980 resultados para Pobres Cuidados médicos


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Em todo o mundo alta a prevalncia dos transtornos depressivos e ansiosos, em especial no nvel primrio. Uma das estratgias teraputicas o atendimento em grupo que propicia bons resultados e cuidado adequado, incluindo melhor aproveitamento do tempo e maior abrangncia no atendimento segundo experincias relatadas em diversos pases.O objeto deste estudo o discurso de mulheres com transtornos depressivos e ansiosos atendidas em grupo na ateno primria. O objetivo conhecer representaes e questes sobre o processo de adoecimento de mulheres atendidas na Estratgia de Sade da Famlia (ESF) diagnosticadas com transtornos depressivos e ansiosos. Os grupos teraputicos ocorreram em Postos de Sade da Famlia, no municpio de Petrpolis, Rio de Janeiro, realizados pelos profissionais da ESF (médicos e enfermeiros) e supervisionados por especialistas em sade mental. A pesquisa se deu com base anlise de material de observao de dois grupo em comunidades distintas. Foi utilizado o mtodo qualitativo, com analise das falas que foram organizadas em categorias segundo o mtodo anlise de contedo. Resultados: Transtornos depressivos e ansiosos so retratados no discurso das mulheres nos grupos como um processo solitrio, sem apoio, compreenso e ajuda de terceiros. So agravantes: dificuldades financeiras, falta de lazer, sobrecarga de obrigaes e cobranas.O lcool retratado como apaziguador do sofrimento e da solido. Relatam relacionamentos insatisfatrios e ocupam posies de submisso, sentindo-se desempoderadas, sem ver sada para sua situao, perpetuando pensamentos e aes, retroalimentando o sofrimento emocional. Valorizam o grupo enquanto espao terapeutico. A possibilidade de verem retratado nas colegas situaes similares encoraja a ajuda mtua. Estes so aspectos que auxiliam na autopercepo e no empoderamento. A interveno se mostrou aplicvel na ateno primria, sendo factvel a no especialistas de sade mental.

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Monografia apresentada Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Licenciada em Medicina Dentria

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Medicina Dentria

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Tema e Referencial terico: Nas escolas, se ao nvel terico, os conceitos de holismo e cuidar, dominam as concees subjacentes formao dos estudantes, o desempenho e treino de procedimentos tcnico-instrumentais que privilegiado, com os ensinos clnicos a ocorrerem maioritariamente em contextos hospitalares. A aposta nos cuidados de sade comunitrios tem um menor impacto ao nvel dos currculos, quer em termos tericos quer prticos (Correia, 2008). As RS construdas pelos estudantes expressam uma realidade simblica, no apreensvel numa primeira aproximao, mas com capacidade de mobilizar a realidade gerando e orientando comportamentos e atitudes (Formozo e Oliveira, 2010). As RS marcam o processo de construo da identidade profissional e as opes futuras pelo contexto de trabalho. Objetivos: Identificar e comparar as RS dos cuidados hospitalares e comunitrios em estudantes de enfermagem do 1 e 4 ano. Metodologia: Pesquisa qualitativa orientada pela Teoria das Representaes Sociais. Amostra constituda por 132 estudantes do CLE da ESESJDUE, 71 do 1 ano e 61 do 4 ano. Utilizou-se um questionrio em que eram apresentados dois estmulos indutores, com recurso tcnica de Associao Livre de Palavras. Foi realizada a anlise no Software IRaMuTeQ.. Salvaguardados todos os aspetos ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A partir de matrizes cruzando segmentos de texto e palavras, aplicou-se o mtodo da Classificao Hierrquica Descendente e obtivemos 4 classes. A classe 2, remete para os cuidados hospitalares e as classes 1, 3 e 4, para um conjunto de cuidados inerentes ao processo de cuidar os utentes. Na classe 1 a palavra central ajuda, seguida de bem-estar, cuidado e sociedade, na classe 2 enfermeiro seguida de médicos, internamento e recurso, na classe 3 tratamento, seguida de vacina, comunicar e rastreio e na classe 4 ensino, seguida de urgncia, preveno e promoo. Os dois grandes eixos organizadores da RS so enfermeiro, doena e tratamento, no ncleo central cuidados hospitalares. Na nuvem de palavras, das mais evocadas destaca-se enfermeiro, doena, tratamento, preveno, cuidado e ajuda. Concluses: As RS dos estudantes estruturam-se em torno do papel central do enfermeiro no processo de cuidar. So os cuidados mais prximos da interveno hospitalar que assumem destaque e posicionam o enfermeiro no centro do processo, sendo a partir da que se concetualizam os cuidados ao doente, atravs do tratamento, preveno, cuidado e ajuda. Salienta-se que as RS remetem para a importncia social e especificidade do papel do enfermeiro na sociedade, evidenciados por termos como responsabilidade, ensino, promoo, educar ou apoio. Referncias Bibliogrficas Brito A. M. R., et al. (2011). Representaes sociais de discentes de graduao em enfermagem sobre ser enfermeiro. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011 mai-jun; 64(3): 527-35. Correia, Raquel (2008). Enfermeiros recm-formados e Cuidados de Sade Comunitrios: as lgicas subjacentes escolha. Ssifo. Revista de Cincias da Educao, 05, pp. 45-58. Consultado em [maio, 2014] em http://sisifo.fpce.ul.pt Formozo GA, Oliveira DC. (2010). Representaes sociais do cuidado prestado aos pacientes soropositivos ao HIVRev Bras Enferm, mar-abr; 63(2): 230-7

