931 resultados para Pensamento Liminar.


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Este trabalho verifica a construção do pensamento liminar e a emancipação do subalterno por meio da análise das atitudes da personagem Tita, de Como água para chocolate (1993). A protagonista, ao enfrentar uma tradição familiar em que a filha mais nova não pode se casar por ter de cuidar da mãe durante toda a vida, começa a desestabilizar a subjugação que rege a família, mantido por sua mãe, chamada, na diegese, de Mamãe Elena. Para cumprir tal proposta, serão utilizados, neste artigo, prioritariamente, o conceito de Walter Mignolo (2003) para “pensamento liminar e o de “subalternidade” proposta por John Beverley (2004).

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O objetivo dessa tese é aprofundar, a partir do discurso pós-colonial, uma crise na perspectiva teológica da libertação. Esta promoveu, na década de 1970, uma reviravolta nos estudos teológicos no terceiro mundo. Para tanto, leremos um conto de Gabriel García Márquez chamado “El ahogado más hermosodel mundo” (1968) analizando e avaliando as estratégias políticas e culturais ali inscritas. Para levar a frente tal avaliação é preciso ampliar o escopo de uma visão que divide o mundo em secular/religioso, ou em ideias/práticas religiosas e não religiosas, para dar passo a uma visão unificada que compreende a mundanalidade, tanto do que é catalogado como ‘religioso’ quanto do que se pretende ‘não religioso’. A teologia/ciências da religião, como discurso científico sobre a economia das trocas que lidam com visões, compreensões e práticas de mundo marcadas pelo reconhecimento do mistério que lhes é inerente, possuem um papel fundamental na compreensão, explicitação, articulação e disponibilização de tais forças culturais. A percepção de existirem elementos no conto que se relacionam com os símbolos sobre Jesus/Cristo nos ofereceu um vetor de análise; entretanto, não nos deixamos limitar pelos grilhões disciplinares que essa simbologia implica. Ao mesmo tempo, esse vínculo, compreendido desde a relação imperial/colonial inerente aos discursos e imagens sobre Jesus-Cristo, embora sem centralizar a análise, não poderia ficar intocado. Partimos para a construção de uma estrutura teórica que explicitasse os valores, gestos, e horizontes mundanos do conto, cristológicos e não-cristológicos, contribuindo assim para uma desestabilização dos quadros tradicionais a partir dos quais se concebem a teologia e as ciências da religião, a obra de García Márquez como literatura, e a geografia imperial/colonial que postula o realismo ficcional de territórios como “América Latina”. Abrimos, assim, um espaço de significação que lê o conto como uma “não-cristologia”, deslocando o aprisionamento disciplinar e classificatório dos elementos envolvidos na análise. O discurso crítico de Edward Said, Homi Bhabha e GayatriSpivak soma-se à prática teórica de teólogas críticas feministas da Ásia, da África e da América Latina para formular o cenário político emancipatório que denominaremos teologia crítica secular.

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Este presente trabalho, tem por objetivo analisar o conflito geracional e a formação da identidade dos jovens adventistas, com o objetivo de verificar se o conflito geracional é uma demonstração que os jovens estão rompendo com a igreja ou, reconstruindo a identidade. O conflito geracional pode ser notado em diversas esferas da sociedade e inclusive dentro da Igreja Adventista. Todavia, o conflito geracional não é causado por rebeldia, mas sim, por diferentes maneiras de reagir e conviver com as características contemporâneas da sociedade. Sendo assim, os mais velhos não concordam com as novas propostas dos jovens e tão pouco, os mais novos desejam continuar convivendo com as coisas antigas. A Igreja Adventista tem vivido o conflito geracional em dois aspectos principais: o primeiro se evidencia na comunicação; o segundo na cosmovisão. A linguagem sofreu alterações na hora de se comunicar; no contexto atual, a imagem tomou a função das palavras. Por essa razão, uma comunicação pode não alcançar seu objetivo, principalmente aos mais novos, quando expressa somente através de palavras. O outro aspecto que tem causado conflito é a compreensão de mundo que os mais novos possuem. Para eles, o mundo não é sinônimo de pecado como algumas pessoas mais velhas entendem. Por conta desta diferença, certas questões não são aceitáveis dentro da igreja, por serem vinculadas ao mundo e o mundo ser entendido como pecado. Porém, a constatação que faço é que, embora o jovem não entenda o mundo em si como pecado, ele compreende que existem aspectos do mundo que sejam errados. Esses aspectos não são aceitáveis para eles e por isso, eles não desejam romper com a igreja. Mas estão em busca de mudanças significativas que se encaixam com sua visão de mundo. É possível evidenciar essa mesma linha de raciocínio em alguns líderes da igreja, mas os relatos dos jovens expressam que isso não alcançou a prática local. Uma vez que, concebo o pensamento de Hervieu-Leger de que a identidade não é transmitida intacta de pai para filho, mas construída individualmente. Entendo que os jovens estão formando sua própria identidade. Para que essa identidade seja formada de maneira sólida nos princípios adventistas, e aberta as mudanças necessárias da sociedade, se faz necessário, sob minha percepção, uma releitura de Ellen White baseada no pensamento liminar de Walter Mignolo, apresentado e explanado por Adolfo S. Suárez.

