998 resultados para eutireoidiano doente
Resumo:
OBJETIVO: Descrever o perfil hormonal tireoidiano em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA), e nos grupos: 1) angina instável e/ou infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento de segmento ST (AI/IAM sem supra ST); 2) infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento (IAM com supra ST), e nos pacientes que evoluíram ou não a óbito conforme os grupos. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente setenta pacientes portadores de SCA, internados na unidade coronariana do Hospital dos Servidores do Estado/RJ. As amostras sangüíneas foram coletadas nos primeiro, quarto e sétimo dias de internação. Exame clínico e eletrocardiograma foram realizados no período de internação. RESULTADOS: Dos 70 pacientes admitidos, 13 (18,6%) apresentaram a "síndrome do eutireoidiano doente" (SED), que consiste na queda do hormônio T3 e ou T3 livre, aumento do hormônio T3 reverso (rT3) e inalteração dos hormônios TSH, T4 e T4 livre. Nos pacientes do grupo IAM com supra ST, observaram-se elevação precoce e maiores médias do hormônio tireoidiano T3 reverso (rT3) e menores médias dos hormônios T3 e T3 livre. Nos coronariopatas que evoluíram a óbito, observamos achados hormonais condizentes com os encontrado na SED, com valores médios expressivos dos hormônios rT3 e T3. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados neste estudo mostram a importância do reconhecimento da "síndrome do eutireoidiano doente" nos pacientes coronariopatas, sugerindo associação com pior prognóstico nos pacientes com síndrome coronariana aguda.
Resumo:
Introdução: O Seguimento Farmacoterapêutico é um processo através do qual o farmacêutico coopera com o paciente e outros profissionais de saúde mediante a elaboração, execução e monitorização de um plano terapêutico tendo em vista a obtenção de resultados específicos (efectividade e segurança) para o doente. Materiais e Métodos: Foi avaliada a farmacoterapia de um doente em seguimento farmacoterapêutico, sujeito a terapêutica com antagonistas dos receptores adrenérgicos ß1, pelo Método Dáder. Foi detectado um PRM 4 resultado de uma inefectividade quantitativa (aumento da frequência cardíaca) devida à interrupção abrupta do medicamento. Resultados: Após a intervenção farmacêutica, o doente retomou a medicação como tinha sido prescrita pelo médico e os valores da frequência cardíaca normalizaram (60 bpm). Discussão e Conclusão: Segundo a literatura, a interrupção súbita dos antagonistas adrenérgicos ß1 pode originar, nas 36 a 72h seguintes, uma hiper-reactividade adrenérgica traduzida por taquicardia. O seguimento farmacoterapêutico demonstrou ser um bom instrumento para melhorar a efectividade dos medicamentos utilizados pelos doentes.
Resumo:
Este pequeno escrito é dedicado ao estudo das modalidades de formação do laço social entre médicos e doentes nos cuidados paliativos. No seu contributo parcelar para o empreendimento, tenta encarar os cuidados paliativos como um tipo de cuidado de saúde que põe em questão muitos dos pressupostos que organizam a prática médica moderna, ao posicionarem o doente, com a sua subjectividade, no centro das preocupações dos prestadores de cuidados de saúde e, designadamente, dos médicos. Como ilustração empírica do trabalho conceptual desenvolvido, propõe-se também uma interpretação sociológica do Programa Nacional de Cuidados Paliativos.
Resumo:
Testes de exercício - Teste de marcha de 6 minutos e teste de exercício cardio-pulmonar (indicações e contra-indicações, protocolos, interpretação).
Resumo:
Mestrado em Intervenção Sócio-Organizacional na Saúde - Área de especuialização: Políticas de administração e gestão de serviços de saúde.
