15 resultados para Greco-Roman literature reception

em Universidade Metodista de São Paulo


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A literatura um tipo de conhecimento que faz uso da palavra com a finalidade de projetar realidades possveis. Para tanto, a mimese literria tem na experincia vivencial a verossimilhana que torna possvel a apreenso da obra literria como fenmeno interpretativo. Nesse processo de composio, o gnero literrio converte-se no conjunto de convenes que o autor se vale para fazer-se inteligvel a seu pblico. As narrativas bblicas e, em especial, o Evangelho Segundo So Mateus, possuem elementos que permitem sua leitura como obras literrias prprias da Antiguidade, cujas estratgias narrativas se mostram construtoras de representao verossmil da realidade. Para tanto, o narrador do Evangelho Segundo So Mateus utilizou-se daquelas convenes que se conformavam ao horizonte de expectativas de seu pblico e que articulam experincias advindas da literatura greco-romana e da literatura judaica. No caso da Paixo de Cristo Segundo So Mateus, o narrador empreende um conjunto de estratgias narrativas que favorecem sua conduo da leitura da narrativa de acordo com sua perspectiva. Nesse processo, vale-se de uma estrutura que combina a biografia greco-romana quela j consagrada na literatura bblica. Dessa forma, a Paixo de Cristo nos apresentada como parte final da histria, numa perspectiva paradigmtica e, ao mesmo tempo, como realizao das Escrituras, que figuram e profetizam a respeito de Jesus e a natureza redimensionadora e universalizadora da salvao.

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H no Evangelho de Mateus material suficiente para se chegar ao discipulado de iguais porque seu contedo reflete uma prtica igualitria de Jesus em relao s mulheres. Nesta tese tal prtica pode ser verificada atravs da investigao de duas percopes nas quais Jesus advoga a causa das mulheres discutindo o direito masculino do divrcio e o adultrio: 19,1-12 e 5,27-32. No debate sobre a justa causa para se despedir a mulher, Jesus declara que a volta criao original no mais concede tal prerrogativa aos homens. Essa discusso ocorre em terreno legal e isso se evidencia pelo termo aitia, cujo significado demonstra que na demanda do divrcio a lei concede ao homem o benefcio de encontrar um motivo para acusao. Jesus, por sua vez, declara que pela sua lei todo motivo e acusao contra a mulher se transforma em motivo e acusao contra o prprio homem diante de Deus. O silncio dos fariseus comprova que os argumentos de Jesus so irrefutveis, mas o protesto dos seus discpulos revela que no lhes agrada a igualdade social entre os sexos. A resposta final e definitiva de Jesus encontra-se em Mt 19,10 onde pelo uso da metfora eunuco ele encerra o debate dizendo que somente podem aceitar a sua causa os que abraarem a causa do Reino dos Cus. Os temas divrcio e adultrio permitem estender a discusso para o matrimnio que a relao social e legal que fundamenta tais prticas, e buscar na Antigidade as leis e costumes que regiam a vida sexual das mulheres naquele tempo, considerando os ambientes mais relevantes em relao ao mundo bblico: o mundo greco-romano e o oriente prximo no perodo entre os sculos IV a.C. e IV d.C. para que, atravs da pesquisa sobre matrimnio, divrcio, adultrio, dote, repdio e outras sanes relativas vida sexual das mulheres, se possa chegar aos mecanismos culturais da educao capazes de levar as mulheres cumplicidade ou resistncia aos seus papis sociais. Essa pesquisa se encerra com uma apreciao da histria da renncia sexual nos contextos judaico e cristo para projetar o ambiente e o horizonte scio-religioso que foram palcos da recepo e transmisso de Mt 5,27-32 e Mt 19,1-12, de modo a demonstrar que os argumentos misginos que se tornaram inerentes interpretao desses textos so o resultado de uma mentalidade sexista que no corresponde crtica literria do evangelho.(AU)

