14 resultados para Saúde e trabalho Aspectos psicológicos
em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal
Resumo:
A velhice pode estar associada ao sofrimento, aumento da dependncia fsica, declnio funcional, isolamento social, depresso e improdutividade. No envelhecimento observam-se lentificao no processamento cognitivo, reduo da ateno, dificuldades na reteno das informaes aprendidas (memria de trabalho) e diminuio na velocidade de pensamento e habilidades visuoespaciais. Por outro lado, as que se mantm inalteradas so: inteligncia verbal, ateno bsica, habilidade de clculo e a maioria das habilidades de linguagem (Moraes, Moraes & Lima, 2010). O objetivo deste estudo comparar funes executivas com grau de funcionalidade para averiguar em que medida estas variveis predizem funcionalidade. Trinta idosos de trs valncias diferentes constituram a amostra deste estudo. Os instrumentos de avaliao administrados foram os seguintes: Escala de Barthel, MontrealCognitiveAssessment (MoCA), Trail Making Test (TMT), Teste de Aprendizagem Audio-Verbal de Rey (RAVLT), Figura Complexa de Rey, Teste Stroop de Cores e Palavras (TSCP), DigitSpan, Escala Geritrica de Depresso. Dos resultados obtidos destacam-se a existncia de relaes estatisticamente significativas entre a saúde mental e a funcionalidade. Quanto melhor a saúde mental, maior o grau de funcionalidade e os participantes do Domiclio possuem melhor saúde mental, ateno, planeamento e construo visuo-espacial do que os do Centro de Dia, e estes melhor do que os do Lar. A Organizao Mundial de Saúde (OMS) destaca a capacidade funcional e a independncia como fatores preponderantes para o diagnstico de saúde fsica e mental na populao idosa. Alguns autores indicam que a avaliao cognitiva deve ser sempre acompanhada de uma avaliao funcional e vice-versa.
Resumo:
O presente trabalho pretende caracterizar a associao existente entre a funo cognitiva executiva e a capacidade para o trabalho em profissionais de saúde (mdicos e enfermeiros) e profissionais de educao (professores). A funo cognitiva executiva definida como uma srie de processos cognitivos de ordem superior (capacidade de planeamento, raciocnio abstrato, flexibilidade cognitiva e resoluo de problemas) determinantes no controlo e coordenao de operaes cognitivas e fundamentais na organizao e monitorizao do comportamento humano. A integridade destas funes, so determinantes para a realizao adequada de tarefas da vida diria, incluindo o contexto organizacional. A capacidade para trabalho um forte preditor do desempenho laboral, sendo definida como a autoavaliao que o trabalhador faz do seu bem-estar no presente e no futuro prximo e da capacidade para assegurar o seu trabalho tendo em conta as exigncias do mesmo, a saúde e os recursos psicológicos e cognitivos disponveis. Assim, com o objetivo de compreender a relao entre estas duas variveis em mdicos, enfermeiros e professores, no presente trabalho utilizamos uma amostra composta por 218 sujeitos, sendo que 93 so enfermeiros, 100 professores (ensino secundrio) e 25 mdicos. Para avaliar as funes cognitivas executivas, nomeadamente a flexibilidade cognitiva e raciocnio abstrato no-verbal utilizamos o Halstead Category Test (HCT). Para avaliar a capacidade de planeamento e resoluo de problemas, utilizamos a Torre de Hanoi (TH). Para determinamos o valor da capacidade para o trabalho, utilizamos o ndice de capacidade para o trabalho. No sentido de controlar variveis que poderiam influenciar esta relao, utilizamos Questionrio Geral de Saúde (GHQ-12), escala de ansiedade-trao, Questionrio de Personalidade de Eysenck, escala de satisfao no trabalho e uma questo dicotmica (Sim/No) sobre o trabalho por turnos. Pela anlise dos resultados, verificamos que alteraes nas funes cognitivas executivas podero prejudicar a capacidade para o trabalho. No entanto, verificamos que variveis como a idade, trabalho por turnos, personalidade e saúde mental podero exercer um efeito moderador desta relao. Por fim, em comparao com mdicos, enfermeiros e professores, verificamos que os mdicos e enfermeiros apresentam um maior prejuzo nas funes cognitivas executivas que os professores, mas no na capacidade para o trabalho. Como concluso, o nosso trabalho contribuiu para uma melhor compreenso da ao das funes executivas em contexto laboral (em particular na rea da saúde e educao), contribuindo para o desenvolvimento e implementao de programas de promoo de saúde laboral em contexto organizacional.
