955 resultados para Imposto sobre valor adicionado
Resumo:
Nos últimos dez anos a gestão do conhecimento tem crescido em importância tanto no meio acadêmico como empresarial. Ainda que alguns permaneçam céticos, sua relevância para a competitividade das organizações tem se tornado cada vez mais um ponto de concordância nos dois ambientes, como uma resposta aos desafios sociais e econômicos impostos. Estes desafios impulsionam a gestão do conhecimento vista como uma disciplina interdisciplinar focada nos agentes e no seu ambiente, e no processo de criação, mapeamento e transferência do conhecimento, com o objetivo final de gerar vantagens competitivas sustentáveis. Apesar de muitos estudos específicos, ainda são poucos os trabalhos que buscam avaliar a adoção da gestão do conhecimento como abordagem ampla, quase como um novo paradigma gerencial adaptado à nova realidade econômica vigente, assim como são poucos os estudos que buscam avaliar o impacto na criação de valor de estratégias focadas no conhecimento. Este trabalho visa preencher essa lacuna, avaliando a adoção de práticas, conceitos e atitudes vinculadas à gestão do conhecimento em empresas de grande e pequeno porte criadoras de valor, através de estudos de caso. Para isso, o trabalho partiu de uma ampla revisão da literatura em torno do tema para definir um conjunto de práticas associadas ao conceito de gestão do conhecimento, dividido em seis dimensões: estratégia, estrutura, tecnologia da informação, cultura e pessoas, sistemas de suporte e processos. A partir deste levantamento, instrumentos distintos – questionário e roteiro de entrevista - foram elaborados para estudar as grandes e pequenas empresas. A pesquisa de campo só foi realizada após a validação do instrumento por especialistas na área, que avaliaram cada item com relação a sua total, parcial ou marginal associação ao conceito de gestão do conhecimento. Os resultados mostram que, independente do tamanho, as empresas criadoras de valor adotam muitas das práticas associadas a gestão do conhecimento em cinco das seis dimensões estudadas. Além destes indícios, o trabalho também contribui ao deixar um rol de mais de duzentos e trinta itens validados com relação ao conceito de gestão do conhecimento, que podem ser testados e aperfeiçoados.
Resumo:
O presente trabalho revela ¿ por meio de estudo de casos múltiplos em diferentes setores da economia brasileira ¿ quais as razões e as formas pelas quais Empresas Genuinamente Brasileiras desenvolveram o uso da identidade nacional em suas estratégias locais. Um fenômeno crescente na última década, percebido como tendência para o futuro imediato. Destarte, esta se apresenta como um compêndio ¿ ou soma de conhecimentos iniciais ¿ acerca deste tema. Serve então de base para a melhor compreensão das empresas brasileiras sobre esta estratégia emergente, para a qual a alcunha ¿Marketing de Identidade Nacional¿ foi concebida. Presta-se também para inspirar a necessidade de novas pesquisas ¿ especialmente com o consumidor brasileiro ¿, além de outros estudos acadêmicos que devem aprofundar este tema, com vistas a formar um corpo normativo que indique uma forma para obter vantagem competitiva única e sustentável em favor das empresas brasileiras enfrentando competição internacional no mercado doméstico.
Resumo:
Verifica-se hoje, no Brasil, a emergência de uma série de estudos, tanto no lado acadêmico quanto no lado governamental e empresarial, relacionados às aglomerações industriais, mais notadamente clusters e Arranjos Produtivos Locais (APLs). Contudo, a maioria destes se direciona a abordagens metodológicas qualitativas, deixando o aspecto quantitativo ainda pouco explorado. Outro fato também constatado sobre estes estudos é que poucos são aqueles que se direcionam a avaliar o desempenho das firmas localizadas em aglomerações industriais, em comparação com as não aglomeradas. Este trabalho teve como objetivo preencher parcialmente esta lacuna. Marcado por uma abordagem quantitativa, buscou-se avaliar como as firmas aglomeradas se desempenham economicamente em relação às não aglomeradas. Dado o aparente ganho de competitividade do setor de confecções brasileiro e a importância relativa na economia que este voltou a adquirir após décadas de decadência, as firmas deste setor localizadas no estado de São Paulo foram as escolhidas para a análise. Para alcançarmos este objetivo, foi utilizada uma base de dados secundários que, conjugada com informações relativas às aglomerações industriais existentes no estado de São Paulo, permitiu avaliar o desempenho das firmas de confecções através de medidas relacionadas ao conceito de Valor Adicionado. Contrariando as expectativas geradas pela revisão de literatura, foi constatada a ausência de evidências que confirmem que as firmas localizadas em aglomerações industriais se desempenhem melhor do que as firmas não aglomeradas. Opondo-se de forma mais intensa às expectativas, foi constatado que as firmas localizadas na cidade de São Paulo, região com a maior aglomeração de firmas do setor de confecções, possuem seu desempenho econômico prejudicado. Todavia, dado o caráter exploratório do estudo, os resultados não devem ser generalizados, ficando estes restritos às empresas componentes da amostra.