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Tema e Referencial terico: Nas escolas, se ao nvel terico, os conceitos de holismo e cuidar, dominam as concees subjacentes formao dos estudantes, o desempenho e treino de procedimentos tcnico-instrumentais que privilegiado, com os ensinos clnicos a ocorrerem maioritariamente em contextos hospitalares. A aposta nos cuidados de sade comunitrios tem um menor impacto ao nvel dos currculos, quer em termos tericos quer prticos (Correia, 2008). As RS construdas pelos estudantes expressam uma realidade simblica, no apreensvel numa primeira aproximao, mas com capacidade de mobilizar a realidade gerando e orientando comportamentos e atitudes (Formozo e Oliveira, 2010). As RS marcam o processo de construo da identidade profissional e as opes futuras pelo contexto de trabalho. Objetivos: Identificar e comparar as RS dos cuidados hospitalares e comunitrios em estudantes de enfermagem do 1 e 4 ano. Metodologia: Pesquisa qualitativa orientada pela Teoria das Representaes Sociais. Amostra constituda por 132 estudantes do CLE da ESESJDUE, 71 do 1 ano e 61 do 4 ano. Utilizou-se um questionrio em que eram apresentados dois estmulos indutores, com recurso tcnica de Associao Livre de Palavras. Foi realizada a anlise no Software IRaMuTeQ.. Salvaguardados todos os aspetos ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A partir de matrizes cruzando segmentos de texto e palavras, aplicou-se o mtodo da Classificao Hierrquica Descendente e obtivemos 4 classes. A classe 2, remete para os cuidados hospitalares e as classes 1, 3 e 4, para um conjunto de cuidados inerentes ao processo de cuidar os utentes. Na classe 1 a palavra central ajuda, seguida de bem-estar, cuidado e sociedade, na classe 2 enfermeiro seguida de médicos, internamento e recurso, na classe 3 tratamento, seguida de vacina, comunicar e rastreio e na classe 4 ensino, seguida de urgncia, preveno e promoo. Os dois grandes eixos organizadores da RS so enfermeiro, doena e tratamento, no ncleo central cuidados hospitalares. Na nuvem de palavras, das mais evocadas destaca-se enfermeiro, doena, tratamento, preveno, cuidado e ajuda. Concluses: As RS dos estudantes estruturam-se em torno do papel central do enfermeiro no processo de cuidar. So os cuidados mais prximos da interveno hospitalar que assumem destaque e posicionam o enfermeiro no centro do processo, sendo a partir da que se concetualizam os cuidados ao doente, atravs do tratamento, preveno, cuidado e ajuda. Salienta-se que as RS remetem para a importncia social e especificidade do papel do enfermeiro na sociedade, evidenciados por termos como responsabilidade, ensino, promoo, educar ou apoio. Referncias Bibliogrficas Brito A. M. R., et al. (2011). Representaes sociais de discentes de graduao em enfermagem sobre ser enfermeiro. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011 mai-jun; 64(3): 527-35. Correia, Raquel (2008). Enfermeiros recm-formados e Cuidados de Sade Comunitrios: as lgicas subjacentes escolha. Ssifo. Revista de Cincias da Educao, 05, pp. 45-58. Consultado em [maio, 2014] em http://sisifo.fpce.ul.pt Formozo GA, Oliveira DC. (2010). Representaes sociais do cuidado prestado aos pacientes soropositivos ao HIVRev Bras Enferm, mar-abr; 63(2): 230-7

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Tema e referencial terico: O envelhecimento da populao conduziu ao aumento das doenas crnicas e incapacitantes e ao surgimento de novas necessidades de sade e sociais o que colocou um enorme desafio ao Servio Nacional de Sade. Neste contexto, a articulao entre as diferentes instituies prestadoras de cuidados ganha importncia, assumindo-se que a continuidade de cuidados alm de garantir a melhoria da qualidade dos cuidados prestados, contribui para a diminuio dos custos com a sade. Objetivo: Analisar a continuidade de cuidados nos centros de sade no distrito de vora, na perspetiva dos utentes. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratrio e descritivo de abordagem quantitativa. Amostra constituda por 342 pessoas, com 18 ou mais anos de idade, que utilizam as unidades de sade (USF e UCSP) do distrito de vora. O instrumento de pesquisa , essencialmente, constitudo por questes fechadas e teve por base o quadro conceptual, assim como dois modelos de questionrios sobre continuidade de cuidados consultados e cuja autorizao de adaptao foi obtida. Recorreu-se ao Software SPSS Statistic para anlise dos dados. Foram salvaguardados todos os aspetos ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: Dos 342 inquiridos 69,6% so do sexo feminino e 29,8% so do sexo masculino. A mdia de idades de 48 anos. A maior parte tem o ensino secundrio (29,5%). 34,5% referem ter alguma doena crnica. Dos principais resultados ressalta-se que 89,2% confiam na capacidade profissional do seu mdico de famlia. Opinio idntica manifestada sobre o que acontece em relao aos enfermeiros, apesar de a percentagem ser inferior (69,3%). Na opinio da maioria dos inquiridos (89,8%) os especialistas entendem o que os utentes lhes dizem sobre a sua sade. Por outro lado, as idas aos especialistas tanto podem ser programadas a partir do centro de sade (45%) como no (45%). A quase totalidade (88%) sente-se vontade para colocar perguntas aos especialistas. Quando consultam o mdico de famlia 61,1% mencionam que no necessitam transmitir-lhe as informaes que os especialistas lhe deram. Consideram, maioritariamente (78,7%), que o mdico de famlia os envolve nas decises sobre a sua situao de sade/doena. Relativamente aos enfermeiros, essa percentagem inferior (53,5%). Concluses: A informao circula entre os profissionais de sade e existe a preocupao em envolver os utentes nas questes que dizem respeito sua sade, sendo estes aspetos mais visveis relativamente aos médicos. Maioritariamente recomendam o seu mdico de famlia e o enfermeiro aos seus amigos e/ou familiares.

