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Resumo:
O Pensamento de Platão tem o encanto das estátuas de Dédalo: esvai-se pelos meandros do discurso, tão logo se pretenda travar com ele uma relação de domínio. A sua correta interpretação exige que se assuma a Polis como o lugar natural no qual emerge, como a limitação que ele se propõe superar remontando à Fysis e ao Ser. Fazê-lo importa em captar o movimento que lhe é próprio, partindo da questão sobre o ente e visualizando a resposta como o enunciado de sua essência, isto é, do eidos, e de seu fundamento, isto é, do Bem como nome próprio do Ser. Determinando o ente em sua essência, o eidos é a medida de toda a adequação, da episteme à Polis.
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Este artigo procura mostrar as dificuldades existentes para sustentar a interpretação dogmática de Platão e, a partir daí, indicar algumas reflexões sobre as relações entre dogmatismo, ceticismo e dialética.
Resumo:
Para que um discurso sobre o espetáculo do mundo transcendente seja acolhido como totalidade inteligível e coerente, urge desvencilhar-se da arbitrariedade do domínio de trêmulos contornos do sensível, esfera de opiniões apenas. É o que propõe Platão, na esteira das reflexões dos primeiros pensadores: para suprir deficiências que causam a elisão da realidade e transformar a linguagem num veículo de intelecção autêntica dos conceitos essenciais de um pensar filosófico, ele a coloca no centro de uma especulação rigorosa. Tal como seus antecessores Heráclito e Parmênides, Platão revela logofilia ao empenhar-se na construção de uma nova estrutura discursiva, diferente daquela do homem comum, desencadeando no campo da Filosofia uma revolução que se tornara indispensável: elabora um modelo fundador - princípio de uma ordem permanente propedêutica à construção de uma linguagem formal e abstrata - referente a entes que os homens, na maioria, por si mesmos não conseguem visualizar. Somente nela poderá reverberar a verdade universal das Formas que, ao emprestarem seus nomes à infindável série dos particulares sensíveis, os clarifica e lhes confere significação. Com as teorias que a partir das Formas desenvolve e expõe nos Diálogos, o filósofo visa induzir o leitor a preparar-se para operar, metodicamente, a conversão de sua alma ao plano desses seres ideais, supra-sensíveis, e apreender, assim, a realidade que tudo fundamenta e torna cognoscível.
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Não é objetivo deste estudo investigar os mitos que Platão supostamente inventou, e, sim, os que (na tentativa de interpretar a sua obra) foram inventados sobre ele: convicções que lhe foram atribuídas e que não são dele, mas de outras crenças que buscaram nas dele justificativa e amparo. Dois desses mitos são neste estudo analisados com maior destaque: um, aquele que diz que "Platão fez do corpo um inimigo da alma"; outro, que "Platão refuta a percepção sensível".
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Platão, ao tratar da negação no diálogo Sofista, afirma que sempre que enunciamos o que não é, não enunciamos algo contrário ao que é, mas algo diferente. A negação significa cada parte da natureza da diferença em antítese ao que é. Tal tratamento da negação resulta da necessidade de resolver alguns problemas colocados pelo eleatismo. Propõe-se indicar esses problemas e examinar o tratamento que Platão dá ao não-ser como diferença.
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A filosofia política que se desenvolveu no mundo islâmico, entre os séculos IX e XII, apropriou-se de conceitos da filosofia grega, principalmente de Platão e de Aristóteles. A República e as Leis, de Platão, e a Ética Nicomaqueia, de Aristóteles, foram os textos que fundamentaram as concepções políticas dos filósofos de expressão árabe, desde as virtudes a serem buscadas individualmente até a ideia do melhor regime político. Com base nos textos gregos traduzidos para o árabe, esses filósofos delinearam os objetivos da vida política e o modo como o regime político deveria ser estruturado para alcançá-los. A cidade ideal platônica é o paradigma a ser realizado. O tópico das qualidades essenciais ao soberano faz parte de uma longa tradição que remonta aos "espelhos dos príncipes" de origem persa; está presente também na tradição religiosa e no Direito islâmico. Dois grandes expoentes da filosofia de expressão árabe, Al-Fârâbî e Averróis, retomam o tópico das qualidades essenciais ao filósofo-rei, enunciado na República, e o adaptam a seu universo histórico¹.