Resumo:
Esta tese procura investigar dois aspectos de Economia do Setor Público no Brasil: incidência fiscal e interações fiscais estratégicas. O tópico de incidência tributária é investigado em um contexto de transmissão do tributo, no qual carga fiscal e efeitos dos tributos sobre os preços são discutidos. O banco de dados utilizado inclui alíquotas do tributo estadual sobre bens alimentícios. Na primeira metodologia, identifica-se que a Carga Fiscal do consumidor no Brasil para os bens analisados é ao redor de 40%. Já o percentual remanescente corresponderia a Carga Fiscal da firma. Na segunda metodologia, resultados apontam que os preços reagem de forma incompleta a mudanças das alíquotas dos tributos. Ademais, o padrão de transmissão depende da direção da mudança fiscal: acréscimos e decréscimos das alíquotas dos tributos estaduais são repassados em proporções diferentes aos preços. Adicionalmente, são investigadas interações estratégicas na definição dos tributos, entre Estados e também entre Estados e Federação. Interações horizontais são investigadas para bens alimentícios. As estimativas sugerem que as interações apresentam efeito positivo, porém insignificante nas decisões tributárias. É provável que decisões tributárias dependam de características internas dos Estados. Já o último método investiga eventual competição vertical nos tributos entre Estados e Federação para cigarros e gasolina. Os resultados indicam que interações verticais são importantes no caso do cigarro, e interações horizontais importantes para gasolina.
Resumo:
A monografia apresenta uma análise global do Sistema Tributário Nacional, sob o prisma da repartição de recursos e de poder entre as três esferas de Governo, e uma análise mais específica do funcionamento do principal tributo estadual - o ICM - apontando suas principais distorções e seus efeitos na distribuição regional de recursos. O estudo da evolução do Sistema Tributário Nacional, dos fins do século passado até nossos dias, mostra uma tendência nítida de centralização de receitas e de poder tributário na união,bastante acentuada após a Reforma de 1966. A perda de autonomia dos Estados e Municípios em matéria de política fiscal teria sido o principal fator responsável por seu enfraquecimento financeiro e político, na medida em que mesmo os mefanismos de compensação concebidos pela própria Reforma como o sistema de participação nos tributos federais, acabaram ficando descaracterizados pelo , excesso de manipulações, ao arbítrio do poder central. Também no que se refere ao: ICM, a análise efetuada perrnite concluir que a excessiva centralização de decisões no Governo Federal, ao contrário de melhorar a eficiência do tributo, teria. contribui do para uma série de distorções em s~u funcionamento. A falta de uma definição política e normativa dos objetivos que se pretende com ele alcançar faz com que o imposto reúna hoje uma série de desvantagens, corno a redução da autonomia dos Estados, a interferência nos fluxos de comércio interno, e um insatisfatório sistema de distribuição de receitas no comércio interestadual. Neste último aspecto, análise empírica demonstrou que são substanciais as transferências interestaduais de ICM dos Estados importadores para os exportadores e que, na maioria dos casos, as transferências federais, através do Fundo de participação, não têm sido se quer capazes de compensar a redução da base tributária dos Estados mais pobres,representada por aquelas transferências .
