116 resultados para Educação integral Nova Iguaçu (RJ)
Resumo:
No presente trabalho foram desenvolvidos modelos de classificao aplicados minerao de dados climticos para a previso de eventos extremos de precipitao com uma hora de antecedncia. Mais especificamente, foram utilizados dados observacionais registrados pela estao meteorolgica de superfcie localizada no Instituto Politcnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em Nova Friburgo RJ, durante o perodo de 2008 a 2012. A partir desses dados foi aplicado o processo de Descoberta de Conhecimento em Banco de Dados (KDD Knowledge Discovery in Databases), composto das etapas de preparao, minerao e ps processamento dos dados. Com base no uso de algoritmos de Redes Neurais Artificiais e rvores de Deciso para a extrao de padres que indicassem um acmulo de precipitao maior que 10 mm na hora posterior medio das variveis climticas, pde-se notar que a utilizao da observao meteorolgica de micro escala para previses de curto prazo suscetvel a altas taxas de alarmes falsos (falsos positivos). Para contornar este problema, foram utilizados dados histricos de previses realizadas pelo Modelo Eta com resoluo de 15 km, disponibilizados pelo Centro de Previso de Tempo e Estudos Climticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais CPTEC/INPE. De posse desses dados, foi possvel calcular os ndices de instabilidade relacionados formao de situao convectiva severa na regio de Nova Friburgo e ento armazen-los de maneira estruturada em um banco de dados, realizando a unio entre os registros de micro e meso escala. Os resultados demonstraram que a unio entre as bases de dados foi de extrema importncia para a reduo dos ndices de falsos positivos, sendo essa uma importante contribuio aos estudos meteorolgicos realizados em estaes meteorolgicas de superfcie. Por fim, o modelo com maior preciso foi utilizado para o desenvolvimento de um sistema de alertas em tempo real, que verifica, para a regio estudada, a possibilidade de chuva maior que 10 mm na prxima hora.
Resumo:
As atividades de controle da dengue no municpio de Pira RJ, incorporadas s atividades da Estratgia de Sade da Famlia (ESF) desde 2005, experimentaram avanos relacionados s aes de Vigilncia Ambiental em Sade, envolvidos na vigilncia da dengue. O novo modelo promoveu a integrao das aes, a vinculao e responsabilidade do setor sade com a populao adscrita, fortalecendo o cuidado com o territrio na preveno de doenas e agravos transmitidos por vetores. Esta pesquisa teve como objetivo a anlise do processo de implantao da integrao das aes de vigilncia da dengue nas unidades da Estratgia de Sade da Famlia de Pira tendo como eixo norteador a construo da integralidade nas prticas em sade. Realizou a contextualizao do processo poltico gerencial que motivou e garantiu a integrao das aes e buscou identificar como so as percepes, significados e os desafios pelos Agentes Comunitrios de Sade (ACS) no dia a dia das aes de vigilncia e da integrao delas com suas prticas cotidianas. Os resultados dos indicadores de controle do vetor, obtidos aps a integrao das aes no municpio de Pira, mostram que ela tem sido efetiva. No grupo focal os agentes de sade expressaram a dificuldade da populao em perceber e entender esse novo papel desempenhado pelos ACS. Por outro lado, eles tm grande preocupao com a possibilidade desta nova atividade vir a interferir no vnculo deles com a comunidade. Tambm foi identificado que os agentes ainda distanciam a ao de educação em sade da vigilncia ambiental. Esta dificuldade parece estar relacionada a prpria concepo, ainda medicalizada e individualista, do papel da educação e promoo em sade a serem desenvolvidas no territrio. Apesar do grande sucesso alcanado na integrao das aes, preciso entender que este um processo dinmico e em constante transformao. Ele implica em um exerccio constante de avaliao e dilogo sobre as questes envolvidas no cotidiano desta prtica.
