783 resultados para Malaise of modernity


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O tema da existência ou inexistência de uma filosofia política nietzschiana é recorrente nos meios acadêmicos, e é imensamente problemático desde a vinculação do nome do filósofo às ideologias fascistas da primeira metade do século XX. Especialmente a partir da segunda metade do século XX, a filosofia de Nietzsche tem sido trazida para os debates políticos, dessa vez como uma filosofia das grandes causas, daqueles que buscam a libertação do jugo dos grandes esquemas políticos da modernidade. O objetivo inicial desta dissertação é demonstrar que filosofia de Nietzsche não possui as características que permitam a sua assimilação pelo debate político. O próprio filósofo, reiteradamente, negou-se a ingressar no debate político de seu tempo, recusando-se a limitar seu exame da filosofia e suas reflexões às necessidades e clamores da plebe. Ele alertou para a dureza e radicalidade de seu pensamento, antecipando a vinculação de seu nome a coisas terríveis. Em vista disso, pretende-se levar a cabo nesta dissertação um exame da filosofia nietzschiana sob o ponto de vista da política, isto é, tentar ver se ao quadro geral da filosofia política pode-se juntar o pensamento de Nietzsche. Este exame deve ser feito levando-se em conta o amplo auditório ao qual se destinam os discursos políticos, o vínculo dos discursos políticos aos clamores da plebe, ou ao discurso de dominação. O objetivo final desta dissertação será demonstrar que fora do âmbito da filosofia, isto é, trazida para o seio do senso comum, a filosofia de Nietzsche, dado o caráter controvertido de suas asserções, acaba sendo presa fácil, mais uma vez, dos discursos de dominação e servindo aos piores propósitos. Corre-se o risco, outra vez, de se confirmar o vaticínio do filósofo quanto a sua vinculação a coisas terríveis.

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Os marcos da modernidade a secularização e a laicidade tem sido hoje postos em xeque por crescentes movimentos religiosos. As fronteiras entre Estado e religião estão sendo desafiadas e redefinidas. Dentro dessa renovação, coloca-se a questão da possibilidade ou não do uso de razões religiosas na esfera pública. O debate ganha importância no Brasil na medida em que o Pentecostalismo, ramo de Protestantismo em rápida expansão, fez afluir aos quadros do Congresso Nacional um número sem precedentes de candidatos eleitos graças à filiação religiosa. A análise teórica e empírica do uso de razões religiosas e da política pentecostal pretende jogar luz à questão, tendo sempre como paradigma, limite e orientação o fundamento último da liberdade religiosa: a dignidade da pessoa humana.

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O presente trabalho tem por objetivo apresentar os conceitos de lei e soberania no Contrato Social de Rousseau sob uma perspectiva histórico-filosófica, retratando o surgimento do modelo filosófico-jurídico da legitimação do poder a o nascimento (ou renascimento, a depender de como se considere o período imperial romano) do conceito de soberania como completa liberdade em relação às leis existentes, ou sujeição apenas à própria razão. A partir desse fato histórico, como de outros relativos à filosofia tardoescolástica de Escoto, com sua distinctio formalis ex natura rei que permitiu a emergência de uma antropologia como a de Rousseau, que divide os seres humanos em camadas sobrepostas e o voluntarismo nominalista de Ockham, que permitiu a elaboração de um conceito como vontade geral. Procura-se demonstrar também como a concepção nominalista de um Deus absconditus tornou a justificação de um poder que é pura vontade separada daqueles que ordena ininteligível. Neste sentido, a crise de heteronomia em relação à transcendência que não é pura heteronomia, mas participação na ordem criada acaba gerando uma crise da heteronomia em razão ao poder secular, dando origem à autonomia soberana do povo pela vontade geral.

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O presente estudo apresenta dados de uma pesquisa de caráter histórico, que visa contribuir para as análises de representações acerca dos perfis femininos nos anos de 1920 a 1940, a partir do diálogo com personagens criadas pelo escritor Monteiro Lobato em alguns de seus livros infantis do mesmo período. Os livros analisados são Serões de Dona Benta (1937), Histórias de tia Nastácia (1937), Reinações de Narizinho (1931), Memórias de Emília (1936) títulos selecionados, pois cada um possui como protagonista uma das personagens femininas analisadas ; História do mundo para crianças (1933), História das Invenções (1937) e O poço do Visconde (1937) em que as questões da modernidade e da história são destacadas pelo autor. Os livros compõem a coleção Obras Completas de Monteiro Lobato Literatura Infantil (2a série). Neste estudo, inserido no campo da história da educação, o principal corpus documental é o material literário e, por isso, foi necessária a aproximação com a história cultural, com a história do impresso e com a micro-história. Em um primeiro momento, ressalta-se a interferência das inovações tecnológicas e culturais na trajetória do intelectual Monteiro Lobato, que desempenhou diferentes papéis escritor, editor e distribuidor no circuito de comunicações no âmbito brasileiro nas primeiras décadas da República. Ademais, de maneira interdisciplinar, através de pesquisa bibliográfica, o estudo se debruça sobre o conceito de modernidade, que possibilitou a apreensão das relações da escrita fictícia de Lobato com discursos e práticas femininas, aos quais se teve acesso por meio de cartas e impressos da época analisada, assim como revistas e manuais de civilidade. Observa-se que as caracterizações das personagens apresentavam a modernidade ligada principalmente aos meios culturais, artefatos tecnológicos e ao debate educacional. Todavia, as práticas desses discursos renovadores dependeram, igualmente, das origens sociais, étnicas e econômicas das personagens representadas naquele contexto

