1000 resultados para educadoras leigas práticas pedagógicas sociais
Resumo:
práticas educativas inclusivas da aprendizagem da Matemtica, numa sala de aprendizagens funcionais uma investigao de natureza predominantemente qualitativa, o tipo estudo fundamentado nos pressupostos de investigao/aco. Pretende compreender de que modo as aprendizagens funcionais com carcter transversal, so facilitadoras no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, na rea curricular da Matemtica. Objectiva a identificao de estratgias pedagógicas a operacionalizar pelo docente, formulando-se questes de investigao: Quais as estratgias utilizadas pelos alunos com Sndrome de Down na resoluo de situaes problemticas no mbito da rea curricular de matemtica? Que procedimentos a adoptar com vista a melhoria das estratgias na aprendizagem da matemtica? Constitui-se como enquadramento de referncia uma pesquisa bibliogrfica, clarificando noes e conceitos, os quais, sustentam a anlise de dados. Metodologicamente, assenta na investigao-aco, combinando e articulando tcnicas de pesquisa como a observao naturalista, anlise documental e entrevista. Com vista ao tratamento da informao recolhida, a tcnica utilizada para a sistematizao e categorizao dos dados assentou na anlise de contedo. O estudo decorreu numa escola de ensino bsico 2/3 e o corpus da investigao emprica constitudo por 2 alunos com Sndrome de Down, 2 professores de Educao Especial que leccionam numa sala de aprendizagens funcionais. Verificou-se positividade entre a utilizao dos procedimentos apontados pelos entrevistados e das actuaes orientadoras da interveno no desenvolvimento de raciocnio nos alunos.
Resumo:
A incluso apresenta-se como um novo paradigma social que obriga a uma organizao social flexvel e funcional, assente no respeito por si e pelo outro e numa construo em permanncia que faa sentido para cada um no contexto scio cultural em que se insere. Educar, incluindo, misso da sociedade em geral e da escola em particular. Aprender e ensinar, incluindo, desafio para todos e utopia para muitos. Pretendemos, com este artigo, meter as mos na massa, exemplificando e refletindo, para que possamos fazer do aprender e ensinar, incluindo, uma utopia realizvel. Fomos buscar um trabalho de projeto desenvolvido em sala de aula, no mbito do mestrado em Educao especial e, atravs dele, mas tendo como pano de fundo muitos outros que foram desenvolvidos segundo os mesmos princpios e preocupaes, damos conta do como se pode tirar partido da diversidade do grupo e ganhar em termos acadmicos e sociais. Pelos resultados obtidos, podemos afirmar que experimentar novos/ outros modelos de atuao em sala de aula e na escola, refletir sobre a ao, para a validar e a tornar sempre mais eficiente, numa perspetiva de construo de mais e melhor conhecimento, torna o ensino e a aprendizagem mais eficazes e motiva sobremaneira os seus intervenientes.
Resumo:
O tema deste trabalho a (in)disciplina em contexto de sala de aula, colocando - se o enfoque nas representaes alunos do 3 ciclo, pais e professores sobre esta problemtica e as suas percees sobre o tipo de ocorrncias e causas. Este estudo de caso procura um entendimento da indisciplina, reconhecendo-se a existncia de uma mirade de fatores subjacentes a este conceito, cruzando diferentes olhares da psicologia, sociologia e pedagogia. O conceito de indisciplina definido com referncia ao conceito de disciplina traduzindo um comportamento disruptivo que emerge na relao pedaggica. A construo da relao interpessoal entre professor/aluno e a gesto do comportamento dos alunos assegura a manuteno de um clima que permite a efetividade do processo ensino aprendizagem. Realiza-se uma abordagem numa perspetiva conceptual, procurando-se o conhecimento e natureza do conceito, a identificao das causas centrados no aluno desde as suas caractersticas psicolgicas, scio econmicas, de contexto familiar e culturais, as causas centradas no professor e na organizao escolar, bem como as causas sociais que influenciam a ocorrncia de (in)disciplina. Explanam-se formas de gesto e resoluo de comportamentos disruptivos, atendendo a diferentes e possveis abordagens. Efetua-se, numa perspetiva emprica, na tentativa de compreender o impacto da interao pedaggica na ocorrncia de atos disruptivos, a anlise e interpretao de dados obtidos por triangulao de mtodos, a partir de uma populao de alunos de 3ciclo, professores e pais, permitindo uma reflexo e confrontao sobre as representaes destes atores e as realidades observadas.
