67 resultados para Souza, Márcio, 1946- . Lealdade. Crítica e Interpretação
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
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Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
No Quarto Evangelho Jesus se apresenta por meio de metforas, sendo o objeto de nossa pesquisa a frase: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, que ser o ponto de partida condutor em busca da identidade do grupo joanino. No final do primeiro sculo, o grupo joanino se entende como fiis herdeiros de Jesus, agora seguidores do discpulo Joo (filho de Zebedeu), o qual caminhou com Jesus. O grupo no se apresenta alheio realidade da multiplicidade religiosa do perodo, mas est atento aos conflitos e aos caminhos divergentes para Deus. Isso nos aponta o quo identitrio o tema. A partir de uma leitura em Joo 13.33-14.31, nossa dissertao tem como objeto o modo como o grupo joanino recebe essa mensagem no imaginrio, a exterioriza e reage no cotidiano, bem como os grupos posteriores do gnosticismo como o Evangelho da Verdade da Biblioteca Copta de Nag Hammadi, elaborado a partir de leituras ulteriores que plasmam o mundo simblico imaginrio, cultivando diferentes caractersticas de pertena, gerando a identidade do grupo joanino.
Resumo:
Joo de Patmos, atravs de elementos literrios e dramticos e da estrutura cnica e litrgica, criou no Apocalipse um universo simblico especfico. As imagens deste universo so protagonizadas tanto por seres divinos como tambm por pessoas humanas que se encontram exaltadas entre os seres celestiais, cantando e louvando a Deus. Durante o processo da composio, o autor da obra se inspirou na tradio apocalptica e escatolgica das tradies visionrias merkavah presentes em Ezequiel, Daniel e 1 Enoque, e fez uma leitura prpria destas tradies que obedece aos seus prprios objetivos literrios e s necessidades dos leitores / ouvintes do escrito. Os seres celestiais e humanos destacados nas imagens, e a presena de vrias confluncias de tradies merkavah indicam que o Apocalipse se insere numa vertente da literatura apocalptica contempornea do escrito. notvel que, tanto na apocalptica, em Qumran, na literatura hekhalot como no Apocalipse, h indcios de uma intensa experincia exttica de grupos de culto celestial. O cenrio de vises prioritariamente litrgico, dentro de um templo celestial. As imagens geradas pela leitura das experincias msticas de Ezequiel, 1 Enoque e outros escritos msticos eram contempladas e enriquecidas pelas experincias de viagens celestiais de grupos profticos durante cultos terrestres. Nas experincias msticas registradas nos fragmentos analisados do Apocalipse de Joo podem ser percebidas certas feies dos viajantes celestiais. Nos seus discursos sobre a viso do mundo que contemplam e definem, eles revelam suas crenas, desafios e expectativas, a sua auto-compreenso religiosa. Alm da identidade dos protagonistas dos cultos celestiais percebe-se tambm o carter e a funo altamente criadores do fenmeno exttico em geral, como tambm, em particular, no Apocalipse de Joo. O escrito revela e promove uma estrutura do mundo divino-humano completo e perfeito que est num movimento contnuo, um mundo que, com toda a simbologia inerente, expressa a idia de criar, recriar e governar o universo inteiro. Os seres humanos participam ativamente deste universo e cooperam com a funo reconstituinte dele. Essa cooperao na reconstituio do mundo tem um carter presente e atual, embora a plenitude desta reconstituio esteja reservada para o futuro.