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A hospitalizao de uma criana constitui uma experincia stressante, conduzindo, muitas vezes a vivncias de sofrimento por parte da criana e da famlia. A compreenso das necessidades dos pais e do seu nvel de empoderamento familiar so fundamentais para desenvolver estratgias promotoras do envolvimento dos pais nos cuidados de sade, capacitando-os para a continuidade de cuidados. Desenvolvemos um estudo exploratrio descritivo, de cariz essencialmente quantitativo, incluindo tambm anlise qualitativa, com uma amostra de 660 pais de crianas hospitalizadas e de 95 profissionais de sade em trs hospitais portugueses. A colheita de dados foi efectuada pela aplicao de questionrios, dirigidos aos pais e aos profissionais de sade, e que incluam na verso dos pais o Questionrio das Necessidades dos Pais e a Escala de Empoderamento Familiar, e na dos profissionais de sade, um Questionrio das Necessidades dos Pais adaptado, ambos incluram perguntas abertas. O processo de adaptao cultural e validao destas duas escalas faz parte integrante deste trabalho. Os resultados mostram opinies diferentes entre pais e profissionais de sade acerca das necessidades dos pais, particularmente no que respeita s necessidades de informao e de suporte e orientao. Os pais atribuem mais importncia, sentem-se menos satisfeitos e consideram que o hospital os deveria ajudar mais na concretizao das suas necessidades, comparativamente com o que os enfermeiros e médicos pensam. Constatamos tambm a influncia de algumas variveis relativas aos pais e aos profissionais de sade, na percepo das necessidades. Os pais demonstram menor empoderamento, no que diz respeito ao envolvimento com a comunidade, nomeadamente em relao participao com os decisores polticos, realando a dificuldade no exerccio da cidadania. E evidenciam maior empoderamento na dimenso da famlia e dos cuidados prestados ao filho. Os resultados qualitativos indicam que o envolvimento dos pais nos cuidados de sade tem mltiplos significados, destacando-se as dimenses: o quotidiano da criana no hospital, a continuidade dos cuidados de sade aps a hospitalizao e as perspectivas do envolvimento nos cuidados de sade. Esta ltima dimenso inclui os domnios: presena, participao, informao, necessidades e benefcios para a criana, responsabilizao e direito sade, realizao de cuidados, necessidades da famlia e ajuda aos profissionais de sade.

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Dissertao de mestrado, Gesto de Unidades de Sade, Faculdade de Economia, Universidade do Algarve, 2015

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A melhoria progressiva na prestao de cuidados de sade que se verifica nos dias de hoje, deve-se maioritariamente ao desenvolvimento de novas tecnologias mdicas, que se traduzem na criao de inovadores dispositivos médicos, cujo fim auxiliar no diagnstico, preveno e tratamento de doenas, melhorando assim as condies de trabalho e os cuidados oferecidos aos pacientes. No entanto estas melhorias apenas so vantajosas quando as novas tecnologias so utilizadas de forma segura, o que leva a uma preocupao crescente com a segurana dos profissionais de sade e dos pacientes em ambiente hospitalar. Como forma de reduzir e controlar os riscos existentes, as unidades de sade introduziram mecanismos de gesto que permitem o conhecimento das fontes de risco e respetivos mecanismos de ao. A presente dissertao de mestrado apresenta uma proposta de modelo de Manual de Procedimentos para Gesto de Risco de Dispositivos Médicos, aplicvel a todos os dispositivos médicos existentes nas Unidades de Sade. Para a criao deste manual, foram utilizados por meio de adaptao, as etapas da gesto de risco definidas na Norma ISO 14971:2007 em conjunto com o mtodo de gesto de risco utilizado pela Unidade Local de Sade de Matosinhos O desenvolvimento deste manual de procedimentos permitir a esta unidade de sade, a aquisio e fornecimento de informaes teis na tomada de deciso sobre os procedimentos de controlo de risco de dispositivos médicos, com o objetivo de manter o risco destes dispositivos dentro dos nveis previamente estabelecidos e auxiliar a tomada de deciso de programas de manuteno preventiva e de aquisio de dispositivos médicos.