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Esta tese é uma abordagem dos discursos das e sobre as Comunidades Eclesiais de Base com uma análise de recorte descolonial. O objetivo principal é identificar e mostrar a existência de dois tipos de discursos no interior das Ceb s, sendo um dito e outro não-dito, demonstrando a relevância da experiência concreta para a construção de um discurso mais realista e coerente ao modelo de práxis que as Ceb s propõem. Assim, o problema que a tese tem como objeto é que o discurso supostamente único é na verdade um discurso enunciado enquanto outro discurso foi silenciado. Daí que a não percepção dos dois discursos é indício de que um tipo de discurso é apresentado como o enunciado verdadeiro referente às Ceb s. A partir disto, foram propostos como objetivos específicos identificar os temas fundamentais que aparecem nos discursos da base e dos discursos dos assessores, problematizar estes discursos no cotejamento entre si e demonstrar a relevância da diferença de lugares na tipificação do discurso. A tese segue a formulação de três hipóteses. A hipótese principal é que é possível que o discurso enunciado pelos assessores como referente às Ceb s tenha silenciado o outro discurso não-dito, mas vivido pelo povo da base. Em nível secundário, uma hipótese é de que é possível que subjacente ao discurso apresentado como se fosse único, existam diferenças ligadas ao lugar donde falam os atores e que, por sua vez, influenciam o modo como compreendem a história. Outra hipótese secundária é de que é possível que a colonialidade do poder e do saber esteja presente nos discursos sobre as Ceb s, pois a percepção de discursos distintos é já um indício de crítica que não acede ao apresentado de forma hegemônica como sendo único existente. Para isto, a tese está organizada em quatro capítulos: no primeiro é apresentado o discurso dos assessores, com a identificação e problematização dos temas fundamentais emergentes, no segundo é feito o mesmo com o discurso da base; já no terceiro capítulo são apresentados os conceitos que formam o referencial teórico para a análise e no quarto é feita propriamente a análise descolonial dos discursos.

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O presente trabalho aborda uma reflexão sobre como a Linguística Aplicada tem encaminhado suas pesquisas nos últimos anos e em que tem se debruçado para continuar a sua trajetória e conseguir alcançar e firmar o status que almeja enquanto produtora de conhecimento científico. O artigo destaca os aspectos mais relevantes da Linguística Aplicada, principalmente no Brasil, procurando mostrar o que os maiores nomes da área têm defendido, em que concordam e discordam, como têm direcionado a questão das inovações temáticas e epistemológicas e como as pesquisas atuais colaboram com os estudos linguísticos em geral. O entendimento desse estudo é de que a Linguística Aplicada no Brasil tem conseguido produzir substanciosa teoria proveniente de estudos da linguagem enquanto prática social, articulando pesquisas feitas de maneira transdisciplinar e insistindo na importância de voltar o olhar para os problemas localizados nas margens da modernidade recente. Fica claro, nesta observação, que apesar dos incontáveis desafios para essa área de estudo conquistar o espaço merecido entre outras áreas de prestígio, a Linguística Aplicada tem conseguido mostrar que fazer ciência no contexto atual requer olhares dispostos a abandonar crenças inarredáveis nos conhecimentos disciplinares tradicionais, promovendo pesquisas mais alinhadas com os problemas reais que emergem da superdiversidade da modernidade recente.http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20170021

