1000 resultados para Encarregados de educação
Resumo:
O presente estudo aborda a temática do jogo e da sua importância no desenvolvimento da criança. Com ele pretendeu-se perceber como estão organizados os Jardim de Infância e qual a importância do jogo na ação da criança, certificar que os Educadores de Infância se preocupam por realizar um trabalho diário de qualidade, utilizando as estratégias e atividades adequadas às características das crianças com quem trabalham, bem como esclarecer o que pensam sobre o jogo no desenvolvimento da criança, perceber o que pretendem os encarregados de educação do Jardim de Infância e como encaram o que os seus filhos realizam durante o dia no mesmo. Assim sendo, realizou-se um estudo em que se começou por estudar a importância do jogo no desenvolvimento infantil, para fundamentar as razões da sua importância, para, a seguir, observar e verificar a importância atribuída pelo Educador de Infância ao jogo e saber o que pensam da sua relação com o desenvolvimento da criança, observar a forma como se organizam os Jardins de Infância e a intencionalidade das atividades estipuladas pelo Educador de Infância e analisar a conceção que os encarregados de educação têm sobre as atividades realizadas no Jardim de Infância, o jogo e o desenvolvimento da criança. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que as instituições escolares, Educadores de Infância e encarregados de educação vão tendo alguma consciência de que o jogo pode proporcionar múltiplos desenvolvimentos na criança, sendo por isso essencial na vida da mesma. Contudo será importante referir que, embora exista consciência, a inclusão do jogo na vida da criança nem sempre é a ideal e muitas vezes esquecida é preterida em função de outras atividades mais estruturadas pelos responsáveis.
Resumo:
No paradigma educacional do século XXI, a valorização da diversidade, o respeito pela diferença e o combate à exclusão são pressupostos fundamentais para a consolidação de uma escola de qualidade para todos. Uma Escola verdadeiramente inclusiva é o grande desafio que se coloca, hoje, à Educação. As metodologias de ensino devem, cada vez mais, centrar-se no aluno, partindo dos saberes e necessidades de cada um. Na resposta às exigências de adaptação a ritmos e diferenças pessoais, a Biblioteca Escolar, janela aberta para o vasto mundo da informação, deve assumir uma missão essencial no processo de ensino e de aprendizagem, envolvendo-se com os diferentes agentes educativos e contribuindo para o desenvolvimento de competências que permitam aos alunos o exercício de uma cidadania ativa e participada. Com este estudo, pretendeu-se aferir o contributo da Biblioteca Escolar para a consolidação de uma Escola Inclusiva, percebendo em que medida as condições de acesso, os recursos e as atividades desenvolvidas, facilitam a participação da diversidade dos alunos; conhecendo a existência de práticas colaborativas, integradoras dos diferentes agentes educativos e analisando a importância conferida à Biblioteca na aprendizagem e no desenvolvimento das diferentes literacias. Para tal, no âmbito do enquadramento teórico, perspetivou-se a Biblioteca Escolar, nomeadamente a sua conceção e fundamentos, e o seu papel, enquanto centro de recursos fundamental no contexto do ensino-aprendizagem para todos, para além da abordagem aos pressupostos da Escola Inclusiva e da Inclusão. Relativamente ao trabalho de campo levado a efeito, realizou-se um estudo de caso, com base numa metodologia quantitativa, recorrendo à análise documental e ao inquérito por questionário como instrumentos de recolha de dados, nomeadamente dos professores, alunos e pais/encarregados de educação. As conclusões do estudo apontam para a existência de limitações ao nível da atuação da Biblioteca Escolar para a consolidação de uma verdadeira escola inclusiva. Algum caminho foi já percorrido, sobretudo no âmbito das condições de acesso para o atendimento à diversidade de alunos, mas muito percurso ainda há a fazer para que a Biblioteca reforce o seu contributo para uma Escola que se quer, de e para todos.