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H no Evangelho de Mateus material suficiente para se chegar ao discipulado de iguais porque seu contedo reflete uma prtica igualitria de Jesus em relao s mulheres. Nesta tese tal prtica pode ser verificada atravs da investigao de duas percopes nas quais Jesus advoga a causa das mulheres discutindo o direito masculino do divrcio e o adultrio: 19,1-12 e 5,27-32. No debate sobre a justa causa para se despedir a mulher, Jesus declara que a volta criao original no mais concede tal prerrogativa aos homens. Essa discusso ocorre em terreno legal e isso se evidencia pelo termo aitia, cujo significado demonstra que na demanda do divrcio a lei concede ao homem o benefcio de encontrar um motivo para acusao. Jesus, por sua vez, declara que pela sua lei todo motivo e acusao contra a mulher se transforma em motivo e acusao contra o prprio homem diante de Deus. O silncio dos fariseus comprova que os argumentos de Jesus so irrefutveis, mas o protesto dos seus discpulos revela que no lhes agrada a igualdade social entre os sexos. A resposta final e definitiva de Jesus encontra-se em Mt 19,10 onde pelo uso da metfora eunuco ele encerra o debate dizendo que somente podem aceitar a sua causa os que abraarem a causa do Reino dos Cus. Os temas divrcio e adultrio permitem estender a discusso para o matrimnio que a relao social e legal que fundamenta tais prticas, e buscar na Antigidade as leis e costumes que regiam a vida sexual das mulheres naquele tempo, considerando os ambientes mais relevantes em relao ao mundo bblico: o mundo greco-romano e o oriente prximo no perodo entre os sculos IV a.C. e IV d.C. para que, atravs da pesquisa sobre matrimnio, divrcio, adultrio, dote, repdio e outras sanes relativas vida sexual das mulheres, se possa chegar aos mecanismos culturais da educao capazes de levar as mulheres cumplicidade ou resistncia aos seus papis sociais. Essa pesquisa se encerra com uma apreciao da histria da renncia sexual nos contextos judaico e cristo para projetar o ambiente e o horizonte scio-religioso que foram palcos da recepo e transmisso de Mt 5,27-32 e Mt 19,1-12, de modo a demonstrar que os argumentos misginos que se tornaram inerentes interpretao desses textos so o resultado de uma mentalidade sexista que no corresponde crtica literria do evangelho.(AU)

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H no Evangelho de Mateus material suficiente para se chegar ao discipulado de iguais porque seu contedo reflete uma prtica igualitria de Jesus em relao s mulheres. Nesta tese tal prtica pode ser verificada atravs da investigao de duas percopes nas quais Jesus advoga a causa das mulheres discutindo o direito masculino do divrcio e o adultrio: 19,1-12 e 5,27-32. No debate sobre a justa causa para se despedir a mulher, Jesus declara que a volta criao original no mais concede tal prerrogativa aos homens. Essa discusso ocorre em terreno legal e isso se evidencia pelo termo aitia, cujo significado demonstra que na demanda do divrcio a lei concede ao homem o benefcio de encontrar um motivo para acusao. Jesus, por sua vez, declara que pela sua lei todo motivo e acusao contra a mulher se transforma em motivo e acusao contra o prprio homem diante de Deus. O silncio dos fariseus comprova que os argumentos de Jesus so irrefutveis, mas o protesto dos seus discpulos revela que no lhes agrada a igualdade social entre os sexos. A resposta final e definitiva de Jesus encontra-se em Mt 19,10 onde pelo uso da metfora eunuco ele encerra o debate dizendo que somente podem aceitar a sua causa os que abraarem a causa do Reino dos Cus. Os temas divrcio e adultrio permitem estender a discusso para o matrimnio que a relao social e legal que fundamenta tais prticas, e buscar na Antigidade as leis e costumes que regiam a vida sexual das mulheres naquele tempo, considerando os ambientes mais relevantes em relao ao mundo bblico: o mundo greco-romano e o oriente prximo no perodo entre os sculos IV a.C. e IV d.C. para que, atravs da pesquisa sobre matrimnio, divrcio, adultrio, dote, repdio e outras sanes relativas vida sexual das mulheres, se possa chegar aos mecanismos culturais da educao capazes de levar as mulheres cumplicidade ou resistncia aos seus papis sociais. Essa pesquisa se encerra com uma apreciao da histria da renncia sexual nos contextos judaico e cristo para projetar o ambiente e o horizonte scio-religioso que foram palcos da recepo e transmisso de Mt 5,27-32 e Mt 19,1-12, de modo a demonstrar que os argumentos misginos que se tornaram inerentes interpretao desses textos so o resultado de uma mentalidade sexista que no corresponde crtica literria do evangelho.(AU)