Resumo:
No processo de transio para o ensino superior, o jovem confrontado com novas experincias como o restabelecimento de relaes mais ntimas, a autonomizao em relao famlia e contactos sociais mais alargado. A infeco pelo Vrus da Imunodeficincia Humana (VHI) e Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (SIDA) representa um dos maiores problemas scio-sanitrios a nvel mundial pelo que nesta fase de transio devemos promover comportamentos saudveis atravs da educao para a saúde. So objectivos do estudo: Caracterizar as fontes de informao/conhecimentos a que recorrem os estudantes do ensino superior para esclarecimentos na rea da SIDA; Identificar o nvel de conhecimentos em relao infeco VIH/sida; Classificar as estratgias da educao para a saúde j aplicadas, recursos utilizados e avaliao efectuada; analisar os aspectos psicológicos face percepo da educao para a saúde. Participaram 2002 estudantes (60.7% raparigas) com idades entre os 17 a 68 anos, (M=21.76 4.43), dos primeiros e ltimos anos do ensino superior das zonas Norte e Centro do pas. O protocolo de recolha de informao inclui dados pessoais e acadmicos, a escala de fontes de informao/conhecimentos sobre SIDA, escala de avaliao de educao para a saúde na rea da SIDA construdas para o efeito, escala de saúde e relacionamento, medidas de motivao para pr em prtica comportamentos preventivos relativos SIDA, escala de eficcia percepcionada dos comportamentos preventivos da SIDA e escala de comportamentos preventivos. Os estudantes recorrem maioritariamente leitura de material informativo para obter informaes/conhecimentos sobre SIDA. Cerca de 37% tem boa informao/conhecimentos sobre SIDA sendo os jovens at aos 25 anos e os que frequentam cursos na rea da saúde que apresentam ndices mais elevados. So os alunos do primeiro ano e da rea da saúde que apresentam melhor percepo na avaliao da educao para a saúde, embora 36.4% da amostra avaliasse como inadequada a educao para a saúde na rea da SIDA. Verificamos que existem vrias formas de efectuar educao para a saúde direccionada para o jovem, mas nem todas apresentam o mesmo grau de eficcia, pois como observamos a mudana de comportamentos e atitudes dos jovens, tendem a valorizar mais a informao fornecida pela comunicao social. Pensamos que so necessrias alteraes nos modelos de Educao para a saúde no mbito do VIH/sida, pois estas no esto a revelar um nvel de eficcia satisfatrio. Por outro lado, no h em Portugal, uma Educao para a Saúde estruturada e organizada que motive os jovens mudana de comportamentos, pois apesar de muitos deles terem conhecimentos, no alteram os comportamentos de risco.