Resumo:
A presente dissertao situa-se no mbito dos estudos da linguagem e do mundo do trabalho do professor. Visa contribuir para o enriquecimento do debates sobre de polticas pblicas referentes ao ensino de lnguas estrangeiras (LEs) adotadas pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME_RJ). Teve como objetivo, a partir de um olhar lingstico-discursivo, analisar um conjunto de exerccios destinado reviso da aprendizagem de LEs ingls, francs e espanhol no 6 ano do ensino fundamental intitulado Caderno do Aluno Material de Reviso, quando os alunos iniciam a aprendizagem de uma dessas lnguas.. Esse material foi utilizado em todas as escolas da mencionada rede pblica de ensino nos 45 dias inicias do ano letivo de 2009, momento dedicado reviso dos contedos. A orientao terica seguida considera as noes de dialogismo e gnero do discurso (BAKHTIN, 1992). Entre nossas concluses, observa-se que apesar da nova organizao da sociedade e dos avanos das polticas pblicas direcionadas Educação, verifica-se um retrocesso na concepo institucional do trabalho educativo, tendo em vista a falta de autonomia destinada aos professores para exercerem sua prtica de trabalho em sala de aula
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo analisar alguns dos iderios scio moralizantes que foram repercutidos na construo do pensamento social brasileiro, atravs das polticas pr-educação implementadas na dcada de 1940. O processo histrico que culminou com a edificao da Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias no Rio Janeiro, surge, portanto, como um locus privilegiado para a investigao deste modelo educacional. Nesse contexto, as reflexes da intelectualidade poca, eram revestidas de uma expectativa moralizadora: "salvao pelo trabalho". Desta forma, surgiram espaos escolares que funcionavam em regime de internato e semi-internato, como a Cidade dos Meninos. Tratava-se de uma instituio destinada para essas populaes "desvalidas", que seriam alvo de uma poltica educacional direcionada para a oferta do ensino "das letras" e do ensino profissionalizante de carter elementar. Contudo, em 1950, ao ter uma fbrica de pesticidas instalada em seu interior, e com o posterior abandono desta, em virtude da mesma ter se tornado invivel economicamente em 1960, esse espao foi alvo de uma contaminao ambiental e humana. Somente cerca de 30 anos depois, a referida contaminao foi trazida a pblico a partir de denncias jornalsticas. A principal conseqncia foi o fechamento das escolas e a interrupo dos projetos de assistncia social prejudicando muitos dos assistidos e antigos funcionrios que assentaram residncia na localidade, fazendo com que o problema social e de sade pblica se desdobrasse tambm numa questo fundiria. Todo esse movimento parece ter levado os atores sociais envolvidos no processo uma elaborao pragmtica sobre o papel da educação, do Estado, da pesquisa cientfica e do tipo de poltica que se destina a populaes em situao de "periculosidade". A anlise das memrias e das "trajetrias exemplares" de alguns moradores contriburam para a compreenso da relao entre as polticas sociais e a perspectiva dos assistidos. Esse fato denota a possibilidade, na atualidade, de que os pressupostos que idealizaram tais polticas "scio moralizantes" ainda apresentem vestgios no discurso e na ao tanto das autoridades, quanto dos prprios pesquisadores, desqualificando seus interlocutores e obscurecendo a soluo do problema no referido local
Resumo:
Esta dissertao tem como objeto a formao dos Agentes Comunitrios de Sade de Duque de Caxias. Com a aprovao da Lei Federal N 11.350 de 2002 que institui como um dos requisitos para o exerccio da atividade haver concludo, com aproveitamento, curso introdutrio de formao inicial e continuada, e com base no Referencial para Curso Tcnico de Agente Comunitrio de Sade esta pesquisa tem a finalidade de analisar como se encontra a formao dos ACS de Duque de Caxias-RJ. Para tanto foram entrevistados 17 Agentes Comunitrios de Sade, representante da Secretaria Municipal de Sade, representante do SINDSPREV-RJ Sindicato dos Trabalhadores em Sade, Trabalho e Previdncia Social no Estado do Rio de Janeiro, representante do MUB Federao Municipal de Associaes de Moradores e representante dos Conselhos Municipal e Estadual de Sade. Desta forma, pretende-se atravs da anlise dos diversos segmentos envolvidos no processo de construo da sade no municpio perceber como realizada a formao dos ACS e de que forma esta formao colabora (ou no) para a implementao plena da Estratgia da Sade no referido municpio. Como resultado chegou-se a concluso que a Lei foi cumprida parcialmente, pois em 2007 a Secretaria Municipal de Sade disponibilizou a formao inicial em um curso de 400 horas finaciado pelo governo federal, porm depois desta data a referida secretaria no deu continuidade a formao tcnica e adotou a capacitao com fim em si mesma e com carter de treinamento para combater agravos e doenas. Atravs da anlise da fala dos movimentos e instituies sociais, percebe-se que o fato da maioria dos ACS serem nomeados por indicao poltica e atravs de contratos de trabalho frgeis e a ausncia de uma formao slida e consistente estes trabalhadores no se organizam e assim deixam de lutar por direitos e melhores condies de trabalho.
