888 resultados para Distúrbios do sono Teses
Resumo:
Introdução: a apneia obstrutiva do sono (AOS) é considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da aterosclerose potencializados pela AOS não são completamente conhecidos. Entretanto, existem evidências de que a AOS está associada com aumento no estresse oxidativo, elevação nos mediadores inflamatórios, resistência à insulina, ativação do sistema nervoso simpático, elevação da pressão arterial (PA) e a disfunção endotelial. Objetivo: avaliar a relação da AOS com a função endotelial, o estresse oxidativo, os biomarcadores inflamatórios, o perfil metabólico, a adiposidade corporal, a atividade simpática e a PA em indivÃduos obesos. Métodos: estudo transversal envolvendo 53 pacientes obesos, com Ãndice de massa corporal (IMC) ≥ 30 e < 40 Kg/m2, sem distinção de raça e gênero, apresentando idade entre 20 e 55 anos. O estudo do sono foi realizado com o equipamento Watch-PAT 200, sendo feito o diagnóstico de AOS quando Ãndice apneia-hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/h. Todos os participantes foram submetidos à avaliação do (a): adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferências da cintura, quadril e pescoço); PA; atividade do sistema nervoso simpático (concentrações plasmáticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatórios (proteÃna C reativa ultrassensÃvel (PCR-us) e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdeÃdo); metabolismo glicÃdico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipÃdico (colesterol total e frações e triglicerÃdeos); e função endotelial (Ãndice de hiperemia reativa (RHI) avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e moléculas de adesão celular). A análise estatÃstica foi realizada com o software STATA versão 10. Resultados: dos 53 pacientes avaliados 20 foram alocados no grupo sem AOS (grupo controle; GC) (IAH: 2,550,35 eventos/h) e 33 no grupo com AOS (GAOS) (IAH: 20,163,57 eventos/h). A faixa etária (39,61,48 vs. 32,52,09 anos) e o percentual de participantes do gênero masculino (61% vs. 25%) foram significativamente maiores no GAOS do que no GC (p=0,01). O GAOS em comparação o GC apresentou valores significativamente mais elevados de circunferência do pescoço (CP) (40,980,63 vs. 38,650,75 cm; p=0,02), glicemia (92,541,97 vs. 80,21,92 mg/dL; p=0,0001), PA sistólica (126,051,61 vs.118,16 1,86 mmHg; p=0,003) e noradrenalina (0,160,02 vs. 0,120,03 ng/mL; p=0,02). Após ajustes para fatores de confundimento, a glicose e a PCR-us foram significativamente mais elevadas no GAOS. Os 2 grupos apresentaram valores semelhantes de IMC, insulina, HOMA-IR, perfil lipÃdico, adiponectina, PA diastólica, adrenalina, dopamina, moléculas de adesão celular e malondialdeÃdo. A função endotelial avaliada pelo RHI também foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,850,2 vs. GC:1,980,1; p=0,31). Nas análises de correlação, considerando todos os participantes do estudo, o IAH apresentou associação positiva e significativa com CP e PCR-us após ajustes para fatores de confundimento. A saturação mÃnima de O2 se associou de forma negativa e significativa com a CP, os nÃveis séricos de insulina e o HOMA-IR, mesmo após ajustes para fatores de confundimento. Conclusões: o presente estudo sugere que em obesos a AOS está associada com valores mais elevados de glicemia e inflamação; o aumento do IAH apresenta associação significativa com a obesidade central e com a inflamação; e a queda na saturação de oxigênio se associa com resistência à insulina.