Resumo:
O coping desempenha um importante papel na saúde individual e rendimento organizacional. Tal como o coping um tema de interesse recente e promissor na rea da psicologia da saúde ocupacional, tambm os fatores psicossociais do trabalho tm ganho um crescente interesse no domnio da saúde ocupacio-nal. No entanto, pouco se sabe acerca das configuraes de coping mais salu-tognicas no mundo do trabalho, e menos ainda acerca da participao dos fatores psicossociais na definio das mesmas. Esta ltima perspetiva assume os fatores psicossociais no como causas de stresse, mas enquanto recursos de coping. Com o presente estudo, desejvamos saber se as pessoas com melhor saúde no trabalho usam estratgias de coping diferentes daquelas com menor saúde, bem como se a escolha dessas estratgias influenciada pelos fatores psicossociais do trabalho. Pretendia-se ainda caracterizar o coping dos trabalhadores mais saudveis e produtivos, e perceber que fatores psicosso-ciais contribuem para o mesmo. Foram estudados 2960 profissionais de traba-lhos mentais, sendo 31% (n=909) profissionais de saúde e 69% (n=2051) pro-fissionais de outras reas. Alm das variveis sociodemogrficas, avaliou-se o coping (Brief COPE), os fatores psicossociais do trabalho (COPSOQ) e o ndi-ce de capacidade para o trabalho (ICT), enquanto indicador de saúde ocupa-cional. Desenhou-se um estudo transversal e quantitativo, com nveis de anli-se descritivo, exploratrio, correlacional e preditivo. Os resultados confirmaram as hipteses de estudo e permitem concluir genericamente que (1) o coping diferencia e determina a saúde no trabalho, (2) os fatores psicossociais do trabalho influenciam o coping, ainda que modestamente, e (3) o coping dos profissionais de saúde estruturalmente diferente do coping dos no profissio-nais de saúde. Os resultados possibilitam ainda estabelecer perfis de bom e de mau coping no trabalho e concorrem para definir estratgias de interveno psicolgica para o desenvolvimento do reportrio de coping dos profissionais de trabalhos mentais, bem como estratgias de gesto (de recursos humanos) para a melhoria do ambiente psicossocial do trabalho. Por fim, os resultados estimulam algumas consideraes tericas e metodolgicas que sugerem direes futuras para o estudo dos efeitos da relao do coping com o ambien-te psicossocial do trabalho na saúde e bem-estar individual, no rendimento organizacional e na qualidade de vida no trabalho. Julgamos, por fim, que os resultados obtidos podem contribuir para aprimorar os mecanismos de coping dos profissionais e para ajustar o ambiente psicossocial do trabalho.
Resumo:
Contextualizao: Recentemente tem-se verificado um aumento do nmero de estudos que relacionam conceitos da personalidade, tais como os Esquemas Mal-adaptativos Precoces (EMP), com a psicopatologia e com outras condies, tais como a obesidade, a dor crnica e o comportamento sexual agressivo. No entanto, a investigao acerca da relao entre os problemas de sono e os EMP encontra-se ainda numa fase inicial. Objetivos: Os objetivos do presente estudo foram investigar uma potencial relao entre os EMP e a m qualidade de sono em estudantes do ensino superior e observar que EMP apresentavam associaes de maior magnitude com a qualidade de sono nesta populao especfica. Mtodos: Estudantes de diversas universidades e institutos de ensino superior de Portugal foram convidados a responder a uma verso online dos questionrios Escala Bsica de Sintomas de Insnia e Qualidade de Sono (BaSIQS) e Questionrio de Esquemas de Young (YSQ-S3). A partir da amostra total obtida de estudantes do ensino superior de nacionalidade portuguesa (N = 1253) foi selecionada uma primeira subamostra (n1 = 409), usando como critrios de incluso a idade (entre os 18 e os 25 anos) e as pontuaes extremas de qualidade de sono da BaSIQS (m versus boa qualidade de sono). A partir da n1 extraiu-se uma segunda subamostra de participantes (n2 = 249), com caractersticas de um estudante tpico do ensino superior (estatuto de aluno ordinrio, solteiro, sem filhos, sem problemas de saúde, no medicado). Para estudar a relao entre os EMP, medidos pelo YSQ-S3, e a qualidade de sono foi aplicada uma MANOVA (Anlise de Varincia Multivariada) para cada um dos cinco domnios esquemticos (Distanciamento e Rejeio, Autonomia e Desempenho Deteriorados, Limites Deteriorados, Influncia dos Outros e Vigilncia Excessiva e Inibio), para ambas as subamostras (n1 e n2). Resultados: No que diz respeito n2, os estudantes com m qualidade de sono apresentaram nveis significativamente mais elevados dos EMP Abandono/ Instabilidade, Desconfiana/ Abuso, Isolamento Social/ Alienao (Domnio Distanciamento e Rejeio), Vulnerabilidade ao Mal e Doena (Domnio Autonomia e Desempenho Deteriorados), Grandiosidade/ Limites Indefinidos (Domnio Limites Deteriorados), Autossacrifcio (Domnio Influncia dos Outros) e Negativismo/ Pessimismo (Domnio Vigilncia Excessiva e Inibio). Concluses: Estes dados mostram que os EMP esto associados m qualidade de sono. No entanto, so necessrios estudos adicionais para melhor compreender esta relao e a sua implicao na prtica clnica.