Resumo:
A leitura é a base da apreensão e compreensão de todas as matérias no início da vida escolar. O seu domínio e a sua aprendizagem bem sucedida, definem o êxito de um ser humano, ao longo de toda a sua vida profissional, afetiva e social. Por sua vez, o não domínio da leitura, nomeadamente na descodificação e compreensão de qualquer tipo de código escrito, condiciona toda a existência de um sujeito. Há muita investigação e trabalhos realizados nesta área, não havendo consenso entre os investigadores sobre o método mais eficaz no ensino da leitura, o fónico ou sintético, o global ou analítico, ou o misto. No entanto, antes de escolher o método o docente deve conhecer o seu grupo e as suas características para elaborar o seu próprio método de ensino da leitura, ou seja, deve retirar os traços mais importantes de cada método e aplicá-lo à sua turma, tendo em conta também a predisposição natural dos alunos para aprenderem. Dada a importância da leitura como competência, este estudo visou a compreensão das variáveis que interferem no processo eficaz de ensino da leitura, na fase inicial dessa aprendizagem, através da análise da metodologia e estratégias adotadas pelos professores, assim como a relação pedagógica, a organização/a gestão da sala de aula e o estudo dos contextos familiares. O estudo empírico ocorreu durante seis semanas, em duas escolas do 1.º Ciclo, em duas turmas do 1.º ano, sendo a amostra constituída por quatro alunos por turma, dois do sexo feminino e dois do sexo masculino. Foi solicitado aos professores que escolhessem entre os seus alunos, dois bons leitores e dois menos bons leitores. A recolha de dados fez-se a partir da análise da Ficha de Identificação do Aluno e da Escala de Graffar, preenchidas pelos encarregados de educação, dos registos obtidos nas entrevistas com os professores e alguns alunos, das observações das aulas e na avaliação da leitura de um texto. Esta recolha de dados foi registada em tabelas e em gráficos, que permitiram a análise dos resultados obtidos por cada grupo, nomeadamente no que diz respeito à precisão leitora e à velocidade. Desta análise não registamos grandes diferenças nos contextos familiares (na formação escolar dos pais, na sua profissão, no incentivo à leitura), nem no contexto da sala de aula (método, relação pedagógica, organização das aprendizagens no espaço e no tempo). As pequenas diferenças apontam para a figura do professor e para as dinâmicas e clima de sala de aula por ele criadas a que pode não estar alheio o método de iniciação à leitura adotado, hipóteses para futuras pesquisas.
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A análise dos relatórios do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA, 2006) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Third International Mathematics and Science Study (TIMSS, 1995) revelam que os jovens portugueses apresentam baixos níveis de literacia científica. Estes estudos avaliam se os estudantes desenvolveram algumas capacidades e competências que são consideradas essenciais para que participem plenamente na sociedade. As áreas de estudo avaliadas nestes estudos são a leitura, matemática e ciências, sendo a literacia científica aquela em que nos centramos, neste trabalho. Como os museus têm por objectivo facilitarem o acesso a conhecimentos científicos aos visitantes e têm, ainda, preocupações com as questões de literacia científica, nomeadamente por parte das crianças e jovens, têm vindo a desenvolver espólios, actividades e programas de férias que contemplem estas vertentes (Gil, 2003; Wertsch, 2002). Nesta investigação pretendem-se estudar as actividades lúdico-científicas desenvolvidas nos períodos de férias escolares no Museu de Ciência e no Museu Nacional de História Natural. Estes programas de férias decorrem em ambiente informal e consistem em actividades nas diversas áreas científicas contempladas nestes dois museus: matemática, física, química, astronomia, geologia, biologia, botânica e zoologia. Destinam-se a crianças dos 4 aos 13 anos de idade. Nesta investigação assumimos uma abordagem interpretativa (Denzin, 2002; Denzin & Lincoln, 1998) e desenvolveu-se um estudo de caso intrínseco (Stake, 1995). Como participantes seleccionámos crianças dos três grupos etários considerados, bem como os respectivos monitores, encarregados de educação e investigadora. Os instrumentos de recolha de dados foram a observação, as entrevistas, conversas informais, tarefas de inspiração projectiva e os protocolos das crianças e jovens. O tratamento de dados é baseado numa análise narrativa de conteúdo (Clandinin & Connelly, 1998), da qual emergem categorias indutivas (Hamido & César, 2009).