Resumo:
Objectivo: Verificar o efeito de um programa de educação para a saúde em doentes portadores de DPOC. Metodologia: Estudo experimental (ensaio clínico) com 18 doentes portadores de DPOC seleccionados aleatoriamente através da consulta de Medicina Geral e Familiar. Depois de informar os objectivos do estudo e os aspectos éticos, os participantes realizaram uma avaliação da função pulmonar, capacidade de tolerância ao exercício, qualidade de vida, actividades de vida diária (AVD), dispneia e ansiedade e depressão. Posteriormente os indivíduos do grupo controlo receberam um manual informativo e os incluídos no grupo experimental além de receber o manual foram submetidos a 6 sessões de educação. Após 8 semanas todos os doentes foram reavaliados. O nível de significância utilizado nos testes estatísticos foi α=0.05 (intervalo de confiança de 95%). Resultados: A análise da diferença dos ganhos entre os grupos revelou-se estatisticamente significativa nas variáveis qualidade de vida (p<0,001), AVD (p<0,001) e depressão (p<0,001). Na capacidade de tolerância ao exercício ambos os grupos melhoraram significativamente mas a diferença de ganhos não foi estatisticamente significativa (p=0,289), tal como na variável ansiedade (p=0,960). Conclusão: Este estudo parece demonstrar que o programa de educação foi eficaz nas variáveis qualidade de vida, AVD e depressão.
Resumo:
A distribuição de medicamentos é uma função da farmácia hospitalar que, com metodologia e circuitos próprios, torna disponível o medicamento correto, na quantidade e qualidade certas, para cumprimento da prescrição médica proposta, para cada doente e todos os doentes do hospital. Assim, um sistema de distribuição de medicamentos é o método que abrange os procedimentos que ocorrem entre a prescrição e a administração de um medicamento. Um sistema de distribuição de medicamentos deve ser racional, eficiente, económico, organizado, seguro e estar de acordo com o esquema terapêutico prescrito. No final da década 50, os sistemas tradicionais de distribuição de medicamentos necessitavam de ser repensados, visando melhorar a segurança na distribuição e administração de medicamentos. Nos anos 60, farmacêuticos hospitalares apresentaram um novo sistema: a dose unitária, capaz de diminuir a incidência de erros de medicação. Estes sistemas podem dividir-se então em coletivos (sistema de distribuição tradicional e sistema de reposição de stocks nivelados) ou individuais (sistema de distribuição personalizada e sistema de distribuição por dose unitária). Os seus objetivos são reduzir os erros de medicação, racionalizar a distribuição, aumentar o controlo sobre os medicamentos, reduzir os custos com os medicamentos e aumentar a segurança para os doentes. Há, portanto, necessidade de cada hospital manter um sistema de distribuição de medicamentos adequado às suas necessidades. Sendo o erro de medicação qualquer discrepância entre a medicação prescrita e a administrada, a verificação da qualidade de qualquer sistema de distribuição tem como um dos indicadores a incidência dos erros de medicação. A ASHP, nas Guidelines on Preventing Medication Errors in Hospitals, refere que, para minimizar o erro, devem ser projetadas formas seguras de requisitar, dispensar e administrar os medicamentos. Objectivo do estudo: descrever e comparar os diferentes sistemas de distribuição de medicamentos, utilizados em meio hospitalar, notando a sua evolução e utilização ao longo dos tempos, bem como salientar o seu contributo para a segurança do doente (segurança da medicação).
Resumo:
Mestrado em Tecnologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular - Área de especialização: Ultrassonografia Cardiovascular.