Resumo:
O presente estudo de caso investiga a possibilidade de utilização de métricas de gestão de valor na análise econômica de projetos de investimento e, por consequência, objetiva auxiliar no processo de tomada de decisões acerca de investimentos. Para tal, o arcabouço teórico fundamenta-se na teoria de gestão baseada em valor e análises tradicionais de avaliação de projetos de investimentos. O objetivo é verificar a aderência entre as ferramentas tradicionais (VPL – valor presente líquido) e as novas, baseadas em valor (EVA - valor econômico agregado, CVA - valor adicionado base caixa), amplamente utilizadas para medir o desempenho empresarial.
Resumo:
Esta pesquisa pretende investigar, sob a perspectiva da Estratégia Empresarial, a lógica de negócios utilizada pela Montadora Toyota na constituição do Banco Toyota como agente de financiamento disponível à sua base de clientes. Em geral, há estudos e publicações sobre bancos de montadora e e, é claro, sobre as próprias montadoras, porém ambos são tratados e analisados de forma individual. Há poucos estudos e publicações abordando o assunto de forma conjunta, principalmente no campo da Estratégia Empresarial, área temática à qual esta dissertação se subordina. Trata-se portanto, de uma contribuição relevante para campo de pesquisa de Estratégia Empresarial, para as discussões que se proponham a relacionar, em termos estratégicos, as montadoras e seus correspondentes bancos. O estudo tem relevância para a economia brasileira, já que isoladamente a indústria automobilistica representa mais 18% do PIB industrial brasileiro, segundo dados da Anfavea. A pesquisa terá como ponto de partida a análise da relação entre a Montadora Toyota e o Banco Toyota, tendo como foco a análise de ações efetivas que contribuem para o aumento das vendas da Montadora. Pretende-se aqui também, contextualizar essa relação em termos da competição das montadoras entre si e dos bancos de montadora em relação aos bancos comerciais. A pesquisa será feita através da metodologia do estudo de caso, através da análise do Banco Toyota e da Montadora Toyota, por meio de entrevistas com profissionais da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), bem como executivos do Banco Toyota e da Montadora Toyota e também por meio de análise de documentos (relatórios internos e externos).
Resumo:
Após a evolução sofrida pelo Estado que nos tempos atuais, não tem mais aquelas simples funções que caracterizaram o Estado tradicional, ocasionando, inclusive, uma notável evolução no campo das finanças públicas o problema da discriminação de rendas também deixou de ser um simples problema de repartição de receitas tributárias. À parte o fato de que a discriminação de rendas não é uma preocupação exclusiva das federações, pois também os Estados unitários devem prover as administrações locais de recursos para que elas bem desempenhem suas funções administrativas, objetivos mais amplos do que o mero suprimento de fundos para os tesouros públicos levaram à necessidade de desenvolvimento de instrumentos mais sofistica, dos para possibilitar a ação do poder público em níveis mais adequados e desejáveis.
A criação de valor nos relacionamentos com fornecedores e clientes: um estudo no setor de embalagens
Resumo:
Esse estudo, ancorado nos pressupostos da Teoria dos Custos de Transação (TCT) e da Visão Relacional da Estratégia (RV), contribuiu para o entendimento do processo de criação de valor nos relacionamentos com fornecedores e clientes. A partir de múltiplas unidades de análise, foram estudadas quatro empresas do setor de embalagens, seus clientes e fornecedores, sob uma abordagem qualitativa de estudo de casos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, observação e documentos e foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo e do Process Tracing. Os resultados evidenciaram que o valor criado nos relacionamentos é composto por duas parcelas: o valor inicial, que se deve ao conjunto de competências individuais que as empresas depositam na relação e que são compartilhadas, e o valor adicional resultante da interação entre as empresas – valor criado pela relação. A segunda parcela do valor, foco desse estudo, ocorre por meio de processos/episódios, que possuem três etapas bem definidas: início, desenvolvimento e materialização. O início do processo é impulsionado por eventos que se relacionam a dois contextos típicos: necessidade da empresa cliente e inovação. A fase de desenvolvimento é direcionada por três mecanismos típicos: Alavanca, Vanguarda e Combinação. A etapa de materialização pode resultar em um produto, um processo, um serviço ou um ativo específico. A partir da interação entre essas possibilidades, o processo de criação de valor pode seguir diversos