935 resultados para CHRONIC EXPOSURE


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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O período crítico de plasticidade do córtex cerebral é a etapa do desenvolvimento pós-natal do sistema nervoso onde os circuitos neurais são mais suscetíveis à mudanças influenciadas por informações oriundas do ambiente. No córtex pré-frontal de humanos, responsável pelas funções executivas, o período crítico de plasticidade estende-se desde o nascimento até o final da adolescência e início da vida adulta. Isto é definido, entre outros fatores, pelo amadurecimento das redes perineuronais, uma estrutura especializada da matriz extracelular, localizada em volta do corpo celular e dendritos proximais de interneurônios inibitórios. O objetivo desta pesquisa foi verificar o efeito do ambiente em etapas distintas da adolescência sobre a estrutura e a função do córtex pré-frontal de ratos e a distribuição da expressão espacial e temporal das redes perineuronais sob estas condições. As funções executivas foram avaliadas através de testes comportamentais medindo a capacidade de memória operacional e a inibição comportamental. Observamos que estímulos estressores crônicos imprevisíveis provocam alterações no período crítico de plasticidade do córtex pré-frontal e, consequentemente, influenciam o amadurecimento das funções executivas. Observamos também que o estresse crônico induz modificação no padrão de amadurecimento das redes perineuronais no córtex pré-frontal. Estes resultados indicam a vulnerabilidade do córtex pré-frontal de ratos adolescentes para os efeitos negativos de estímulos ambientais estressores sobre o período crítico de plasticidade.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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O mercúrio representa um grande risco ambiental e ocupacional constituindo um problema para a saúde humana na região Amazônica. Muito embora estudos tenham demonstrado que o mercúrio compromete vários tecidos e órgãos, os rins constituem-se órgãos-alvo para a toxicidade do metal. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de uma exposição crônica a baixas doses de metilmercúrio sobre o parênquima renal de macacos Cebusapella, machos, adultos, expostos durante 120 dias consecutivos com doses diárias via oral, de 1,5 μg na dieta. As concentrações de mercúrio total no sangue dos animais foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio (Hg 201), comparando ao grupo controle. O método utilizado para análise histopatológica foi a inclusão em parafina com coloração pela Hematoxilina e Eosina, Tricrômico de CAB e PAS. As investigações imuno-histoquímicas compreenderam as reações para a detecção de actina para musculo liso (IA4), actina muscular (HHF35) e pancitoqueratina (AE1 e AE2). Os resultados obtidos demonstraram que o tratamento com mercúrio causou diferença significativa (P<0,001) entre os grupos exposto e controle. Quanto aos níveis de Hg total, foram observadas alterações histopatológicas com características de hidropsia nos Túbulos Proximais, um achado comum na exposição ao metilmercúrio em outras espécies, sem alterações significativas nas concentrações de creatinina e ureia. O teste de correlação de Person demonstrou uma forte relação negativa entre a concentração de mercúrio e a perda de massa corporal dos animais (P<0,0001). Outro achado importante foi a diminuição do número de células mesangiais, o que sugere que o metilmercúrio executou a sua nefrotoxicidade atingindo não somente o sistema tubular renal, como também as células do mesangio glomerular, fazendo-se necessário um maior aporte de estudos experimentais para esclarecer qual o nível de alerta da concentração de mercúrio é capaz de desencadear mecanismos de agressão e injúria renal em indivíduos expostos ao metilmercúrio.

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O sistema nervoso central é vulnerável a ação de inúmeras substâncias, dentre estas se encontram as substâncias psicoativas, tal como o álcool etílico ou etanol, que é consumida pela humanidade há bastante tempo e está associado a uma gama de problemas médico sociais. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar as alterações neurocomportamentais e teciduais decorrentes da exposição ao etanol da adolescência à fase adulta sobre o hipocampo. Para isto, foram avaliadas 30 ratas Wistar, distribuídas em grupo controle e etanol, que ao completarem 35 dias de idade (adolescência) receberam, por gavagem, etanol na dose de 6,5 g/Kg/dia até completar 90 dias (fase adulta). Após esse período, os animais foram submetidos aos ensaios comportamentais do campo aberto, reconhecimento social e a esquiva inibitória e posteriormente perfundidos para avaliação tecidual através de processamento histológico por violeta de cresila. Foram coletadas e processadas secções de 50 μm, as amostras foram submetidas à coloração por violeta de cresila. Os resultados demonstraram déficit nos parâmetros analisados nos ensaios comportamentais, como comprometimento na deambulação natural do animal, no percentual no número de quadrantes centrais e tempo na área central o que sugere comportamento do tipo ansiogênico, aumento no número de levantamentos relacionado à atividade exploratória dos animais. Observou-se comprometimento no desenvolvimento de processos mnemônicos com diminuição na retenção de memória de curto e longo prazo, bem como na de reconhecimento social. Quanto ao tratamento histológico foi observado diminuição na densidade celular nas regiões CA1 e CA3 do hipocampo. Estes resultados indicam que a exposição crônica ao etanol da adolescência a fase adulta perturba aspectos comportamentais relacionados ao sistema límbico, no qual o hipocampo esta inserido.

