360 resultados para Universidade do Estado do Rio de Janeiro Terminologia


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A presente tese se prope a identificar a relao entre os presdios do Rio de Janeiro e o processo de excluso e dominao, essenciais para a construo da hegemonia. Para isso, analisamos a relao da construo da ordem vigente com as unidades prisionais, desde o incio do sculo XIX, percebendo a forma como o Estado inseriu tais unidades em sua poltica a fim de garantir a dominao, criminalizando os grupos subalternos. Desta forma, os presdios aparecem como rotuladores, no s de indivduos, como tambm de sua identidade e espao, alm, claro, de confirmar seu status social. Para esta investigao foram utilizados a pesquisa bibliogrfica e o cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e do Ministrio da Justia, alm do material didtico utilizado pelas escolas prisionais do Rio de Janeiro. Nossa anlise partiu da compreenso do presdio enquanto lcus de conteno e controle do excedente excludo, encontrada nas obras de Nilo Batista e das perspectivas de David Garland e Loic Wacquant que contextualizam estas instituies pela mesma tica na poltica neoliberal. Como escopo terico principal, aliceramos esta pesquisa na teoria do desvio, desenvolvida por Haward Becker, e no conceito de hegemonia, tal qual Antonio Gramsci o concebe. Desta forma, observamos como percepes individuais de membros de grupos dominantes podem ser incorporadas pelo seu coletivo e ingressarem no cdigo legal social, favorecendo e garantindo a hegemonia destes sobre os grupos subalternos. As prises aparecem neste contexto como pea imprescindvel. Conclumos, portanto, que as unidades prisionais do Rio de Janeiro possuem grande importncia na afirmao da dominao social na medida em que recebem o subalterno e demarcam este grupo e seu espao, transformando sua condio marginal em condio criminosa. Ou seja, favorecendo a criminalizao de sua condio social e, portanto, justificando-a.

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O presente estudo trata, a partir de uma abordagem crtica do debate no campo dos Direitos Humanos, da anlise do extermnio de crianas e adolescentes no Rio de Janeiro, tendo em perspectiva que esses homicdios retratam a criminalizao da pobreza como principal mecanismo de ao do Estado diante do agravamento da questo social e suas expresses. Inicialmente, a apresentao do arcabouo conceitual referencia as particularidades das violaes dos direitos de crianas e adolescentes no contexto da formao sociohistrica brasileira, trazendo o debate na constituio do mito das classes perigosas. Em seguida procuramos compreender o contexto da crise capitalista contempornea e a trajetria da consecuo de direitos para crianas e adolescentes, circunscritos entre os avanos legais e o adensamento do processo de criminalizao da infncia e juventude pauperizada. Conclumos com a anlise dos ndices de homicdios da Regio Metropolitana, a partir dos anos 90, abordando-os como resultado de um processo sistemtico de extermnio de crianas e adolescentes, a culminncia da violncia cotidiana a qual esto submetidas, em contraposio a doutrina da proteo integral e da universalizao de direitos.