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Esta tese aborda as prticas e as representaes de mulheres em idade frtil, que vivem em contextos sociais de pobreza. As prticas sobre o acesso e as formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva. As representaes das mulheres relativamente maternidade e/ou fecundidade, verificando de que forma estas influenciam a utilizao de cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). E as representaes dos profissionais de sade e tcnicos de servio social sobre os comportamentos de fecundidade e as formas como as mulheres (pobres e no pobres) utilizam os cuidados de sade reprodutiva. Devido natureza do objecto de estudo e complexidade inerente, optou-se por utilizar uma combinao de mtodos qualitativos e quantitativos e respectivas tcnicas de recolha e anlise de dados, num mesmo desenho de estudo, tendo em vista a triangulao metodolgica, que ajudou compreenso mais profunda da realidade em estudo. Como tal dividiu-se a investigao em trs estudos: 1) o estudo exploratrio; que apoiou nas decises, nomeadamente na delimitao do objecto de estudo, dos objectivos gerais e especficos, das hipteses centrais de investigao e dos aspectos metodolgicos relacionados com o estudo de caso-controlo e o estudo qualitativo; 2) o estudo de caso-controlo (quantitativo); 3) o estudo qualitativo. Estudo de caso-controlo O estudo de caso-controlo foi realizado com mulheres em idade frtil, em que os casos so mulheres consideradas muito pobres, havendo dois controlos para cada caso: os controlos 1, que so mulheres consideradas pobres e os controlos 2, que so mulheres consideradas no pobres. Este estudo foi planeado com uma amostra de 1513 mulheres em idade frtil, com 499 casos seleccionados segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional (de mulheres consideradas muito pobres) seleccionados da base de dados de beneficirios de RSI, da SCML. E 1014 controlos (de mulheres no consideradas como muito pobres): os controlos 1 foram seleccionados tambm segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional dos restantes beneficirios da SCML; os controlos 2 foram seleccionados de forma bi-etpica, primeiro procedeu-se a uma amostragem aleatria simples de quatro Centros de Sade e de seguida optou-se por uma regra sistemtica de seleco das utentes desses Centros de Sade, mediante a aplicao de um formulrio de critrios de incluso. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio semi-quantitativo aplicado por entrevista. Responderam ao questionrio um total de 1054 mulheres, sendo que o total de respondentes distribui-se pelos grupos em estudo, isto , 304 referentes aos casos (muito pobres), e 750 respeitantes aos controlos [293 pertencentes ao grupo de controlos 1 (pobres) e 457 provenientes do grupo de controlos 2 (no pobres)]. Os dados foram analisados utilizando tcnicas estatsticas bivariadas e multivariadas. Concretamente, comeou-se pela anlise descritiva (frequncias absolutas e relativas; medidas de tendncia central: moda, mdia, mediana, mdia aparada a 5%) das variveis demogrficas e das variveis de fecundidade (representaes, tenses, prticas e controlo de fecundidade) em funo das variveis de condio social (gradientes de pobreza segundo os grupos em estudo). Seguiu-se a anlise de comparao e associao - o teste de Qui-quadrado para testar a homogeneidade e para testar a homogeneidade de varincias aplicou-se o teste de Levene e a normalidade da varivel quantitativa, nos grupos em estudo, foi testada atravs do teste de Kolmogorov Smirnov e o teste de Shapiro-Wilk. Sempre que as condies de aplicao da ANOVA no se verificaram, aplicou-se a alternativa no paramtrica: o teste de Kruskal-Wallis. O clculo do odds ratio da varivel ter gravidez e filhos foi efectuado de acordo com o proposto por Mantel-Haenszel aplicado nas situaes em que existem dois controlos por caso. Foram ainda utilizados modelos de regresso logstica (pelo mtodo Forward: LR) para avaliar a probabilidade de ser do grupo de casos (muito pobre), relativamente a ser do grupo de controlos 1 (pobre) e ser do grupo de controlos 2 (no pobre). E dois modelos de regresso logstica multinomial para estudar a relao entre uma varivel dependente de resposta qualitativa no binria [no presente estudo com trs classes - os trs grupos em estudo: casos (muito pobres), controlos 1 (pobres) e controlos 2 (no pobres)] e um conjunto de variveis explicativas (predictor variables), que podem ser de vrios tipos. A anlise efectuada confirma a existncia de gradientes de pobreza e a sua associao a gradientes de fertilidade, que se reflectem em termos de acesso sade e nos padres de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. O facto de as mulheres terem tido filhos (varivel ter gravidez e filhos) aumenta a probabilidade (OR=1,17; p<0,001; IC = 1,08 1,26) de serem muito pobres, comparativamente a serem pobres e no pobres. Isto , a maternidade configura-se como um factor explicativo da pertena social das mulheres, sobretudo quando interligado com outros factores. Concretamente, verifica-se atravs da anlise dos modelos de regresso logstica que existe uma interligao entre a condio social das mulheres e um conjunto de caractersticas sciodemogrficas, que se configuram como factores de risco de pobreza, como sejam o baixo rendimento dos agregados, a dimenso dos agregados familiares, a baixa escolaridade e as pertenas tnicas. Quanto ao acesso econmico, constata-se que as mulheres muito pobres apresentam incapacidades financeiras para comportar custos com a compra de medicamentos muito superiores s restantes, constituindo-se esta como uma caracterstica forte para explicar a sua condio social actual. Em termos de utilizao de cuidados de sade reprodutiva percebe-se que as mulheres muito pobres so caracterizadas por baixa frequncia das consultas de reviso do parto, com todas as eventuais implicaes no seu estado de sade. Um aspecto pertinente prende-se com a sistemtica aproximao das mulheres pobres s muito pobres, distanciando-se em quase tudo das mulheres no pobres. Ou seja, existe um nmero considervel da nossa populao mdia com vulnerabilidades, que deveriam merecer uma ateno prioritria em termos de polticas sociais (nomeadamente, na rea da sade, do trabalho e do apoio social). Assim, de enfatizar a importncia de haver uma adequao das polticas de sade no sentido de assegurar que as populaes mais vulnerveis consigam utilizar de forma apropriada os cuidados de sade reprodutiva. Estudo Qualitativo Foi efectuado um estudo qualitativo, atravs de realizao de entrevistas e grupos focais. Concretamente, foram feitas oito entrevistas e dois grupos focais a mulheres provenientes de diferentes contextos socioeconmicos (pobreza e no pobreza), num total de 18 indivduos. Foram conduzidos dois grupos focais a profissionais de sade (enfermeiros e médicos), num total de 15 participantes. E realizados quatro grupos de discusso a tcnicos de servio social, num total de 36 participantes. Todas as entrevistas e grupos focais foram gravados, seguindo-se a sua transcrio integral. Os dados foram analisados com base nos procedimentos de anlise de contedo habituais no mbito de abordagens qualitativas. No que diz respeito aos grupos focais, procedeu-se a uma anlise categorial temtica. Atravs da anlise das representaes de fecundidade percebe-se que para as mulheres, independentemente do grupo socioeconmico a que pertencem, o melhor e o pior dos filhos, envolve trs nveis: os sentimentos, o desempenho das funes parentais e as privaes. E a maioria das mulheres assume que foi atravs de amigos, dos media e/ou de vizinhos que obteve as primeiras informaes sobre os mtodos contraceptivos. Revelando ainda a inexistncia de influncia familiar, especialmente das mes, na transmisso desses conhecimentos e informaes sobre contracepo, em todos