Resumo:
Esta Pesquisa, de natureza qualitativa, teve por objetivo, descrever e analisar o processo de formao (2009) de um grupo de educadores os Agentes Auxiliares de Creche1 (AAC)-, recm concursados, atravs de um Estudo de Caso. Para tanto, fez parte das anlises as recentes mudanas nas polticas de educação infantil do municpio do Rio de Janeiro (1997-2010) e o percurso de constituio da unidade de educação infantil -Creche Municipal Odetinha Vidal de Oliveira, atravs do relato de alguns de seus lderes comunitrios. No municpio do Rio de Janeiro, as creches pblicas resultaram da transferncia das instituies que pertenciam antiga Secretaria de Desenvolvimento Social (SMDS), atual Secretaria Municipal de Assistncia Social (SMAS), para a Secretaria Municipal de Educação (SME). Atualmente, a rede municipal de ensino totaliza 255 creches municipais, com 33.348 alunos, em horrio integral (7h -17h). No ano de 2005, o poder executivo do municpio do Rio de Janeiro, atravs da Lei 3985 de 08 de abril, criou a categoria funcional de Agente Auxiliar de Creche, que passou a integrar o Quadro de Pessoal de Apoio Educação. O ingresso ao cargo deu-se atravs de concurso pblico, realizado em 2007, constitudo de provas e provas de ttulos, sendo exigida, a formao mnima em nvel fundamental (o que fere a LDBEN 9394/96) e carga horria de 40 horas semanais. A seleo ocorreu regionalmente, isto , por CRE. Em junho de 2008, o quadro de pessoal das creches pblicas do municpio do Rio de Janeiro passou a contar em sua estrutura, com os novos profissionais egressos do concurso, marcando uma nova trajetria na histria dessas instituies. A partir da anlise do perfil destes educadores, meu objetivo foi refletir sobre a formao em servio necessria para atender s especificidades de trabalho com criana de zero a trs anos. Estaremos assim, co-participando na implementao de polticas pblicas de Educação Infantil da prefeitura quanto formao em servio dos agentes auxiliares de creche. Para tanto, propomos trs temas comuns e complementares de pesquisa: Insero das crianas e famlias creche; Brincar/Brincadeira; Arranjo espacial. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram: observao participativa, questionrios, e entrevistas. Foram tambm desenvolvidas, com os educadores, atividades de formao e sesses reflexivas que proporcionem o pleno desenvolvimento profissional desses sujeitos.