Resumo:
O projeto “Promoção da Literacia Matemática no Pré-Escolar com o apoio da Tecnologia Educativa” traduz a investigação realizada junto de um grupo de crianças do pré-escolar com 3/4 anos e dos seus pais e encarregados de educação, numa instituição educacional privada, em Lisboa. Objetiva-se a promoção de competências matemáticas na educação pré-escolar, seguindo as orientações científicas nacionais e internacionais, de que a matemática é a ciência do padrões. O segundo grande objetivo do projeto visa promover a colaboração dos pais na educação pré-escolar dos seus filhos. O Programme for International Student Assessment [PISA] refere que todo e qualquer indíviduo deve ter a possibilidade de adquirir uma literacia matemática crítica ao longo da sua vida, por forma a aplicá-la na sua vida pessoal, social e profissional. A Literacia Matemática vem contrariar a associação da matemática à manipulação arcaica dos símbolos matemáticos sem conexão e relação entre si. Mais do que dominar um conteúdo, a Literacia Matemática Crítica traduz-se nas competências que um aluno desenvolve na resolução de problemas, no relacionamento de conceitos e conteúdos, na identificação de estratégias de resolução ou na comunicação com os demais numa linguagem matemática escrita/oral. O segundo ponto do projeto objetiva promover e estimular a colaboração dos pais e encarregados de educação com a escola. Pretende-se que ambas as entidades mediadoras da construção de conhecimeto da criança possam comunicar e estabelecer estratégias de ação relativamente à educação da criança, como parceiros educativos. Os recursos tecnológicos evoluem de dia pra dia e estão acessíveis aos pais, filhos e escolas, pelo que podemos aspirar que estes possam contribuir para a parceria educativa. Em ambiente pré-escolar, pretende-se desenvolver atividades que visem objetivos matemáticos em simultâneo com a exploração do computador, periféricos e de um software desconhecido. Escolhemos um software de edição de imagem, estabelecendo um paralelo entre a pintura virtual e a pintura tradicional. Metodologicamente, a investigação assenta num estudo qualitativo, tendencialmente investigação-ação, combinando e articulando técnicas de pesquisa como a observação participante, as conversas informais com a educadora, os elementos da direção, os pais/encarregados de educação, e a análise documental. As planificações das atividades visaram a concretização dos objetivos propostos para a intervenção. No processo cíclico de investigação-ação foram identificadas dificuldades nas crianças, relativamente à matemática e ao software, pelo que, a cada ciclo, foram definidas estratégias que visassem a construção de processos de desenvolvimento na criança. As estratégias educativas assentaram essencialmente na abordagem matemática dos padrões, na planificação cuidada das atividades distintas para crianças e para pais, na utilização de recursos tecnológicos, como sejam o computador, um software de edição de imagem, o email e a webpage da escola.