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To evaluate sleep disorder complaints in outpatients with depressive disorder from a general hospital. Methods: An observational, cross-sectional study was carried out with a study sample composed of 70 patients (44 women and 26 men) with diagnosis of depressive disorder, according to the DSM-IV criteria. The patients were interviewed and evaluated by the Identification Questionnaire, the Sleep Habits Questionnaire and the Beck Depression Inventory (BDI). Results: In this study, 50 (71.3%) patients had recurrence of sleep disorder complaints. Mean BDI score was 35.83+8.85, with significant differences between patients with (38.50+8.70) and without (29.60+7.80) recurrence (p<0.05) and among patients with 1, 2, 3 and >3 episodes (p<0.05). In this study, 49 (70%) patients had insomnia and 21 (30%) had subjective excessive sleepiness. Significant differences were observed between the mean duration in months of the sleep disorders (7.16+2.10) and the depressive disorder (6.12+1.90) (p<0.05). Discussion: In the study sample, recurrence of sleep disorder complaints was high and significantly associated with severe depression. Insomnia was prevalent and the mean duration of sleep disorders was higher in relation to depressive disorder
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Fonoaudiologia - FFC
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES)
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Introdução: A fibromialgia é uma doença caracterizada principalmente por dor músculo-esquelética difusa e crônica. Os distúrbios do sono em fibromiálgicos podem ter papel não somente na etiologia da dor crônica, mas também na perpetuação dos sintomas, portanto o estudo das condições do sono nestes pacientes é relevante na medida em que possibilita um entendimento das condições fisiopatológicas e permite uma abordagem ampla para o tratamento da fibromialgia. Objetivo: Apresentar a relação entre os distúrbios do sono e os sintomas da fibromialgia e sua importância na avaliação dos fibromiálgicos. Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico do perÃodo de 1990-2009, nas bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo, através das palavras chaves: sleep, fibromyalgia, sleep disorders, insomnia, pain. Resultados: A literatura demonstra uma alta prevalência de distúrbios do sono em pacientes portadores de fibromialgia e uma relevante relação entre as anormalidades no padrão do sono e o sintoma da dor crônica.
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The Alzheimer's dementia (AD) is the most prevalent form of dementia in the elderly. Among the harmful changes arising from the DA, there may be sleep disturbance and impaired quality of life. Physical activity is an important non-pharmacological feature that would provide positive effects for the treatment of disease. However, there are still few studies that clarify the effects of resistance training in this population. Thus, the present study has as objective analyzes the effects of the resistance training in sleep disturbance and quality of life of patients with AD. Participated in this study 22 patients with clinical diagnosis of AD divided into two groups: Training Group (TG) and Social Interaction Group (SIG). The subjects of TG underwent a resistance training protocol, appropriate to the individual conditions, during three days no consecutive in the week, with duration of 60 minutes each session, for 16 weeks. The SIG won't participate in any systematized physical activity, but they realized other activities, such as reading, poetry, hiking and painting, among others. This protocol also was realized three times in week for 16 weeks, with duration of 60 minutes each session. Both groups were assessed at the beginning of the program and after 16 weeks. For the assessment of sleep disturbance was used the Mini Sleep Questionnaire and to assess of quality of life was used the Scale for Assessment of Quality of Life in Alzheimer's disease (QL), versions: patient, caregiver, family and the final score. Due to the scalar nature of the data and small sample, all variables were analyzed by nonparametric statistics. The U-Mann Whitney test, Wilcoxon test and Spearman correlation test was used, except for the Modified Baecke... (Complete abstract click electronic access below)
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A SÃndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é uma doença crónica, de carácter progressivo, que atinge cerca de 4% da população adulta. A obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono pode provocar quadros de hipopneia (uma redução do fluxo aéreo) ou apneia (cessação completa do fluxo aéreo). Os pacientes queixam-se de sonolência diurna excessiva, ronco durante a noite e além destes problemas sociais a preocupação pela redução de funções cognitivas que se podem desencadear, como memória, atenção, hipertensão pulmonar e insuficiência cardÃaca. O Médico Dentista está habilitado para avaliar o espaço aéreo oro e nasofaringeo e diagnosticar, além da necessidade de correções dentárias, a presença de obstruções das Vias Aereas Superiores (VAS) orientando assim o seu tratamento. Além do exame clÃnico, o diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono é baseado na história clÃnica, exame fÃsico e confirmado através da polissonografia e da análise cefalométrica. Esta tem sido considerada como um método importante no diagnóstico, fornecendo caracterÃsticas craniofaciais que permitem verificar a existência de pré-disposição de SAHOS. As avaliações com cefalometrias obtidas em telerradiografias em norma lateral é um recurso essencial para realizar o diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono, desde que o profissional tenha domÃnio da técnica e da sua interpretação. Estes distúrbios são caracterizados por diferentes graus de diminuição do espaço das vias aéreas superiores, causado por factores anatómicos e funcionais, que podem ser analisados pelo profissional. A intervenção precoce torna-se crucial, pela diminuição da morbilidade, melhores resultados no tratamento, diminuição de gastos nos serviços de saúde e melhor qualidade de vida do paciente. O presente trabalho teve por objectivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância da avaliação das vias aéreas superiores através da análise de grandezas cefalométricas obtidas de telerradiografias em norma lateral como padrão de diagnóstico para a identificação de distúrbios respiratórios do sono.
