Qualidade subjetiva do sono e queixa de insônia em pacientes com Acidente Vascular Cerebral

Brain injury can be associated with changes in the sleep-wake cycle. However, studies about sleep disturbances and their relationship with quality of sleep are scarce. Besides, it remains to be known how stroke affects the mechanisms of sleep. The aim of this study was to investigate quality of sleep, complaints of sleep disturbances and associated factors in stroke patients from the Physical Therapy services in Natal -RN. This was a cross-sectional descriptive study involving 70 individuals (aged 45-65 years), 40 patients (57 ± 7 years), 11 ± 9 months after injury, and 30 healthy individua ls (52 ± 6 years), evaluated with the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) and Sleep Habits Questionnaire. The data were analyzed by Chi-square test, t Student test and logistic regression. Poor quality sleep was found in 57,5% of the patients (6,3 ± 3,5) and was significantly higher than in the control population (3,9 ± 2,2) (t Student test, p=0,002). The patients showed significantly higher value of PSQI than controls: sleep latency (p=0,019), length of sleep (p=0,039) and dysfunction during the day (p=0,001). Regarding complaints of sleep disturbances (dyssomnias and parasomnias) analyzed by Chi-square test, the complaint of insomnia was the most prevalent (patients: 37,5%; healthy subjects: 6,7%; p=0,007). Regression analysis showed that sl eep latency (p=0,036) and complaint of insomnia (p=0,036) were associated with quality sleep. In addition, female gender (p=0,036) and complaint of broken sleep (p=0,003) were considered risk factors for the presence of insomnia. Our results show that stroke affects the homeostatic process of sleep. Shorter sleep latency and the absence of insomnia are considered protective factors for good sleep quality and this should be taken into consideration in the diagnostic and therapeutic strategies

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

A lesão cerebral pode estar associada a alterações do ciclo sono-vigília. No entanto, estudos sobre distúrbios do sono e suas relações com a qualidade de sono são raros. Além disso, ainda precisa ser conhecido como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) afeta os mecanismos do sono. O objetivo deste estudo foi investigar a qualidade de sono, as queixas de distúrbios do sono e os fatores associados nos pacientes com AVC de serviços de Fisioterapia em Natal-RN. Este foi um estudo transversal e volvendo 70 indivíduos (idade 45-65 anos) , 40 pacientes (57 ± 7 anos), 11 ± 9 meses após a lesão, e 30 saudáveis (52 ± 6 anos), avaliados com o Índice de Qualidade de sono de Pittsburgh (IQSP) e o Questionário de Hábitos do Sono. Os dados foram analisados através dos testes Qui-quadrado, t Student e da Regressão Logística. Qualidade de sono ruim foi encontrada em 57,5% dos pacientes (6,3 ± 3,5) e foi significativamente maior do que na população controle (3,9 ± 2,2) (teste t Student, p=0,002). Os pacientes apresentaram valor significativamente maior de IQSP do que os controles: latência para o sono ( p=0,019), duração do sono (p=0,039) e disfunção durante o dia (p=0,001). Com relação às queixas de distúrbios de sono (dissonias e parassonias) analisadas pelo Qui-quadrado, a queixa de insônia foi a mais prevalente (pacientes: 37,5%; saudáveis: 6,7%; p=0,007). A análise de regressão mostrou que a latência para o sono (p=0,036) e a queixa de insônia (p=0,036) estiveram associadas com qualidade de sono. Além disso, o sexo feminino (p=0,036) e a queixa de sono fragmentado (p=0,003) foram considerados fatores de risco para a presença de insônia. Nossos resultados mostram que o AVC afeta o processo homeostático do sono. A menor latência para o sono e a ausência de insônia são consideradas fatores de proteção para a boa qualidade de sono e isso deve ser levado em consideração nas estratégias diagnóstica e terapêutica.