite viral e ainda endmico em diversas regies do globo, nomeadamente em frica, na Amaznia e no Extremo Oriente. O HDV co-infecta ou super-infecta hepatcitos infectados com o vrus da hepatite B (HBV) aumentando em cerca de 10 vezes o risco de cirrose e hepatite fulminante. A associao clnica entre os dois vrus deve-se ao facto do invlucro do HDV ser constitudo pelos antignios de superfcie do HBV (HBsAgs) que so necessrios para a propagao da infeco. O genoma do HDV constitudo por uma molcula de RNA de cadeia simples, circular, com cerca de 1.7 Kb, que possui cerca de 70% de emparelhamento interno. Foi identificada uma nica grelha de leitura aberta (ORF) no RNA viral que codifica para o antignio delta (HDAg). A ocorrncia de um mecanismo de editing do RNA, resulta na expresso de duas formas do HDAg, a pequena (S-HDAg) e a grande (L-HDAg). Vrias funes essenciais para a replicao do HDV tm sido atribudas a ambas as formas do HDAg, sendo a S-HDAg essencial para a acumulao de RNA viral e a L-HDAg responsvel pela interaco com os HBsAgs para formar partculas virais. No entanto, dada a simplicidade dos seus componentes, admite-se que a replicao viral depende das interaces estabelecidas entre os HDAgs e factores celulares do hospedeiro. Apesar do nmero considervel de factores celulares descritos como interactores dos HDAgs ou RNA virais, a importncia de muitas destas interaces no foi elucidada e muitas etapas do ciclo de replicao do HDV permanecem pouco claras. Para alm disso, dado o nmero limitado de factores do hospedeiro que esto envolvidos na sua replicao, muito provvel que um nmero elevado de interactores do HDV permanea por identificar. Este trabalho teve como objectivo a identificao de protenas de fígado humano capazes de interagir com os HDAgs, utilizando o sistema yeast Two-Hybrid (YTH). Identificaram-se trinta protenas com capacidade de interagir com a S-HDAg no sistema YTH, sendo que estas protenas se encontram envolvidas em diferentes processos celulares. Com base nas caractersticas funcionais, foram seleccionadas trs destas protenas e as suas interaces com a S-HDAg foram investigadas com maior detalhe. As trs protenas seleccionadas foram a ribonucleoprotena nuclear heterognea C (hnRNPC), a embryonic lethal abnormal vision like1 (ELAVL1/HuR) e a protena 2 de ligao a EBNA1 (EBP2). As duas primeiras so protenas de ligao a RNA, previamente descritas como envolvidas em processos de replicaes de outros vrus com genoma RNA, enquanto a EBP2, uma protena de localizao preferencialmente nucleolar, tal como por vezes acontece com os HDAgs. As interaces foram analisadas recorrendo a vrios ensaios bioqumicos. No caso da hnRNPC e da HuR, aps validao no sistema YTH, a capacidade de interaco com a S-HDAg foi confirmada quer in vitro por blot overlay quer in vivo por co-imunoprecipitao em clulas de hepatoma humano. Nas mesmas clulas, observou-se uma co-localizao considervel entre os HDAgs e os RNAs virais. Finalmente, de modo a investigar a contribuio das protenas hnRNPC e HuR na replicao do HDV, procedeu-se ao silenciamento destas protenas pela utilizao de short hairpin RNAs (shRNAs) especficos para os mRNAs correspondentes Observou-se que o silenciamento de ambas as protenas hnRNPC e HuR endgenas, individualmente resultou numa diminuio acentuada nos nveis de expresso dos HDAgs. No que respeita EBP2, a interaco com a S-HDAg foi confirmada em condies in vitro com recurso a ensaios de blot overlay e de cromatografia de afinidade. A anlise por imunofluorescncia indirecta e microscopia confocal revelou co-localizao elevada entre os HDAgs e a EBP2, principalmente nos nuclolos de clulas de hepatoma humano. Finalmente, foi ainda utilizado o sistema YTH para estudar os mecanismos de importao dos HDAgs. Assim, este sistema foi utilizado com o propsito de identificar protenas celulares capazes de interagir com um domnio especfico dos HDAgs, o sinal de localizao nuclear (NLS). Na pesquisa YTH realizada obtiveram-se 161 clones positivos, sendo que um deles mostrou codificar para a carioferina 4 (KPNA4). A interaco da KPNA4 com a S-HDAg foi reproduzida em condies in vitro atravs de um ensaio de cromatografia de afinidade tendo sido utilizadas formas recombinantes das duas protenas. Este trabalho permitiu identificar vrias protenas celulares que interagem com a S-HDAg. Obtiveram-se evidncias sugestivas de que algumas das protenas identificadas podem desempenhar funes importantes no ciclo de replicao do HDV e que abrem novas perspectivas para o estudo do ciclo de replicao do vrus.