Resumo:
Tem sido difcil alcanar posies consensuais na definio da importncia do papel da animao sociocultural e do seu contributo para o desenvolvimento de toda uma comunidade, atravs das suas práticas e metodologias especficas. A cooperao, entre bibliotecas escolares e municipais, tem sido pouco explorada, estudada e at valorizada. Os problemas de desenvolvimento de práticas de animao dentro destas bibliotecas uma questo que merece toda a ateno em proveito do aumento da coadjuvao ativa entre estas instituies documentais, onde urge cada vez mais no s o trabalho de tratamento documental, mas tambm o trabalho para os utilizadores numa tica de desenvolvimento de atividades e projetos de diversos tipos de animao, em contextos especficos onde estes espaos se inserem. Este trabalho de investigao sobre práticas de animao do livro e da biblioteca numa perspetiva de cooperao entre bibliotecas escolares e municipais incide no estudo de caso de trs bibliotecas escolares e uma biblioteca municipal, no Municpio de Cmara de Lobos, ilha da Madeira, local onde a mestranda desempenhou, no passado, funes de animadora sociocultural como licenciada na rea, tendo desenvolvido, atravs de metodologias e práticas de animao, competncias sociais, culturais e educativas, nos espaos bibliotecrios e seus respetivos utilizadores. Assim, com esta investigao, pretende-se apurar se existem práticas de cooperao desenvolvidas nas bibliotecas em estudo e qualific-las; recolher informao pertinente relativa investigao levada a cabo e obter opinies sobre o papel dos profissionais de animao de bibliotecas; conhecer o impacto do trabalho desenvolvido pela investigadora no passado, nestes espaos de biblioteca. A metodologia de investigao consistiu na realizao de entrevistas orais semiestruturadas e na anlise dos planos de atividades e relatrios anuais das bibliotecas de objeto de estudo. As principais concluses/resultados verificam-se no sentido amplo da cooperao entre bibliotecas municipais e escolares, baseadas basicamente, na existncia das práticas de animao, deixando estas muito ainda por desenvolver e explorar nos espaos em estudo.
Resumo:
Este ensaio, baseado em pressupostos da obra de Paulo Freire, prope-se a discutir a pedagogia latino-americana e a produo de conhecimento numa perspectiva de superao da colonialidade pedaggica. A primeira parte deste estudo se dedica a situar as práticas educativas de carter emancipatrio na Amrica Latina no contexto pedaggico atual, em movimentos sociais e na universidade, buscando identificar algumas de suas principais marcas. Em seguida, detm-se na recuperao de elementos da memria em torno da idia de colonialidade e a superao da mesma na e com a educao. Por fim, apresentam-se algumas contribuies do tensionamento entre a colonialidade e a insurgncia para a pedagogia latino-americana: a) no dilogo horizontal entre conhecimentos em busca de metodologias prprias; b) como territrio de resistncias ou movimento de lugares e tempos diversos; e, c) na busca da latinidade negada ou o aprender nas fronteiras. Jos Mart, Simn Rodrguez e os zapatistas so algumas referncias na busca pela memria pedaggica latino-americana e interlocutores privilegiados na problematizao desta pedagogia que se compreende um processo aberto, onde superar a colonialidade a partir das tenses produzidas nas insurgncias pedagógicas significa antecipar, ensaiar, as possibilidades emancipadoras, endgenas e autnticas.
Resumo:
Na atual conjuntura de mercado, em que fatores, como recesso, comoditizao de produtos, transformao do varejo, proliferao de mdias, concorrncia acirrada, muitas vezes, predatria, torna-se cada vez mais difcil para as empresas encontrar diferenciais competitivos sustentveis. Destarte, como reflexo dessas presses econmicas competitivas e alteraes sociais bem como culturais, esto sendo foradas a se fazerem mais orientadas para o mercado e mais responsveis com o cliente. Ao considerar o mercado industrial (B to B), que produz bens e servios utilizados na produo de outros bens e servios por outras organizaes, o papel da venda pessoal vem sendo ampliado. O profissional de vendas desse setor muito mais consultor de negcios do que vendedor. Espera-se de tal profissional a soluo de problemas, portanto, este deve focar na construo de relacionamentos duradouros com os clientes. Registre-se que, em relao ao gerente de vendas, a expectativa a mesma. No Brasil, vrios profissionais de vendas foram promovidos ao cargo de gerente pelo sucesso obtido como vendedores, muitas vezes, com pouca ou nenhuma formao especfica, antes de assumirem a funo. Os objetivos desta pesquisa foram identificar e analisar quais tarefas, dentre as preconizadas pela teoria da administrao de vendas, esto presentes na gesto de vendas das empresas fabricantes de tecido ndigo, no Brasil, um mercado constitudo por treze empresas. Como parmetro desta avaliao, realizou-se um levantamento de campo, de natureza exploratria, em trs fases, a primeira e segunda, quantitativa, por meio de entrevistas estruturadas; a terceira, de natureza qualitativa, por meio de entrevistas pessoais com gerentes de vendas de seis empresas do setor, o equivalente a 78,7% do mercado pesquisado. Constatou-se que, quanto aplicao das tcnicas gerenciais, no h uniformidade na atividade de administrao de vendas das empresas pesquisadas. Tambm no se pde afirmar que os resultados de faturamento estejam apenas relacionados s práticas de gesto em administrao de vendas, embora haja fortes evidncias nesse sentido.