os grupos socioeconmicos. Alis, a percepo generalizada de que o sexo foi um assunto tabu na educao destas mulheres. Muitas das mulheres no estudo descrevem uma preparao inadequada para o sexo e contracepo na primeira gravidez, acontecendo esta como resultado de impreparao e no de planeamento. Encontram-se semelhanas entre as mulheres provenientes de diferentes gradientes sociais, mas tambm se encontram diferenas, nomeadamente, acerca do papel do parceiro masculino no planeamento familiar e no planeamento das gravidezes. Existe uma diferena entre mulheres provenientes de grupos socioeconmicos distintos (muito pobres e pobres vs. no pobres) relativamente ao papel do parceiro na contracepo: no utilizao do preservativo porque companheiros no aceitam vs. as mulheres que assumem que as decises quanto contracepo so e foram sempre da sua responsabilidade. Os resultados vm mostrar a importncia atribuda ao sexo do mdico e a vergonha envolvida na utilizao dos cuidados de sade materna, cujas consequncias se revelaram impeditivas de realizao das consultas ps-parto. Vrios estudos j apontaram o desconforto durante o encontro biomdico nos cuidados pr-natais resultando de uma incapacidade da mulher para lidar com certas caractersticas do profissional de sade, que podem incluir idade, gnero e linguagem (cfr. nomeadamente, Whiteford e Szelag, 2000). Um outro aspecto em que h diferenas entre grupos socioeconmicos nos resultados do estudo de caso-controlo, e que vem ser ainda mais aprofundado atravs do estudo qualitativo, est relacionado com os apoios recebidos quando os filhos nascem e quando existe uma situao de doena. As mais pobres encontram-se numa posio de vulnerabilidade acrescida, porque no podem colmatar a falta de apoios, por exemplo com amas para tomar conta dos filhos, como admitido, por exemplo, por uma mulher de etnia cigana. Mas emerge uma semelhana entre as mulheres dos diferentes grupos socioeconmicos, quando reivindicam a necessidade de existir mais apoio, nomeadamente uma rede de creches. Os profissionais (sade e social) demonstram nas suas representaes as influncias do modelo biomdico de sade. Quanto s mulheres, consoante o seu contexto cultural, elas tendem a integrar num modelo prprio a sua relao com os cuidados de sade, especificamente com os cuidados pr-natais. Modelo esse que no exclui o uso dos servios biomédicos durante a gravidez, o que acontece que as mulheres conservam as suas crenas e algumas prticas tradicionais em face de novas. Deixando em aberto a possibilidade de negociao e transmisso de conhecimentos por parte dos profissionais de sade, processo facilitado com existncia de dilogo e abertura dos profissionais de sade para as especificidades culturais (cfr. outros estudos, nomeadamente, Atkinson e Farias, 1995; Whiteford e Szelag, 2000). Os profissionais atribuem ao pobre uma caracterstica-tipo: o imediatismo. Este condiciona a actuao dos indivduos pobres nas prticas de planeamento familiar e nas formas de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. Por exemplo, para os profissionais de sade e tcnicos de servio social a utilizao correcta da contracepo depender do nvel educacional da mulher. Mas no se comprova tal facto nos estudos, havendo mesmo indcio de uma certa transversalidade nas falhas de utilizao, por exemplo da plula. Atravs do estudo de caso-controlo comprovase que a plula era o contraceptivo mais usado no momento em que as mulheres engravidaram do ltimo filho, sendo que aparentemente algo ter falhado (dosagem, esquecimento, toma simultnea de antibitico), no existindo diferenas entre os grupos socioeconmicos. A anlise reflecte a existncia de representaes nem sempre coincidentes entre mulheres e profissionais de sade, no que diz respeito maternidade, gravidez e fecundidade, mas tambm s necessidades e formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). Chama-se a ateno para a importncia dos decisores terem estes factos em ateno de forma a adequar as polticas de sade s expectativas e percepes de necessidade por parte das populaes vulnerveis, procurando atingir o objectivo de utilizao adequada de cuidados de sade reprodutiva e, em ltima anlise, promover a equidade em sade. Concluses Gerais Esta investigao insere-se numa lgica de perceber as caractersticas associadas no continuum de pobreza, procurando-se os factores que explicam a posio relativa dos grupos nesse mesmo continuum. Em termos de sade, contata-se existir uma associao entre a no realizao de consultas de reviso do parto e as chances superiores de pertencer a um grupo socioeconmico mais pobre. Haver aqui lugar a um cuidado acrescido em termos de organizao de cuidados de sade para que estas mulheres, com vulnerabilidades de vria ordem, sejam devidamente acompanhadas, orientadas, apoiadas para a realizao deste tipo de consultas, envolvendo uma sensibilizao para gostar de si prpria, de valorizao individual, mesmo depois do nascimento dos filhos. As redes de sociabilidade so distintas consoante a posio que a mulher ocupa em termos de gradiente social, sendo que a posio mais vulnervel para as mulheres muito pobres e pobres, quer em situao de doena, quer em situao de apoio para os filhos e ainda em termos de privao material existe um efeito em termos de diluio das sociabilidades para grupos j to fragilizados a outros nveis. Ao descrever, analisar e caracterizar os gradientes de pobreza e privao mltipla entre os grupos de mulheres em estudo posso concluir que existem aspectos diferenciadores das mulheres pobres relativamente s mulheres no pobres.Mas elas manifestam sobretudo caractersticas que as aproximam das mulheres muito pobres. Ou seja, este grupo de pessoas est particularmente envolta numa multiplicidade de riscos sociais, uma vez que so mulheres que tm filhos, trabalham, tm redes de sociabilidade enfraquecidas e no podem contar com a ajuda do Estado em termos de medidas de apoio social, no sendo elegveis, por exemplo, para o RSI. Urge rever as condies de atribuio de medidas, no necessariamente com a configurao actual, mas que tenham em ateno este conjunto populacional. A actividade sexual comea muito cedo nas vidas das jovens, independentemente da provenincia socioeconmica, pelo que esse um aspecto que, penso, dever continuar a ser considerado em termos de sade sexual e reprodutiva por parte das diferentes entidades no que se refere educao e promoo para a sade. As questes relacionadas com a incapacidade para comportar custos de sade - deixar de comprar medicamentos, sobretudo, para as prprias mulheres, no poder pagar consultas em médicos especialistas e dentistas - revelam-se srias, na medida em que fazem emergir as diferenas em termos de grupos socioeconmicos, constituindo-se como um factor associado com as iniquidades em sade ainda existentes em Portugal. Como sabido pelos estudos realizados, estas so tambm causas de pobreza. Assim, esta uma das reas a merecer actuao prioritria no sentido de contribuir para que caminhemos para uma sociedade com mais equidade. A existncia de diferenas na acessibilidade e no acesso geogrfico e econmico, marcada pelas diferenas em termos de gradientes sociais, deixa em aberto a necessidade de actuar no sentido de que o sistema de sade tenha polticas de promoo da equidade, nomeadamente a equidade de acesso econmico, na investigao desenvolvida sobre sistemas de sade. Parece que fica evidente a necessidade de monitorizar quais as interaces entre as polticas, de sade e sociais, e a variabilidade nas desigualdades sociais ao longo do tempo, ou seja, a importncia de monitorizar os efeitos das polticas nos grupos vulnerveis. S avaliando poderemos saber se as medidas devem continuar com contedo e formas de implementao actuais ou se, pelo contrrio, devero acontecer mudanas nas medidas de apoio para melhorar as condies sociais e de sade das populaes.