Resumo:
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Gentica Molecular e Biomedicina
O Partido Comunista Portugus e a Guerra Fria: sectarismo, desvio de direita, Rumo vitria (1949-1965)
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Dissertao apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Histria Institucional e Poltica Contempornea
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Resumo: Os mecanismos que regulam a homeostase da glucose no ps-prandial so distintos dos mecanismos desencadeados em situaes de jejum. Desta forma o fígado parece desempenhar um papel fundamental na aco perifrica da insulina aps a refeio atravs de um mecanismo que envolve os nervos parassimpticos hepticos e o xido ntrico (NO). Esta dissertao procura evidenciar a importncia de ambos na fi siologia de manuteno da glicmia ps-prandial e na fi siopatologia da resistncia insulina. Dos resultados obtidos observou-se que aps a administrao de uma refeio mista o perfi l glicmico foi distinto em animais com ou sem ablao dos nervos parassimpticos hepticos. A desnervao parassimptica heptica aumentou as excurses de glucose imediatamente aps a refeio. Estas diferenas nas excurses de glucose dependentes do parassimptico ocorreram devido a uma diminuio da clearance de glucose, sem que fosse afectada a taxa de aparecimento de glucose no sangue, a produo endgena de glucose e secreo de insulina ou pptido-C. Este aumento das excurses de glucose revelou-se ser devida diminuio da clearance de glucose ps-prandial exclusivamente no msculo-esqueltico, corao e o rim. Concluiu-se que o fígado teria uma funo endcrina nestes trs rgos. Surgiu assim a hiptese dos S-nitrosotiois (RSNOs) poderem mimetizar essa resposta endcrina. Testou-se o seu efeito in vivo na sensibilidade insulina. Para nveis baixos de sensibilidade insulina, como jejum, desnervao no estado ps-prandial e resistncia insulina os RSNOs potenciaram a sensibilidade insulina para valores semelhantes ao ps-prandial indicando-os como potenciais frmacos no tratamento da resistncia insulina. O NO e seus derivados ganharam assim uma evidncia cada vez maior na aco perifrica da insulina e portanto fez-se uma caracterizao dos seus nveis desde a fi siologia fi siopatologia. Os resultados obtidos nesta dissertao permitiram correlacionar a sintetase de xido ntrico (NOS), enzima responsvel pela sntese de NO como um possvel marcador da resistncia insulina. Os resultados obtidos contriburam substancialmente para compreender os mecanismos fi siolgicos e fi siopatolgicos de manuteno da glicmia aps a refeio, colocando o fígado como rgo primordial na regulao perifrica (extra-heptica) da captao de glucose.-------- ABSTRACT: The mechanisms responsible for the postprandial response are different from the ones in the fasted state. Therefore the liver seems to play a fundamental role in postprandial insulin action through a mechanism that evolves the hepatic parasympathetic nerves (HPN) and nitric oxide (NO). This work focused on the importance of both, HPN and NO, on postprandial glycemic control and on the pathophysiology of insulin resistance. We observed that after administration of a mixed meal the glycemic profi les with or without the parasympathetic nerves were distinct, increasing glucose excursions after ablation of HPN.This increase in glucose excursions was due to a decrease on the rate of glucose disappearance in extra-hepatic tissues. Glucose appearance rate, endogenous glucose production and insulin secretion were not related to this mechanism. The increase on glucose excursions after the ablation of hepatic parasympathetic system was due to a decrease on glucose clearance on extra-hepatic tissues, namely skeletal-muscle, heart and kidney. We concluded that the liver has an endocrine function on those tissues increasing their glucose uptake.This mechanism led to propose the hypothesis that S-nitrosothiols (RSNOs) could mimic this mechanism. Therefore RSNOs effects on insulin sensitivity were tested. For low insulin sensitivity levels, i.e. fasted state, ablation of the HPN or insulin resistance state induced by a high sucrose diet RSNOs increased insulin sensitivity to levels normally observed in the postprandial state. These results indicated these drugs as potential pharmacological tools in the treatment of insulin resistance. NO and their derivates emerged as fundamental parts of insulin action. A characterization of nitric oxide and nitric oxide synthase (NOS), the enzyme responsible for NO synthesis was part of the work performed. We concluded that NO could be used as a biomarker for insulin resistance states. This work contributed for understanding the mechanism underlying postprandial glycemic control indicating the liver as a key organ in the regulation of peripheral (extra-hepatic) insulin action.