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Os granitoides do Domnio Cambuci, na regio limtrofe entre os estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo, foram separados em quatro principais grupos: (1) Complexo Serra da Bolvia (CSB) - Ortogranulitos e Ortognaisses Heterogneos; Ortognaisse Cinza Foliado; e charnockitos da Regio de Monte Verde (2) Leucogranitos/leucocharnockitos gnaissificados da Sute So Joo do Paraso (SSJP) (3) Granito Cinza Foliado (4) Leucogranito isotrpico. O CSB caracterizado pelo magmatismo de carter calcioalcalino do tipo I, oriundo em ambiente de arco vulcnico (Sute Monte Verde) e retrabalhamento crustal (ortogranulitos leucocrticos). O Ortogranulito esverdeado fino, considerado no presente estudo como rocha do embasamento para o Terreno Oriental, cristalizada durante o paleoproterozoico - Riaciano (2184,3 21 Ma) e recristalizada durante o evento metamrfico Brasiliano no neoproterozoico - Edicariano (607,2 1,5 Ma), cuja idade TDM de 2936 Ma. O Ortogranulito leucocrtico mdio cristalizou-se no neoproterozoico Edicariano (entre 592 e 609 Ma) e idade TDM ca. 2100 Ma, ao qual apresenta registro de herana no paleoproterozoico. A Sute Monte Verde caracteriza-se por um magmatismo calcioalcalino e a Sute Crrego Fortaleza, por um magmatismo calcioalcalino de alto K, ambas com assinatura de arco magmtico. Registram dois pulsos magmticos, em no Neoproterozoico - Edicarano: um em 592 2 Ma, idade do charnoenderbito, com idade TDM 1797 Ma, e outro em 571,2 1,8 Ma (injeo de um charnockitoide). Para todas as rochas do CSB so registradas feies protomilonticas, milonticas e localmente ultramilonticas. Os dados geoqumicos indicam que os granitoides da SSJP so da srie calcioalcalina de alto K, gerados no Neoproterozoico (idades que variam desde 610,3 4,7 Ma at, 592,2 1,3 Ma. As idades TDM revelam valores discrepantes para duas amostras: 1918 Ma e 2415 Ma, sugerindo que tenham sido geradas de diferentes fontes. O Granito Cinza Foliado da Srie Shoshontica, metaluminoso do tipo I e, de ambincia tectnica de granitos intraplaca. Entretanto, poderiam ter sido fomados em ambiente de arco cordilheirano, havendo contaminao de outras fontes crustais. Fato este pode ser confirmado pelas as idades TDM calculadas ≈ 1429 1446 Ma. O Leucogranito isotrpico ocorre em forma de diques de direo NW, possui textura macia e inequigranular. Dados geoqumicos revelam que so granitoides metaluminosos do tipo I da srie shoshontica, e, de acordo com a ambincia tectnica, so granitos intraplaca. O Leucogranito Isotrpico representa o magmatismo ps-colisional ao qual ocorreu entre 80 a 90 Ma de anos aps o trmino do evento colisional na regio central da Faixa Ribeira. O Leucogranito Issotrpico cristalizou-se no cambriano (512,3 3,3 Ma e 508,6 2,2 Ma) e com idades TDM ca. 1900

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O objetivo fundamental deste trabalho identificar os impactos dos incentivos fiscais federais concedidos pelo Governo brasileiro com a publicao da Lei do Bem, sobre os investimentos privados em P&D. A partir de estudo de campo realizado emgrandes empresas estabelecidas em habitats de inovao, especialmente em PqTgerido por universidade, foi analisado como a Lei do Bem auxilia a disseminao da cultura de inovao e aumenta a competitividade empresarial. Especificamente, o estudo tem o intuito de mostrar a importncia da incluso de forma mais abrangente dos gastos com infraestrutura de P&D, no rol das atividades passveis de recebimento de incentivos fiscais por empresas localizadas em pases notadamente carentes neste aspecto, tal qual o Brasil. Ademais, analisar comparativamente os mecanismos de incentivos fiscais utilizados por outros pases com a inteno de propor adequaes na estrutura da Lei do Bem que minimizem a sua no utilizao em virtude da falta de clareza na sua aplicao e consequente adoo de postura conservadora pelas empresas. A metodologia consistiu de um estudo exploratrio e qualitativo e reviso bibliogrfica onde foram analisados os conceitos tericos relacionados inovao, sistemas nacionais, regionais e setoriais de inovao, hlice trplice, habitats de inovao e polticas pblicas, alm da coleta de dados realizada por meio de consulta aos relatrios elaborados por entes governamentais, bem como por entrevistas realizadas junto s empresas que instalaram seus centros de P&D no PqT UFRJ, Consultorias especializadas e ANPEI. Os resultados doestudoforam obtidos a partir da compilao dos dados destas entrevistas e relatrios. Alm de outras concluses, as informaes permitiram afirmar que os incentivos fiscais, especialmente aqueles relacionados reduo do Imposto de Renda da Pessoa Jurdica, so importantes na medida em que permitem s grandes empresas, que j realizam atividades de P,D&I, a destinao de um montante maior a essas atividades. Apesar disso, essa poltica pblica carece de aperfeioamento em funo de haverrestado claro que a mesma no estimula todas as atividades de inovao, mas apenas aquelas relacionadas P&D, alm de no haver incentivos adequados ao crescimento de infraestrutura para inovao.