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Sono e imunidade parecem apresentar uma relação de reciprocidade. A ativação do sistema imune altera o padrão de sono e distúrbios do sono podem afetar a função imune. Além disso, é bem descrito que a privação de sono paradoxal (PSP) leva à hiperalgesia e o tratamento com fármacos clássicos, como opióides ou antidepressivos tricÃclicos, não é capaz de reverter este quadro. Neste trabalho, avaliamos se a PSP afetaria a resposta inflamatória e a sobrevida em ratos e se o tratamento com um análogo sintético de lipoxinas (ATL-1) seria capaz de reverter a hiperalgesia induzida pela PSP. Todos os protocolos experimentais foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais, da UERJ (CEUA/032/2010). Ratos Wistar machos foram submetidos a 96 h de PSP, induzidas pelo método de plataforma única (PU) ou de múltiplas plataformas modificado (MPM). Após 96 h de PSP os animais foram submetidos ao modelo da bolha de ar ou pleurisia utilizando-se a carragenina como agente flogÃstico, ou ainda a PSP foi aplicada antes ou após a indução de um modelo de ligação e perfuração do ceco (CLP). Quatro horas após a injeção de carragenina os animais apresentaram um aumento no recrutamento de leucócitos para a cavidade da bolha, porém não houve diferença entre animais PSP e controles. O número total de leucócitos no plasma não se alterou após a injeção de carragenina. Na pleurisia, os animais PSP apresentaram um aumento nos nÃveis de IL-6, IL-1β e TNF-α no plasma, enquanto apenas IL-1β e IL-6 estavam aumentados no exsudato pleural dos animais que receberam carragenina. O padrão de recrutamento de leucócitos para o local da injúria foi bastante semelhante entre os animais controle e PSP 2 h, 4 h e 24 h após a injeção de carragenina. Houve um aumento progressivo com o tempo, apresentando um pico em 24 h, no entanto, não foi observada diferença significativa na resposta dos grupos PSP. A PSP aplicada antes ou após a indução do CLP reduziu a sobrevida dos animais, mas não alterou o acúmulo de neutrófilos, nos dois protocolos. Quando a PSP foi aplicada antes do CLP, os nÃveis séricos de IL-6 estavam aumentados nos grupos PSP e PSPCLP, porém quando a PSP foi aplicada após o CLP, ambas IL-6 e IL-1β estavam aumentadas nos grupo PSPCLP. O efeito do tratamento com ATL-1 (10 g/kg, i.v.) na hiperalgesia induzida pela PSP foi determinado através do teste da formalina. O análogo reduziu o número de comportamentos relacionados à dor em animais PSP e controles na fase inflamatória do teste. Nossos resultados demonstraram que a PSP por 96 h aumentou os nÃveis plasmáticos de citocinas, reduziu a sobrevida dos animais, contudo não foi capaz de alterar o recrutamento de leucócitos frente a um estÃmulo inflamatório ou infeccioso. O aumento de mediadores inflamatórios observado nesses animais pode estar relacionado à hiperalgesia em animais PSP, uma vez que o tratamento com o ATL-1 reverteu esse efeito, possivelmente através de mecanismos envolvendo sua ação anti-inflamatória.