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Num contexto de mudana organizacional, a crescente complexidade do sector da Sade representa grandes desafios para aqueles que nela assumem actualmente as funes de gesto. Existe cada vez mais consenso de que a aposta na qualidade da fora de trabalho em Sade um factor crtico para o sucesso de qualquer tipo de Reforma da Sade. Partindo destas premissas, o objectivo desta investigao estudar as percepes dos 73 Directores Executivos (DE) dos Agrupamentos dos Centros de Sade (ACES) em Portugal na dimenso de conhecimentos, habilidades e atitudes, para assim obter um diagnstico que permita perceber a sua contribuio como gestores no processo de Reforma dos Cuidados de Sade Primrios. O estudo realiza-se em dois perodos, sendo o ponto de partida os dados de 2008 referentes ao incio da funo dos DE e os dados de 2009, aps a participao no curso PACES, o ponto de comparao. Atravs de uma abordagem e metodologia de tratamento de dados essencialmente quantitativa, foram determinadas certas concluses que permitem obter uma primeira aproximao a evoluo dos perfis de gestores destes DE e a sua coerncia com as recomendaes realizadas pela Literatura. Apesar de depois de um ano certas mudanas poderem ser observadas, a falta de nfase na importncia das pessoas certas nos lugares certos pode-se vir a converter num factor comprometedor. Num cenrio onde a maioria dos DE so médicos de profisso com escassa formao em gesto, o desenvolvimento de competncias de gesto e liderana fundamental. A realidade dos ACES e os desafios enfrentados pelos seus lderes devem ainda ser mais explorados. No entanto, para facilitar a mudana e avanar na integrao dos servios de Sade e eficincia necessria, deve-se focar no factor mais determinante de uma organizao: as suas pessoas. Estudar as suas necessidades de gesto e as suas competncias permite aproveitar melhor as oportunidades inerentes a um processo de mudana. PALAVRAS CHAVE: Gesto; Liderana: Competncias: Conhecimentos; Habilidades; Atitudes; Reforma dos Cuidados Primrios; Directores Executivos; ACES; Portugal.

