979 resultados para Noll, João Gilberto, 1946 Crítica e interpretação
Resumo:
A partir da leitura do livro Mnimos, Mltiplos e Comuns de João Gilberto Noll, este trabalho busca empreender um estudo sobre as relaes entre a escrita do artista e tempo na figura dos instantes ficcionais, observando a questo do microrrelato e da exigncia fragmentria (cf.P. Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy), na perspectiva do inacabado/unidade, o que projeta uma hiptese de conjunto constelar para a escrita de João Gilberto Noll. Inicialmente realiza-se uma reflexo de alguns temas importantes na fortuna crítica sobre o escritor, com a inteno de saber como estes reverberam na sua escrita para, em seguida, tratar do fragmento e suas perspectivas estticas de inacabamento e de totalidade, com relao ao tempo e como dessas questes surge a metfora crítica do instante ficcional. As leituras críticas usadas como operadores nortearam-se a partir das noes de fragmento (romntico), e de Acontecimento, relacionadas ao par conceitual Cronos/Ain deleuziano
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O objetivo desta dissertao propor uma viso afirmativa dos narradores-protagonistas dos romances do escritor João Gilberto Noll, oferecendo um contraponto crítica que, ao inserir esses narradores-protagonistas na tendncia niilista contempornea de apagamento diante do outro e do mundo, os classifica como fracos. A partir da anlise dos romances Hotel Atlntico (1986), Harmada (1993), A cu aberto (1996), Berkeley em Bellagio (2002), Lorde (2004) e Acenos e afagos (2008), caracterizaremos o sujeito nolliano como um sujeito forte, que chamaremos aqui de sujeito dionisaco. Este sujeito prescinde de uma identidade fixa e bem delimitada e, portanto, dispensa quaisquer tipos de espelhos da conscincia, da identificao, da idealizao. Em vez de atribuir-se a si mesmo uma subjetividade ou um rosto, este sujeito se reconhece na sua existncia mais primordial: o seu corpo indomvel, que, diferente do corpo/imagem da lgica do esteticismo generalizado, refora o carter mltiplo e instvel do sujeito, lembrando que ele regido no pela sua vontade prpria, mas sim pela dinmica da vontade de potncia. Apesar de remeter sempre ao corpo, a literatura de Noll se revela um convite, tanto aos seus narradores-personagens quanto ao leitor, para uma experincia metafsica
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Este ensaio pretende, de um lado, identificar e descrever os traos dominantes da literatura e das demais poticas contemporneas, e, de outro, relatar o processo de transposio de um texto literrio o romance O Quieto Animal da Esquina, de João Gilberto Noll para um texto de cinema, o roteiro cinematogrfico homnimo, de minha autoria. Menos uma tese acadmica do que uma tentativa de se constituir como um objeto artstico em si mesmo tanto em sua condio de roteiro, quanto na de uma aproximao eminentemente subjetiva, no cientfica, de um modo de expresso este ensaio uma proposta de discusso sobre a rarefao de limites, sobre o dilogo e a interdependncia das artes.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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A anlise de arquivos jornalsticos para a formao do conceito de historicidade em torno das obras Memrias de um rato de hotel (1912), de João do Rio, e Bandoleiros (1985), de João Gilberto Noll, foi a nossa primeira contribuio para a formao do objeto autobiografia de fico, ou autofico, como tambm denominamos. A partir desses arquivos de memrias, relativos a dois contextos finisseculares, o XIX e o XX respectivamente, pudemos compreender a historicidade como matriz do nosso objeto autofico, permeada pelo que Foucault chama de efetividade cotidiana. Essa efetividade do cotidiano costurada pelo fio da oralidade, que se refere ao elenco das atividades humanas no todo social, tendo como principal caracterstica a ao comunicativa entre os sujeitos. Assim, ligamos a oralidade historicidade em duas perspectivas complementares: os ditos e os escritos. A primeira diz respeito aos processos da comunicao humana e suas trocas simblicas, que so projetadas na cultura: os ditos. A segunda se refere ao produto das representaes literais do sujeito, grafadas no dorso impresso da memria: os escritos. A memria a chave de acesso escrita do si, que se distingue do que chamamos de autofico, porque nessa ltima prevalecem as experincias do tempo presente para o futuro. Memrias de um rato de hotel a escrita de um Eu-autor, contando do crcere as suas experincias de gatuno no contexto da belle poque carioca. Por meio da memria, ele reconstri o contexto finissecular, enfatizando a degradao urbana e a decadncia tica da burguesia em ascenso, nos tempos da recm-inaugurada Repblica. Na autofico Bandoleiros, temos o relato vertiginoso de um Eu-narrador, contando do seus fracassos literrios e conjugais. Ele um escritor decadente, transitando nos espaos degradados da ps-modernidade, retirando dessa perambulao o material vivo de seu livro Sol macabro. Nessa autofico, Noll registra as impresses sobre a realidade dos 1980, focalizando as subjetividades agnicas margem do capitalismo tardio, num trnsito indmito entre Porto Alegre, Rio de Janeiro e os Estados Unidos. Na nossa tese, compreendemos a realidade como a matria plstica da autobiografia de fico. A experincia mundana do escritor tambm forte aliada na composio de uma esttica subjetiva, ou subjesttica, que est para alm do auto-retrato narcsico da autobiografia, em suas formas tradicionais