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O uso de substâncias psicoativas é um dos maiores problemas da sociedade moderna, causando transtornos sociais, econômicos e à saúde do usuário. Em 2010, 26,4-36 milhões de pessoas utilizaram analgésicos opióides para fins não-terapêuticos, sendo a frequência de uso nocivo por profissionais de saúde, cinco vezes maior quando comparados a população geral, devido ao acesso facilitado. A prevalência no uso durante a gravidez apresenta taxas que variam de 1% a 21%, representando preocupação na sociedade, uma vez que os efeitos ocasionados no desenvolvimento do feto ainda não estão bem elucidados. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas neurocomportamentais de ratos adultos após exposição crônica à morfina, durante o período intrauterino e lactação. Ratas grávidas receberam durante 42 dias, via subcutânea, morfina 10 mg/kg/dia. A prole foi pesada nos dias D1, D5, D10, D15, D20, D30, D60, e os ensaios comportamentais realizados com a prole aos 2,5 meses de idade, os quais consistiram no modelo do campo aberto, labirinto em cruz elevado, nado forçado e rota-rod. Os resultados demonstraram que a exposição à morfina promoveu redução no ganho de peso da prole após o nascimento e inclusive após o desmame, aumento da locomoção espontânea das fêmeas, bem como aumento do comportamento do tipo ansiogênico e comportamento do tipo depressivo, independente do sexo, porém sem prejuízo motor associado.

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O mercúrio inorgânico é facilmente absorvido por ingestão ou via cutânea. Entretanto, uma quantidade relativamente pequena de Hg2+ atravessa a barreira hematoencefálica ou as membranas biológicas, sendo em ratos adultos, o transporte axonal retrógrado a única via para a absorção de Hg2+ por neurônios, apresentando um forte potencial neurotóxico. Desta forma, o presente estudo objetivou investigar os efeitos da exposição crônica ao cloreto de mercúrio em memória social e emocional de ratos adultos. Para isso utilizou-se ratos Wistar, machos (n=40), com 5 meses de idade, distribuídos em dois grupos, um dos quais foi exposto ao Cloreto de Mercúrio (HgCl2) via oral, por gavagem intra-gástrica (0,375mg/Kg), durante 45 dias. O outro grupo, denominado grupo controle (n=20) recebeu água destilada por gavagem. Foram utilizados os seguintes testes comportamentais: teste do campo aberto, teste de reconhecimento social para avaliação de memória social; o Teste do Labirinto em T Elevado (LTE) foi usado para avaliar o aprendizado do estado de esquiva e as memórias de curta e longa-duração. Após a finalização dos testes, os animais foram sacrificados para a dosagem do mercúrio total no hipocampo e através de um Espectrofotômetro de Absorção Atômica. Os resultados revelaram que os animais submetidos à exposição ao cloreto de mercúrio não manifestaram déficits em atividade exploratória. Nos dados do Teste de Reconhecimento Social, observamos que não houve alteração em memória social. No teste do LTE, o grupo exposto ao HgCl2 necessitou de um número maior de exposições para aquisição do critério de esquiva (p<0,05) e apresentaram latência maior no braço aberto do aparato (p<0,05). Após 24 horas, verificou-se que os animais expostos passaram menos tempo no braço fechado em relação ao grupo controle, sugerindo déficits de memória de longa duração. Ao observar apenas o grupo HgCl2, percebeu-se uma melhora no reteste, indicando preservação na memória de curta duração. Os dados de espectrometria de absorção atômica mostraram uma maior deposição de mercúrio no hipocampo de animais intoxicados, em relação aos animais do grupo controle.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Pós-graduação em Biociências - FCLAS

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Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia - FMB