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RESUMO: INTRODUO: A OMS (2001) revela que cerca de 450 milhes de pessoas sofrem de perturbaes mentais ou comportamentais em todo o mundo, mas apenas uma pequena minoria tem tratamento, ainda que elementar. Transformam-se em vtimas por causa da sua doena e convertem-se em alvos de estigma e discriminao. O suicdio considerado como um grande problema de sade pblica em todo o mundo, uma das principais causas de morte de jovens adultos e situa-se entre as trs maiores causas de morte na populao entre 15-34 anos (OMS, 2001). As perturbaes mentais aumentam o risco de suicdio. A depresso, esquizofrenia, e a utilizao de substncias incrementam o risco de suicdio. Estudos (Sartorius, 2002; Magliano et al., 2012) mostram que os profissionais de sade, tal como o pblico em geral, podem ter atitudes negativas e estigma em relao s pessoas com perturbaes mentais, podendo agir em conformidade, uma vez feito e conhecido o diagnstico psiquitrico. Os clnicos gerais so os receptores das perturbaes mentais e tentativas de suicdio nas principais portas de entrada no acesso a cuidados de sade. As crenas, conhecimentos e contacto com a doena mental e o suicdio, podem influenciar a ateno clnica. OBJECTIVOS: Avaliar o estigma e as percepes dos médicos de clnica geral em relao s tentativas de suicdio, o suicdio e perturbaes mentais bem como os possveis factores associados a estes fenmenos. MATERIAIS E MTODOS: Estudo do tipo transversal, combinando mtodos quantitativos e qualitativos. A amostra constituda por 125 sujeitos, médicos de clnica geral. Utilizaram-se as verses adaptadas dos seguintes instrumentos: Questionrio sobre Percepes e Estigma em Relao Sade Mental e ao Suicdio (Liz Macmin e SOQ, Domino, 2005) e a Escala de Atitudes sobre a Doena Mental (Amanha Hahn, 2002). Para o tratamento estatstico dos dados usou-se a estatstica 1) descritiva e 2) Anlise estatstica das hipteses formuladas (Qui Quadrado - 2) a correlao entre variveis (Spearman: , rho). Os dados conectados foram limpos de inconsistncias com base no pacote informtico e estatstico SPSS verso 20. Para a aferio da consistncia interna foi usado o teste de Alfa de Cronbach. RESULTADOS: Uma boa parte da amostra (46.4%) refere que no teve formao formal ou informal em sade mental e (69.35%) rejeitam a ideia de que grupos profissionais como médicos, dentistas e psiclogos so mais susceptveis a cometer o suicdio. J (28.0%) tm uma perspectiva pessimista quanto a possibilidade de recuperao total dos sujeitos com perturbao mental. Sessenta e oito(54.4%) associa sujeitos com perturbao mental, a comportamentos estranhos e imprevisveis, 115 (92.0%) a um baixo QI e 35 (26.7%) a poderem ser violentas e e perigosas. Os dados mostram uma associao estatisticamente significativa (p0.001) entre as variveis: tempo de servio no SNS, recear estar perto de sujeitos com doena mental e achar que os sujeitos com doena mental so mais perigosos que outros. Em termos estatsticos, existe uma associao estatitisticamente significativa entre as duas variveis(X2=9,522; p0.05): percepo de que vergonhoso ter uma doena mental e os conhecimentos em relao doena mental. Existe uma correlao positiva, fraca e estatisticamente significativa entre os conhecimentos dos clnicos gerais(beneficiar-se de formao em sade mental) e a percepo sobre os factores de risco (0,187; P0,039). DISCUSSO E CONCLUSES: A falta de conhecimento sobre as causas e factores de risco para os comportamentos suicidrios, opes de interveno e tratamento, particularmente no mbito da doena mental, podem limitar a procura de ajuda individual ou dos prximos. Percepes negativas como o facto de no merecerem prioridade nos servios, mitos (frgeis e cobarde, sempre impulsivo, chamadas de ateno, problemas espirituais) podem constituir-se como um indicador de que os clnicos gerais podem sofrer do mesmo sistema de estigma e crenas, de que sofre o pblico em geral, podendo agir em conformidade (atitudes de afastamento ereceio). As atitudes so influenciadas por factores como a formao, cultura e sistema de crenas. Sujeitos com boa formao na rea da sade mental tm uma percepo positiva e optimista sobre os factores de risco e uma atitude positiva em relao aos sujeitos com doena mental e comportamentos suicidrios.-------------ABSTRACT: INTRODUCTION: The WHO (2001) reveals that about 450 million people suffer from mental or behavioral disorders worldwide, but only a small minority have access to treatment, though elementary. They become victims because of their disease and they become the targets of stigma and discrimination. Suicide is seen as a major public health problem worldwide, is a leading cause of death for young adults and is included among the three major causes of death in the population aged 15-34 years (WHO, 2001). Mental disorders increase the risk of suicide. Depression, schizophrenia, and the substances misuse increase the risk of suicide. Studies (Sartorius, 2002; Magliano et al, 2012) show that health professionals, such as the general public, may have negative attitudes and stigma towards people with mental disorders, and can act accordingly after psychiatric diagnosis is known. General practitioners are the main entry points of mental disorders and suicide attempts in the health sistem. Beliefs, knowledge and contact with mental illness and suicide, may influence clinical care. OBJECTIVES: To assess stigma and perceptions of general practitioners in relation to suicide attempts, suicide and mental disorders as well as possible factors associated with these phenomena. MATERIAL AND METHODS: This was a descriptive cross-sectional study, combining quantitative and qualitative methods. The sample consisted of 125 subjects, general practitioners. We used adapted versions of the following instruments: Questionnaire of Perceptions and Stigma in Relation to Mental Health and Suicide (Liz Macmin and SOQ, Domino, 2005) and the Scale of Attitudes on Mental Illness (Tomorrow Hahn, 2002). For the statistical treatment of the data we used: 1) descriptive (Data distribution by absolute and relative frequencies for each of the variables under study (including mean and standard deviation measures of central tendency and deviation), 2) statistical analysis of hypotheses using (Chi Square - 2, a hypothesis test that is intended to find a value of dispersion for two nominal variables, evaluating the association between qualitative variables) and the correlation between variables (Spearman , rho), a measure of non-parametric correlation, which evaluates an arbitrary monotonic function can be the description of the relationship between two variables, without making any assumptions about the frequency distribution of the variables). For statistical analysis of the correlations were eliminated subjects who did not respond to questions. The collected data were cleaned for inconsistencies based on computer and statistical package SPSS version 20. To measure the internal consistency was used the Cronbach's alpha test. RESULTS: A significant part of the sample 64 (46.4%) reported no formal or informal training in mental health and 86 (69.35%) reject the idea that "professional groups such as doctors, dentists and psychologists are more likely to commit suicide." On the other hand, 42 (28.0%) have a pessimistic view of the possibility of full recovery of individuals with mental disorder. Sixty-eight ( 54.4 % ) of them associates subjects with mental disorder to strange and unpredictable behavior, 115 ( 92.0 % ), to low IQ, 35 ( 26.7 % ) and even to violent and dangerous behavior, 78 ( 62.4 % ) The data show a statistically significant (p = 0.001) relationship between the following variables: length of service in the NHS, fear of being close to individuals with mental illness and considering individuals with mental illness more dangerous than others. In statistical terms, there is a dependency between the two variables (X2 = 9.522, p> 0.05): the perception that "it is shameful to have a mental illness" and knowledge regarding mental illness. There is a positive and statistically significant weak correlation between knowledge of general practitioners (benefit from mental health training) and the perception of the risk factors (0,187; P0,039). DISCUSSION AND CONCLUSIONS: The lack of knowledge about the causes and risk factors for suicidal behavior, intervention and treatment, particularly in the context of mental illness options, may decreaseseeking for help by individual and their relatives. Negative perceptions such as considering that they dont deserve priority in services, myths (weak and cowards, always impulsive, seeking for attentions, spirituals problems) may indicate that general practitioners, may suffer the same stigma and beliefs systems as the general public, and can act accordingly (withdrawal and fear attitudes). Attitudes are influenced by factors such as education, culture and belief system. Subjects with good training in mental health have a positive and optimistic perception of the risk factors and a positiveattitude towards individuals with mental illness and suicidal behaviour.