Resumo:
Os problemas ambientais so cada vez mais comuns e de magnitudes e escalas variadas, atingindo principalmente as reas urbanas. Poluio atmosfrica e dos corpos dgua, deslizamentos de encostas e enchentes so alguns dessas situaes adversas. So Gonalo no foge regra. Localizada na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, essa cidade sofre com as situaes exemplificadas, principalmente em relao a degradao dos rios urbanos e as enchentes que acometem algumas reas do municpio. Partindo-se da problemtica exposta, a presente pesquisa tem como objetivo principal promover uma discusso terica e reflexiva sobre a importncia da efetivao da educação ambiental com foco na bacia hidrogrfica urbana, tomando-se a bacia hidrogrfica do rio Imboass no municpio de So Gonalo (RJ), como recorte. A fundamentao metodolgica deste trabalho est pautada na anlise ambiental que prioriza a participao pblica e a educação ambiental no processo de planejamento e gesto, visando minimizar as diversas situaes de desequilbrio e degradao que acometem a bacia. A operacionalizao deu-se do seguinte modo: anlise inicial a partir da sistematizao de estudos diagnsticos e de consultas de documentos, relatrios, dentre outros de rgos governamentais; anlise intermediria a partir da observao em campo do atual estado de degradao da bacia hidrogrfica do rio Imboass e da identificao do conjunto de polticas pblicas vigentes; anlise integrada anlise dos estudos diagnsticos, anlise da situao atual da bacia (in loco e documental), anlise final com identificao de lacunas de gesto e propostas viveis no mbito da educação ambiental. Verificou-se que essa bacia est urbanizada e os rios que a compem descaracterizados e poludos, com histrico de enchentes. Falta de ordenamento urbano, degradao ambiental e descaso do poder pblico so alguns problemas enfrentados pelos moradores dessa bacia, resultando na falta de ordenamento territorial urbano e falta de qualidade de vida da populao. Diante do exposto, fica claro a necessidade de se criar mecanismos que amenizem essa degradao e tragam equilbrio ao funcionamento e dinmica da bacia, influenciando positivamente o dia-a-dia da populao residente em seu interior. Um eficiente caminho para promover essa mudana a educação ambiental como ferramenta para a transformao da sociedade, conscientizando-a de seu papel participativo e modificando a maneira como esta se relaciona com o meio ambiente. Verificou-se que na prtica, na bacia do Imboass, o poder pblico no efetiva os pressupostos presentes, tanto na legislao ambiental, quanto no plano diretor municipal e alguns rgos (CEDAE, INEA, SEMMA) no atuam de forma satisfatria. Logo, levantar a discusso da importncia da Educação Ambiental como poltica pblica a ser promovida pelos gestores municipais e apontar para a participao e atuao da sociedade de forma crtica na estruturao do espao urbano de extrema importncia para promover melhoria na relao sociedade meio ambiente.
Resumo:
Unidades de conservao da natureza sofrem historicamente de problemas envolvendo, por exemplo, administrao pblica e legitimao popular, o que reflete quadros de ineficincia e conflitos locais em vrios nveis. Nesse contexto, a rea de Proteo Ambiental de Petrpolis (APA Petrpolis) abordada, com o objetivo de se prover um quadro analtico sobre a sustentabilidade regional e a percepo popular acerca da proposta de da APA Petrpolis, usando mtodos em percepo ambiental focada nos segmentos universitrios. A tese se divide em trs momentos analticos: primeiramente, so apresentados os contextos histricos, sociais e polticos locais da paisagem, no mbito da criao da APA Petrpolis e das contradies acerca do funcionamento do modelo, sob um referencial terico que engloba polticas locais, manejo de unidades de conservao, conflitos ambientais e participao social. Em segundo lugar, analisou-se a percepo ambiental de 606 alunos universitrios (por meio de questionrios) e sete professores e gestores das universidades participantes (por meio de entrevistas) na APA Petrpolis, buscando fenmenos e caractersticas especficas das subjetividades inerentes a tais grupos. Por fim, apresenta-se concepes teis para a organizao de alternativas tericas e prticas para uma educação ambiental emancipatria e transformadora voltada para a realidade dos segmentos universitrios da APA Petrpolis. Os resultados envolvem a exposio de um complexo contexto histrico e poltico que traduz a parca funcionalidade deste modelo de conservao da paisagem. O planejamento territorial da cidade, o prprio contexto de criao da unidade e o cenrio poltico regional so aspectos que contribuem para a baixa funcionalidade da APA. Os questionrios evidenciam uma percepo superficial dos problemas ambientais de Petrpolis, assim como um baixo reconhecimento da APA. As entrevistas, de outra maneira, evidenciam dois fenmenos: a naturalizao das questes sociais e a invisibilizao das questes ambientais. As alternativas tericas e metodolgicas apresentadas para abordar as questes ambientais da APA Petrpolis para os universitrios envolvem o conceito de alfabetizao ecolgica e a formao de sujeitos ecolgicos, como diretrizes para uma educação voltada para a sustentabilidade regional.