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O termo luz se inscreve no encontro das tradies veterotestamentria e grego-romana como uma alternativa a certas necessidades da comunidade joanina: as culturas diferentes dos povos que receberam o evangelho; a diversidade dos problemas que pediam respostas diferentes; a diferena de classes dentro da comunidade; as tomadas de posio discordantes diante da poltica do imprio e o conflito entre judeus e cristos. E neste nterim de conflito, tanto interno como externo, um momento doloroso para os dissidentes, porque os prejuzos no eram apenas religiosos, mas provocavam mudanas em todos os mbitos da vida, que a comunidade joanina procurar alternativa. Por isso, a Narrativa da Cura do Cego de Nascena (Jo 9,1-41) um espelho para a comunidade. Ela buscar em Jesus a luz de que precisa para continuar. O cego representa a comunidade antes de conhecer a Luz do Mundo. A solidariedade, a fraternidade e o amor mtuos so foras que ajudaram na resistncia.(AU)

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O termo luz se inscreve no encontro das tradies veterotestamentria e grego-romana como uma alternativa a certas necessidades da comunidade joanina: as culturas diferentes dos povos que receberam o evangelho; a diversidade dos problemas que pediam respostas diferentes; a diferena de classes dentro da comunidade; as tomadas de posio discordantes diante da poltica do imprio e o conflito entre judeus e cristos. E neste nterim de conflito, tanto interno como externo, um momento doloroso para os dissidentes, porque os prejuzos no eram apenas religiosos, mas provocavam mudanas em todos os mbitos da vida, que a comunidade joanina procurar alternativa. Por isso, a Narrativa da Cura do Cego de Nascena (Jo 9,1-41) um espelho para a comunidade. Ela buscar em Jesus a luz de que precisa para continuar. O cego representa a comunidade antes de conhecer a Luz do Mundo. A solidariedade, a fraternidade e o amor mtuos so foras que ajudaram na resistncia.(AU)

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Esta dissertao de mestrado analisar a expresso grega ta. stoicei/a tou/ ko,smou, os elementos do mundo, que ocorre na carta de Colossenses nos versculos 8 e 20 do segundo captulo. Ser feito um estudo exegtico na percope bblica 2.8-3.4 da referida carta, bem como uma anlise histrica especificamente do termo stoicei/a. O estudo desta expresso importante para poder se compreender a filosofia colossense mencionada em Cl 2.8. A igreja crist na cidade de Colossos estava inserida em um contexto social religioso sincrtico. Esse sincretismo percebido claramente em textos de magia como os Papiros Mgicos Gregos, muito comuns na regio da sia Menor, a mesma onde a igreja colossense estava situada. O sincretismo religioso, envolvendo crenas judaicas e pags, reflete as bases dessa filosofia. O autor da carta aos Colossenses refuta a crena nos elementos do mundo, bem como a subservincia aos mesmos. Dentre outras crenas, acreditava-se que esses elementos poderiam influenciar os acontecimentos sobre a terra e o destino das pessoas. Questes que envolvem prticas acticas, adorao a anjos e observncia de calendrio litrgico, do os contornos dessa filosofia. O autor da carta enfatiza o senhorio de Cristo, bem como as obras dele em favor dos cristos colossenses, que proporcionavam a eles, segurana quanto a terem um bom destino. E, alm disso, assegurada uma liberdade aos cristos colossenses que no podia lhes ser cerceada por quaisquer outras crenas religiosas. Ento, as obras de Cristo, bem como o seu senhorio, so os principais argumentos utilizados pelo autor da carta, a fim de afirmar aos cristos em Colossos que eles no precisam mais temer o destino e nem se submeter aos elementos do mundo.