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RESUMO - Num contexto de escassez de recursos, agravado pelo aumento da procura de cuidados de sade e pelo custo do imperativo tecnolgico, muitas vezes erroneamente confundido com imperativo tico, a procura da eficincia cada vez mais relevante. Para que esta se atinja e mantenha preciso um conhecimento profundo dos efeitos das medidas eficazes, a verdadeira efectividade, numa perspectiva sistmica, o que implica uma partilha de saberes e aces concertadas entre médicos e gestores. A lgica econmica no substitui o juzo clnico, mas refora a necessidade de compatibilizar as intervenes teis com o custo pessoal e social exigido. Precisa-se de boa informao que gere conhecimento e do insubstituvel bom senso.

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RESUMO - Em 1994/1995 o modelo legal de organizao de servios de Medicina do Trabalho institudo na dcada de 1960 foi substitudo por uma nova superestrutura de servios de Segurana, Higiene e Sade dos Trabalhadores (SHST) nos locais de trabalho. O presente estudo pretende descrever e analisar em que medida o novo enquadramento jurdico de SHST, iniciado em 1994/1995 e correspondente genericamente fase da Nova Sade Ocupacional, foi acompanhado de alteraes: (1) na percepo do grau de satisfao dos médicos do trabalho quanto ao seu papel e estatuto profissionais e (2) nas repercusses na sua prtica profissional. O presente estudo (emprico, descritivo e comparativo) abrangeu um grupo de médicos do trabalho diplomados pela Escola Nacional de Sade Pblica (n = 153), de quem se recolheu, atravs de um questionrio aplicado em 1993 e 2000, a opinio sobre as mudanas organizacionais da SHST. O papel e funes dos médicos do trabalho e as garantias de exerccio profissional no se alteraram de forma importante, tendo a prtica profissional da medicina do trabalho na modalidade medicina do trabalho de empresa (servios internos e externos) diminudo, apesar de continuar a ser a forma de exerccio predominante dos médicos do trabalho. O tempo dedicado sua actividade situou-se num valor mdio prximo das 20 horas semanais, sem alteraes importantes entre 1993 e 2000. Concluiu-se que, no essencial, a publicao da nova legislao sobre organizao de cuidados de MT/SHST/SO em 1994 e 1995 no reforou significativamente as condies gerais de exerccio da medicina do trabalho.

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Se realiz un estudio transversal, se incluyeron 3 residentes no cardilogos y se les dio formacin bsica en ecocardiografa (horas tericas 22, horas prcticas 65), con recomendaciones de la Sociedad Americana de Ecocardiografia y aportes del aprendizaje basado en problemas, con el desarrollo de competencia tcnicas y diagnsticas necesarias, se realiz el anlisis de concordancia entre residentes y ecocardiografistas expertos, se recolectaron 122 pacientes hospitalizados que cumplieran con los criterios de inclusin y exclusin, se les realizo un ecocardiograma convencional por el experto y una valoracin ecocardiogrfica por el residente, se evalu la ventana acstica, contractilidad, funcin del ventrculo izquierdo y derrame pericrdico. La hiptesis planteada fue obtener una concordancia moderada. Resultados: Se analiz la concordancia entre observadores para la contractilidad miocrdica (Kappa: 0,57 p=0,000), funcin sistlica del ventrculo izquierdo (Kappa 0,54 p=0.000) siendo esta moderada por estar entre 0,40 0,60 y con una alta significancia estadstica, para la calidad de la ventana acstica (Kappa: 0,22 p= 0.000) y presencia de derrame pericrdico (Kappa: 0,26 p= 0.000) se encontr una escasa concordancia ubicndose entre 0,20 0,40. Se estableci una sensibilidad de 90%, especificidad de 67%, un valor predictivo positivo de 80% y un valor predictivo negativo de 85% para el diagnstico de disfuncin sistlica del ventrculo izquierdo realizado por los residentes.