Resumo:
A presente pesquisa de mestrado tem como objeto de estudo o currculo do Programa de formao inicial para professores em exerccio na educação infantil (PROINFANTIL/MEC). Tem o objetivo de investigar e analisar a produo curricular e docente do referido programa no municpio de Mesquita - RJ, entre os anos de 2009 a 2011. Este programa de formao tem seu texto curricular desenvolvido pelo Ministrio da Educação, esfera federal, desenvolvido em parceria entre estados e municpios, com a participao de mltiplos sujeitos ativos no trabalho com a Educação Infantil: educadores de creches comunitrias, auxiliares de creches e pr-escolas concursados das redes municipais de ensino, professores formadores, professores tutores, professores das universidades, representantes das esferas federal, estadual e municipal, entre outros atores. O foco de anlise est no portflio ? instrumento de avaliao e registro escrito do currculo do curso - construdo pelas professoras cursistas participantes, entendendo-o como espao de produo dinmica do currculo da educação infantil, tecido em meio a uma rede de relaes no processo de formao docente, criando diferentes sentidos e significados para as questes curriculares. A base terica para dialogar com esta pesquisa est nos estudos de Ball (2006), Bhabha (2007), Macedo e Frangella (2007), que trazem discusses fundamentais sobre a produo cclica de polticas curriculares, tecidas em meio a processos de hibridizaes culturais e negociaes constantes. A formao docente e o currculo aqui so entendidos como construes ininterruptas entre/nas negociaes dos diferentes sujeitos envolvidos, em meio a diversos contextos da educação infantil.
Resumo:
Ao longo dos anos 1990, a partir da Constituio Federal de 1988, da Emenda Constitucional n 14 e da LDB, ambas de 1996, novo panorama educacional tomou forma no Brasil, causando impactos, principalmente no meio rural. Naquele momento, se redefiniram as responsabilidades de estados e municpios na oferta da educação escolar, instituram-se mecanismos de colaborao, financiamento, e manuteno entre as trs esferas, reforando-se o papel da Unio, como coordenadora das polticas em mbito nacional. Considerado pelo Governo Federal como a principal reforma educacional promovida pelo Brasil na dcada de 90, o Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF) assegurava a redistribuio dos recursos pblicos, vinculados ao ensino obrigatrio, de acordo com o nmero de alunos atendidos pela rede municipal e estadual de ensino,baseado no custo- aluno anual. Ao mesmo tempo, atravs do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE), a Unio exerce sua funo supletiva e redistributiva em relao escolaridade obrigatria. A investigao tem ainda como objetivo, desvelar algumas contradies; a regulamentao do FUNDEF implicou em perda ou aumento da receita; enquanto, nos programas no FNDE, os gastos com os recursos pblicos deveriam ser controlados pelos diversos conselhos de fiscalizao e acompanhamento (CACS). Por outro lado, em alguns municpios do interior, o critrio para a escolha dos integrantes destes conselhos e dos prprios secretrios de educação, se revela como de cunho pessoal, priorizando a execuo das formalidades burocrticas. Perante tal cultura poltica, o cumprimento da nova legislao, gerou dificuldades de ordem poltico-administrativa, no sentido de assumir as exigncias daquelas novas diretrizes. O estudo sobre os sistemas pblicos de ensino da Regio Serrana (RJ) se baseou na metodologia do estudo de caso, na reviso de literatura sobre o tema e tambm, em dados oficiais e entrevistas com os dirigentes das secretarias municipais de educação de Santa Maria Madalena, Trajano de Moraes e So Sebastio do Alto.
