941 resultados para Faculdade de Artes e Humanidades


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Ao longo dos tempos têm sido desenvolvidos vários esforços em prol do movimento da inclusão, implicando reformulações, por vezes acentuadas, ao nível da intervenção no âmbito educativo. Neste trabalho pretendemos reflectir sobre as práticas de inclusão, apresentando duas valências de intervenção existentes numa associação de arte inclusiva, ou seja, um programa de educação parental (Grupo Laços de Inclusão) e um grupo de dança inclusiva (Grupo Dançando com a Diferença). No primeiro caso temos a participação de um grupo de 16 pais (5 pais e 11 mães) de crianças/jovens (13 com e 2 sem necessidades educativas especiais) e no segundo caso temos um grupo constituído por 12 bailarinos (7 com e 6 sem necessidades educativas especiais). Descrevemos os diferentes módulos organizadores do programa de educação parental e a sua forma de implementação, bem como o funcionamento e organização do grupo de dança inclusiva. Referimos, ainda,os resultados preliminares sobre a contribuição destas valências à inclusão, comentando alguns dos dados recolhidos (entrevista e grelhas de avaliação) sobre a participação e a apreciação dos pais nas sessões de formação e analisando as percepções e motivações do público (inquérito) em relação a um espectáculo realizado pelo grupo de dança inclusiva.

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A intervenção vocacional aparece,inevitavelmente, associada ao trabalho do psicólogo escolar, constituindo uma referência importante da sua actividade profissional. Ainda que esta forma de intervenção se realize, diversas vezes, em grupo deve contemplar a individualidade e as características de grupos específicos. Com a realização deste trabalho pretendemos apresentar o programa de orientação vocacional “Para lá do 9º ano!” e reflectir sobre a sua aplicação, no 3º período do ano lectivo, junto de um grupo de alunos a frequentar o 9º ano de escolaridade numa Escola EB2,3. Este grupo é constituído por 14 alunos, que num estudo anterior, realizado quando frequentavam o 6º ano de escolaridade, foram sinalizados como alunos mais capazes, tomando critérios de avaliação ao nível da criatividade (TPCT), da cognição (BPR-5/6), da inteligência geral (TIG-1) e do rendimento académico (notas escolares). Seguimos uma abordagem mais qualitativa ao analisarmos as suas expectativas e crenças face ao desenvolvimento escolar e profissional, e ao caracterizarmos as suas preferências e o processo de tomado de decisão. A generalidade destes alunos pretende ingressar no Ensino Superior, optando por inscrever-se no Ensino Secundário em Cursos Científico-Humanísticos, mais precisamente em Ciências e Tecnologias. Terminamos, numa perspectiva de desenvolvimento de carreira, com algumas reflexões em relação ao percurso educativo destes alunos e da organização do sistema educativo.

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A identificação dos alunos sobredotados e talentosos implica a ponderação e a adopção de critérios e procedimentos de avaliação que permitam caracterizar com validade os alunos sinalizados. Nesse sentido, a necessidade de contemplar várias fontes de informação pressupõe uma certa complexidade no processo de identificação, sendo que o recurso a uma identificação multi-referencial permite o alargamento do número de alunos que poderá beneficiar de medidas educativas. O principal objectivo desta comunicação é analisar e reflectir sobre os critérios utilizados para a sinalização e a avaliação de alunos com altas habilidades. Procuramos comparar os desempenhos ao nível do raciocínio cognitivo (BPR-5/6 e BPR-7/9) e académico (classificações escolares) de um grupo de alunos identificado com altas habilidades, quando frequentavam o 2º ciclo (5º e 6º ano) [conjugando critérios de avaliação ao nível da criatividade (TPCT), da cognição (BPR-5/6),da inteligência geral (TIG-1) e do rendimento académico (notas escolares)], com os seus desempenhos em anos lectivos posteriores, quando frequentam o 3º ciclo (8º e 9ºano). Além disso, consideramos nesta análise a percepção dos Directores de Turma ao nível da sinalização dos alunos (BISAST-NP e IDT). Genericamente, os resultados sugerem que nem todos os alunos identificados apresentam um elevado rendimento académico nos anos escolares posteriores e que os professores revelam alguma dificuldade na sinalização de alunos com altas habilidades, sendo os resultados dessa sinalização discrepantes face aos resultados nas provas psicológicas.