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Nossa pesquisa tem como meta verificar a influncia da refeio helnica nos costumes de uma comunidade judaica do Mediterrneo no primeiro sculo. Fizemos, ento, um levantamento dos contatos em que a comunidade judaica, em geral, teve com a cultura greco-romana, tanto na difuso e troca de seus valores como nos espaos ocupados por ambas as culturas e suas concepes simblicas. Em seguida, estudamos a influncia da refeio grega nos escritos do Evangelho de Lucas e em Atos. Primeiramente, na leitura exegtica de Lucas 24,13-53, os discpulos a caminho de Emmas, percebemos nesta narrativa indcios de que, especialmente na cena da mesa, a refeio foi marcada pela incluso de um estrangeiro. De certa forma, a constituio da comunidade lucana aponta, principalmente no que diz respeito a refeio, para a formao de sua identidade. Por fim, verificamos nos textos de Lucas-Atos as consequncias desse contato. O material de Lucas, tanto o Evangelho quanto os Atos dos Apstolos, apresenta narrativas que do nfase mesa, portanto constatamos que o ato de Jesus estar mesa com pessoas desqualificadas, segundo os costumes judaicos e na perspecti-va deste material lucano, mostra a influncia da refeio grega na prtica dos judeus seguidores de Jesus e que esta prtica foi assimilada por essa comunidade nos primeiros anos de sua formao.

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A partir do texto de Filipenses 2,5-11 este trabalho realiza uma exegese no texto conhecido como kenosis. Para isso, busca a identificao de traos existentes na herana ideolgica da sociedade da poca da redao deste documento para, em seguida, apontar para as possibilidades de estruturas mticas recorrentes. Faz uma primeira anlise no mundo cultural, social e religioso do apstolo Paulo e passa por uma breve abordagem da histria da pesquisa. Oferece uma possibilidade de traduo do texto grego para o portugus e depois, quer visualizar em forma grfica a estrutura e o movimento do hino cristolgico . Apresenta o monomito e a anlise do discurso como ferramentas metodolgicas para a produo de duas novas leituras. Com o uso dessas metodologias, procura mostrar as semelhanas entre certas estruturas mticas recorrentes e o esvaziamento de Cristo na tradio paulina. Busca validar a proposta apresentando outras narrativas mticas que impregnavam a imagtica da sociedade greco-romana. Ao final sugere alguns passos para uma leitura da kenosis como crtica social.

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O presente estudo exegtico tem por objetivo analisar o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. Para tanto, revisa-se algumas discusses exegticas acerca do texto. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente impactado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do Segundo Templo, e por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau. Com isso, esta pesquisa mostra que a profecia e a glossolalia em 1 Corntios so fenmenos extticos, no qual seu contexto mais prximo o misticismo apocalptico judaico.

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O trabalho aborda a micronarrativa do Homem rico e do pobre Lzaro de Lc. 16. 19-31. As relaes entre os dois personagens da narrativa se mostram invertidas, sugerindo um tom irnico por parte do narrador lucano. A inverso os coloca no mesmo lugar, o Hades, mas em posies diferentes, gerando um conflito na narrativa. Buscou-se observar o motivo da inverso, seu papel na cena e seu impacto na trama da narrativa e em seus leitores. Examinou-se na sequncia narrativa da parbola a relao entre seu enredo unificante e seu enredo episdico buscando o motivo dela dentro dessa sequncia, o que demonstrou ser uma narrativa direcionada aos fariseus, onde sugerimos ter um tom irnico em uma crtica social. Buscou-se retratar o imaginrio desse lugar de inverso, trazendo algumas imagens do imaginrio judaico e greco-romano a partir de algumas fontes literrias, principalmente a obra Dilogo dos Mortos, de Luciano de Samsata do II sc. Demonstrou-se haver uma intertextualidade, onde ecos do relato lucano so vistos na obra de Luciano. Para tal elaborao, os passos da narratologia evidenciaram o que se pretendeu analisar.

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Este trabalho de pesquisa parte do pressuposto de que o Evangelho de Mateus um documento literrio produzido no final do sculo I EC, em algum ambiente urbano do antigo Mundo Mediterrneo, e que se diferencia dos demais evangelhos do Novo Testamento pela nfase econmica presente em sua linguagem e contedo. Procura-se demonstrar a importncia dessa particularidade para o desenvolvimento do prprio discurso mateano e para compreend-lo, trata das proximidades que h entre esse discurso e os modelos socioeconmicos conhecidos no mundo real dos grandes centros urbanos de ento. Dessa pesquisa conclui-se que o autor de Mateus se insere num debate abrangente entre os judasmos do perodo, que mantinham relaes conflituosas com a cultura Greco-romana e a prpria herana cultural. Mateus, em especial, rejeita a apropriao plena dos padres clientelistas para as relaes interpessoais dos discpulos de Jesus ao mesmo tempo que se apropria desse modelo socioeconmico estrangeiro para desenvolver seu imaginrio religioso. Defende-se que em Mateus, Deus assume, como personagem, as caractersticas de um patrono divino que protege e beneficia seus fieis clientes, que em retribuio deviam praticar boas obras para com os pobres. Em contrapartida a essa relao religiosa vertical que desejvel, o evangelho rejeita os vnculos clientelistas que hierarquizam os seres humanos, vendo-as tambm como traio quele primeiro e soberano patrono.