Resumo:
Este estudo fruto da pesquisa de mestrado do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ). Teve por objetivo identificar e analisar as prticas realizadas pelos enfermeiros na equipe da ESF do municpio de Itabora, correlacionando-as com a Poltica Nacional de Ateno Bsica, (PNAB, 2012). A escolha pelo estudo das prticas de enfermagem na equipe da ESF iniciou-se a partir de reflexes em torno do projeto de pesquisa denominado Saberes e Prticas na Ateno Primria a sade: dilogos entre usurios e profissionais de sade no Estado do Rio de Janeiro. Estas reflexes levaram ao entendimento de que as prticas de sade dos enfermeiros influenciam e so influenciadas por constructos socias tais como a cultura, poltica, economia e pelas relaes de poder existentes no interior das equipes de sade; o que pode potencializar ou minimizar a realizao de prticas integrais que atendam as necessidades de sade dos usurios, a consolidao no novo modelo de assistncia sade e o fortalecimento da identidade profissional do enfermeiro. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida no perodo de 2012 a 2013, sendo utilizada a entrevista semiestruturada e a observao semiestruturada como instrumentos de coleta de dados. Foi utilizado como critrio de incluso as USFs com equipe mnima de sade completa e cujos enfermeiros possussem, pelo menos, dois anos de atuao na estratgia. Os critrios de excluso foram: USFs que no possussem equipe mnima completa e cujos enfermeiros tivessem menos de dois anos de atuao na ESF. Foram entrevistados 10 enfermeiros. A tcnica de anlise utilizada foi a anlise temtica proposta por Bardin associada a anlise do dirio de campo chegando as seguintes categorias: A prticas dos enfermeiros na ESF de Itabora frente a PNAB, (2012); elementos orientadores das prticas dos enfermeiros: o normativo e o social e as prticas do enfermeiro na ESF e o trabalho em equipe. Concluiu-se que os enfermeiros realizam prticas assistncias, de educação em sade e de gerncia, sendo as mesmas embasadas pelos manuais do MS e pelas necessidades de sade da populao adscrita. No entanto, estas prticas encontram alguns entraves para serem realizadas dentro da equipe causando desnimo para o enfermeiro e reduzindo suas potencialidades. Acredita-se que este estudo aponta para a necessidade de uma reavaliao no mbito organizacional da assistncia da ESF neste municpio, assim como parece imprescindvel o dilogo entre as experincias prticas e os conhecimentos terico de forma a orientar a construo de saberes e a formulao de uma viso crtica sobre as prticas.
Resumo:
A tese tem como propsito analisar a conexo que se estabelece entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a educação de Seropdica. Tal universidade foi construda em uma regio quase desabitada, prxima cidade do Rio de Janeiro e sua instalao provocou a ocupao paulatina da regio at vir a se constituir em um municpio autnomo. O trabalho estrutura-se em quatro captulos. Inicialmente, examina-se o territrio de Seropdica, recuperando o processo de povoamento ao longo dos sculos, desde as primeiras ocupaes indgenas, a chegada dos portugueses, e j no sculo XIX, a atividade de produo da seda, que d nome ao municpio, at a instalao da instituio universitria. No segundo captulo examina-se a histria da universidade no Brasil, destacando o seu tardio aparecimento, focalizando a UFRRJ, desde a Escola de Agronomia e Medicina Veterinria, a ESAMV, at chegar estrutura atual e sua relao com a educação de Seropdica. A anlise do sistema de ensino municipal, apresentada no terceiro captulo, evidencia o processo de expanso da rede escolar desde os tempos de distrito de Itagua at a emancipao, examinando o processo de transferncia de uma rede outra, a fundao de novas escolas e a integrao dessas comunidade em que se encontra inserida. Por fim, a tese em seu ltimo captulo, analisa as escolas surgidas diretamente a partir da presena da universidade na regio, em especial, a criao do Centro de Atendimento Integral Criana (CAIC) Paulo Dacorso Filho.