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Esta tese pretende discutir a história da modernidade como a história do abandono do corpo. A era moderna é a era da mimesis e, como tal, faz da interpretação um componente necessário do horizonte histórico imposto por ela mesma. A interpretação veio para ficar: mas as sucessivas tentativas de apropriação do mundo pelos conceitos anestesiaram os sentidos do homem moderno. Os excessos hermenêuticos contribuíram para um empobrecimento da experiência da arte. A pós-modernidade se abre, para nós, como um novo horizonte histórico, e oferta-se como oportunidade para recuperarmos aquilo que perdemos: o nosso corpo, os nossos próprios sentidos.

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Este trabalho busca compreender os problemas enfrentados pelo artista burguês para o cultivo de sua alma sem diante do problema da crise da modernidade. Entre os séculos XIX e XX a autonomização do mundo e a fragmentação da cultura em duas esferas distintas objetiva e subjetiva tornaram a vida cotidiana uma perspectiva problemática para aqueles que desejavam atingir um nível elevado de suas almas. Nesse sentido, a obra Morte em Veneza (1912) de Thomas Mann conta a história de um artista Gustav Aschenbach que rejeita o mundo e seus sentimentos no intuito de explorar um ideal estético clássico e impossível de se articular com a realidade. A história narra a trajetória desse artista do momento em que decide deixar a Alemanha, seu país natal, rumo à Veneza, no intuito de recuperar-se da exaustão que o exercício do trabalho vocacionado lhe impõe. Mostraremos que Veneza assume, sob tal perspectiva, um papel de grande relevância, pois se relaciona de maneira direta ao ideal de vida do artista. E será em Veneza que Aschenbach encontrará na figura de um garoto a manifestação real de seus anseios idealísticos do belo. Tal encontro produzirá, no artista, um descontrole e uma anarquia de sentimentos que o levará diretamente ao abismo.

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O que se pretende nesta tese é fazer uma arqueologia da sociologia, tendo como objeto principal de análise aquilo que chamaremos de seu discurso, o discurso sociológico da modernidade, procurando mostrar o vínculo substancial da sociologia com a episteme da modernidade, especialmente na figura do homem duplo empírico-transcendental: a sociologia seria, assim, uma derivação da episteme da modernidade e o conceito de sociedade, realidade social e as diversas teorias da simultaneidade estrutura e agência, seriam a versão sociológica do homem duplo empírico-transcendental, objeto e fundamento do saber ao mesmo tempo. Levando em consideração que a arqueologia estuda a constituição de formações discursivas e não teorias ou a validade de proposições científicas, como faz a epistemologia, histórica ou não, inicialmente fazemos uma gênese da constituição do conceito de arqueologia e de episteme em Michel Foucault, que se desenvolve em contraponto à fenomenologia como antropologia filosófica, ao estruturalismo e à epistemologia histórica. Depois apresentamos os conceitos de epistemes do Renascimento e Episteme Clássica, a fim de chegar à constituição da episteme da modernidade e mostrar, assim, os vínculos com o conceito de sociedade, realidade social e a simultaneidade estrutura e agência. No final tratamos dos temas da morte do homem, do pós-humanismo e do trans-humanismo que, neste caso, significam a perda de centralidade do homem como objeto e fundamento do saber, desestabilizando assim a episteme da modernidade e abrindo espaço para pensarmos em sua mutação arqueológica num processo de desantropologização do saber.

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The paper discusses social practices of creating as well as producing authentic objects and space. My deliberations are based on the thesis of the authors of the books The tourist gaze (John Urry), The tourist. A new theory of the leisure class (Dean MacCannell); Contested natures (Phil Macnaghten and John Urry), but also on my own research concerning attitudes towards wolfs in western and eastern Poland. The point of the article is that at the age of the new visual media, postmodernism and posttourism, when it is difficult to recognize whether an object is the original or a copy, man still wants to stand on the firm ground of genuine values. The sociologists mentioned above claim that this is why in the modern world there is a demand for authentic objects and so in an answer to this need such attractions like w i l d n e s s and r u s t i c i t y are produced. In the first part of the article I present an example of a visual product – an English cottage. Secondly, basing on the results of some research concerning attitudes towards wolves, I attempt to show that in Poland there are also some practices the idea of which is to create an authentic space - wild nature. Finally I emphasize that constructed authentic space, scenes, and landscapes are examples of myths – wildness, rusticity – the consequence of nostalgia for lost authentic world.