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Background: The use of biomass for cooking and heating is considered an important factor associated with respiratory diseases. However, few studies evaluate the amount of particulate matter less than 2.5 mu in diameter (PM2.5), symptoms and lung function in the same population. Objectives: To evaluate the respiratory effects of biomass combustion and compare the results with those of individuals from the same community in Brazil using liquefied petroleum gas (Gas). Methods: 1402 individuals in 260 residences were divided into three groups according to exposure (Gas, Indoor-Biomass, Outside-Biomass). Respiratory symptoms were assessed using questionnaires. Reflectance of paper filters was used to assess particulate matter exposure. In 48 residences the amount of PM2.5 was also quantified. Pulmonary function tests were performed in 120 individuals. Results: Reflectance index correlated directly with PM2.5 (r=0.92) and was used to estimate exposure (ePM2.5). There was a significant increase in ePM2.5 in Indoor-Biomass and Outside-Biomass, compared to Gas. There was a significantly increased odds ratio (OR) for cough, wheezing and dyspnea in adults exposed to Indoor-Biomass (OR=2.93, 2.33, 2.59, respectively) and Outside-Biomass (OR=1.78, 1.78, 1.80, respectively) compared to Gas. Pulmonary function tests revealed both Non-Smoker-Biomass and Smoker-Gas individuals to have decreased %predicted-forced expiratory volume in the first second (FEV1) and FEV1/forced vital capacity (FVC) as compared to Non-Smoker-Gas. Pulmonary function tests data was inversely correlated with duration and ePM2.5. The prevalence of airway obstruction was 20% in both Non-Smoker-Biomass and Smoker-Gas subjects. Conclusion: Chronic exposure to biomass combustion is associated with increased prevalence of respiratory symptoms, reduced lung function and development of chronic obstructive pulmonary disease. These effects are associated with the duration and magnitude of exposure and are exacerbated by tobacco smoke. (C) 2011 Elsevier Inc. All rights reserved.

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PURPOSE: Investigate the morphological effects of chronic exposure to tobacco smoke inhalation and alcohol consumption on the lungs and on the growth of rats. METHODS: Sixty male Wistar rats were divided into four groups: control, tobacco, alcohol, tobacco + alcohol, for a period of study 260 days. Morphological analysis was conducted by optical and electron microscopy. Rat growth was investigated by measuring the snout-anus length, body mass index and body weight. RESULTS: The three groups exposed to the drugs presented lower growth and lower weight than the control group. The percentages of alveolitis, bronchiolitis and the mean alveolar diameter were greater, particularly in the groups exposed to tobacco smoke, but were not significantly different from the control group. Electron microscopy revealed more intense apoptotic and degenerative lesions in the smoking group, while degenerative lesions in the lamellar bodies were more intense with the association of both drugs. CONCLUSIONS: This experimental model showed morphological alterations observed by electron microscopy, principally due to tobacco smoke exposure. Alcohol and tobacco hindered the growth of rats, such that tobacco showed a greater effect on body length and alcohol on body weight.

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[EN] Global pollution has become one of the most important problems of the modern societies and pesticides play a major role among the chemical contaminants that are released to the environment every year. Organochlorine compounds have been widely used in the past all over the world as pesticides and some of them are still used for the control of vectors of infectious diseases. Due to their high lipophilicity, stability and resistance to degradation, most of them have been banned or strictly regulated but their levels remain high in the environment as persistent organic pollutants (POPs). Their presence in the environment leads to their introduction into the food chain, especially affecting food of animal origin with higher fat content. Due to their liposolubility, these substances tend to be bioaccumulated into the fat tissues of living beings along their entire lives, and to be biomagnificated across trophic levels in the food chain. Thus, the main human source of these pesticides comes from the daily intake of contaminated food from environmental sources. It has been established the role of many of the POPs as endocrine disruptors and even as carcinogenic agents, being thus considered as important risk factors for health. Moreover, chronic exposure to pesticides, even at very low levels, has been related with cancer, fertility problems, immunosuppression and other diseases. For this reason, it is important to know the level of POPs contamination and to identify the main sources contributing to it. Fish, meat and dairy products are the food groups with the highest levels of pollution. However, the residue levels vary by geographic area, and are influenced by several factors as food security policies, local pesticide use patterns, environmental practices, or the time when the study is conducted. Food habits, conditioned by different social and economic factors, as well as several biological factors (i.e. gender, sex and age), determine the levels of POPs exposure in the population. The purpose of this chapter is to give an overview of the dietary intake of environmentally persistent pesticides by the European population, and the potential adverse consequences of this exposure on human health.