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RESUMO O artigo busca refletir sobre a intrincada relação entre literatura, fronteira(s) e margens como signos que acrescem renovados sentidos à leitura e à abordagem críticas de obras e de artefatos artístico-literários que emergem de/em contextos fronteiriços. Ressalta, dentre outros aspectos, o crescente interesse por experiências literárias e textualidades contemporâneas várias, cuja marca se traduz no atravessamento e na superação das fronteiras que tornavam em outros tempos, mais ou menos, identificáveis os diferentes campos da atuação artística, seus meios de produção e as ferramentas de abordagem teórico-críticas. Destaca, ainda, a flagrante eclosão de hermenêuticas fronteiriças, que atuam não só no sentido de ampliar as possibilidades de leitura e abordagem críticas, mas, também, de reacender as discussões e o interesse sobre as fronteiras e os limites da literatura e do literário, de modo a abrigar um conjunto de novíssimas textualidades que desafiam, por assim dizer, as concepções normativas destas noções, tornando evidente o aspecto reducionista de que estão cercadas. O trabalho se volta para uma fronteira bem específica: a do Brasil com o Paraguai; para o portunhol selvagem, de Douglas Diegues, como uma experiência literária paradigmática, no contexto da literatura contemporânea, ao assumir como projeto estético-político a superação das fronteiras geográficas, linguísticas e as da própria literatura, além de lançar luzes sobre expressões literárias outras, também circunscritas a esse espaço fronteiriço, como é o caso de Selva trágica (1956), por exemplo. A reflexão se dará com base nas teorias pós-coloniais e na crítica decolonial.Palavras-chave: Literatura de fronteira; Poéticas selvagens; textualidades fronteiriças.

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Este trabalho examina produções literárias de escritores(as) Latinos(as) nos Estados Unidos mormente no tocante ao profundo sentimento de que há barreiras aparentemente intransponíveis  no cotidianos dos imigrantes de origem latina. Por meio de análises de textos de Julia Alvarez, Pedro Pietri, Pat Mora, Gloria Anzaldúa, Gustavo Pérez-Firmat são abordadas  barreiras culturais, sociais e linguísticas determinantes para a manutenção desse grupo em condições precárias de sobrevivência, vivendo do contínuo apoio do welfare state.  A escrita dessas vozes silenciadas no passado traz à luz a tentativa de rompimento de estereótipos e de preconceitos que não têm mais fundamento em relação à conduta social e ao trabalho desses imigrantes nos Estados Unidos.

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O objetivo geral desta pesquisa foi descrever e analisar os conceitos de redenção, liberdade e serviço nos escritos de Ellen Gould White (1827-1915), uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, refletindo sobre as implicações para a práxis educacional. Foram propostos quatro objetivos específicos, cada um dos quais se transformou num dos capítulos desta tese. Esses capítulos foram norteados por três hipóteses. A primeira sugeria que Ellen White apresenta características que a configuram como uma pensadora liminar , que viveu na fronteira . Usando teorias de Walter Mignolo, Boaventura de Souza Santos e Gloria Anzaldúa, observou-se que em Ellen White há traços de liminaridade, manifestos numa vida e discursos diferentes, que algumas vezes contrariaram o pensamento da maioria dominante, mas que se demonstraram positivos para a denominação. A segunda hipótese deste trabalho dizia respeito à existência de três possíveis eixos que norteiam a noção whiteana de educação: redenção, liberdade e serviço. O que antes era apenas uma aposta confirmou-se pela leitura e análise de obras fundamentais de White. De modo que a compreensão plena da noção whiteana de educação requer uma reflexão articulada desses três temas. Ou seja, não é suficiente que haja uma leitura separada deles ou mesmo uma abordagem justaposta. É necessário articulação. Finalmente, a terceira hipótese dizia que se o tema da liberdade está presente de maneira convincente nos escritos de Ellen White, então se pode pensar que sua filosofia educacional e consequentemente a práxis pedagógica é diretamente condicionada por essa abordagem. O que pode ser dito ao término deste trabalho é que, nos escritos whiteanos, a liberdade constitui-se numa espécie de fio dourado que perpassa os diversos assuntos e esperanças abordadas pela autora, começando pela narrativa da queda que implica na perda da liberdade e terminando na narrativa esperançosa de um mundo perfeito onde finalmente a liberdade responsável será recuperada. Conseqüentemente, a noção whiteana de educação é movida pela temática da liberdade humana: liberdade para pensar, para se desenvolver, para aprender, para criar, para servir, para deixar-se ser redimido.(AU)

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Análise de teorias do governo representativo. Em uma visão, a representatividade é garantida por compromissos entre os partidos. Em outra, pela alternância dos partidos no poder.