caminhos causais, resultando o diagrama proposto. No processo de criação de valor como um todo, a etapa de desenvolvimento é a mais importante, pois ela determina o nível e o tipo de confiança necessária, o risco envolvido e se haverá ou não o desenvolvimento de um ativo específico. Por conseguinte, essa decisão carrega importantes implicações competitivas. Além das contribuições teóricas no que se refere à identificação e explicação dos mecanismos de criação de valor, esse estudo contribuiu marginalmente para a compreensão do poder explicativo das teorias utilizadas e sua complementaridade. Enquanto a TCT explica o valor inicial criado nos relacionamentos e as modificações sofridas nas relações ocasionadas pelas transações, a RV possui elementos que contribuem para o melhor entendimento do valor criado resultante da interação entre as empresas ao longo do tempo. Os resultados encontrados abriram possibilidades para o desenvolvimento da Visão Relacional por meio de possíveis relações entre as fontes de vantagem competitiva. Governança e troca de informações são condições necessárias para o processo de criação de valor, sendo que elas podem assumir graus de importância diferentes. Complementaridade de recursos, na presença de confiança, gera um ativo específico. Ativo específico é, portanto, um resultado do processo de criação de valor. Finalmente, esse estudo ofereceu importantes contribuições práticas no que se refere ao entendimento das contingências e processos que podem gerar vantagem competitiva às empresas e os desdobramentos associados.
Resumo:
Este trabalho investiga como os controles de capitais praticados no Brasil através da imposição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos externos em 2011 e 2012 afetaram decisões em âmbito financeiro empresarial. As principais questões abordadas são: As empresas brasileiras com financiamento de curto prazo em moeda estrangeira investiram menos após a imposição do IOF sobre empréstimo externo? Elas alongaram suas dívidas em moeda estrangeira, ou seja, mudaram a composição, mas não o total de dívida? Elas reduziram a dívida externa total, aumentando a dívida doméstica? Para responder a essas perguntas, foi adotado o método de diferenças-em-diferenças. Os resultados encontrados sustentam que as empresas brasileiras que tinham passivos externos de curto prazo antes da adoção do IOF não diminuíram seus investimentos significativamente mais do que as empresas que não foram diretamente afetadas por tal medida de controle, nem alteraram mais a proporção de endividamento externo sobre dívida total. Não obstante, os resultados apontam para um maior alongamento das dívidas em moeda estrangeira.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo contextualizar as F&A ocorridas no Brasil no setor das telecomunicações e fundamentou-se numa análise qualitativa de 5 eventos recorrendo à metodologia de estudo de eventos e o seu impacto sobre o valor das ações. De acordo com os 5 eventos analisados, 3 apresentaram retornos anormais acumulados negativos e 2 eventos com retornos anormais positivos para ambas as empresas (adquirente e adquirida), pelo que podemos inferir que esses 3 eventos de F&A não geraram valor às firmas envolvidas.
Resumo:
Este trabalho busca compreender melhor as fontes de retorno de ações de valor e crescimento e os determinantes da convergência do indicador preço sobre valor patrimonial (P/B). Foram criados seis carteiras durante o período de 2001 a 2013, sendo elas classificadas de acordo com o seu múltiplo (P/B) e sua capitalização de mercado. O retorno divido entre dividendos e ganhos de capital, este foi dividido em: (1) crescimento do valor patrimonial, (2) convergência do indicador preço sobre valor patrimonial (P/B), devido a reversão de rentabilidade, crescimento e retorno esperado e (3) efeito drift. Também buscou-se determinar quais os principais fatores macro que afetam a convergência do indicador P/B. Foi realizada uma regressão linear múltipla utilizando como variáveis independentes a valorização do Ibovespa, PIB, juros reais, surpresa inflacionária e dummies (small, growth e value). A carteira big growth apresentou o melhor desempenho, seguido da carteira small value. O retorno de dividendos foi mais importante para os portfólios big em relação à small e para as carteiras value em relação às growth. Ao analisar o ganho de capital, verificou-se que o crescimento do valor patrimonial é maior para empresas growth, enquanto o efeito da convergência é mais importante para empresas valor. Verificou-se que o retorno do Ibovespa, surpresa inflacionária e o baixo valor de mercado influenciam positivamente a convergência do P/B. Já o pagamento os juros reais, PIB e a dummy growth influenciam negativamente.