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A obesidade infantil apresenta-se como uma epidemia que afeta milhares de crianças em todo o Mundo, e a publicidade tem sido apontada por inúmeros autores como sendo a principal causa por este problema global. Ao longo deste estudo, tivemos como objetivo analisar se existe algum efeito da publicidade na obesidade infantil, tendo em conta o estímulo ao consumo de grande variedade de alimentos com alta intensidade calórica, por via das estratégias de marketing. Para enquadrar este estudo, procuramos identificar o papel da publicidade na vida das crianças, nas atividades desenvolvidas nos tempos livres, a influência do estilo de vida nas atividades físicas, e por fim tentar perceber o papel que a publicidade, os tempos livres e o estilo de vida têm na obesidade infantil. A investigação apresenta-se como um estudo de caso exploratório qualitativo, onde foram utilizadas entrevistas estruturadas e não estruturadas individuais, bem como de grupo utilizando a técnica de Focus Grupo num infantário privado no concelho de Cascais. A amostra analisada contou com 12 crianças com idades compreendidas entre os 2 anos e os 5 anos, 10 encarregados de educação, entre eles 3 homens e 7 mulheres com idades compreendidas entre os 27 anos e os 45 anos. Foram incluídas ainda na amostra uma educadora de infância e a directora do infantário, o que permitiu estabelecer uma relação entre as diversas variáveis em estudo. Desta forma, foi possível chegar a resultados que nos indicaram em primeiro lugar, que as crianças nesta faixa etária estão expostas a um número muito elevado de mensagens publicitárias, e que a publicidade já faz parte integrante da sua vida. Percebemos ainda que alguns pais tentam controlar o número de horas de exposição à publicidade, na televisão, bem como os canais visualizados pelos filhos. No entanto não o conseguem, por eles estarem em contato com a publicidade através dos mais variados meios. Verificou-se deste modo que as crianças já conhecem muitas marcas, embalagens e as respectivas mascotes e que por isso solicitam a sua compra. A embalagem reforçou neste estudo a sua importância, uma vez que se apresenta em alguns casos como a grande atração no ponto de venda independentemente do tipo de produto. Relativamente aos tempos livres, existe um padrão de comportamentos onde as crianças praticam mais actividades no verão e aos fins-de-semana devido à disponibilidade dos pais, sendo que no restante período o sedentarismo é muito grande e que a exposição à televisão é muito acentuada. Os factores económicos, sociais e tecnológicos apresentam-se como os principais influenciadores relativamente ao estilo de vida. Como conclusão, consideramos que a obesidade nas crianças é multifacetada e que a publicidade não é o seu principal influenciador, é apenas mais um factor que poderá agravar a situação de muitas crianças quando não têm o devido acompanhamento familiar.
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O presente relatório recapitula as diversas etapas de um trabalho de projeto de investigação-ação, no âmbito do Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo e Motor. Com ele pretendeu-se elaborar uma investigação-ação numa turma do 1º ciclo de escolaridade onde dois alunos sentiam grandes dificuldades de integração. A rejeição e a indiferença em que viviam provocavam, consequentemente, grandes dificuldades de aprendizagens académicas. O foco principal deste trabalho foi o desenvolvimento da interação dos alunos, promovendo a troca de saberes pela entreajuda. Daí resultaram os sucessos escolares esperados dos dois alunos visados a que se juntou a dinamização de todos os alunos da turma e dos restantes intervenientes educativos, professores, técnicos, encarregados de educação e comunidade escolar na construção efetiva de uma verdadeira escola inclusiva. Valorizaram-se as diferenças como património comum. Na fundamentação teórica deste projeto abordam-se a educação inclusiva e suas respetivas estratégias, a aprendizagem cooperativa, as dificuldades específicas de aprendizagem, a inter/multiculturalidade e o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna como estrutura organizativa da intervenção. De seguida, é caracterizado o projeto e a situação inicial onde se interveio, referenciando o plano de ação implementado. As reflexões conclusivas evidenciam que trabalhar em cooperação permite progressos por parte de todos, tanto a nível das aprendizagens académicas como a nível da interação social.