Silenciosas narrativas em imagem-tempo: João Gilberto Noll, esvaziamento discursivo e cinema moderno
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Este trabalho consiste num exerccio de leitura da narrativa literria do escritor brasileiro João Gilberto Noll, promovendo uma aproximao de sua obra ao conceito de imagem-tempo, do filsofo Gilles Deleuze, no tocante a aspectos narrativos e tendncia ao esvaziamento discursivo, ao silncio, enquanto elemento significativo na produo artstica e tendncia na arte moderna. O conceito imagem-tempo foi engendrado pelo filsofo francs para pensar o cinema moderno, que se perfaz num regime de imagens que rompe com a narratividade clssica, com a percepo baseada no esquema sensrio-motor. Neste trabalho, no entanto, o conceito pensado em relao obra literria de João Gilberto Noll, que guarda forte relao com o cinema moderno e se nos apresenta em fragmentada tessitura imagtica, tendendo ao esvaziamento discursivo. Assim, tendo como ponto de reflexo a obra de Noll, buscamos discutir como a imagem-tempo e o silncio compem a obra do escritor. Aps apresentao e discusso do conceito de imagem-tempo e de silncio, procedemos a uma leitura de pontos significativos da obra ficcional de Noll, ensaiando uma relao entre cinema, literatura e outras artes no que concerne basicamente produo de imagens numa determinada forma narrativa, bem como s implicaes dessas formas para o pensamento. Por uma questo de economia estratgica, para a formao de um recorte de expresso significativa da produo do escritor, suas obras diretamente consideradas neste trabalho so Hotel Atlntico (1989) e O quieto animal da esquina (1991). Pretende-se com essa relao (1) propor alguns caminhos interpretativos para a obra de Noll e (2) investigar como a produo narrativa moderna, sobretudo a que se aproxima do conceito de imagem-tempo, constituda de forte apelo visual, que se perfaz na produo de imagens ambguas, de narrativas descontnuas, de protagonistas errantes, tende a esse esvaziamento discursivo, ao silncio.
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O presente trabalho tem como objetivo estabelecer, pelo vis da Literatura Comparada, pontos de interseo entre o plano de vingana engendrado pelas personagens, Edmond Dants, no romance-folhetim O Conde de Monte-Cristo de Alexandre Dumas, e Norma Pimentel na telenovela Insensato Corao de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Alm de apresentar um histrico da formao, assim como a evoluo dos gneros, melodrama, folhetim e teledramaturgia. Este trabalho surgiu da vontade de revolver intertextos de obras, em diferentes gneros, que at hoje garantem uma continuidade de aspectos de absoro do grande pblico. Princpios tericos como aqueles de Julia Kristeva sobre intertextualidade, assim como os princpios de arquitexto e hipertexto, propostos por Grard Genette so tomados como norteadores da anlise. Pretendemos, tambm, refletir a respeito das ideias trabalhadas por Pierre Bourdieu sobre o capital simblico e o capital econmico das obras, trazendo tona uma discusso sobre o valor da produo artstica, considerando a sua recepo pelo seu respectivo pblico
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Ps-graduao em Lingustica e Lngua Portuguesa - FCLAR
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In the context of poetic productions of modernity and postmodernity (Hutcheon, 1999), this paper, from the concept of nomadism (Deleuze, 2012), together with the philosopher Derrida's notion of writing (2009), has the objective to study Harmada the novel (1993), written by artist Joao Gilberto Noll, the aspect of Nolliana nomadic scripture and boredom towards deconstruction of the Romanesque style. The narrative focus on introducing a transit fiction, promoted by nomadisms scripture of the wandering narrator who, in the work constitution, will the conduct of language, a plot that invades the body of the characters full of boredom and foreigners themselves, moving in fragmented and fluid spatiality of narrating. In this perspective, the research is limited with theoretical and methodological foundation in poststructuralist discussions in relation to considerations of literary aesthetics and concerning the thinkers-tericos- critics: Derrida (2009), Deleuze (1995), Foucault (1996, 2001), Barthes (1977), Svendsen (2006). Against the background of critical understanding, the nomadic writing Harmada interlace in three stages: first, in the author's language; Second, the characters, the narrator-protagonist leading, unnamed, living overwhelming crises and painful existential ambiguity, placed through the artist's metaphor failed under the sign of "missing" while searching for other possible artistic ways of being in the world; and, finally, the nomadic reading instance as presentification effect (GUMBRECHT, 2010) for a reader experimentation. Finally, our work addresses the relationship between the nomadic scripture and the experience of boredom as a strategic power in the literature do Noll gear.