Resumo:
Os estudos empricos sobre a humildade na rea dos estudos organizacionais so ainda escassos, com tambm os estudos sobre a humildade na liderana. Este trabalho contribui para enriquecer a literatura sobre o tema, atravs do estudo de como a humildade dos lderes prev a criatividade da equipa atravs do efeito mediador da segurana psicolgica e capital psicolgico. A amostra constituda por 73 equipas / lderes, de 40 organizaes que operam em vrios setores. Os lderes (n = 73) descreveram a sua prpria humildade, o seu narcisismo (como varivel de controlo) e a criatividade da equipa. Os membros da equipa (n = 341) descreveram a humildade do lder, a segurana psicolgica e o capital psicolgico da equipa. Foi adotada uma anlise ao nvel da equipa e os resultados individuais agregados ao nvel da equipa. Os resultados sugerem que (a) a humildade do lder descrita pelos membros da equipa prev a criatividade da equipa e (b) essa relao mediada pela segurana psicolgica e capital psicolgico. Lderes mais humildes levam as suas equipas a se sentirem psicologicamente mais seguras, o que induz ao desenvolvimento de um maior capital psicologico da equipa e, desta forma, tornarem-se mais criativas.
Resumo:
A ansiedade na performance musical (APM) um distrbio que afeta alguns msicos independentemente da sua idade, experincia, dedicao ou tipo de instrumento. A APM se faz presente em msicos de orquestras, coros e solistas e surge como um fenmeno fisiolgico, psicolgico, cognitivo e emocional. Este trabalho consiste em uma pesquisa acerca da ansiedade na performance musical em uma orquestra portuguesa. Atravs da aplicao do questionrio STAI-Y comparou-se como 36 msicos da Orquestra Filarmonia das Beiras se sentiram antes do concerto (ansiedade-estado) e em uma situao geral (ansiedade-trao). Alm disso, correlacionou-se os dados obtidos com dados sobre a populao portuguesa. Concluiu-se que os msicos da OFB no apresentaram diferenas significativas entre os dois momentos e apresentaram baixos ndices de ansiedade-estado e ansiedadetrao comparativamente populao portuguesa.
Resumo:
A ansiedade na performance musical (MPA-music performance anxiety) surge como um fenmeno fisiolgico, psicolgico, cognitivo e emocional que abrange todos os msicos independentemente da sua idade, experincia, dedicao ou tipo de instrumento. Pelo seu carcter crnico, e pela dificuldade que provoca na progresso na carreira, a MPA uma patologia nefasta que, quando toma propores exageradas, consegue afastar os msicos do seu ideal e objetivo de vida, pois o prazer de tocar substitudo pelo medo de ser julgado e observado por uma plateia ou jri. Pela necessidade de conhecer e saber reagir perante esta situao imperativo aprofundar os conhecimentos acerca desta, para uma identificao precoce dos alunos em quem a ansiedade atinge nveis preocupantes nas atuaes, quer a solo ou em orquestra. A correta abordagem deste problema por parte dos professores pode ser benfica, levando os alunos a confiarem mais nas suas capacidades e a obterem resultados positivos. Este trabalho surge da necessidade de conseguir quantificar a ansiedade nos adolescentes e para tal o uso de uma escala previamente existente em ingls. O objetivo explorar a ansiedade na performance musical atravs da traduo e aplicao do Music Performance Anxiety Inventory- Adolescents (MPAI-A) para a lngua portuguesa, contribuindo para a sua posterior validao.