Resumo:
O presente trabalho de investigação, que resulta de um estudo de caso realizado numa escola pública do 1º Ciclo na RAM, numa área suburbana do Funchal, pretende contribuir para uma análise/reflexão sobre a importância da influência do líder escolar no quotidiano específico do estabelecimento de ensino, bem como aferir da sua capacidade de influenciar e promover a participação dos pais num contexto escolar mais específico, isto é, numa sala do Pré-Escolar. Este trabalho procura questionar o sentido da influência da liderança na participação dos pais, encarando a escola e a família como actores educativos dotados de legitimidades distintas. Assim, torna-se pertinente questionar qual o sentido dessa influência quando se consagra a participação dos pais no contexto escolar. Simultaneamente, este trabalho assume-se como um olhar sobre uma realidade escolar e social, realizando uma reflexão em torno de uma experiência empírica conduzida no terreno e a sua correspondente análise. Os objectivos a atingir com o presente trabalho de investigação são: identificar a influência da liderança no envolvimento dos pais; identificar e analisar factores que favorecem ou não a participação dos pais no envolvimento escolar; definir algumas estratégias de intervenção no envolvimento dos pais na vida escolar. Deste modo, procuraremos ter em consideração, na interpretação dos dados: - verificar a opinião dos pais sobre o (s) modo (s) de participação dos mesmos nas organizações escolares; - aferir as diferenças significativas entre os pais, equipa disciplinar e líder escolar em relação à satisfação geral da participação dos encarregados de educação na organização escolar em estudo; - analisar o grau de satisfação dos encarregados de educação relativamente à facilidade de participação no contexto escolar dos seus educandos; - identificar os indicadores de maior satisfação dos pais em relação ao líder escolar; - verificar se existem diferenças significativas entre pais, equipa da sala e líder escolar, no que respeita aos motivos ou razões que justificam a participação activa ou passiva dos encarregados de educação na organização escolar; - apurar e comparar as opiniões sobre a participação de um grupo de pais na educação pré-escolar.A metodologia aplicada englobou inicialmente, pela sua natureza, algumas concepções fundamentais da literatura sobre a família e a escola e, simultaneamente, conceitos teóricos acerca do que significa líder e liderança (análise documental). Conscientes da importância deste cenário e tendo em conta os objectivos pretendidos, optámos pela elaboração e distribuição de questionários à equipa disciplinar (2), aos docentes das actividades de enriquecimento curricular (4), ao líder escolar (1) e aos encarregados de educação (23). Equacionando no total 3 questionários distintos, distribuídos pelo universo de 30 indivíduos, este instrumento revelou-se valioso, dado que a sua concepção contribuiu para o cruzamento da informação recebida. Registe-se que todos os questionários foram devolvidos. A avaliação dos dados sugere o grau de interacção dos pais e do líder escolar e a cumplicidade existente entre estes dois intervenientes em prol do sucesso educativo dos educandos, num ambiente que deverá ser harmonioso no seio da instituição, perspectivando igualmente a valorização de cada membro no meio escolar e no seio familiar. Sabemos que o sucesso de qualquer organização depende da equipa que a integra e como realça Katzenbach & Smith (1993), citado por Carapeto & Fonseca (2006), “pessoas com competências complementares que estão unidas por uma tarefa em comum, partilham dos mesmos objectivos…e são solidariamente responsáveis”. É sublime a importância da participação dos pais, reconhecendo-a como um direito e, sobretudo, como um dever na promoção do sucesso educativo dos seus educandos. Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, é reconhecido aos pais o legítimo direito de participar nas escolas, no entanto, verifica-se que, por vezes, esta operacionalização tem sido centrada exclusivamente nos líderes e gestores escolares. Torna-se pertinente que haja uma reflexão sobre a temática da democracia e a cultura de participação dos pais nas instituições escolares, exigindo cada vez mais o desenvolvimento de novas práticas de intervenção, para que, efectivamente, este assunto possa ser posto em prática, de uma forma mais eficiente, num clima de cumplicidade e harmonia. A realização deste estudo resulta fundamentalmente da necessidade de identificar os vários modos de participação dos pais, apontando directrizes no sentido de identificar o grau de satisfação, de envolvimento e motivação dos pais no meio escolar e, sobretudo, a influência do líder escolar face à incrementação efectiva de um modelo consistente de participação. Denota-se que, embora haja tendências participativas positivas, há ainda muito por fazer. Deparamo-nos com um cenário que evidencia o consenso na necessidade de promover a participação entre a escola/família. A escola nunca poderá ignorar...terá de inovar!