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Tekst wskazuje II połowę XX wieku jako cezurę wyznaczającą kres dziewiętnastowiecznego pojęcia historii, służącego europejskim imperiom do uzasadnienia ekspansji kolonialnej. Na przykładzie kontrastu Indii i Zachodu dowodzi, że myślenie historyczne jest uwarunkowane kulturowo. Ruchy antykolonialne odwracają dyskurs kolonialny, czyniąc z niego argument dla szybkiej demokratyzacji społeczeństw, odbiegającej od modelu europejskiego za sprawą zredukowanej liczby etapów postępu cywilizacyjnego i rezygnacji z perspektywy historycznej. Seria Subaltern Studies podważa uniwersalność europejskiego modelu nowoczesności i jego adekwatność na terenach byłych kolonii po upadku zachodnich imperiów.

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This thesis examines important issues of Irish vernacular Catholicism, Irish religious and cultural identities, the impacts of modernity plus socio-religious and economic change on traditional religiosity, sacred landscape and topophilia, religious material culture, folk and individual creativity, gender roles and expectations, and devotional subcultures through the vehicle of Marian apparitions and their aftermath in the Republic of Ireland in the late 20th and early 21st centuries. This thesis examines in detail five Irish Marian shrines as case studies; Knock shrine (Co. Mayo), Ballinspittle and Mitchelstown grottoes (Co. Cork), Mount Melleray grotto (Co. Waterford) and the Marian shrines of Inchigeela in West Cork and the attached houses of prayer. Key themes include; vernacular religious theory; the nature of Irish indigenous Catholicism; local, global and transnational trends in contemporary Irish devotional life; areas of individual creativity, fluidity and agency in Marian devotion; and the vital role and influence of material culture in and on local and individual religiosity.

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Zinkin's lucid challenge to Jung makes perfect sense. Indeed, it is the implications of this `making sense' that this paper addresses. For Zinkin's characterization of the `self' takes it as a `concept' requiring coherence; a variety of abstract non-contextual knowledge that itself has a mythical heritage. Moreover, Zinkin's refinement of Jung seeks to make his work fit for the scientific paradigm of modernity. In turn, modernity's paradigm owes much to Newton's notion of knowledge via reductionism. Here knowledge or investigation is divided up into the smallest possible units with the aim of eventually putting it all together into `one' picture of scientific truth. Unfortunately, `reductionism' does not do justice to the resonant possibilities of Jung's writing. These look forward to a new scientific paradigm of the twenty-first century, of the interactive `field', emergence and complexity theory. The paper works paradoxically by discovering Zinkin's `intersubjective self' after all, in two undervalued narratives by Jung, his doctoral thesis and a short late ghost story. However, in the ambivalences and radical fictional experimentation of these fascinating texts can be discerned an-Other self, one both created and found. [From the Publisher]

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The journalistic boom that occurred in Argentina from the second half of the nineteenth century saw the emergence of an active afroporteña press that defend the interests of the black community. This paper, in addition to reviewing the history of the Afro-Argentines newspapers, emphasizes the role played by the elite of African descent in the promotion of modernity among his brothers, while exploring the possible bases for an identity in the ideas spread.

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Few studies have addressed the relationship between law and power in the works of Michel Foucault. Some authors emphasize that law performs a completely secondary role in the diagram of power of modernity, while others argue that there is a close link between power relations and the law. Foucault's Law by Golden and Fitzpatrick aims to renew these discussions and reconstruct another law of Foucault. In this paper I make a critical reading of this work, highlighting the faulty presentation that the authors carried out of the works of Foucault.

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En este artículo se aborda el tratamiento de la arquitectura en la película La naranja mecánica. Para crear la imagen del futuro cercano concebido por Burgess en su novela (que no describe), Kubrick recurrió al diseño más contemporáneo, rodando sobre todo en localizaciones del Gran Londres, aunque también en decorados. El resultado es de una gran modernidad y una de las claves del impacto visual del filme. Estudiaremos sus distintos espacios y analizaremos el uso que Kubrick hace de la modernidad.

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Desde los estudios pioneros de Walter Benjamín dedicados a la imagen del flâneur en la poesía de Baudelaire, la experiencia del sujeto poético y su íntima reconstrucción afectiva de la ciudad constituyen un índice significativo para aproximarnos a la experiencia de la vida moderna. En este artículo, nos interesa revisar cuáles son las particularidades que distinguen esta experiencia en un corpus de poesía argentina reciente -los libros Punctum y Refrito, de Martín Gambarotta, y Horla City y otros, de Fabián Casas-, que durante las décadas de 1990 y 2000 tematiza, con insistencia y mediante opciones diversas, la relación sujeto-ciudad. En dichos textos, es posible releer una continuidad -relativamente canónicadel paseante por los márgenes periféricos de la modernidad -en el caso de Casas- y la reclusión voluntaria, como repliegue extremo ante la vivencia del deambular callejero, que se percibe como intimidante en Gambarotta.