Resumo:
The case study looked at psychological and physiological responses to stress in musicians, comparing a newly formed and a consolidated violin-piano duo. The common element between these duos was the pianist. Using the psychological tests (STAI Y1 and Y2, K-MPAI, MMPI-2, ICAC), the immunoassay saliva test to measure cortisol (stress hormone) and non- invasive device VitalJacket developed at the University of Aveiro, Portugal, participants were monitored under various performance conditions. Others quantitative and qualitative dataset were collected including a pianists personal diary (analyzed by psychiatrist), semi-structured interviews with members of long-terms chamber music duo and perceptual evaluations (listening test) of the performances by expert listeners. The variables included two performance venues (European university and secondary school), as well as well-known repertoire, recently known repertoire and newly known repertoire. The latter was given approximately one week before each recital. The psychological and physiological dataset were collected for a total of eight recitals two series of four recitals each. The unexpected results show that state anxiety levels and stress of the pianist, who does not present an anxious profile, either in social or in musical terms, are always higher when playing with a well-known partner. Possible explanations may be due to the highest expectations for quality of performance and implications of mirror neurons (since the reactions are very different according to the partner). In other words, the known (i.e., the consolidated duo) can become trapped within a predetermined space, especially at the psychological level, while the unknown (the occasional duo) seems to be less involved and therefore more reassuring and exciting in positive terms. In addition, the preference of the expert audience is for the consolidated duo.
Resumo:
O principal objetivo do presente estudo visa analisar as estratgias de internacionalizao adotadas por empresas portuguesas de diferentes indstrias, e identificar alguns fatores que potenciem o sucesso das empresas durante este processo de internacionalizao. Deste modo optou-se por um estudo qualitativo com entrevistas semiestruturadas baseadas num guio de entrevista (gravadas em udio e transcritas na totalidade), envolvendo os diretores / responsveis nas empresas por esta rea da internacionalizao, em seis empresas diferentes; foi ainda entrevistado um especialista em internacionalizao com background desenvolvido no exerccio de funes enquanto colaborador da AEP. Segundo foi apurado neste estudo destacam-se as reas de relaes humanas (rede de contactos (network); o know-how sobre o mercado local; as relaes de confiana; proximidade cultural e lingustica (CPLP)) e a capacidade tcnica das empresas (a proximidade geogrfica dos mercados; a adaptabilidade da empresa; a capacidade financeira e de inovao) como sendo fundamentais para a internacionalizao de sucesso. Estes fatores supracitados potenciam o sucesso em novos mercados para as empresas complementando assim o que apresentado pelas diferentes teorias na literatura (e. g. teoria de Uppsala). De notar que Blake e Mouton e estudos da Universidade de Michigan referem aspetos tcnicos (da tarefa e da produo) e de relaes humanas (preocupao com as pessoas) como sendo importantes na liderana de empresas, fatores que agora alargamos internacionalizao. Outro fator fundamental para o sucesso da internacionalizao das empresas estudadas a masculinidade, ou seja, a assertividade e a orientao para o sucesso dos gestores entrevistados e responsveis pela rea da internacionalizao. De acordo com o modelo de Hofstede (2001), referido no captulo 5, Portugal apresenta-se como sendo pouco masculina e pouco assertiva, coletivista, e com maior distncia de poder. No entanto, a informao recolhida neste estudo, nomeadamente nas entrevistas, mostra aspetos contrrios, ou seja, os diretores mostram-se mais masculinos, impulsionados tambm pela dificuldade acrescida de conquistar negcios em ambientes internacionais. Assim, os resultados e a competio revelam-se como sendo preocupaes fundamentais, mas sem no entanto menosprezar os aspetos femininos de qualidade de relacionamento interpessoal.