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No o momento de percorrer a histria do Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho e Tradicional, a qual, de resto, descrita pela mo de Pedro Ferre, num estudo que brevemente ser estampado, O Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho e Tradicional. Histria de um passado e de um presente. Contudo, a vida deste centro representa, por um lado, uma investigao pouco comum nas Universidades portuguesas (o estudo e a sistematizao dos romances medievais conservados pela memria tradicional portuguesa) e, por outro, um entendimento sobre a insero da actividade cientfica na sociedade e na Universidade como espao interinstitucional de investigao e docncia. Neste sentido, desde a sua fundao, foi estabelecendo convnios com outras instituies cientficas e governamentais, colaborou na docncia de Cursos ministrados nesta e noutras Faculdades e apoiou a preparao de teses de Mestrado e Doutoramento em vrias instituies universitrias. Como pblico, a sua criao remonta h mais de uma dcada, na Faculdade de Cincias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mas a sua gnese antecede esse ano de 1989 e encontra-se na investigao que vinha sendo realizada pelo seu fundador, Pedro Ferre, desde os finais dos anos setenta. Referimos este facto anterior institucionalizao dos estudos sobre o Romanceiro, nesta Faculdade, porque sem ele, o estado actual da investigao deste centro no seria o que descreveremos.
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A efemride suscita a curiosidade de pblicos muito diferenciados o que sempre estimulante. Aproduo escrita d conta de um assinalvel recrudescimento em volta do tema, como algumas das imagens agora recuperadas para a nossa comunicao ilustram . Contudo, alguns anos antes, o CETAPS, Centre for English, Translation and AngloPortuguese Studies, poca, CEAP, Centro de Estudos AngloPortugueses, fora pioneiro na divulgao de temas e obras relacionando o que a Histria e a Literatura haviam dado a conhecer, no respeitante aos Estudos AngloPortugueses e temtica em epgrafe. Salientese, em especial, o mestrado desenvolvido em torno das campanhas napolenicas visando colmatar lacunas sobre o conhecimento relativo presena britnica no nosso pas e imagem que os relatos dos militares nelas envolvidas haviam dado conta. Vrios foram os documentos cientficos produzidos (nomeadamente teses e comunicaes), alguns dos quais foram depois editados. Aobra assinada por Gabriela Gndara Terenas, OPortugal da Guerra Peninsular AViso dos Militares Britnicos (18081812), dada ao prelo em Junho de 2000, em muito veio suprir essa lacuna, pois a um s tempo se props conciliar temticas complementares, reunindo os aspectos que a literatura de viagem e os testemunhos de guerra oferecem.