Resumo:
A radioterapia (RT) desempenha um papel fundamental na terapêutica curativa ou paliativa do cancro, sendo aplicada no tratamento de 50 a 60% dos doentes diagnosticados. O seu objectivo é administrar uma dose prescrita de radiação ionizante a um volume alvo com um mínimo de dano para os tecidos sãos circundantes, preservando a sua função. Os desvios relativamente à prescrição poderão comprometer o objectivo do tratamento, levando a possíveis sobredosagens nos tecidos saudáveis e subdosagens no volume de tratamento. A maioria dos tratamentos ocorre sem incidentes e contribui para a qualidade de vida ou cura do doente. No entanto, a RT é reconhecida como um procedimento de alto risco devido à tecnologia e ambiente complexos, bem como ao elevado número de etapas e grupos profissionais envolvidos que trabalham em equipa para prescrever, planear, administrar e monitorizar a terapia. Apesar da baixa taxa de erro e das poucas ou nenhumas consequências clínicas para os doentes associadas, o verdadeiro risco reside na possibilidade de o erro não ser detectado, perpetuando-se no tempo ou afetando vários doentes. Os avanços na tecnologia que proporcionam técnicas mais sofisticadas e precisas representam também uma necessidade crescente de treino exaustivo, formação contínua e atenção por parte dos técnicos de RT que planeiam e administram a terapia. Estes integram uma equipa de especialistas, constituída por médicos, físicos e enfermeiros, que sob a supervisão do médico radioterapeuta se articulam de forma a assegurar um tratamento consistente, preciso e eficiente. Os técnicos de radioterapia trabalham com equipamentos e softwares cada vez mais sofisticados, monitorizam os tratamentos e contactam diariamente com o doente durante o seu tratamento, assumindo a autonomia e responsabilidade de interpretar todo o processo de tratamento e quando necessário articula-se com a restante equipa. A interação profunda entre funções automatizadas, equipamentos tecnologicamente avançados, decisões e atividades humanas que acompanham todo o processo da RT, aliados à pressão crescente para a aplicação das técnicas de tratamento mais avançadas a mais doentes e cumprimento de metas temporais, confere um potencial de risco à atividade do técnico de RT que é por vezes subestimado. O reconhecimento deste potencial passa pelo enquadramento da sua atividade no processo da RT e caracterização do seu papel no mesmo, revelando as suas competências e limitações.
Resumo:
A Insuficiência Cardíaca (IC), como uma doença crónica, tem vindo a ser alvo de análise devido ao seu impacto, não só a nível económico, mas também a nível da qualidade de vida (QV). Vários estudos demonstram que os doentes com IC apresentam um comprometimento da QV, em várias dimensões. OBJETIVO: Descrever a QV dos doentes com IC do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS). METODOLOGIA: O estudo é quantitativo, transversal, prospetivo e descritivo. Foi aplicado, entre janeiro a junho de 2012, o Euro Quality of Life Instrument-5D (EQ-5D) para avaliar o estado de saúde (ES) e o Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) para avaliar a QV de 326 doentes com IC, dos quais 226 seguidos na Consulta Externa (77,9% masculinos, idade média 67,5 ±11,6 anos, desvio padrão) e 100 na Clínica de IC (CIC) (73,0% masculinos, idade média 59,0 anos, desvio padrão ±12,7). Foi usada a estatística descritiva, teste t, qui quadrado e a análise da variância. RESULTADOS: Os doentes do género feminino, do grupo etário 75-100 anos, solteiros, divorciados, separados ou viúvos, que não sabem ler nem escrever, sem apoio dos amigos e sem condições económicas mínimas para o tratamento da IC apresentaram pior ES e QV. Os doentes submetidos à terapia de ressincronização cardíaca e às cirurgias valvular e de revascularização tiveram melhor QV. Os doentes com IC de etiologia isquémica e em classe III-IV da New York Heart Association apresentaram pior ES. Nestas classes e com fração de ejeção ≤35% os doentes tiveram pior QV. Os doentes da CIC evidenciaram melhor ES e QV. CONCLUSÕES: A QV dos doentes com IC do CHTS é influenciada pelos fatores pessoais, clínicos e pelo local de intervenção. É fundamental mensurar a QV, na prática clínica, para evidenciar a perceção do ES dos doentes e o impacto da IC na QV.
Resumo:
Este capítulo procura apoiar os profissional de saúde na comunicação com adultos cujas condições clínicas dificultam ou impedem a comunicação verbal. Embora não substitua o trabalho em equipa, pretende apetrechar os profissionais de saúde com alguns procedimentos e estratégias básicas que podem ter uma interferência positiva no processo comunicativo, especialmente desde o primeiro contacto. Para a maioria das pessoas com uma afeção grave da linguagem e da fala, o sucesso comunicativo depende sobretudo da capacidade do interlocutor se adaptar a ela.
