Solea senegalensis como bioindicador da qualidade sedimentar estuarina
Contribuinte(s) |
Costa, Maria Helena |
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Data(s) |
18/05/2011
18/05/2011
2011
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Resumo |
Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente O objectivo deste estudo foi avaliar a qualidade sedimentar estuarina, utilizando como bioindicador a espécie Solea senegalensis. Em Setembro de 2010, recolheram-se vários indivíduos desta espécie em duas zonas de amostragem dos estuários do Sado e Mira. A qualidade sedimentar foi avaliada a partir da análise das respostas biológicas dos indivíduos amostrados e da análise da contaminação metálica dos sedimentos locais. Com este objectivo foram utilizados biomarcadores de exposição (níveis de metalotioninas) e biomarcadores histopatológicos (presença de lipidose, focos necróticos, hemorragias e inflamações) analisados no fígado dos indivíduos. As respostas biológicas obtidas nos indivíduos amostrados no estuário do Sado revelaram alterações histológicas, do órgão analisado, mais acentuadas do que as registadas no estuário do Mira. As concentrações de contaminantes metálicos presentes nos sedimentos estuarinos evidenciaram uma contaminação mais elevada no estuário do Sado, destacando-se os níveis de zinco, cobre e cádmio, provenientes provavelmente dos efluentes de origem antropogénica. No estuário do Mira constatou-se a presença de níveis moderadamente elevados de arsénio, provavelmente originários de rochas presentes nas margens do estuário. As características físicas (FF e TOM) dos sedimentos estuarinos amostrados demonstraram estar relacionadas com o nível da contaminação metálica e com a saúde dos peixes residentes. O estuário do Mira apresentou elevados teores de FF e TOM, que favorecem a coesão dos sedimentos e a retenção dos contaminantes, havendo menor disponibilidade de poluentes na coluna de água e por isso menos efeitos nefastos nas espécies estuarinas. Em contrapartida, os reduzidos teores de FF e TOM obtidos para o estuário do Sado poderão explicar os maiores efeitos adversos nos indivíduos. As características arenosas do sedimento relacionadas com baixo teor de FF e TOM, privilegia a biodisponibilidade dos poluentes na coluna de água e desta forma aumenta os efeitos adversos biológicos ocorridos. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências e Tecnologia |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
masterThesis |