Resumo:
Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
Esta tese se insere dentro da leitura bblica latino-americana trazendo, nessa tica, a riqueza e o desafio do que significa ler a Bblia a partir de um contexto de opresso como o nosso continente. Nos servimos do roteiro das cincias bblicas e dos mtodos exegticos modernos. uma pesquisa bibliogrfica onde, eventualmente, consideramos o nvel experincial, por exemplo quando trabalhamos o tema do derramamento do Esprito nos pentecostais chilenos. Esse captulo, IV, segue o roteiro da hiptese central de nossa tese na medida que firmamos o princpio de que os pentecostais fazem parte do amplo e diverso grupo dos enfraquecidos como produto de um sistema excludente, baseado na explorao social. Numa situao de crise, o anncio do derramamento do Esprito um sinal de salvao, de perspectivas futuras, de conservao e prolongao da vida. Esta tese rel o tema do derramamento do Esprito, a partir de Jl 3,1-5. O tema analisado num contexto social concreto, onde os enfraquecidos recebem o Esprito do Senhor. O eixo que nos permite fazer esta leitura encontra sua referencial nas pessoas setores sociais - mencionadas como beneficiadas diretas da ao do Esprito. So pessoas que representam setores diferentes; jovens, escravos e escravas, formam o grupo que sustenta e faz funcionar o sistema imperial persa grego - baseado na explorao e mo de obra barata. Eles, juntamente com os idosos que no produzem mais, so a base de sustentao da pirmide social. Como demostraremos no decorrer da tese, nossa hiptese somente possvel se duas conjunturas se cruzam. Para isso, em num primeiro momento, localizamos e demostramos que o livro de Joel deve ser situado no contexto da literatura apocalptica (nascimento). Em seguida, demonstramos que o livro de Joel, como produto literrio final, deve ser localizado no contexto histrico do ps-exlio, isto , no tempo dos imprios persa e grego. A confirmao destes dois aspectos desenvolvidos nos captulos I e II, nos permitem, na anlise literria, captulo III, aprofundar, mediante a anlise exegtica, e confirmar a nossa hiptese central. Com estes trs captulos demostramos que o derramamento do Esprito do Senhor tem como destinatrios preferenciais, seno exclusivos, os setores enfraquecidos pela poltica social, econmica e religiosa dos imprios persa e grego. Com estes trs captulos desenvolvidos, no quarto captulo analisamos uma experincia concreta, de um setor majoritariamente pobre que tem se apropriado do texto de Jl 3,1-5, e encontrado nele uma alternativa social, poltica e religiosa para se manter fiel ao Senhor e por quase um sculo recria e revive a experincia do derramamento do Esprito. Os velhos, os jovens, os escravos e as escravas, formam o setor dos enfraquecidos. o setor que nada espera, e que nada ter da parte dos imprios e que, como os pentecostais, pela sua situao de enfraquecimento, acredita que somente uma interveno externa pode mudar o seu futuro, pode trazer de volta a esperana. Essa interveno externa comea a ser possvel pelo derramamento do Esprito e se concretiza na chegada do dia de Jav, que ser grande e terrvel, onde o sol e a lua se unem para indicar o monte de Sio e a cidade de Jerusalm como lugar de adorao, refgio e salvao. Esta perspectiva da ao do Esprito possvel somente no perodo do ps-exlio. Nesse tempo o Esprito adquire uma dimenso ampla e inclusiva agindo sobre diversos setores sociais, independe de serem ou no judeus.(AU)
PALANQUE DE PAPEL: O DISCURSO POLTICO DOS JORNAIS EVANGLICOS BRASILEIROS NO PERODO DA REPBLICA VELHA
Resumo:
O protestantismo brasileiro, desde as suas origens na segunda metade do sculo XIX, identificado pela leitura e pela palavra. Esta pesquisa ocupa-se desse universo, especificamente da palavra impressa, tal como se encontra nos jornais das diversas denominaes protestantes. Os jornais denominacionais so um meio de comunicao importante tanto como suporte de ideologias como tambm para sua derrubada. Dessa forma, este trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre temas polticos e sociais presentes nos editoriais e textos impressos nas pginas de jornais evanglicos brasileiros com relao aos acontecimentos que marcaram a passagem do sistema monrquico ao sistema republicano de governo no Brasil. Assim, as fontes primrias utilizadas so os jornais protestantes do final do sculo XIX e incio do XX, a saber: Imprensa Evanglica, O Estandarte, O Jornal Batista e o Expositor Cristo, respectivamente: presbiteriano, batista e metodista. A questo formulada se expressa nos seguintes termos: Em que medida os evanglicos, por meio do discurso impresso em seus jornais, expressaram a sua posio poltica? A fundamentao terica