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O termo luz se inscreve no encontro das tradies veterotestamentria e grego-romana como uma alternativa a certas necessidades da comunidade joanina: as culturas diferentes dos povos que receberam o evangelho; a diversidade dos problemas que pediam respostas diferentes; a diferena de classes dentro da comunidade; as tomadas de posio discordantes diante da poltica do imprio e o conflito entre judeus e cristos. E neste nterim de conflito, tanto interno como externo, um momento doloroso para os dissidentes, porque os prejuzos no eram apenas religiosos, mas provocavam mudanas em todos os mbitos da vida, que a comunidade joanina procurar alternativa. Por isso, a Narrativa da Cura do Cego de Nascena (Jo 9,1-41) um espelho para a comunidade. Ela buscar em Jesus a luz de que precisa para continuar. O cego representa a comunidade antes de conhecer a Luz do Mundo. A solidariedade, a fraternidade e o amor mtuos so foras que ajudaram na resistncia.(AU)

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No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.

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A presente pesquisa busca avaliar exegeticamente o texto que se encontra na Bblia, especificamente no livro de Nmeros captulos 22-24 que relata sobre um personagem conhecido como Balao. A pesquisa tem tambm como objeto o estudo sobre o panteo de divindades relatado no mesmo texto, assim como tambm o estudo dos textos descobertos em Deir Alla, na Jordnia, que apresentam um personagem designado como Balao, possivelmente o mesmo personagem de Nm 22-24. A motivao que levou ao desenvolvimento dessa pesquisa foi o fato de se ter deparado com os conceitos dos diversos nomes divinos exibidos no texto, alm da questo do profetismo fora de Israel, assim como as possibilidades hermenuticas que se abrem para a leitura desse texto bblico. O conceito geral sempre foi o de que Israel era a nica nao onde existiam verdadeiros profetas e uma adorao a um nico Deus, o monotesmo. O que despertou interesse foi perceber, especialmente por meio da leitura dos livros bblicos, que o profetismo no se restringiu somente a Israel. Ele antecede formao do antigo Israel e j existia no mbito das terras do antigo Oriente Mdio, e que Israel ainda demorou muito tempo para ser monotesta. Quem esse Balao, filho de Beor? Estudaremos sobre sua pessoa e sua misso. Examinaremos os textos de Deir Alla sobre Balao e sua natureza de personagem mediador entre o divino e o humano. Esse personagem apresentado como um grande profeta e que era famoso como intrprete de pressgios divinos. Analisaremos a importante questo sobre o panteo de deuses que so apresentados na narrativa de Balao nomeados como: El, Elyon Elohim e Shaddai, alm de Yahweh. Entendemos, a princpio, que o texto possui uma conexo com a sociedade na qual foi criado e usando da metodologia exegtica, faremos uma anlise da narrativa em questo, buscando compreender o sentido do texto, dentro de seu cenrio histrico e social. Cenrio este, que nos apresentou esse profeta, no israelita, que profere bnos dos deuses sobre Israel e que, alm disso, pronuncia maldies sobre os inimigos desse mesmo Israel. Percebemos que, parte do texto pesquisado apresentado sob a tica de Israel sobre as outras naes. A pesquisa defende, portanto, que o texto de Nm 22-24, alm de nos apresentar um profeta fora de Israel igual aos profetas da Bblia, defende que, o panteo de divindades tambm era adorado por Israel e que tais nomes so eptetos de uma mesma divindade, no caso YHWH. Defende, tambm, um delineamento de um projeto de domnio poltico e militar de Israel sobre as naes circunvizinhas.