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Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Biomdica
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RESUMO:Desde a declarao de Bethesda em 1983, a transplantao heptica considerada um processo vlido e aceite na prtica clnica para muitos doentes com doena heptica terminal, relativamente aos quais no houvesse outra alternativa teraputica. Em 1991, por proposta de Holmgren, professor de gentica, o cirurgio sueco Bo Ericzon realizou em Huntingdon (Estocolmo) o primeiro transplante heptico num doente PAF (Polineuropatia Amilloidtica Familiar), esperando que a substituio do fígado pudesse frenar a evoluo da doena. Nesta doena hereditria autossmica dominante, o fígado, apesar de estrutural e funcionalmente normal, produz uma protena anormal (TTR Met30) responsvel pela doena. A partir de ento, a transplantao heptica passou a ser a nica teraputica eficaz para estes doentes. Portugal o pas do mundo com mais doentes PAF, tendo sido o mdico neurologista portugus Corino de Andrade quem, em 1951, identificou e descreveu este tipo particular de polineuropatia hereditria, tambm conhecida por doena de Andrade. Com o incio da transplantao heptica programada em Setembro de 1992, o primeiro doente transplantado heptico em Portugal, no Hospital Curry Cabral, foi um doente PAF. Desde logo se percebeu que a competio nas listas de espera em Portugal, entre doentes hepticos crnicos e doentes PAF viria a ser um problema clnico e tico difcil de compatibilizar. Em 1995, Linhares Furtado, em Coimbra, realizou o primeiro transplante dum fígado dum doente PAF num doente com doena heptica metasttica, ficando este tipo de transplante conhecido como transplante sequencial ou em domin. F-lo no pressuposto de que o fígado PAF, funcional e estruturalmente normal, apesar de produzir a protena mutada causadora da doena neurolgica, pudesse garantir ao receptor um perodo razovel de vida livre de sintomas, tal como acontece na histria natural desta doena congnita, cujas manifestaes clnicas apenas se observam na idade adulta. A tcnica cirrgica mais adequada para transplantar o doente PAF a tcnica de piggyback, na qual a hepatectomia feita mantendo a veia cava do doente, podendo o transplante ser feito sem recorrer a bypass extracorporal. Antes de 2001, para fazerem o transplante sequencial, os diferentes centros alteraram a tcnica de hepatectomia no doente PAF, ressecando a cava com o fígado conforme a tcnica clssica, recorrendo ao bypass extracorporal. No nosso centro imaginmos e concebemos uma tcnica original, com recurso a enxertos venosos, que permitisse ao doente PAF submeter-se mesma tcnica de hepatectomia no transplante, quer ele viesse a ser ou no dador. Essa tcnica, por ns utilizada pela primeira vez a nvel mundial em 2001, ficou conhecida por Transplante Sequencial em Duplo Piggyback. Este trabalho teve como objectivo procurar saber se a tcnica por ns imaginada, concebida e utilizada era reprodutvel, se no prejudicava o doente PAF dador e se oferecia ao receptor heptico as mesmas garantias do fígado de cadver. A nossa srie de transplantes realizados em doentes PAF a maior a nvel mundial, assim como o o nmero de transplantes sequenciais de fígado. Recorrendo nossa base de dados desde Setembro de 1992 at Novembro de 2008 procedeu-se verificao das hipteses anteriormente enunciadas. Com base na experincia por ns introduzida, a tcnica foi reproduzida com xito em vrios centros internacionais de referncia, que por si provaram a sua reprodutibilidade. Este sucesso encontra-se publicado por diversos grupos de transplantao heptica a nvel mundial. Observmos na nossa srie que a sobrevivncia dos doentes PAF que foram dadores ligeiramente superior queles que o no foram, embora sem atingir significncia estatstica. Contudo, quando se analisaram, apenas, estes doentes aps a introduo do transplante sequencial no nosso centro, observa-se que existe uma melhor sobrevida nos doentes PAF dadores (sobrevida aos 5 anos de 87% versus 71%, p=0,047).Relativamente aos receptores observmos que existe um benefcio a curto prazo em termos de morbi-mortalidade (menor hemorragia peri-operatria) e a longo prazo alguns grupos de doentes apresentaram diferenas de sobrevida, embora sem atingir significncia estatstica, facto este que pode estar relacionado com a dimenso das amostras parcelares analisadas. Estes grupos so os doentes com cirrose a vrus da hepatite C e os doentes com doena heptica maligna primitiva dentro dos critrios de Milo. Fora do mbito deste trabalho ficou um aspecto relevante que a recidiva da doena PAF nos receptores de fígado sequencial e o seu impacto no longo prazo. Em concluso, o presente trabalho permite afirmar que a tcnica por ns introduzida pela primeira vez a nvel mundial exequvel e reprodutvel e segura para os doentes dadores de fígado PAF, que no vem a sua tcnica cirrgica alterada pelo facto de o serem. Os receptores no so, por sua vez, prejudicados por receberem um fígado PAF, havendo mesmo benefcios no ps-operatrio imediato e, eventualmente, alguns grupos especficos de doentes podem mesmo ser beneficiados.