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Esta dissertação assume a modalidade de investigação e trabalho exploratório do tema estudo dos alunos. A investigação envolve um levantamento de dados, descrição de fenómenos complexos, compreensão de indicadores. Investigamos as opiniões, percepções, concepções, estratégias e práticas de estudo de 39 alunos do ensino secundário. As opiniões dos alunos são analisadas e comparadas com as dos seus professores e encarregados de educação. A motivação é saber como é que um professor do ensino secundário pode ajudar os alunos a estudar. O objectivo geral consiste em perspectivar o estudo em três turmas de alunos. O levantamento dos dados resultou da aplicação de três instrumentos, Questionário sobre os Hábitos de Estudo (QHE) (Madaleno & Beja, 2010), Inventário de Processos de Estudo – Secundário (IPE-S) (Rosário et al, 2008a; Paiva, 2007), Questionário Procrastinação no Estudo (QPE) (Rosário et al, 2008b; Costa, 2008). Quanto às conclusões ou resultados principais, alunos e professores concordam como as seguintes afirmações: os discentes tendem a estudar quando é urgente e importante; o estudo é importante; aqueles que estudam melhoram as competências; é benéfico aprender usando materiais semelhantes aos dos testes; algumas actividades de estudo são agradáveis; estudar nem sempre é desmotivante; resolver testes beneficia a aprendizagem; os professores devem falar com os alunos acerca dos TPCs. Alunos e professores discordaram quanto ao tempo que os discentes ocupam semanalmente a estudar, se as actividades de estudo duram meia hora, se há semanas em que os discentes não estudam, se os alunos seguem uma planificação, se estudam sozinhos, que só lêem os manuais e livros depois de assistirem às aulas, no eventual benefício das sessões de estudo breves ou prolongadas.
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Hoje em dia é cada vez mais frequente ouvir falar na necessidade de uma maior aproximação entre as Famílias, a Escola e a Comunidade, pois são as três entidades que estão presentes, não só, durante as primeiras aprendizagens, mas também durante grande parte da vida do indivíduo. Sabemos que neste mundo globalizado, no qual as mudanças acontecem a todo o momento, cada vez mais competitivo, as famílias têm visto o seu tempo com as crianças ser reduzido de dia para dia, facto este que tem feito com que esta entidade se veja, quase, na obrigação de entregar os seus “meninos” às escolas, lhes delegando certas responsabilidades. É, por isso, premente e necessário conhecer a realidade em que se vive, e explorar os factores que estão envolvidos nesta problemática, de modo a criar condições para que exista a possibilidade de criar e desenvolver novas estratégias para atrair os pais à escola. É também importante desmistificar esta relação para que os receios de ambas as entidades, face à participação e envolvimento, sejam superados. O presente trabalho será desenvolvido na rede de escolas públicas da Região Autónoma da Madeira, distribuídas pelos vários concelhos e, vai incidir sobre o Ensino Secundário. A finalidade primordial é a de conhecer a realidade da participação no Ensino Secundário nas escolas da RAM, ou seja, compreender de que modo acontece, quem a promove e quem está implicado. Para tal recorremos à aplicação de questionários a uma amostra construída através do processo de amostragem por conveniência. Os dados obtidos permitiram-nos concluir que na nossa região a colaboração e participação acontecem independentemente do estatuto sócio-cultural. Esta participação é, sobretudo, indirecta, acontecendo raramente nas tomadas de decisão. Por último concluímos que os Presidentes dos Conselhos Executivos são quem apresenta um discurso mais favorável à participação e colaboração dos Encarregados de Educação.