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O presente trabalho se insere nos estudos de diversidade sexual e de gnero na sua relao com a implementao do Programa Rio sem Homofobia como parte do processo de cidadanizao de lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no contexto Fluminense. O Programa instituiu a fundao de Centros de Cidadania LGBT (CC) que contam com profissionais para atenderem essas pessoas. O trabalho de campo teve por objetivo principal a observao da interao entre profissionais e usurio (as) nos atendimentos e acompanhamentos realizados nestes locais. Atravs desta observao, buscou-se compreender os processos pelos quais se constroem demandas a serem encaminhadas para outros servios. Inspirada em reflexes ps-estruturalistas e ps-colonialistas, tentou-se refletir sobre o processo de cidadanizao LGBT e processos sociais globais, em que o Estado brasileiro aparece como ator-chave na formulao de polticas identitrias, ou "focalistas", o que para muitos profissionais no campo das polticas sociais torna-se o foco de um intenso debate. Observou-se a interao entre profissionais e usurio (as) a partir de conceituaes de Strauss (1997) sobre identidade como sendo construdas no decorrer da interao. Ao longo do trabalho apresentam-se os casos emblemticos em que h uma perturbao na interao e em seu status, como uma forma de rudo na comunicao entre os envolvidos no atendimento.

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O trabalho que ora apresentamos tem como objetivo analisar o exerccio profissional dos Assistentes Sociais em uma emergncia de grande porte da cidade do Rio de Janeiro. A importncia desta anlise se inscreve na centralidade alcanada pela sade na constituio da cidadania brasileira, aps a Carta Constitucional de 1988. Este documento assegurou a sade como direito de todos e dever do Estado, contudo a conjuntura poltica e econmica iniciada nos anos 90 e aprofundada nos anos 2000, capitaneada pela Contrarreforma do Estado, impor limites materializao da poltica de sade preconizada pelo Sistema nico de Sade, impossibilitando que esta seja implementada de acordo com a nova concepo. O que percebemos nos anos 2000 uma poltica de sade focalizada no atendimento emergencial, que abandonou a dimenso da preveno e da promoo da sade e que se distancia, progressivamente, do principio da universalidade. Neste contexto de adversidade e limitao do acesso e do atendimento se insere o Assistente Social. Nosso objetivo delinear o exerccio profissional, por ns analisado, a fim de identificar as possibilidades de materializao do projeto tico-poltico profissional em condies to adversas e contrrias quelas que nortearam a interlocuo entre o Servio Social e a sade nos anos 80. Para tanto este trabalho busca oferecer elementos que nos permitam compreender no somente a dinmica interna do Hospital por ns analisado, como tambm a poltica de sade em sua totalidade, alm de identificar as potencialidades da rede do entorno. Nessa perspectiva, buscamos compreender a dinmica dos Conselhos de Sade e a configurao adquirida por estes em tempos de restrio de direitos, sucateamento e desmonte da sade pblica. Nossos estudos indicam que possibilidades de atuao profissional congruentes com o Projeto tico-Poltico Profissional esto colocadas na realidade, imiscudas nas dificuldades impostas pela conjuntura e somente podem ser apreendidas sob a perspectiva de um trabalho coletivo em sade.

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A presente pesquisa tem como objetivo suscitar questes acerca da trade poltica, currculo e tecnologia nas escolas pblicas do Municpio do Rio de Janeiro. Os objetos de estudo so uma plataforma online, chamada Educopdia, e os professores da Rede que se candidatam funo de Embaixadores da Educopdia. Discuto a plataforma e os professores Embaixadores como estrangeiros, tal como utiliza Bhabha (2013) para discutir sujeitos diaspricos e o irrompimento do novo nos processos de traduo cultural. Assim, em dilogo com os autores Stephen Ball, Homi Bhabha, Jacques Derrida, Arjun Appadurai e Ernesto Laclau, discuto a Educopdia e seus Embaixadores, tomando-os como estrangeiros nos processos de produo curricular, contribuindo para o irromper do novo que no se caracteriza por um ineditismo de sentidos, ideias, concepes, mas sentidos hbridos num contexto poltico marcado pela articulao entre currculo e tecnologia como indicativo de qualidade. Entendo esse movimento de articulao, que se performatiza com a participao dos estrangeiros, como tecno-curricular em que a tecnologia promove fissuras nas concepes do currculo. Defendo uma perspectiva de currculo entendido como processo de enunciao cultural, produo de sentidos que se hibridizam em funo das disputas por significao, numa poltica que cclica, no verticalizada, que transita e traduzida em todos os espaos, produzindo mltiplos significados sobre as possibilidades da tecnologia para o processo de ensino-aprendizagem

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Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenas crnicas no transmissveis, em particular as doenas isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenas cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.