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Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas
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Dissertação de mest., Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2011
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O objetivo deste estudo foi analisar os seguintes tópicos: a possibilidade de interpretação literal do artigo 798 do Código Civil brasileiro, a aplicação das súmulas 61 e 105 do STF, o cabimento de indenização à famÃlia do suicida, os entendimentos da neurociência sobre possibilidades que podem interferir na ideação suicida, a visão e, finalmente, posicionamentos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal do Brasil e quanto ao pagamento da indenização estabelecido no contrato de seguro de vida em caso de suicÃdio do contratante antes dos dois anos da assinatura do contrato. Buscou-se, também, comparar a doutrina e jurisprudência do Brasil e de Portugal. Na estrutura, iniciou-se por considerações sobre a interpretação jurÃdica e, em seguida, foram desenvolvidos os capÃtulos acerca de negócio jurÃdico, dos contratos, dos contratos de seguro de vida e da boa fé presente e necessária. Como o foco principal eram os contratos de seguro de vida e baseando-se na doutrina e na jurisprudência, de modo geral, mesmo a legislação dos dois paÃses diferindo em pequenos aspectos, concluiu-se que: (1) o seguro é a cobertura de evento futuro e incerto que poderá gerar o dever de indenizar por parte do segurador; (2) a boa-fé - que é presumida - constitui elemento intrÃnseco do seguro, e é caracterizada pela lealdade nas informações prestadas pelo segurado ao garantidor do risco pactuado; (3) o legislador procurou evitar fraudes contra as seguradoras na hipótese de contratação de seguro de vida por pessoas que já tinham a idéia de suicÃdio quando firmaram o instrumento contratual; (4) uma coisa é a contratação causada pela premeditação ao suicÃdio, que pode excluir a indenização. Outra, diferente, é a premeditação para o próprio ato suicida;(5) é possÃvel a interpretação entre os enunciados das Súmulas 105 do STF e 61 da Corte Superior na vigência do Código Civil de 2002; e (6) as regras relativas aos contratos de seguro devem ser interpretadas sempre com base nos princÃpios da boa fé e da lealdade contratual. Essa premissa é extremamente importante para a hipótese de indenização securitária decorrente de suicÃdio, pois dela extraise que a presunção de boa fé deverá também prevalecer sobre a exegese literal do art. 798 do Código Civil 2002. O perÃodo de 02 anos contido na norma não deve ser examinado isoladamente, mas em conformidade com as demais circunstâncias que envolveram sua elaboração, pois seu objetivo certamente não foi substituir a prova da premeditação do suicÃdio pelo mero transcurso de um lapso temporal. Há de se distinguir a premeditação que diz respeito ao ato do suicÃdio daquela que se refere ao ato de contratar o seguro com afinalidade única de favorecer o beneficiário que receberá o capital segurado. Somente a última hipótese permite a exclusão da cobertura contratada, pois configura a má-fé contratual. Em Portugal, salvo em raras exceções, apenas o critério temporal tem sido considerado. Continuando com o objetivo deste estudo, pretendeu-se refletir sobre as pesquisas neurocientÃficas acerca do suicÃdio e, nelas, constam aspectos efetivamente que merecem ser considerados pela ciência jurÃdica. SuicÃdio é tema complexo e digno de reflexões por parte de profissionais de várias áreas de atuação. Suas causas ainda são motivo de curiosidade e de investigação. A idéia de uma associação entre disfunção serotoninérgica e suicÃdio é antiga e bastante consistente, surgindo ainda nos anos 1970 com as primeiras pesquisas. Defende-se que a boa fé necessária nos contratos de seguro, especialmente nos de seguro de vida, prevalece mesmo nos casos em que o contratante se esquece ou deixa de informar algum detalhe que, mais tarde, possa vir a comprometer o recebimento do prêmio por seus beneficiários. Há fortes evidências de que determinantes