20 resultados para Personalidade criativa
Resumo:
Com esta investigação pretende-se compreender o perfil do empreendedor social em Portugal, tomando como referência o caso da Bolsa de Valores Sociais. Para estudar as características psicográficas e demográficas que os mentores destes projetos apresentam, a investigação adota um método quantitativo, através de um inquérito por questionário on-line. Para o tratamento e a análise dos dados foram aplicadas técnicas de análise descritiva e de redução de dados (análise fatorial por componentes principais). A investigação sugere que a par de uma componente inata, os fatores demográficos, contingenciais ao indivíduo, influenciam a criação de projetos sociais. Os dados revelam que os empreendedores sociais partilham de traços de personalidade comuns, apresentando um perfil marcado por um elevado nível de extroversão, de abertura à experiência e de conscenciosidade. A análise de dados revela uma forte presença de empreendedores do género feminino e com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos. Verifica-se que os empreendedores sociais possuem um elevado nível de formação e em diferentes quadrantes científicos. São indivíduos que antes de se envolverem no lançamento do projeto social na maioria dos casos se encontravam empregados (em particular no setor sem fins lucrativos e no setor empresarial) e satisfeitos com a sua situação ocupacional. A maioria dos indivíduos não possui uma experiência empreendedora anterior (não tendo nem o indivíduo, nem os seus pais, criado previamente qualquer tipo de organização), embora maioritariamente possuam experiência na gestão de organizações. O desenvolvimento do projeto não é precedido por grandes mudanças na vida pessoal do empreendedor, surgindo o contacto com a questão social frequentemente anos antes da decisão de criação da iniciativa e sendo comum que o indivíduo tenha tido um envolvimento anterior em outros projetos sociais.
Resumo:
O conceito de competência tem sido amplamente explorado na literatura, promovendo a existência de diversas conceptualizações e abordagens, dificultando a sua definição. Contudo, a compreensão da sua evolução e diversidade conceptual revela-se enriquecedora, na medida em que espelha as próprias mutações ao nível das práticas de gestão de recursos humanos. Neste trabalho terá lugar a uma revisão bibliográfica que espelha as referidas evoluções: teórica e prática efetiva na gestão de recursos humanos. Desta forma, procedemos a uma pesquisa bibliográfica em diversas bases de dados (em publicações de natureza científica) tendo como referência temporal base a década de 70, período em que emerge a discussão em torno do tema. Este conceito surge na América no final dos anos 60, início dos anos 70, francamente associado aos traços de personalidade. McClelland (1973) o principal impulsionador desta perspetiva, define competência como a capacidade de aplicar ou usar o conhecimento, capacidades, habilidades, comportamentos e características pessoais de modo a concretizar um desempenho profissional bem sucedido em tarefas críticas. A definição deste conceito tem sofrido complexas mutações ao longo dos anos e a sua evidente pertinência espelha-se na importância crescente atribuída no contexto organizacional, nomeadamente nas suas práticas de gestão de recursos humanos. Neste trabalho fazemos uma revisão bibliográfica onde se evidencia a pertinência da emergência do conceito de competência, se apresenta a evolução do conceito até ao momento, assim como as abordagens, dimensões e níveis de análise do conceito. São discutidas as conceptualizações e indicadas as suas implicações para a teoria e prática.
Resumo:
O presente trabalho propôs uma investigação qualitativa e exploratória, com o objetivo de identificar os fatores que influenciam o intraempreendedorismo no profissional de secretariado, dentro de uma organização e enquanto exerce a sua atividade. Este trabalho iniciou-se com o estudo do empreendedorismo e focou-se no intraempreendedorismo, consistindo na exploração deste conceito – fundamentação teórica. Posteriormente, foram desenvolvidas entrevistas semiestruturadas a oito secretárias de diversas empresas – investigação empírica. Através destas etapas, foi possível estudar os fatores do intraempreendedorismo da literatura, nomeadamente: a) os traços pessoais (personalidade pró-ativa, necessidade de realização, controlo e autoeficácia); b) a demografia (idade); c) as capacidades cognitivas (nível de escolaridade e experiência na área); d) o design do trabalho (tipo, autonomia, variedade e contactos com o exterior) e e) o contexto do trabalho (prémios, recursos, liderança e clima de trabalho) aplicados a este contexto específico. Neste grupo de profissionais verificou-se que determinados fatores parecem ter mais peso do que outros, dependendo de cada situação. Os traços pessoais, o design e o contexto do trabalho apontaram ter maior influência no desenvolvimento de comportamentos intraempreendedores das secretárias. Esta investigação contribuiu para o estudo da profissão, demonstrando que esta pode atuar de uma forma empreendedora.
Resumo:
Dissertação de Mestrado em Solicitaria
Resumo:
Os militares portugueses enviados para as trincheiras da Grande Guerra, pedaços vivos do Portugal rural do princípio do século XX, eram na sua maioria homens analfabetos ou com escassa instrução. A actuação militar em território estrangeiro e inserida num contexto que obrigava à comunicação com tropas de outros países, propiciava o estabelecimento de pontes comunicativas que passavam invariavelmente pela transposição linguística. Todavia, a forma improvisada, inventiva e/ou criativa como os portugueses se expressavam ante soldados e civis franceses, ainda que errónea e por vezes confusa à luz da gramática oficial, não constituiu por si só um obstáculo ao entendimento e à compreensão.