983 resultados para Análise do romance
Resumo:
Pós-graduação em Educação - FFC
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No romance O Idiota, Dostoiévski cria, por meio do príncipe Míchkin, uma personagem com as características do Cristo. Sabe-se que a Bíblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infância até o momento de sua morte. O primeiro capítulo, dedicado ao referencial teórico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literário quanto a literatura bíblica procedem do mito. Neste sen-tido, religião e literatura se tocam e se aproximam. O segundo capítulo foi escrito na intenção de mostrar como o Cristo e os Evangelhos são temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoiévski. A literatura bíblica está presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e não somente em O Idiota. A hipótese de que Dostoiévski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota é demonstrada na análise do romance, no terceiro capítulo. A tese proposta é: Dostoiévski desenvolve um evangelho literário, por meio de Míchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas também idiota e quixotesco. Na dinâmica intertextual entre os Evangelhos bíblicos e O Idiota, entre Cristo e Míchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presença divina. Nas cenas e na estruturação do enredo que compõe o romance, Cristo se manifesta nas ações de Míchkin, na luz, na beleza, mas também na tragicidade de uma trajetória deslocada e antinômica. O amor e a compaixão ganham forma e vida na presen-ça do príncipe, vazio de si, servo de todos.
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Os estudos pós-coloniais aventam novas possibilidades para os estudos da literatura brasileira e uma delas é verificar a dupla colonização da mulher. O presente artigo busca elucidar esse tema através da análise do romance A Escrava Isaura. Os resultados mostram que, apesar da opressão colonial e patriarcal, há indícios nas personagens femininas de subjetividade e resistência.
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A presente dissertação tem como objetivo mostrar como a literatura gótica pode ser atemporal, subvertendo as mentes e conceitos de seus leitores. Partindo do contexto histórico e cultural em que The Monk se inseriu, esse trabalho visa levantar as questões e elementos tão fortemente reprimidos em nossa sociedade desde o final do século XVIII, como as idéias de mal, abjeção e expressão do eu, em um diálogo permanente com a teoria de Michel Foucault, David Punter, Julia Kristeva, entre outros. Desta forma, a análise do romance se dá paralelamente a uma crítica social, visto que a obra gótica tem por um de seus fins denunciar e deslocar a realidade social. Em última instância, será feita a análise algumas personagens do romance e sua respectiva importância na obra
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Análise do romance Onde andará Dulce Veiga?(1990), de Caio Fernando Abreu, com fundamento nas idéias de Theodor Adorno, especificamente com base na Teoria Estética. A crítica empreende-se sob três diferentes vertentes: o cinema noir, a música e a autobiografia, sendo essa última uma característica ligada à crítica cultural. Na primeira, detectam-se as influências da linguagem do cinema, em que o lado sombrio da realidade é forte aliado na composição do romance. Na segunda, observam-se os novos paradigmas culturais que emergiram nos anos de 1980 como índices metaficcionais, na ótica de Theresinha Barbieri (2003), de outros analistas, e que dão forma à variada mixagem do todo social. Na terceira vertente, cruzam-se os percursos da vida de Caio Fernando Abreu com a narrativa de ficção Onde andará Dulce Veiga?, a partir da coletânea de cartas, publicadas por Italo Moriconi (2002), escritas em três diferentes décadas: a de 1960, a de 1970 e a de 1980. Pela correspondência, verifica-se que o projeto do romance habitou o imaginário do jornalista, desde 1970, especialmente quando Caio Fernando Abreu passou a trabalhar em redações de jornais e revistas. Assim, os aspectos da vida convertem-se em experiência estética
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O estudo ora apresentado pretende concentrar-se, principalmente, na análise do romance Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá e trazer alguma contribuição no que se refere à relação desta obra com aspectos do romance moderno, assim como à identificação de procedimentos narrativos que explicitam traços do realismo de Lima Barreto, perpassados pela experiência da modernidade no Brasil. Nesse percurso, busca-se revelar a dinâmica que se estabelece entre cidade e subjetividade na vinculação com a memória individual e as consequências para a realização da narrativa. Realizou-se, inicialmente, uma abordagem histórica de temas como a origem do romance, a formação do público leitor na Inglaterra e no Brasil e as concepções de realismo que perpassam a forma romance, a fim de se compreender e identificar o lugar da obra de Lima Barreto na história da Literatura. Apresentou-se, ainda, correlação das concepções de memória e história, que podem ser vislumbradas no romance estudado, a partir de estudos teóricos de obras escolhidas de Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin
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Este trabalho tem como objetivo principal entender, a partir da análise do romance As naus, de António Lobo Antunes, as faces do sujeito pós-moderno e suas escolhas diante de uma sociedade líquida e fluida. Nesse romance, homens da contemporaneidade e mitos da história encontram-se em um tempo comum e convivem naturalmente na cidade de Lisboa. Alguns personagens desse romance, publicado em 1988, servem de base para a reflexão de uma sociedade fragmentada e marcada pelo deslocamento constante dos sujeitos que a compõem. A excentricidade é grande marca do homem que se encontra perdido no tempo e espaço retratado em As naus e essa marginalização contribui para a constante busca e necessidade de reconstrução da identidade nacional. A partir de conceitos como riso e carnavalização, é possível desconstruir fatos da história portuguesa, entendidos como verdade absoluta durante séculos, e que, na contemporaneidade, não apresentam o sentido de outrora. Desta maneira, esta dissertação mostra o humor presente na obra de António Lobo Antunes e desmistifica nomes, fatos e o império glorioso de Portugal; mostra ainda como na obra o passado é utilizado para se desconstruir criticamente o presente, através da metaficção historiográfica. Em suma, o desembarque desprovido de glória em Lisboa dos antigos heróis ilustres, cinco séculos depois de terem partido, é o fato culminante dessa elaborada antiepopeia
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Tese apresentada e reformulada de acordo com as orientações do Júri (19 de Dezembro de 2012), para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Estudos Portugueses, Especialidade de Literatura Comparatista.