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A Ilha da Madeira, rodeada pelo Oceano Atlântico, foi sempre um ponto estratégico de passagem de barcos, de diversos países, pelos mais variados motivos. O contacto com os tripulantes originou um crescente desejo de emigrar, de conhecer o que estava para além do vasto mar. Começaram a circular notícias sobre as facilidades de emprego noutros países que se estavam a desenvolver, como Brasil, Curaçau, África do Sul, Venezuela, bem como noutras partes do mundo. O trabalho na Ilha era árduo. O madeirense, cansado de trabalhar em terrenos de difícil cultivo e de transportar mercadoria às costas por caminhos íngremes e perigosos, deixou-se incentivar por estas notícias, que eram realçadas pelos engajadores. O ilhéu começou a olhar para a emigração como uma possibilidade de melhorar as condições de vida e de trabalho. As novidades do sucesso de outros conterrâneos na Venezuela motivaram os madeirenses. Depois de obterem a documentação necessária, nomeadamente a autorização consular (permisso) e o termo de responsabilidade ou carta de chamada, partiam para este país com o desejo de lucro. Começando, muitas vezes, a trabalhar por conta de outrem, os madeirenses, por serem empreendedores, rapidamente tornavam-se comerciantes. Dominaram e enriqueceram nas mais diversas actividades: padarias, snacks de sandes e sumos (fuentes de soda), mercearias (abastos), restaurantes, construção civil, agências de viagens, transportes colectivos, entre outras. A par da documentação histórica, há que considerar o tratamento literário da emigração para a Venezuela: a criação da imagem do país de acolhimento, do “outro”, o venezuelano, e do “eu” emigrante, o português, que se depara com uma situação existencial de diferença. A literatura recorre a aspectos relacionados com o ambiente sócio-cultural e com a época em questão: o casamento por procuração, a partida do homem que deixa a noiva ou a mulher em terra natal, as remessas enviadas pelos emigrados, a viagem no transatlântico Santa Maria, um dos mais prestigiosos navios da Companhia Colonial de Navegação, entre outros assuntos. Em suma, a literatura funciona como um espelho da realidade da história da emigração.

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O presente estudo procura saber o que pensam e sentem os professores, auxiliares da acção educativa de uma Escola Básica Integrada (EBI), da região de Viseu, sobre a problemática da implementação da Ocupação dos Tempos Escolares – Aulas de Substituição – no 2º Ciclo do Ensino Básico, implementadas pelo Despacho nº 17387/2005, postas em prática no ano lectivo de 2005/2006. Enquadramos esta temática nas tendências de mudança e de reformas vividas com intensidade desde o Estado Novo até à actualidade, dando destaque ao trabalho docente e à sua intensificação. Revisitámos também o funcionamento das aulas de substituição e os pareceres sindicais e das Associações de Pais, face a esta problemática. Através de uma metodologia do tipo estudo de caso, cujo locus concreto foi a mencionada escola, que permite o cruzamento do método qualitativo com o quantitativo, procurámos saber como funcionam as aulas de substituição, como se processam as actividades desenvolvidas neste âmbito, quais as dificuldades de implementação, bem como as suas vantagens e desvantagens. Concluímos, pelos dados coligidos, que a implementação das aulas de substituição, segundo o referido diploma, não foram postas em prática de forma pacífica, tendo acarretado múltiplas querelas, quer por parte do corpo docente, quer do corpo não docente, dado que as práticas destes actores têm sido marcadas pela falta de diálogo com o poder central. Assim, verificámos que da teoria (legislação) à prática (vida escolar) há um desfasamento, o que implica mais diálogo entre as partes integrantes, anulando-se a instabilidade no que respeita à estruturação e funcionamento das aulas de substituição, o que, por outro lado, veio pôr os professores no centro de grandes controvérsias, desvalorizando-se, desta forma, a profissionalidade docente, acrescida de um mal-estar na organização escola.