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In the mid-nineteenth century, in his fruitful years of the perhaps best-known shortest literary career, lvares de Azevedo wrote this verse As ondas so anjos que dormem no mar (The waves are angels who sleep in the sea). In the presentation of João Gilberto Nolls young adult novel Anjo das ondas (Angel of the waves) in 2010, Ivan Marques states that the character in the novel, Gustavo, with his adolescent passion, and torn spirit with overflowing lyrics, could even be compared to our tropical Byron. João Gilberto Noll establishes a connection between him and lvares de Azevedo that invites the reader to go beyond a first reading level of his work, seeking evidence of dialogue ratification between two apparently distant writers. The subtle intertextuality exceeds the initial clue and can be detected on Nolls theme development from the history of Gustavo, a troubled teenager in search of his identity. Nolls affinity to lvares de Azevedo can still be captured in his narrative texture, in voices coming from his text; however, they also reveal to be unique and original features of his literary production. An apparent exercise in style shows that each author fulfills his mission by expressing, in his own way, the feeling of his time. In addition, it shows that through aesthetic emotion, literature allows us to transcend time and space.
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João Gilberto Noll, in Af, a 129-word microfiction, mentions an episode of the short story O buffalo, by Clarice Lispector. We studied, in this article, the structure of that micro narrative and the way how João Gilberto Noll reveals himself as being a Clarice Lispectors reader.
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O escopo desta tese a relao entre a prosa-potica da escritora norte-americana Gertrude Stein, atravs de seus retratos e peas, e tradues intersemiticas para dana contempornea. O corpus analtico articula os retratos Orta or One Dancing, If I Told Him: A Completed Portrait of Picasso, A Valentine to Sherwood Anderson, e as peas Four Saints in Three Acts, Listen to Me e Three Sisters Who Are Not Sisters de Gertrude Stein e os espetculos de dana [5.sobre.o.mesmo], Shutters Shut, Always Now Slowly, ,e[dez episdios sobre a prosa topovisual de gertrude stein]. A natureza dos campos colocados em comparao literatura & dana demandou a conjugao de duas vertentes de estudo ligadas s especificidades performtica e tradutria dos objetos selecionados: de um lado, seguimos encaminhamentos surgidos de uma derivao especfica da Comparatstica tradicional, os Estudos Interartes ou Artes Comparativas; de outro, os Estudos de Intermidialidade, relacionados aos Estudos das Mdias. A abordagem dos exemplos analisados sob a perspectiva comparativa baseia-se em Estudos de Traduo, com especial referncia noo de transcriao de Haroldo de Campos, e na semitica de Charles S.Peirce. No primeiro captulo, definimos nossa abordagem terica; a seguir, apresentamos a obra de Gertrude Stein e as principais propriedades que transformaram sua obra em uma das principais referncias literrias e estticas do sculo XX; e, para finalizar, analisamos as tradues, com especial ateno para a transcriao da percepo do tempo e da construo sinttica steineanas. Conclumos sugerindo que as tradues para dana so modos de interpretação e leitura dos textos literrios, bem como formas radicais de crítica de arte ou literria