neurobiológicos, independentes das doenças psiquiátricas, implicam em comportamento suicida, estudados especialmente nos últimos 20 anos. Assim, noções básicas sobre a neurobiologia do suicÃdio podem finalmente produzir ferramentas clÃnicas para tratar comportamento suicida e evitar mortes, além de poder nortear seguradoras na análise de propostas de seguros de vida. Textos legais não têm sido elaborados com fundamento na sedimentação existente nos repositórios da psicopatologia forense, psiquiatria, psicanálise e sociologia sobre o suicÃdio, disponÃveis há décadas e de forma reiteradamente confirmados. Na mesma linha, os textos deixaram de lado incontáveis pesquisas sobre o tema, notadamente a respeito de sua etiologia, causas primárias, efeitos, e correlação com outras ciências, como neurociência, psiquiatria e psicanálise. Não buscaram informações sobre o comportamento singular do suicida, nem reconheceram o estado sui generis de desequilÃbrio mental em que o ato final foi praticado. Sabe-se que os transtornos psiquiátricos são fundamentais para o entendimento do comportamento suicida, mas também já está comprovada a realidade de problemas comuns, como distúrbios do sono, e sono insuficiente é um problema da sociedade moderna. Dentre os neurotransmissores, a serotonina é considerada como a maior candidata a um vÃnculo etiológico entre distúrbios do sono e suicÃdio, pois suas alterações promovem estados de vigÃlia e de inÃcio do sono. Como somente 14% de pessoas que tentaram suicÃdio tiveram pensamentos suicidaprévios à tentativa de suicÃdio de forma potencialmente impulsiva ou reativa, a insônia foi o fator importante visualizado antes de tentativas de suicÃdio graves e letais em relação a planosespecÃficos de suicÃdio. Nas pesquisas neurocientÃficas revisadas, constatou-se que: (1) a frequência de pesadelos está diretamente associada a maior risco de suicÃdios na população em geral; (2) sono de má qualidade está associado a suicÃdios na maturidade e velhice na população em geral; (3) sono curto (menos de cinco horas) está associado a maiores probabilidades de ideação suicida e tentativa de suicÃdio; (4) pesadelos frequentes são preditores de tentativas de suicÃdio; e (5) a presença de qualquer problema de sono está associada com maior risco de suicÃdio na população em geral. A associação entre redução da resposta de hormônio de crescimento e comportamento suicida nos pacientes com depressão só é encontrada quando há simultaneamente uma alteração serotoninérgica. Geneticamente analisados, determinantes neurobiológicos são independentes de transtorno psiquiátrico com o qual estão associados, pois muitos suicÃdios ocorrem de maneira inesperada. Além disso, quando se considera a depressão como único fator, percebe-se que muitas pessoas depressivas nunca se tornam suicidas e muitos suicÃdios são cometidos por pessoas consideradas normais.Quanto à colesterolemia, na maior categoria de concentração de colesterol total no soro, o risco relativo ajustado de suicÃdio violento é mais do que o dobro em comparação com a categoria mais baixa. Nas avaliações eletroencefalográficas em adolescentes suicidas pode-se dizer existir uma hipótese de ativação reduzida esquerda posterior, que não está relacionada à depressão, mas ao comportamento agressivo ou suicida. Essas abordagens da Neurociência servem, portanto, para indicar que um contratante de seguro de vida, mesmo saudável, pode estar vivenciando problemas da vida contemporânea e, mesmo sem jamais ter tido qualquer pensamento ou ideação suicida, vir a cometer esse ato extremo por alterações independentes de sua vontade. Entende-se que, neste foco, a ciência jurÃdica deve refletir para fazer inserir de maneira obrigatória nos pré-requisitos da apólice, informações sobre exames molecu-lares e sobre algum eventual distúrbio do sono, já que existem achados evidenciados sobre alguns fenômenos não antes considerados. Como abordado neste estudo, já existe uma seguradora portuguesa que solicitam exames moleculares, mas nenhuma no Brasil. Assim, isto indica já ser um inÃcio de mudança.