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Orientador: Ivo de Sousa Nunes

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Com esta investigação procurou-se aprofundar o conhecimento sobre o processo comunicacional que se estabelece entre a escola e a família ao nível do 1º ciclo do ensino básico, e mais especificamente descrever as práticas e apreender e compreender o significado que os professores conferem a essas práticas. Numa primeira fase foram inquiridos 132 professores do 1º ciclo do ensino básico do Funchal através de um questionário traduzido e adaptado (Montandon, 1989), através do qual se procuraram identificar as práticas de contacto individual e colectivo e as suas circunstâncias. Numa segunda fase promoveu-se a discussão em dois focus groups distintos de modo a compreender o significado que os agentes no terreno e os peritos em educação, quer na área governativa quer na área formativa, conferiam às práticas comunicacionais. Os resultados indicaram que os professores preferem os contactos individuais e informais com os pais, de quem têm em geral uma representação negativa, e cuja principal finalidade é o conhecimento da criança. O factor essencialmente diferenciador das práticas dos professores foi o tempo de serviço nas suas dimensões pessoais, profissionais e sociais. Neste contexto, a formação de professores, inicial ou contínua, é sublinhada como uma forma de promover a comunicação entre pais e professores.

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The infl uence of students’ sociocultural background on academic achievement is a well established fact. Research also points out that sociocultural background is related to students’ cognitive abilities and these have an effect on their academic achievement. However, the mediator role of cognitive abilities on the relationship between sociocultural background and academic achievement is less well known. A structural equation model that represents these relationships was tested in a sample (N= 728) of Portuguese junior high school students. Multigroup analysis of the model showed the importance of the cognitive ability mediation effect between sociocultural background and academic achievement in the 7th and 9th grades, but not in the 8th grade. This difference may be the result of the academic transition experienced in the 7th and 9th grades in the Portuguese educational system, which requires parents’ higher involvement in school.

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This study describes the reading comprehension processes present in the most widely sold textbooks at the fourth grade level in Portugal and discusses how they compare to international assessments of reading literacy. We adopted the Progress of International Reading Literacy Study framework to categorize the questions in the textbooks. Our analyses revealed that they focus heavily on the retrieval of explicitly stated information to the detriment of higher level comprehension skills. Portuguese fourth grade textbooks rarely challenge students to make connections between their knowledge and the ideas in the texts and to adopt a critical and evaluative reading stance. This is in sharp contrast to what students are asked to do in the Progress of International Reading Literacy Study, conducted every five years since 2001, and it may help explain the poor results Portuguese students have in national assessment and in PISA. The findings are discussed in light of the curriculum frameworks currently adopted in Portugal and suggestions are made as to how we can improve reading literacy achievement.

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O papel do futuro no comportamento actual dos indivíduos, em particular dos jovens, tem sido alvo de atenção ao longo do tempo, destacando-se aquele que tem vindo a ser um efeito consistente de associação entre, por um lado, a perspectivação e a construção de planos de futuro – expressados pelo conceito de perspectiva temporal de futuro (PTF) – e, por outro, a expressão de comportamentos adaptativos, que contribuem para uma maior adaptação ao meio. Dois dos contextos de estudo em que essa relação é mais abordada são os da educação e da saúde, este último especificamente ao nível da promoção de comportamentos saudáveis e da prevenção de riscos. Tendo em conta estes dois contextos, o presente trabalho pretende sistematizar e discutir um conjunto de dados, resultantes de vários estudos, e que se consideram relevantes para a evidenciação dessa relação.