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O tema que nos propomos a estudar Choque de Capital: criminalizao da pobreza e (re)significao da questo social no Rio de Janeiro. A delimitao espao temporal de nosso estudo situa-se na cidade do Rio de Janeiro, de 2009 a 2012. O perodo selecionado corresponde a primeira gesto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e os primeiros anos de execuo das denominadas aes de Choque de Ordem. A proposta apresentada tem como pressuposto a centralidade do estudo da metrpole e a relao entre especulao imobiliria e capital financeiro, como um dos motivadores da criminalizao da pobreza na contemporaneidade, cujo principal objetivo tornar os espaos "ordenados" fonte de lucro, no importando as consequncias impostas s classes subalternas. Considerando que este paradigma evidencia um processo de criminalizao das classes subalternas e a necessidade compreendermos o modo especfico de enfrentamento pobreza por parte da prefeitura do Rio de Janeiro considerando suas implicaes para o Servio Social, optamos pelo seguinte caminho de estudo traduzido na forma dos captulos assim identificados: I-Barbrie e passivizao: aportes para compreenso da banalizao da violncia no Brasil, II- Das bases de tradio autoritria ao Esplendor do Estado de Polcia e III- Reordenamento urbano, mdia e consenso no Rio de Janeiro: Choque de Ordem para quem?. Acreditamos que o estudo aprofundado desses temas propiciaro um entendimento acerca da realidade, base insuprimvel para sua transformao.

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Como crtica perspectiva da Educao Fsica Escolar (EFE) voltada aptido fsica e ao desenvolvimento tcnico-esportivo, to comum at a dcada de 1970, surgem, a partir da dcada de 1980, novas propostas de ensino que a aproximariam dos reais objetivos da escola o que se chama de movimento renovador da EFE. Ao longo dos anos, essas propostas foram incorporadas aos cursos de graduao, de ps-graduao e aos documentos oficiais de ensino. Era de se esperar que as aulas de EFE nas escolas brasileiras, hoje, representassem, hegemonicamente, as propostas do movimento renovador, mas paradoxalmente temos visto intervenes difusas e at aleatrias, muitas vezes representadas pelo rola a bola. Diante da necessidade de investir em prticas renovadoras e a fim de abolir o carter de estudos que apenas pomovem denncias de prticas caducas, este estudo buscou professores que, alinhados aos conhecimentos renovadores, procuram desenvolver aulas de EFE que se aproximam e representam tais conhecimentos didtico-metodolgicos. Assim, buscou-se investigar a influncia do movimento renovador na interveno pedaggica de cinco professores de Educao Fsica da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. O estudo divide-se em trs artigos complementares. O primeiro traz a problematizao e a reviso bibliogrfica. O segundo busca identificar o que os professores pensam acerca do movimento renovador, bem como analisar caractersticas acadmicas e profissionais-interventivas. Os resultados do artigo 2 apontam que os professores parecem conhecer, se alinham e afirmam ministrar aulas em acordo com as propostas renovadoras, mas possuem ambientes e condies de trabalho distintas. O terceiro artigo traz a anlise de 20 aulas de EFE dos cinco professores, a partir de uma ficha de observao sistemtica composta por indicadores didtico-metodolgicos sugeridos por Resende e Nascimento (2004), alm da discusso de uma entrevista sobre questes didticas e metodolgicas e crticas s intervenes. Percebeu-se que, apesar de intervenes com caractersticas distintas, a maioria das aes intervetivas se aproximou dos indicadores nas categorias planejamento, objetivo, contedo, mtodo, avaliao e relao professor-aluno. Todos os professores fizeram crticas s aulas, acreditando que estas deveriam ser melhores e diferentes do que frequentemente so, o que representa limitaes do campo interventivo e o compromisso dos professores com a qualidade da interveno. Acredita-se que os dados deste estudo representam mais um pequeno passo s discusses e construes de prticas renovadoras no campo da EFE, ao buscar e apontar possibilidades, limitaes e exemplos de aes didticas concretas do cotidiano.