Resumo:
A pesquisa que apresento discutiu as polticas pblicas de educação da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ) no segundo governo Srgio Cabral (2011- 2014). Desde os anos 1990 vem ocorrendo uma recomposio do trabalho escolar e, por consequncia, do trabalho docente na educação bsica brasileira, para atender s novas exigncias que vm sendo apresentadas educação escolar pblica, em particular com relao a seus objetivos, organizao e gesto. No perodo estudado (2011 2014), ganham destaque as polticas de responsabilizao dos docentes pelo desempenho aferido da escola inserido numa lgica gerencialista da educação, segundo a qual as escolas so administradas com mtodos semelhantes aos das empresas privadas, o que provoca intensificao do trabalho docente e o modifica. Com a baixa remunerao, associada ao arrocho salarial promovido pelas polticas de conteno dos gastos pblicos dos anos 1990, os docentes da SEEDUC/RJ acumularam perdas salariais que (no cobertos pelos ganhos na remunerao bruta que ocorre no perodo de 2011 a 2014), acrescidas expanso da cobertura da escola pblica bsica, sem os investimentos necessrios para tanto, entre outros fatores, foram tornando o trabalho deste docente crescentemente precarizado. Procurei discutir ento, dialogando com as teses de proletarizao e desprofissionalizao do professorado essa recomposio do trabalho docente que vem ocorrendo de forma particularmente intensa no Rio de Janeiro, com a implantao do Plano de Metas da Educação pela SEEDUC/RJ em janeiro de 2011. O Plano de Metas da Educação traz profundas modificaes para a rede, medida que estabelece metas de produtividade por unidade escolar, relativas ao fluxo escolar e ao desempenho dos alunos em avaliaes externas. Existem ganhos na remunerao dos docentes de 2011 a 2014, ao mesmo tempo em que se intensifica o trabalho docente, sobrecarregado e modificado em seu carter devido ao crescimento de tarefas de execuo, mecnicas, no propriamente intelectuais, e diminuio do espao das atividades de elaborao, de carter mais propriamente intelectual. A composio da carga horria, a atuao em diversas redes de ensino, a provisoriedade que afeta o vnculo com a profisso, so tratadas, neste trabalho, como elementos que interferem na formao da concepo poltico-pedaggica deste profissional. Procurei discutir ento de que modo ocorre esta recomposio do trabalho docente, considerando sua relao com as suas condies efetivas de realizao e de exerccio da autonomia pedaggica deste trabalhador.
Resumo:
O objetivo da pesquisa que resultou nesta dissertao consiste na anlise sobre as origens do primeiro leprosrio fluminense, a Colnia de Igu, em Itabora, Estado do Rio de Janeiro. Busco privilegiar no s a anlise desta "cidade em miniatura" tal como se pretendeu constituir um leprosrio e sua estrutura mas tambm os impactos poltico-sociais ocorridos com sua fixao em um municpio que alimentou, durante a primeira metade do sculo XX, a ideia de que poderia recuperar a situao de pujana econmica e poltica que viveu entre os sculos XVIII e XIX, quando ocupou importante papel na economia fluminense e brasileira. Nesta anlise focalizamos o movimento de resistncia contra a instalao da Colnia neste municpio originada por aqueles que acreditavam que o leprosrio iria prejudicar o reflorescimento da regio, bem como as disputas polticas envolvidas em sua fixao na cidade. Tambm consideramos os relatos de ex-internos do antigo leprosrio sobre a experincia do viver em uma colnia de atingidos pela lepra. Algumas de suas memrias foram incorporadas ao trabalho em nossa tentativa de relatar o cotidiano de um sistema que os segregou pela fora do ato de internar compulsoriamente. Os marcos cronolgicos da pesquisa se referem, respectivamente, ao ano de 1935, quando foi lanada a pedra fundamental para construo da Colnia de Igu e que tambm um perodo marcado pelo incio do Plano Nacional de Combate Lepra. Tal Plano representou uma acelerao na construo e modernizao de instituies dessa natureza em todo pas e marcou um momento de consolidao do internamento como profilaxia dos doentes. Como marco final, estabelecemos o ano de 1953 quando a Colnia Tavares de Macedo, como o Igu ficou denominado a partir de 1942 recebe o novo sistema de abastecimento de gua, evidenciando a aliana entre a instituio e o poder local na luta por melhorias do sistema de servios pblicos do municpio e, portanto, evidenciando a falsa questo de que a presena da Colnia iria prejudicar o municpio.