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seguindo a linha interpretativa de Deleuze, em Diferença e repetição, o artigo apresenta como, em Aristóteles e em Platão, a diferença é definida desde a primazia da identidade e como Deleuze rompe com ela, ao definir a diferença em si mesma. A filosofia da diferença deleuziana se compõe a partir da apreensão da diferença como virtualidade positiva e imanente, constituinte da univocidade do ser. No mesmo movimento, ela comporta uma crítica a toda filosofia que busca subordinar a diferença à representação, como em Aristóteles, em que a diferença está submetida à quádrupla raiz da identidade, da analogia, da oposição e da semelhança. Apesar disso, Deleuze explicita a noção de não-ser sem negação presente no Sofista de Platão como testemunho da potência da diferença em subverter a distinção modelo-cópia, ali onde havia um empenho em subordiná-la aos poderes da identidade e da semelhança.
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No Teeteto, em uma tentativa de definir o conhecimento, Platão trata da unidade e da complexidade segundo um modelo de análise dos complexos em elementos simples não analisáveis. Wittgenstein, no parágrafo 46 das Investigações Filosóficas, cita esse argumento do Teeteto, introduzindo uma crítica à sua própria noção de objeto, no Tractatus. Nosso tema será um exame das noções de elemento e composto, apresentadas no Teeteto e retomadas no Sofista, tendo como horizonte a aproximação, feita por Wittgenstein, entre o objeto do Tractatus e o elemento do Teeteto
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Neste artigo, pretendo analisar como o Filebo de Platão retoma alguns tópicos específicos da dialética platônica, empregando-os a fim de entender como a alma cognitiva pode ser afetada por prazeres falsos, por opiniões falsas e por imagens falsas. Este estudo visa a criticar certas leituras modernas do platonismo, especialmente a teoria esoterista, baseada na doutrina não escrita de Platão, cujo escopo central estipula um revisionismo da teoria platônica das Formas, defendendo a emergência de uma nova ontologia, explicada por dois princípios, o Um e a Díada ilimitada do grande e do pequeno, concebidos, assim, como princípio formal e princípio material.
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Ao contrário daqueles que afirmam que Platão teria se baseado numa antiga fonte para desenvolver sua narrativa sobre Gyges (República, 359d-360b), este trabalho se propõe examinar a hipótese de que esta é, de fato, uma ficção baseada na narrativa de Heródoto (Histórias, I.8-14). Assim, pretende-se investigar o método utilizado por Platão para dar base ao seu argumento filosófico, analisando os pontos da narrativa platônica que divergem da de Heródoto e se esses pontos justificam tomarmos tal narrativa como uma ficção platônica, mais propriamente, um mito criado por Platão com uma função filosófica.
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N/A
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In his treatise, On Rhetoric, Aristotle argues that there are three species within an art of rhetoric, judicial, deliberative, and epideictic. Aristotle's threefold rhetorical art, which is based on the functioning of the soul toward justice, reveals the possibilities for persuasive speech found in the Nicomachean Ethics. Aristotle suggests that the soul and political life can be ordered according to reason through speeches pursuing justice, efficiency, and noble action. The relation between rhetoric and the soul also demonstrates how Socrates' rhetoric in Plato's Gorgias is based on an well-ordered soul, which is a just soul. In contrast to his own persuasion, Socrates demonstrates that the persuasive speech employed and taught by Gorgias, the rhetorician, is based on disorder and injustice. These two texts reveal that the intent of rhetoric is not separate from its practice. A study of the art of rhetoric, based on a study of the just soul and the good life, leads to the higher inquiries into politics and philosophy. Thus, political life and philosophy may benefit when citizens examine the nature of rhetoric, and subsequently, justice, within a community and within a soul.
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UANL