utilizada vale-se do conceito de atos retricos, formulado por de Tereza Halliday, aplicando-o na compreenso do discurso dos missionrios, dos pastores e das igrejas. Segundo essa teoria, a palavra ou o discurso so sempre utilizados para acusar ou defender, criticar ou enaltecer, explicar, propor ou justificar realidades conhecidas, isto porque somos seres retricos, usamos a linguagem como instrumento de mudana ou reforo de percepes, sentimentos, valores, posicionamentos e aes. Entendendo que a transio da Monarquia para a Repblica no Brasil gerou conflitos, a pesquisa vai procurar, por meio do instrumental da anlise de discurso, perceber em que medida a imprensa protestante retratou aqueles acontecimentos. Para tanto, tomando-se as fontes primrias, realizou-se leitura e seleo de textos de acordo com a pertinncia ao objetivo proposto. Este material foi organizado e submetido anlise de discurso a partir de categorias a priori. Analisado como fenmeno relativo ao campo das Cincias Sociais, observarmos o discurso impresso dos protestantes, suas ideologias de sustentao, seu imaginrio e suas representaes da sociedade brasileira e evanglica.(AU)
PALANQUE DE PAPEL: O DISCURSO POLTICO DOS JORNAIS EVANGLICOS BRASILEIROS NO PERODO DA REPBLICA VELHA
Resumo:
O protestantismo brasileiro, desde as suas origens na segunda metade do sculo XIX, identificado pela leitura e pela palavra. Esta pesquisa ocupa-se desse universo, especificamente da palavra impressa, tal como se encontra nos jornais das diversas denominaes protestantes. Os jornais denominacionais so um meio de comunicao importante tanto como suporte de ideologias como tambm para sua derrubada. Dessa forma, este trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre temas polticos e sociais presentes nos editoriais e textos impressos nas pginas de jornais evanglicos brasileiros com relao aos acontecimentos que marcaram a passagem do sistema monrquico ao sistema republicano de governo no Brasil. Assim, as fontes primrias utilizadas so os jornais protestantes do final do sculo XIX e incio do XX, a saber: Imprensa Evanglica, O Estandarte, O Jornal Batista e o Expositor Cristo, respectivamente: presbiteriano, batista e metodista. A questo formulada se expressa nos seguintes termos: Em que medida os evanglicos, por meio do discurso impresso em seus jornais, expressaram a sua posio poltica? A fundamentao terica utilizada vale-se do conceito de atos retricos, formulado por de Tereza Halliday, aplicando-o na compreenso do discurso dos missionrios, dos pastores e das igrejas. Segundo essa teoria, a palavra ou o discurso so sempre utilizados para acusar ou defender, criticar ou enaltecer, explicar, propor ou justificar realidades conhecidas, isto porque somos seres retricos, usamos a linguagem como instrumento de mudana ou reforo de percepes, sentimentos, valores, posicionamentos e aes. Entendendo que a transio da Monarquia para a Repblica no Brasil gerou conflitos, a pesquisa vai procurar, por meio do instrumental da anlise de discurso, perceber em que medida a imprensa protestante retratou aqueles acontecimentos. Para tanto, tomando-se as fontes primrias, realizou-se leitura e seleo de textos de acordo com a pertinncia ao objetivo proposto. Este material foi organizado e submetido anlise de discurso a partir de categorias a priori. Analisado como fenmeno relativo ao campo das Cincias Sociais, observarmos o discurso impresso dos protestantes, suas ideologias de sustentao, seu imaginrio e suas representaes da sociedade brasileira e evanglica.(AU)
Resumo:
As anlises desta tese, baseadas numa hermenutica feminista libertadora, tm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Sumria, que predominou, sob o nome de I tar, tambm nos pantees mesopotmicos posteriores. O Captulo 1 oferece uma reconstruo da vida na Sumria, desde os tempos neolticos at os incios do Perodo Babilnico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial ateno para dados sobre mulheres e para aspectos de gnero. O Captulo 2 apresenta documentos pr-sargnicos, iconogrficos e filolgicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexes sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posio especial na religio na Sumria e na sua crescente patriarcalizao. No Captulo 3, esses aspectos e conflitos so discutidos enfocando tradies de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial ateno para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). mostrado que o mito Inana e a Eana o resultado de manipulaes para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistncia contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo composto de mitos diferentes que evidenciam vrios conflitos relacionados com funes e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem represses e resistncias humanas no mbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalizao de sua religio. Embora a atuao poltica e religiosa de mulheres em sociedades de hoje no necessite de legitimaes a partir de exemplos provenientes de religies antigas, a reconstruo e memria feministas de tais exemplos podem servir de estmulo para tal atuao quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)