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O presente estudo parte da tese de que as danas urbanas comeam a se constituir como uma das formas de ser homem e profissional na contemporaneidade, na qual as interdies sociais j no so to limitantes como foram outrora. Desta forma, apresentamos como objetivo geral investigar como tal processo se d na cidade do Rio de Janeiro, estudando as artes de fazer destes atores, os danarinos urbanos. Mais especificamente, desdobramos este objetivo em trs aspectos diferentes: investigar suas tticas para organizar o acontecimento de sua dana na cidade, descrever suas formas de narrar suas prprias histrias de vida e perspectivas e, finalmente, analisar suas formas de recriar a dana de rua original do movimento hip hop em novas linguagens. Os temas so apresentados em trs diferentes artigos. O primeiro, Do racha na rua batalha nos palcos: o acontecimento da dana de rua no Rio de Janeiro, de carter mais etnogrfico, faz uma anlise dos eventos de danas urbanas que foram destacados como os mais importantes da cidade pelos danarinos de break cariocas. O segundo artigo, Retricas da caminhada: narrativas dos jovens danarinos urbanos na cidade do rio de janeiro, tem como matria prima as entrevistas realizadas com os danarinos urbanos, nas quais contam suas histrias de vida, as suas construes enquanto artistas e suas perspectivas em relao dana e ao futuro. O terceiro trabalho A dana do passinho: uma criao carioca fala sobre uma manifestao de dana urbana criada nas favelas do Rio de Janeiro, a partir de uma linguagem que deriva do hip hop, que o funk. Tivemos nos estudos de Vianna (1997) e Herschmann (2000) o ponto de partida para entendermos este processo, difuso e disperso em funo de seu desdobramento na forma da cultura funk carioca. A metfora do liso e do estriado, proposta por Deleuze e Guatarri (2012) foi acionada como ferramenta para refletir sobre a vida dos jovens danarinos urbanos e seus trnsitos. Buscamos tambm estabelecer um dilogo entre esta proposta e as ideias de Certeau (2008), baseados no aspecto da criatividade cotidiana diante das estratgias dos sujeitos de poder. Ao final, apresentamos algumas consideraes a respeito dos achados das pesquisas de campo realizadas, em perspectivas com os conceitos de alisamento e estriagem do espao e das relaes entre tticas e estratgias neste contexto.

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O presente trabalho aborda duas sub-bacias hidrogrficas do municpio do Rio de Janeiro atravs da apresentao de indicadores ambientais e da percepo de seus moradores. Destaca-se que a interao/utilizao dos recursos no meio urbano em um municpio de alta densidade demogrfica sofre reflexos principalmente do padro de ocupao do territrio. As duas sub-bacias aqui analisadas, do rio Morto e do rio Maracan, representam, respectivamente, bacias periurbanas e urbanas. Como indicadores ambientais so apresentados dados secundrios, majoritariamente de rgos pblicos, como IBGE e INEA. A percepo dos moradores representada pelas respostas a 210 questionrios aplicados nas reas das sub-bacias. Os principais resultados so apresentados ao longo do texto em mapas temticos. Tanto entre os indicadores, quanto em relao percepo, os servios de saneamento demonstraram ter papel fundamental nas condies dos rios. Pequenos trechos mais carentes de cobertura de esgoto nas sub-bacias resultam em deteriorao da qualidade da gua, embora a cobertura de coleta geral apresente altos percentuais. Um ponto de destaque entre os problemas levantados atravs dos questionrios a ocorrncia de enchentes. Dentre resultados positivos cita-se a cobertura de coleta de lixo, prxima a 100% nas sub-bacias. Uma matriz PEIR (presso-estado-impacto-resposta) condensou as informaes obtidas pelos indicadores e sinalizou os fatores associados. A matriz destacou para a sub-bacia do rio Morto o menor acesso ao abastecimento de gua e rede de esgoto, e para sub-bacia do rio Maracan a degradao da qualidade da gua, representada pelas baixas concentraes de oxignio. reas com mais alta densidade populacional representaram a principal presso exercida nas sub-bacias.