Resumo:
Os declnios cognitivo podem ser considerados normais a partir dos 60 anos. Estudos comprovam a relao entre o treino cognitivo e a melhoria no desempenho das funes cognitivas. Porm a informao acerca da possibilidade do treino cognitivo facilitar a alfabetizao dos idosos ainda no suficiente. Este um estudo quantitativo, observacional, descritivo e inferencial cujo objetivo averiguar se o programa de treino cognitivo CogWeb pode ser utilizado por idosos com baixo nvel de alfabetizao. A caracterizao da amostra feita a partir de um questionrio sociodemogrfico, o estado mental medido com o Mini Exame do Estado Mental, o nvel de alfabetizao medido com Provas de Avaliao dos Processos de Leitura e o treino cognitivo realizado com a verso impressa do programa CogWeb.
Resumo:
O stress um processo presente nas vivncias do quotidiano dos indivduos com implicaes a nvel do seu bem-estar e saúde. No caso especfico dos estudantes de Enfermagem, o ensino clnico tem sido identificado como uma componente de formao geradora de elevados nveis de stress. O presente estudo tem como principal objectivo analisar as inter-relaes que se estabelecem entre a percepo de situaes de stress, saúde, coping, suporte social, auto-estima e optimismo-pessimismo. Pretende-se construir e validar dois instrumentos, um de avaliao das situaes indutoras de stress em ensino clnico de Enfermagem (ECE) e outro de avaliao dos sintomas de stress. Outro objectivo consiste em traduzir e adaptar duas escalas, uma de avaliao da auto-estima e outra do optimismo-pessimismo. Pretende-se ainda estudar referidos constructos em funo de variveis scio-demogrficas e de caracterizao do ensino clnico realizado. O estudo desenvolvido, de natureza quantitativo, correlacional e transversal, baseou-se numa amostra de 1283 estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem, de cinco Escolas Superiores de Saúde da Regio Centro de Portugal. Foi utilizado um protocolo de investigao constitudo por 7 instrumentos: Caracterizao scio-demogrfica e do ECE, Escala de Stress em ECE, Escala de Sintomas de Stress, Questionrio de Estratgias de Coping, Escala de Satisfao com o Suporte Social, Escala de Auto-Estima e Escala de Optimismo-Pessimismo. Os resultados obtidos sugerem que, ao nvel das escalas, tanto as construdas no mbito deste trabalho, como as traduzidas apresentam validade e valores satisfatrios ao nvel da fidelidade, constituindo-se ento como instrumentos adequados e teis para o estudo dos constructos em questo. As situaes percebidas como geradoras de maior stress referem-se avaliao, aspectos pessoais e gesto do tempo e do trabalho. Em termos de sintomas de stress, os mais frequentes so de natureza fsica e cognitivoemocional. Em termos de estratgias de coping, os estudantes parecem recorrer com mais frequncia s estratgias centradas nos problemas. Os estudantes da nossa amostra referem uma maior satisfao a nvel do suporte social com a intimidade e evidenciam nveis positivos em termos de autoestima e optimismo. O sexo dos estudantes, o ano de frequncia do curso e variveis de caracterizao do ECE exercem um efeito diferencial nas problemticas em estudo. Consideramos que a identificao das situaes indutoras de stress em ECE, bem como a avaliao dos seus efeitos na saúde dos estudantes e a compreenso dos mecanismos de coping podem contribuir para o desenvolvimento de programas de gesto e controlo do stress que os capacitem para transformar os desafios em potenciais situaes de desenvolvimento pessoal, social, acadmico e profissional.