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Este trabalho tem como primeiro objetivo a análise de alguns aspectos do romance francófono belga contemporâneo Orlanda, publicado em 1996 pela autora Jacqueline Harpman. Na parte inicial, apresentamos a Bélgica, sua história e suas letras francófonas; os debates sobre a legitimidade de uma identidade nacional belga específica assim como os discursos que procuram afirmar ou negar a existência de um campo literário belga francófono autônomo são a linha de pensamento desta fase do presente estudo. A segunda parte trata de analisar a narrativa Orlanda. Descrevemos a composição geral do romance (o enredo, o narrador, o tempo e as personagens) e aprofundamos em seguida dois aspectos do romance: o jogo metadiscursivo e o mito do andrógino. A análise do romance evidencia uma narrativa que desvenda certos mecanismos do gênero romanesco; o mito do andrógino faz surgir níveis de significados como a tradição e a modernidade, a ficção e a realidade, o autor e sua atividade como escritor. Um itinerário biográfico sobre Jacqueline Harpman e uma descrição (muito breve) dos dezenove romances publicados pela autora até hoje são inseridos em anexo.
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William Gaddis’s The Recognitions (1955) is a selfreflexive novel that portrays Wyatt Gwyon’s trajectory from childhood to maturity, as he rejects and searches for originality. The present work bestows an analysis of William Gaddis’s The Recognitions focusing on the problematization of originality and authorship proposed by the novel by means of the central issues of forgery and plagiarism, which bring with them two larger and more important sister-notions: authorship and originality. The novel questions the prevailing demand for originality and discusses the possibility of being original. It formulates an aesthetics of recognitions defended in the novel and used by the author in the making of this text. In order to do that, this work provides a view on the different concepts associated with the terms originality and original, as well as some of the main infringements related to them in contemporary society. It also offers an account of the development of the concepts of originality and authorship in Western society, showing the growing importance of the figure of the author and the parallel development of the concepts of plagiarism and copyright. The next three chapters are dedicated to attempt to provide an account of William Gaddis’s The Recognitions focusing on the main artist characters and an analysis of the novel in the light of the theoretical and historical background provided. The first of these chapters focuses on Wyatt’s trajectory and his visions of art. The second identifies and analyses Wyatt’s mirrors in the narrative, which reinforce the self-reflective structure of the novel. And the third chapter exemplifies and analyses Wyatt’s aesthetics of recognitions, which turns out to be Gaddis’s own aesthetics in the making of his fiction.
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O presente estudo tem como objeto final a análise do romance belga francófono contemporâneo Une paix royale, publicado em 1995 por Pierre Mertens. No que diz respeito a um espaço nacional sem conformidade com o modelo canônico do Estadonação, quer-se evidenciar o estatuto de uma poética romanesca no seu processo de invenção do mito da nação e as peculiaridades da representação nacional que essa poética contribui a gerar. Tal abordagem do texto literário tem como pressuposto um estudo teórico sobre o conceito de nação, do qual são apresentadas uma história e uma definição. Também é levada em consideração a natureza das relações que a ficção romanesca estabelece com o mito da nação: a invenção do mesmo – que pode incluir sua desconstrução - utiliza uma linguagem específica da qual o romance e o campo literário em geral são enunciadores privilegiados. Essas considerações teóricas abrem caminho para um método interpretativo de textos francófonos que são os portadores contemporâneos do mito da nação belga, ou seja, manifestos publicados por intelectuais e por escritores entre 1976 e 2003, e o romance Une paix royale. A tese manifesta o papel criativo das Letras belgas francófonas na renovação da nação, que conserva uma atualidade
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M. Bakhtin afirma que a representação de acontecimentos, relações e processos no romance deve abranger a totalidade de uma época nela deve haver uma peculiar concatenação, literariamente expressa, espácio-temporal. Essa formulação contém elementos basilares para o entendimento e análise do romance, objeto deste estudo, Leite derramado de 2009 de Chico Buarque. A narrativa figura, pelo menos, duas grandes épocas históricas do Brasil: uma que vai do início do século XIX até 1930 e outra que vai desse momento ao início do XXI. É a representação da saga histórica da decadência de uma categoria social (fração da classe dominante), personificada na família Assumpção, com seus valores éticos e culturais, suas concepções de mundo e seu comportamento, estilizando sua dissolução social e moral. Ao fazer isso o romance coloca inúmeros problemas desde humano-existenciais até histórico-políticos para a reflexão do leitor.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)