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A estratgia sade da famlia foi o modelo de escolha utilizado para a reorganizao da ateno bsica brasileira. No municpio do Rio de Janeiro sua implantao tem incio em 1995 em passos lentos. A partir do ano de 2009, inicia-se um processo de implantao e expanso da ESF e a rea de planejamento 5.3 escolhida como rea prioritria para essa expanso. Acredita-se que a expanso da ESF, o aumento da cobertura da populao atendida e o aumento do acesso aos servios de sade, implicaro na melhoria da sade da populao e consequentemente impactaro positivamente nos indicadores de sade. Este trabalho busca analisar os impactos da expanso da ESF em indicadores de sade, na AP 5.3 do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de 2009 a 2012. Tendo como objetivos especficos (1) descrever a expanso da cobertura da ESF entre os anos de 2009 e 2012 na AP 5.3; (2) analisar a evoluo dos indicadores de sade nesse mesmo perodo; (3) correlacionar os indicadores de sade com o aumento de cobertura do sade da famlia; e (4) comparar os dados encontrados na AP 5.3 com os do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecolgico de sries temporais. Os indicadores de sade selecionados para anlise deste estudo foram escolhidos considerando elementos de estrutura e desempenho da ESF, assim como o estado de sade da populao, nas situaes em que seria possvel estabelecer relaes entre aes da ESF e modificaes no perfil de sade. Os resultados encontrados em relao evoluo da expanso da cobertura da ESF na AP 5.3 evidenciou um aumentou que passou de 41% em agosto de 2010 para 98%, em junho de 2012, tendo atingido a meta de 100% em setembro de 2013. A produo ambulatorial, nessa regio, aumentou em 130%. O percentual de nascidos vivos que realizaram 7 consultas pr-natais e mais, entre os anos de 2009 e 2012, aumentou em 3%. O percentual de nascidos vivos por partos cesreos na AP 5.3 vem aumentando ao longo do perodo analisado. No entanto, nessa regio mais de 50% dos partos realizados ainda so vaginais. O coeficiente de mortalidade infantil na AP 5.3, sofreu um decrscimo de 6,84%, no perodo de 2009 a 2012. J o coeficiente de mortalidade neonatal, no mesmo perodo, apresentou um aumento de 16%. Enquanto o coeficiente de mortalidade ps-neonatal, nessa regio, apresentou, do perodo de 2009 at o ano de 2012, uma reduo de 33%. Os resultados encontrados neste estudo sugerem a contribuio positiva do programa na evoluo de muitos dos indicadores de sade da populao. Todavia, algumas aes e servios carecem de melhorias para garantir uma assistncia integral e de maior qualidade aos usurios. Mais do que a ampliao do acesso, com aumento da cobertura necessrio garantir a qualidade da assistncia.

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As enchentes se constituem em um dos mais freqentes e complexos problemas nas reas urbanas em todo o mundo, causando danos populao e s atividades econmicas a estas associadas. A cidade do Rio de Janeiro possui um longo histrico de inundaes, outrora ligadas sobretudo s suas caractersticas topogrficas e climticas, que, em virtude dos processo de ocupao e urbanizao, iniciados no sculo XVI, foram potencializas pelas interferncias no meio fsico, atravs das polticas pblicas. Esta dissertao visa analisar as causas das inundaes, bem como suas implicaes na organizao do espao, na rea central da cidade do Rio de Janeiro, evidenciando formas e processos pretritos e presentes. As enchentes no centro da cidade foram mapeadas, com diferenciao entre os setores anlogos, nos quais destacam-se as reas mais crticas de ocorrncias, em virtude dos danos decorrentes das inundaes. Para tanto foram feitos levantamentos bibliogrficos e trabalhos de campo. So feitas tambm recomendaes que se originaram dos resultados dos levantamentos e das anlises realizadas, visando contribuir para iniciativas que busquem solues efetivas para o velho problema de enchentes na rea central do Rio de Janeiro. Como resultado, pode-se concluir que uma srie de fatores conjugados contribuem para as ocorrncias atuais, queles inseridos em uma escala mais local, como nivelamentos de ruas, que ainda hoje remontam antigas feies da cidade ou a ineficincia da rede de drenagem atual, como tambm fatores mais abrangentes, ligados aos divisores topogrficos e drenagem associada.

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Esta dissertao focaliza as interdies civis dos indivduos portadores de transtornos psquicos. Este um tema pouco abordado em trabalhos acadmicos brasileiros. Trata-se de um estudo histrico-etnogrfico contextualizado no municpio de Angra dos Reis, cidade do litoral sul do estado do Rio de Janeiro, dcada de 90. Na construo do objeto de pesquisa, refez-se a genealogia do perito, problematizando-se sua identidade frente reforma psiquitrica brasileira. Trinta e nove processos compem o banco de dados, o que permitiu traar o perfil sociolgico da populao que procura esse recurso jurdico. Alm da anlise das percias, descreveu-se o dilogo construdo entre os profissionais da sade mental e os agentes da justia e as respostas desencadeadas nesses agentes. Dos resultados foi enfatizada a existncia de processos com sentenas judiciais de interdio parcial dos direitos civis.