Resumo:
As anlises desta tese, baseadas numa hermenutica feminista libertadora, tm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Sumria, que predominou, sob o nome de I tar, tambm nos pantees mesopotmicos posteriores. O Captulo 1 oferece uma reconstruo da vida na Sumria, desde os tempos neolticos at os incios do Perodo Babilnico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial ateno para dados sobre mulheres e para aspectos de gnero. O Captulo 2 apresenta documentos pr-sargnicos, iconogrficos e filolgicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexes sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posio especial na religio na Sumria e na sua crescente patriarcalizao. No Captulo 3, esses aspectos e conflitos so discutidos enfocando tradies de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial ateno para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). mostrado que o mito Inana e a Eana o resultado de manipulaes para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistncia contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo composto de mitos diferentes que evidenciam vrios conflitos relacionados com funes e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem represses e resistncias humanas no mbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalizao de sua religio. Embora a atuao poltica e religiosa de mulheres em sociedades de hoje no necessite de legitimaes a partir de exemplos provenientes de religies antigas, a reconstruo e memria feministas de tais exemplos podem servir de estmulo para tal atuao quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)
Resumo:
A arte sempre esteve presente entre os humanos como um grande mistrio. Sua caracterstica polissmica nos desafia a pens-la como algo sempre aberto. Isto , livre para que os indivduos a experimentem de formas diversas. Nossa inteno, ao escolher a tela Menino morto do pintor Cndido Portinari, mostrar que o encontro com uma obra de arte forosamente atual, vivo, surpreendente, extraordinrio... No apenas como um mero objeto de prazer, mas, sobretudo, como possibilidades de desvelar experincias originrias, abrindo gamas de sentidos que ajudam os seres humanos a significar a prpria existncia. Para seguir na investigao, privilegiam-se, nesta dissertao, os estudos sobre as artes do telogo Paul Tillich e do filsofo Martin Heidegger. Para Tillich, numa obra de arte deve-se buscar o que se esconde no inaparente, pois a que reside a sua substncia. Assim, na arte, como em qualquer manifestao cultural, por mais secular que aparente ser, se expressa sempre uma preocupao ltima. Para Heidegger, a arte fonte de revelao da verdade. Todavia, essa revelao traz em si o ocultamento da mesma verdade, posto que a verdade e a no-verdade acontecem simultaneamente na obra de arte. Portanto, luz dos estudos feitos por esses dois autores, tentamos captar o desnudar de Menino morto .(AU)
Resumo:
A arte sempre esteve presente entre os humanos como um grande mistrio. Sua caracterstica polissmica nos desafia a pens-la como algo sempre aberto. Isto , livre para que os indivduos a experimentem de formas diversas. Nossa inteno, ao escolher a tela Menino morto do pintor Cndido Portinari, mostrar que o encontro com uma obra de arte forosamente atual, vivo, surpreendente, extraordinrio... No apenas como um mero objeto de prazer, mas, sobretudo, como possibilidades de desvelar experincias originrias, abrindo gamas de sentidos que ajudam os seres humanos a significar a prpria existncia. Para seguir na investigao, privilegiam-se, nesta dissertao, os estudos sobre as artes do telogo Paul Tillich e do filsofo Martin Heidegger. Para Tillich, numa obra de arte deve-se buscar o que se esconde no inaparente, pois a que reside a sua substncia. Assim, na arte, como em qualquer manifestao cultural, por mais secular que aparente ser, se expressa sempre uma preocupao ltima. Para Heidegger, a arte fonte de revelao da verdade. Todavia, essa revelao traz em si o ocultamento da mesma verdade, posto que a verdade e a no-verdade acontecem simultaneamente na obra de arte. Portanto, luz dos estudos feitos por esses dois autores, tentamos captar o desnudar de Menino morto .(AU)