Resumo:
Este estudo procura compreender como a falta de profissionais do sexo masculino na educação de infância (cerca de 98,6% no ano lectivo de 2005/06 na Região Autónoma da Madeira) pode se repercutir nos modelos identitários que as instituições de educação pré-escolar proporcionam às crianças. Pretendemos conhecer como numa mesma organização algumas representações desfavorecem os homens no momento da tomada de opção para a entrada no curso de educador de infância, assim como, demonstrar trajectórias bem sucedidas no sentido de atenuar os estereótipos associados a uma profissão tradicionalmente feminina e contribuir para definir o seu lugar na educação pré-escolar. Deste modo, o nosso objectivo principal é reflectir sobre o modo como o género se apresenta, enquanto categoria decisiva na escolha da profissão de educador de infância, evidenciando através de exemplos empíricos como os estabelecimentos de educação pré-escolar ainda estão imbuídos de ideias e valores que social e culturalmente são considerados práticas femininas. Tais representações, associadas aos dois géneros, podem ser alvo de mudança se considerarmos que os homens são sujeitos decisivos neste processo de transformação de mentalidades. Procuramos, também, compreender de que modo a prática docente masculina é relevante para a formação da identidade de género da criança em idade pré-escolar, num contexto social em constante mudança, onde as relações de parentesco são feitas e refeitas constantemente, faltando a muitas crianças o referente masculino no ambiente familiar. Neste sentido, desenvolvemos um estudo de cariz qualitativo em três estabelecimentos de educação na RAM: dois infantários situados no meio urbano, sendo um deles privado e outro pertencente à rede pública e um estabelecimento pré-escolar localizado no meio rural. A investigação envolveu todos os intervenientes do acto educativo: encarregados de educação, educadores, educadoras, auxiliares de educação, directores de escola e crianças.
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Este estudo ambiciona compreender a relação família – escola, nomeadamente o envolvimento parental no secundário. Compreender esta relação implica recorrer a toda a complexidade do sistema educativo, compreender simultaneamente a relação escola – sociedade e repensar a própria definição de escola, o que passa por entender todos os envolvidos. Joyce Epstein (1995, 2001) propôs um conceito de envolvimento parental que engloba diferentes componentes que facilitam a compreensão desta temática. Este modelo objetiva envolver os pais, encarregados de educação, ou outros parceiros familiares no contexto escolar e familiar. A inexistência de estudos realizados nesta área relativamente ao ensino secundário tem vindo a declarar-se uma lacuna, uma vez que também nos anos de escolaridade mais avançados é crucial uma colaboração efetiva entre pais e professores, onde estes são os principais responsáveis pela motivação e orientação de um maior envolvimento parental, daí a pertinência desta investigação cujos objetivos centram-se na compreensão do envolvimento parental ao nível do ensino secundário, nomeadamente no que respeita às perceções dos diretores de turma e dos encarregados de educação, junto de uma amostra de 125 sujeitos de duas escolas públicas do ensino secundário da RAM. Este tipo de investigação quantitativa recorre a uma adaptação do Questionário de Envolvimento Parental na Escola desenvolvido por Ana Isabel Pereira(2002) de forma a ser utilizado em níveis de escolaridade superiores. Os resultados obtidos evidenciam que os pais possuem uma perceção de maior envolvimento quando comparado às perceções dos diretores de turma. Também características pessoais dos envolvidos (experiência profissional dos docentes, habilitações académicas dos pais) e o ano de escolaridade parecem influenciar as perceções sobre o envolvimento parental.