Resumo:
O estudo partiu do dilogo entre as polticas pblicas de meio ambiente e o referencial terico crtico da educação e da justia ambiental. Ancorada na filosofia da prxis, uma categoria central do materialismo-histrico, busca ir alm dos aspectos tericos. A pesquisa tem o objetivo de contribuir para o entendimento e melhoria dos processos complexos e contraditrios de implementao da educação ambiental como condicionante de licena de operao e produo da indstria de petrleo e gs no Brasil. Tais projetos mitigatrios so conduzidos e monitorados pelo rgo ambiental, mas devem ser implementados e executados pelos prprios empreendedores que causam os impactos socioambientais nas localidades. Em contrapartida, projetos de educação ambiental crtica e participativa, desenvolvidos compulsoriamente no licenciamento offshore, esto voltados para os grupos socioambientais impactados. Preconizam o fortalecimento e a integrao desses grupos diante do Estado e do prprio empresariado e devem estimular participao em processos decisrios da gesto ambiental local. A tese a ser demonstrada a de que, neste campo de disputas pelo uso e gesto do territrio, os PEAs em sua prxis educativa e enquanto poltica pblica no mbito do licenciamento, constitui-se em um instrumento em potencial na construo de cidadania poltica. Na busca por investigar a efetividade desses PEAs, implementados na maior bacia petrolfera do pas, a bacia de campos, a pesquisa faz primeiramente um estudo documental e posteriormente um estudo emprico com os atores sociais participantes dos projetos. A pesquisa documental revelou que existiam cinco PEAs desenvolvidos entre os anos de 2010 e 2012: o Projeto Plen e o NEA-BC (Petrobras); o PEA ObservAo (PetroRio, antiga HRT); o PEA FOCO (Statoil) e o QUIPEA (Shell). A pesquisa emprica foi feita nos municpios de So Francisco de Itabapoana, So Joo da Barra, Armao dos Bzios e Cabo frio, contemplados com 80% dos projetos desenvolvidos na regio e percorreu 17 localidades dos municpios e foram realizadas 52 entrevistas. Esta etapa da pesquisa traz as motivaes acerca dos projetos, opinies sobre o processo formativo, as transformaes prticas vividas pelos atores a partir das vivncias nos projetos e aspectos da participao desses atores sociais dentro e fora dos PEAs. 70% dos entrevistados trazem as crenas nos projetos devido s: propostas, objetivos e metodologias (discusses participativas, encontros de comunidades) e equipe de executores (com os quais os atores tm uma relao de afeto e admirao); 28% abarcam as descrenas: lentido e subjetividade dos resultados; o no entendimento acerca da origem dos projetos (mitigatrios, compesatrios, etc); conflito nas relaes entre os quilombolas e os empresrios; gastos com os projetos e no com a comunidade. Outras categorias surgem: remunerao/contratao; Obteno de uma sede para o projeto; a excelncia no processo formativo (onde alguns mtodos devem ser repensados); a interao e a articulao entre os projetos. O estudo tambm revelou que os participantes passaram a participar de instncias da gesto pblica de seus territrios. As questes so apontadas para que esses projetos possam ser aperfeioados, mesmo diante de todas as contradies, tenses e conflitos que isso impe em uma sociedade desigual, reduzindo a natureza, a mercadoria e a relaes precificadas.