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A análise do sono está baseada na polissonogra a e o sinal de EEG é o mais importante. A necessidade de desenvolver uma análise automática do sono tem dois objetivos básicos: reduzir o tempo gasto na análise visual e explorar novas medidas quantitativas e suas relações com certos tipos de distúrbios do sono. A estrutura do sinal de EEG de sono está relacionada com a chamada microestrutura do sono, que é composta por grafoelementos. Um destes grafoelementos é o fuso de sono (spindles). Foi utilizado um delineamento transversal aplicado a um grupo de indivÃduos normais do sexo masculino para testar o desempenho de um conjunto de ferramentas para a detecção automática de fusos. Exploramos a detecção destes fusos de sono através de procura direta, Matching Pursuit e uma rede neural que utiliza como "input"a transformada de Gabor (GT). Em comparação com a análise visual, o método utilizando a transformada de Gabor e redes neurais apresentou uma sensibilidade de 77% e especi cidade de 73%. Já o Matching Pursuit, apesar de mais demorado, se mostrou mais e ciente, apresentando sensibilidade de 81,2% e especi cidade de 85.2%.
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Brain injury can be associated with changes in the sleep-wake cycle. However, studies about sleep disturbances and their relationship with quality of sleep are scarce. Besides, it remains to be known how stroke affects the mechanisms of sleep. The aim of this study was to investigate quality of sleep, complaints of sleep disturbances and associated factors in stroke patients from the Physical Therapy services in Natal -RN. This was a cross-sectional descriptive study involving 70 individuals (aged 45-65 years), 40 patients (57 ± 7 years), 11 ± 9 months after injury, and 30 healthy individua ls (52 ± 6 years), evaluated with the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) and Sleep Habits Questionnaire. The data were analyzed by Chi-square test, t Student test and logistic regression. Poor quality sleep was found in 57,5% of the patients (6,3 ± 3,5) and was significantly higher than in the control population (3,9 ± 2,2) (t Student test, p=0,002). The patients showed significantly higher value of PSQI than controls: sleep latency (p=0,019), length of sleep (p=0,039) and dysfunction during the day (p=0,001). Regarding complaints of sleep disturbances (dyssomnias and parasomnias) analyzed by Chi-square test, the complaint of insomnia was the most prevalent (patients: 37,5%; healthy subjects: 6,7%; p=0,007). Regression analysis showed that sl eep latency (p=0,036) and complaint of insomnia (p=0,036) were associated with quality sleep. In addition, female gender (p=0,036) and complaint of broken sleep (p=0,003) were considered risk factors for the presence of insomnia. Our results show that stroke affects the homeostatic process of sleep. Shorter sleep latency and the absence of insomnia are considered protective factors for good sleep quality and this should be taken into consideration in the diagnostic and therapeutic strategies
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Purpose: To determine the frequency of glaucoma and evaluate the behavior of 24-hour intraocular pressure in patients with the obstructive sleep apnea syndrome (OSAS). Methods: Eleven consecutive patients with OSAS, diagnosed by polysonography, were avaliated in a cross-sectional study. Demographic data were analyzed: age, sex, race/color, weight, height and associated diseases. The patients were submitted to complete ophthalmologic examination, including the visual field, as well as to 24-hour intra-ocular pressure (IOP) evaluation by an applanation tonometer at 9h, 12h, 15h, 18h, 24h and 6h in the lying and sitting positions. The diagnostic criterion for glaucoma was alteration of the visual field (VF) compatible with glaucoma and one or more of the following alterations: cup-disc ratio >= 0.7, hemorrhage, wedge-shaped defect, bayonet-shaped vessels, Hoyt's sign, asymmetry > than 0.2 between cup/disc ratio of the eyes. The angle should be opened without alterations. Results: 9 (82%) of 11 patients showed glaucoma or were suspected to have glaucoma, 9% of which exhibited normal tension glaucoma and 73% were suspected to have glaucoma for presenting alterations in the optic nerve or ocular hypertension. The mean for the IOP values of the 11 patients was observed to be the highest at 6 o'clock, when they were lying down. Variations of IOP >= 5 mmHg occurred in 7 (64%) of the patients, and variations of up to 14 mmHg and IOP peaks of up to 32 mmHg were observed. Conclusion: OSAS may be an important risk factor for the development of glaucoma, particularly that of normal tension glaucoma. Patients with OSAS must be referred to an ophthalmologist and those professionals must be attentive to the association of sleep disorders in patients with open-angle glaucoma.