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As situações de bullying nos contextos escolares são um dos problemas sociais que têm vindo a ser objecto de estudo, um pouco por todo o mundo, demonstrando uma aproximação à própria realidade de cada contexto. Estes estudos têm permitido determinar a prevalência do bullying entre os alunos, as formas utilizadas, os espaços onde ocorrem com maior incidência e os que mais intervêm no bullying, mas compreender e medir o bullying é uma tarefa complexa, exigindo uma perspectiva sistémica no seu diagnóstico e compreensão. De modo a dar resposta às situações de bullying, têm sido desenvolvidos programas e projectos de intervenção com consideráveis evidências que podem ser eficazes na sua redução, quando consideram a realidade de cada contexto e quando envolvem todos os seus agentes educativos. O estudo de caso aqui apresentado, do tipo misto (qualitativo e quantitativo), tem como objectivo realizar um retrato abrangente do clima escolar, incluindo as percepções de todos os agentes educativos de modo a aferir a prevalência, formas, espaços onde ocorre, e intervenientes nas situações de bullying e violência. Participaram 523 alunos do 6º ao 9º ano de escolaridade, 227 do género feminino e 294 do género masculino, 77 professores, 24 funcionários e 42 encarregados de educação. As diferenças de género, idade e ciclo de escolaridade vão ao encontro dos estudos nacionais e internacionais, verificando-se que o Índice de Bullying aponta para 10,08% de alunos, sendo mais vítimas os dos 10 - 12 anos e do 2º ciclo de escolaridade, a forma de agressão mais predominante a física e verbal, diferenças no tipo de agressão em função do género e os locais onde ocorrem, com maior frequência, são à porta da escola, corredores e jardim. Estes resultados permitem obter um diagnóstico da realidade escolar, possibilitando desenvolver futuramente uma intervenção preventiva.
Resumo:
O objectivo central deste relatório é descrever a minha experiência profissional e as competências adquiridas no período compreendido entre os anos de 2007-2012. A primeira parte deste trabalho agrega o enquadramento teórico da atividade profissional, onde constam a história do badminton, o programa e organização curricular nos ensinos básicos e ensino secundário no ensino do badminton, a modalidade no desporto escolar na escola da Alapraia e a sua metodologia de ensino, assim como a necessidade da criação de um regulamento específico. Foi ainda feita a delimitação concetual entre o desporto federado e o escolar, e as suas principais diferenças e semelhanças assim como os protocolos firmados com a Federação Portuguesa de Badminton. A segunda parte incorpora uma reflexão sobre a atividade profissional onde é feito um relato da docência na disciplina de educação física nos últimos cinco anos, simultaneamente são definidos alguns conceitos teóricos importantes e necessários na atividade docente. O cargo intermédio de director de turma como elo de ligação entre a escola e os encarregados de educação dos alunos, promovendo desta maneira a interacção educativa da escola com as famílias, resolvendo assim situações pouco desejáveis. A ligação da escola ao desporto federado como espaço aberto à comunidade envolvente, permitindo desta maneira explorar todas as potencialidades existentes na comunidade. Assim o desporto escolar deverá assumir-se como um viveiro de potenciais desportistas de elevado nível, onde a sua passagem para o desporto federado mais do que necessária, será inevitável.Foi implementado um projecto de badminton na escola da Alapraia, o qual tem conseguido motivar os alunos, sendo o seu número já bastante elevado, garantido desta maneira a continuidade do núcleo ao longo dos anos. No entanto o desporto escolar não tem assegurado a sua existência para os próximos anos, pois, e mais recentemente no início de cada ano lectivo paira a incerteza na sua continuidade.
Resumo:
Nos últimos anos a arte tem sido associada à promoção da inclusão. O objetivo deste trabalho é analisar as perceções do impacto do grupo de Dança Inclusiva, Grupo Dançando com a Diferença, no desenvolvimento pessoal e na inclusão social dos seus elementos. No estudo participaram 20 sujeitos: 12 bailarinos (cinco bailarinos sem necessidades especiais e sete com necessidades especiais), cinco elementos que fazem parte da equipa técnica, e três encarregados de educação de bailarinos com deficiência mental. A recolha de dados foi realizada através da realização de focus groups junto de bailarinos, encarregados de educação e equipa técnica, e de uma entrevista individual ao Diretor Artístico. Os resultados apontam genericamente para perceções do grupo como agente facilitador da inclusão e de mudanças ao nível da aquisição de competências técnicas e artísticas, associadas ao desenvolvimento de competências sociais, permitindo perceber a dança também como forma de realização profissional e de inserção social.