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O presente trabalho constitui-se em um estudo de natureza teórico conceitual que pretende contribuir para a análise da questão da cura na cultura ocidental contemporânea. Partimos de uma hipótese inicial que preconiza a existência de uma crise, em termos sócio-culturais, na sociedade, envolvendo as relações da sociedade com a Biomedicina. Procuramos mostrar que a medicina ocidental vem, nos últimos séculos, direcionando seu olhar para a ciência das doenças, devido ao seu grau de determinação e objetividade; e deixando de lado, em contrapartida, a arte de curar, que implica uma certa criatividade, pois exige do terapeuta mais do que assimilação de conhecimento, exige sensibilidade e intuição para lidar com o novo, o contingente e o desconhecido. Visamos, com isto, apresentar a terapêutica como elemento fundamental da Medicina e pilar da prática médica; que conjuga, em seu saber, uma instância voltada para a ciência e para a técnica, com seus conhecimentos descritos e classificados, e outra que compartilha a experiência do viver com a arte de curar. Ao mesmo tempo, problematizamos o modelo médico dominante em nossa cultura, revalorizando a relação médico-paciente, e recolocando o indivíduo doente como um todo, com sua singularidade, no centro das investigações. Nosso objetivo específico visou trabalhar com a categoria da intuição como elemento básico do conhecimento da prática terapêutica, através da análise do processo que se manifesta em terapeutas e pacientes ao longo do tratamento. Servimo-nos, para tanto, do método intuitivo proposto pelo filósofo Henri Bergson (1859-1941), visando colocar os limites de um pensamento estritamente racional e propondo a transposição deste método para a instância da clínica médica. A intuição foi tratada neste estudo como uma forma sintética de percepção/pensamento, na qual a realidade é apreendida por meio de uma consciência imediata, pautada nos sentidos e na sensibilidade. Esta tese constituiu-se em um estudo interdisciplinar, com dois eixos de narrativa: um no campo da filosofia, de onde importamos determinadas categorias para o campo da saúde coletiva, e outro no plano da na análise da sociologia do conhecimento ou da cultura, que se deu, neste caso, na instância do discurso da clínica.

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O presente trabalho pretende analisar a força e os limites do nacionalismo na trajetória de Marc Bloch. A partir da problematização de sua memória post-mortem, construída por seus amigos e familiares, procura-se entender como a imagem de Bloch se consagrou na França como a de alguém que sacrificou sua vida em nome desta comunidade imaginada. A partir daí, busca-se compreender que elementos de sua trajetória foram responsáveis por dar espaço a essa construção. É aí que se apresentam as múltiplas identidades de Marc Bloch soldado, judeu, resistente, historiador, cidadão. Por fim, buscar-se-á, a partir da análise de seu livro Létrange défaite, analisar como o próprio historiador construiu a imagem de si mesmo e da França de sua época.

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O objetivo desta dissertação é examinar alguns aspectos da doutrina da liberdade humana no pensamento metafísico de Descartes. Através do exame do conceito cartesiano da liberdade humana nas Meditações, nos Princípios e na correspondência com Mesland, pretende-se averiguar se Descartes modifica esse conceito ao longo de sua obra e, por conseguinte, se é possível ou não aceitar a tese da evolução deste conceito. A abordagem de tal questão leva em conta, além da análise dos textos de Descartes, as interpretações mais representativas sobre o assunto.

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Esta dissertação tem por objetivo analisar uma perspectiva fundamental no pensamento de Nietzsche: ver a vida sob a perspectiva da inocência, mediante uma crítica da formação dos valores da sociedade ocidental que culminaram com a produção do niilismo. A abordagem parte do pressuposto de que a crítica de Nietzsche ao pensamento de Heráclito e da tragédia grega são verdadeiros pilares para sustentação de um modo de dizer sim à vida, ao mesmo tempo em que revela o pensamento de Anaximandro e grande parte da corrente filosófica derivada do platonismo como um modo de dizer não à existência. O confronto entre essas duas posturas, de afirmação e de negação da vida, constitui uma potente reflexão para o entendimento do projeto de mudança de todos os valores e para a compreensão da vida como um fenômeno estético.

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A presente dissertação tem como objetivo principal descrever, em suas especificidades e abrangência, o conceito de vontade de poder no pensamento nietzschiano, mostrando como a metafísica, em sua essência moral, pode ser entendida a partir desse pensamento. A partir do diálogo nietzschiano com pensadores da tradição, pretende-se analisar o conceito de metafísica e como ele possibilita o momento histórico denominado morte de Deus, que desencadeia a experiência do niilismo. Ao descrever o desenvolvimento do pensamento Ocidental, o texto busca evidenciar porque Nietzsche pode denominar a história da metafísica como vontade de verdade. A partir daí, se reconstrói a relação fundamental existente entre as noções de verdade e conhecimento nas nuances de cada época do pensamento metafísico, mostrando como tal processo culmina, no pensamento nietzschiano, com o questionamento acerca do próprio valor da verdade. Por outro lado, a dissertação pretende mostrar como a morte de Deus e o niilismo possibilitam, de certa maneira, o surgimento da própria filosofia nietzschiana, defendendo que o perspectivismo e a vontade de poder são pensamentos possibilitados pelo próprio desenvolvimento histórico da metafísica.