Resumo:
A disfuno erctil actualmente considerada um problema de saúde pblica que afecta muitos milhares de homens em todo o mundo. Para alm dos factores de natureza mdica, reconhecidamente implicados neste tipo de problemtica sexual, a literatura emprica tem destacado um conjunto de variveis de cariz psicolgico envolvidas nas dificuldades. No obstante, o estudo acerca da influncia de variveis disposicionais no funcionamento erctil no tem merecido muita ateno da literatura cientfica nos ltimos anos. Neste sentido, o conjunto de estudos apresentados no mbito da presente dissertao procurou investigar de que forma variveis disposicionais como as dimenses da personalidade, afecto-trao, auto-conscincia sexual e mecanismos de excitao e inibio sexual, intervm na resposta de excitao sexual masculina e so susceptveis de se constiturem como factores de risco psicolgico para o desenvolvimento e/ou manuteno da disfuno erctil. Este trabalho envolveu a participao de um total de 1,274 indivduos da populao Portuguesa e os resultados obtidos indicaram a relevncia das referidas variveis no funcionamento erctil de homens sexualmente funcionais da comunidade e tambm em homens diagnosticados com disfuno erctil. Adicionalmente, os dados mostraram que as dimenses disposicionais avaliadas se encontram envolvidas na disfuno erctil associada a diferentes factores etiolgicos (factores psicológicos e/ou mdicos), sublinhando a sua relevncia para a generalidade das situaes clnicas relacionadas com a perda da funo erctil e de forma independente dos factores precipitantes envolvidos. Ao demonstrar empiricamente que aspectos individuais de natureza psicolgica so susceptveis de interagir com factores de ordem mdica no desenvolvimento e na manuteno da disfuno erctil, o conjunto dos dados apresentados oferece uma perspectiva integrada para a conceptualizao deste quadro clnico e encoraja a utilizao de uma abordagem teraputica multidisciplinar no tratamento das dificuldades ercteis.
Resumo:
O presente trabalho tem como principal objetivo, estudar a relao entre a presena de vulnerabilidade para a manifestao de sintomatologia psiquitrica e a sua relao com a capacidade para o trabalho e, como objetivo secundrio, estudar o impacto da funo cognitiva executiva na capacidade para o trabalho. Os problemas de saúde mental so comuns na populao em geral, sendo estimado que uma em cada cinco pessoas pode apresentar sintomatologia de algum distrbio mental ao longo de um ano. Por seu lado, a doena mental apresenta um impacto bastante significativo ao nvel do absentismo laboral, tendo como consequncia um custo bastante significativo ao nvel do desempenho laboral (produtividade), bem como ao nvel da saúde fsica e mental (Wu, Chi, Chen, Wang & Jin, 2009). O excessivo Stress Ocupacional experienciado pelos trabalhadores tem sido fortemente associado com o aparecimento de doenas e prejuzo da saúde mental interferindo na sua capacidade para o trabalho, produtividade, bem estar e qualidade de vida. A uma amostra de 125 trabalhadores foram aplicadas as escalas WAI (escala de ndice de capacidade para o trabalho), BSI (Inventrio de sintomas psicopatolgicos) e o ESI (Inventrio de Externalizao verso reduzida) e, numa subamostra de 30 trabalhadores, foram aplicados os testes neuropsicológicos pela seguinte ordem: CAT (Halstead Category Test), WCST (Wisconci Card Sort), e a TH (Tower of Hanoi). Foram confirmadas todas as hipteses do estudo o que sugere que existe, de facto, uma relao entre a presena de vulnerabilidade para manifestao de sintomatologia psiquitrica com a capacidade para o trabalho e, tambm, que as funes executivas manifestam grande impacto na capacidade para o trabalho. Assim, a implementao de um programa de promoo para o trabalho e preveno de risco nos trabalhadores torna-se crucial para o aumento da produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, da prpria organizao.