Resumo:
Introdução: A abordagem centrada no doente tem sido valorizada no meio académico e profissional; contudo, parecem existir dificuldades em aplicá-la à prática clínica. Estudos mostram que os cuidados prestados pelos enfermeiros são sobretudo instrumentais, baseando as suas ações em necessidades inferidas e não confirmadas pelos doentes. Esta realidade pode estar relacionada com o tipo de metodologias de ensino usadas nos treinos comunicacionais ou com barreiras pessoais e profissionais percebidas pelos profissionais. Objetivos: O objetivo principal deste estudo é avaliar o tipo de orientação assumida por enfermeiros e estudantes de enfermagem na prestação de cuidados de saúde ao doente. Pretende-se também estudar se existem diferenças: a) entre sexos, b) em função do ano de escolaridade dos estudantes, c) entre estudantes e profissionais de saúde.
Resumo:
Mestrado em Gestão e Avaliação de Tecnologias em Saúde
Resumo:
A segurança do doente constitui um dos grandes desafios dos cuidados de saúde do séc. XXI. O reconhecimento da ocorrência de erros ou acidentes adversos com consequências gravosas para os doentes e para as instituições de saúde, levou, recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) a nomear comissões centradas na identificação de situações de risco e na elaboração de soluções que possam servir de recurso para a prevenção dessas situações. O resultado dos trabalhos destas comissões tornou evidente a importância da comunicação como determinante da qualidade e da segurança na prestação de cuidados. Neste artigo é abordada a problemática da comunicação em saúde e a sua relação com a segurança do doente, identificados problemas e apontadas algumas pistas para a sua prevenção. São especificamente referidos os principais problemas de comunicação entre os profissionais de saúde (nas passagens de turno e nas equipas de saúde) e entre estes profissionais e os doentes.
Resumo:
Os Sistemas de Vigilância devem ser parte integrante e integrada dos Sistemas de Saúde, devendo ser capazes de detetar e prevenir os Problemas de saúde dos indivíduos e das populações. A hemovigilância corporiza-se por um ciclo sistemático de ações, que se iniciam com a recolha dos dados relevantes, realizado de um modo regular, frequente e periódico, seu ordenamento, consolidação, e interpretação descritiva e análise de tendências temporais e na estimativa de taxas. Focaliza-se ainda na disseminação rápida do verificado aos profissionais que participaram na recolha de dados, assim como a outros decisores que dela necessitem para levar a cabo ações de controlo e prevenção. O presente trabalho teve como Objetivo conhecer em profundidade os “porquês” e o “como” do desenvolvimento do Sistema de Hemovigilância Português evidenciando a sua unidade e identidade próprias identificando pistas para a explicação da sua implementação. O desenho aplicado foi um estudo de caso, sob a forma de caso histórico. Procurou-se reconstituir a evolução do sistema Português de Hemovigilância durante o período de tempo que decorreu entre 1995 e a atualidade. A implementação de um sistema de vigilância, como é o caso da hemovigilância assume-se claramente como um problema de planeamento, realizado em contextos que são de evolução lenta, mas que sofrem também influência de outros sistemas (programas) mas que de um modo geral visam prevenir ou controlar a doença, lesões, incapacidades ou morte. Apesar das dificuldades de implementação, o estudo e debate até agora realizado sobre o Projeto Nacional de Hemovigilância tem contribuído para um melhor conhecimento desta área e ser motor impulsionador da melhoria da prestação de cuidados em Medicina transfusional. Os resultados que se obtiveram representam um avanço na capacidade de analisar a segurança da transfusão, permitindo melhorar o conhecimento das intercorrências do processo transfusional e ao detetar falhas na cadeia transfusional, permitir emitir recomendações adequadas a uma melhoria sustentada da qualidade da transfusão. O desenvolvimento e implementação deste Sistema é um exemplo de cooperação entre Instituições do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente, o Instituto Português de Sangue a Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação, as Unidades de Saúde, os notificadores e os profissionais que trabalham em toda a cadeia transfusional. A existência de um Sistema de Hemovigilância é uma exigência legal. No entanto, para além da satisfação desse cumprimento, em Portugal, verificamos que progressivamente, harmonicamente, tem vindo a ser alicerçada, construída participadamente por toda a comunidade científica e profissional a possibilidade de reconhecer a realidade portuguesa.