---------ABSTRACT: Ever since Bethesda statement in 1983, Liver Transplantation has been accepted as a clinical therapeutic procedure for many patients with advanced hepatic failure Holmgren, professor of genetics, suggested that one could expect that transplanting a new liver could lead to improve progressive neurological symptoms of Familial Amyloidotic Polyneuropathy (PAF). Bo Ericzon, the transplant surgeon at Huddinge Hospital in Stockholm, Sweden, did in 1991 the first Liver Transplant on a FAP patient. FAP is an inherited autosomal dominant neurologic disease in which the liver, otherwise structural an functionally normal, produces more than 90% of an abnormal protein (TTR Met30) whose deposits are responsible for symptoms. Liver Transplantation is currently the only efficient therapy available for FAP patients. Portugal is the country in the world where FAP is most prevalent. The Portuguese neurologist Corino de Andrade was the first to recognize in 1951 this particular form of inherited polyneuropathy, which is also known by the name of Andrade disease. Liver Transplantation started as a program in Portugal in September 1992. The first patient transplanted in Lisbon, Hospital Curry Cabral, was a FAP patient. From the beginning we did realize that competition among waiting lists of FAP and Hepatic patients would come to be a complex problem we had to deal with, on clinical and ethical grounds. There was one possible way-out. FAP livers could be of some utility themselves as liver grafts. Anatomically and functionally normal, except for the inherited abnormal trace, those livers could possibly be transplanted in selected hepatic patients. Nevertheless the FAP liver carried with it the ability to produce the mutant TTR protein. One could expect, considering the natural history of the disease that several decades would lapse before the recipient could suffer symptomatic neurologic disease, if at all. In Coimbra, Portugal, Linhares Furtado performed in 1995 the first transplant of a FAP liver to a patient with metastatic malignant disease, as a sequential or domino transplant. FAP Liver Transplant patients, because of some dysautonomic labiality and unexpected reactions when they are subjected to surgery, take special advantage when piggyback technique is used for hepatectomy. This technique leaves the vena cava of the patient undisturbed, so that return of blood to the heart is affected minimally, so that veno-venous extracorporeal bypass will not be necessary. The advantages of piggyback technique could not be afforded to FAP patients who became donors for sequential liver transplantation, before we did introduce our liver reconstruction technique in 2001. The hepatectomy took the vena cava together with the liver, which is the classical technique, and the use of extracorporeal veno-venous bypass was of necessity in most cases. The reconstruction technique we developed in our center and used for the first time in the world in 2001 consists in applying venous grafts to the supra-hepatic ostia of piggyback resected FAP livers so that the organ could be grafted to a hepatic patient whose liver was itself resected with preservation of the vena cava. This is the double piggyback sequential transplant of the liver. It is the objective of this thesis to evaluate the results of this technique that we did introduce, first of all that it is reliable and reproducible, secondly that the FAP donor is not subjected to any additional harm during the procedure, and finally that the recipient has the same prospects of a successful transplant as if the liver was collected from a cadaver donor. Our series of liver transplantation on FAP patients and sequential liver transplants represent both the largest experience in the world. To achieve the analysis of the questions mentioned above, we did refer to our data-base from September 1992 to November 2008. The reconstructive technique that we did introduce is feasible: it could be done with success in every case ion our series. It is also reproducible. It has been adopted by many international centers of reference that did mention it in their own publications. We do refer to our data-base in what concerns the safety for the FAP donor.Five years survival of FAP transplanted patients that have been donors (n=190) has been slightly superior to those who were not (n=77), with no statistical significance. However, if we consider five year survival of FAP transplanted patients after the beginning of sequential transplant program in our center, survival is better among those patients whose liver was used as a transplant (87% survival versus 71%, p=0.047). In what concerns recipients of FAP livers: Some short-term benefit of less perioperative morbi-mortality mainly less hemorrhage. In some groups of particular pathologies, there is a strong suggestion of better survival, however the scarcity of numbers make the differences not statistically significant. Patients with cirrhosis HVC (83% versus73%) and patients with primitive hepatic cancer within Milan criteria (survival of 70% versus 58%) are good examples. There is one relevant problem we left beyond discussion in the present work: this is the long-term impact of possible recurrence of FAP symptoms among recipients of sequential transplants. In Conclusion: The reconstruction technique that we did develop and introduce is consistently workable and reproducible. It is safe for FAP donors with the advantage that removal of vena cava can be avoided. Hepatic patients transplanted with those livers suffer no disadvantages and have the benefit of less hemorrhage. There is also a suggestion that survival could be better in cirrhosis HVC and primary liver cancer patients.
Resumo:
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Gentica Molecular e Biomedicina