Resumo:
Atualmente, uma das fontes de funding dos municípios brasileiros são os tributos pagos pelas empresas do setor de serviços e profissionais autônomos prestadores de serviços tributáveis. Estes tributos recolhidos são consolidados e disponibilizados em base de dados pela RAIS – Relatório Anual de Informações Sociais. A partir deste e juntamente com indicadores sócio demográficos, é possível analisar concentrações, tendências e uma possível guerra fiscal entre os municípios brasileiros. Este trabalho objetiva-se em verificar a existência de uma competição de taxas, migração de empresas e emancipação de municípios brasileiros. Desta forma foram desenvolvidos três modelos fundamentais. O primeiro consiste em verificar o tax competition nos municípios brasileiros, ou seja, visa analisar se há influência do imposto sobre serviço (ISS) dos municípios vizinhos no município em questão. O segundo aborda a migração de empresas, segundo a metodologia race to the bottom, estudando o comportamento das empresas em relação a benefícios fiscais. Por fim, o último modelo aborda a emancipação de municípios, analisando se municípios com altas cargas tributárias de ISS, em relação a seus vizinhos, se dividem em dois ou mais municípios, equalizando toda a região. Os resultados indicam a existência de tax competition nos municípios brasileiros e probabilidade considerável de emancipação de municípios com relação aos impostos sobre serviços dos municípios vizinhos. Porém, segundo os resultados obtidos, não é possível afirmar que existe migração de empresas devido a benefícios fiscais.
Resumo:
O relacionamento entre firmas vem sendo estudado como um fator que amplia os limites do valor criado pelas firmas individualmente, por meio da construção conjunta de benefícios que não poderia ocorrer caso o relacionamento não se estabelecesse. O valor total criado no nível da díade, que é capturado pelas partes, é o valor do relacionamento. Os benefícios obtidos transcendem as características financeiras da transação, podendo converter-se em outros aspectos da relação entre as firmas, tais como capacitação técnica, oferta de serviços, capacidade de inovação e reputação. Os recursos compartilhados e trocados entre as partes são fontes de criação de valor no relacionamento, mas originam-se de duas perspectivas diferentes. Eles podem pertencer previamente a uma delas, compondo um valor que é intrínseco, ou desenvolverem-se ao longo do relacionamento em si, resultando numa parcela de valor relacional. Neste contexto, este estudo propõe-se a investigar as diferentes características das partes que são fonte de criação de valor em um relacionamento, bem como analisar os aspectos que influenciam sua captura pelas partes. O estudo envolveu três etapas. A primeira, de cunho teórico, visou a explorar as dimensões do valor do relacionamento, no que se refere à sua definição e suas fontes. As duas etapas seguintes objetivaram testar empiricamente o efeito das fontes do valor do relacionamento na criação e captura de valor, por meio de uma survey transversal e um estudo de casos múltiplos. A perspectiva teórica que permeia o estudo é a Visão Baseada em Recursos, uma vez que ela pressupõe que os recursos das firmas produzem valor econômico que transcende os limites delas e é capturado por seus clientes e fornecedores. A abordagem ontológica é a do realismo crítico, a qual permite um melhor entendimento dos acontecimentos empiricamente observados. Os resultados contribuem para um melhor entendimento teórico sobre valor do relacionamento, uma vez que os construtos de valor intrínseco e valor relacional integram diferentes fontes de benefícios que podem advir de relacionamentos. A relação entre esses construtos e sua influência individual na captura de valor também trazem uma contribuição teórica ao estudo de relacionamentos comprador-fornecedor. As principais contribuições gerenciais dizem respeito ao fato de que é possível capturar valor mesmo que o relacionamento não seja colaborativo. Adicionalmente, os resultados enfatizam que as empresas deveriam explorar mais como fazer para extrair mais benefícios da outra parte e do relacionamento em si, em especial de fontes não-financeiras.