Resumo:
o tema desta pesquisa so concepes e práticas de iniciao sexual-afetiva de jovens moradores de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador (Brasil). O meu objeto de anlise so representaes sociais destes jovens entrevistados acerca de suas experincias afetivas, amorosas e/ou sexuais, a partir de suas narrativas sobre sua primeira experincia amorosa. Entendendo que os significados que estruturam e so atualizados nas relaes afetivas e nas práticas sexuais dos jovens so fornecidos pela cultura, investiguei em que medida as relaes de gnero e os diferenciais dados pelo pertencimento a diferentes segmentos sociais (popular ou mdio/alto) determinam diferenas nas representaes destes jovens acerca da sexualidade. As principais concluses apontam para a existncia de sistemas de significados sexuais diferenciados, em primeiro lugar, pelas relaes de gnero e, em segundo, pelo segmento social. Mulheres e homens falam de suas relaes amorosas e de sexo de maneiras distintas: os discursos femininos centram-se na contextualizao afetivo-romntica de suas relaes, enquanto os discursos masculinos enfocam a capacidade tcnica-corporal para o desempenho do ato sexual. O material aqui analisado constitui uma parte dos dados oriundos de uma etapa qualitativa de um projeto de pesquisa intitulado "Gravidez na Adolescncia: Estudo Multicntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reproduo no Brasil" (G,RAVAD) desenvolvido pelo IMS-UERJ, MUSA-UFBA e NUPACS-UFRGS.
Resumo:
A questo ambiental uma expresso que tem na flexibilidade sua maior fora, com uma grande riqueza simblica e capacidade para provocar mobilidade social a partir de sua discusso. Mas qual o verdadeiro sentido que esta tem para os agricultores? Como entendem esta questo ambiental to mencionada, particularmente pelos mediadores tcnicos? O presente trabalho objetiva entender a questo ambiental analisando o lugar que a natureza ocupa na organizao dos Sistemas Produtivos dos agricultores do Assentamento de Viamo, guas Claras, no Rio Grande do Sul. O lugar que a natureza ocupa estima-se a partir de parmetros como a avaliao dos Recursos Naturais que realizam, como escolhem suas atividades e as tcnicas que utilizam, sua posio em relao a uma agricultura diferente, rea de Proteo Ambiental, tecnologia. Agruparam-se os agricultores segundo a manifestao ou no de sensibilidade ambiental. A primeira constatao foi que o lugar que ocupa a Natureza na prtica diferente ao que ocupa no discurso. A partir das posies dos agricultores, se conformam os Pacotes interpretativos analisados como as interpretaes da questo ambiental dos diferentes grupos. Analisa-se a situao como uma arena especifica, na qual as aes e discurso dos atores presentes influenciam-se mutuamente. Entre as concluses, destaca-se o predomnio da propriedade como a principal relao com a natureza. O que se reflete na presena de duas Naturezas: a prpria e a que conforma o meio ambiente. Por sua vez, a Natureza ocupa um lugar no discurso e outro na ao. Por ltimo, no existe uma relao linear (uma determina seguinte), entre as práticas agrcolas, as estratgias e o discurso, pelo contrrio, tm determinantes comuns, como estrutura objetiva, subjetiva e trajetria social. Alm disso, apresentam uma forte interdependncia.
Resumo:
O presente trabalho tem a pretenso de verificar as práticas cooperativas que se fazem presentes em agricultores familiares da regio do Vale do Rio Pardo - RS que vm gradativamente abandonando a cultura do fumo, intensiva em insumos qumicos, e inserindo suas propriedades rurais numa lgica de produo ecolgica e sustentvel, priorizando a diversificao de culturas. Como alternativa de viabilizao da nova atividade foi criada a Cooperativa Ecovale. O trabalho analisa a organizao desses agricultores que esto vendo na cooperao o vetor para a conquista da sustentabilidade. O trabalho apresenta o seguinte objetivo geral: analisar as práticas sociais cooperativas dos scios cooperados da Cooperativa Ecovale que esto contribuindo para que esta organizao torne-se sustentvel. Utiliza-se como referencial terico os conceitos de desenvolvimento sustentvel, da cooperao e do cooperativismo e como mtodo de pesquisa o estudo de caso na Cooperativa Ecovale. Os mapas de associaes de idias foram utilizados como tcnica de anlise dos dados, o que possibilitou a obteno dos resultados da pesquisa. Verificou-se que as principais práticas cooperativas existentes nos scios cooperados esto baseadas fundamentalmente na unio, no trabalho conjunto, no aprendizado que vem sendo realizado em grupo, na ajuda mtua e na interao dos produtores com outros grupos de produtores ecolgicos. Este conjunto de comportamentos e atitudes por parte dos produtores configura-se como o principal pilar de sustentao da organizao cooperativa, lanando as bases para a conquista da sustentabilidade da mesma.
Resumo:
Esta pesquisa teve por objetivo investigar as práticas musicais extra-escolares de adolescentes que freqentam ensino mdio na cidade de Londrina/PR. Utilizando metodologia de survey, com uma amostra estratificada de 364 estudantes, procurou-se identificar regularidades e diferenas nas práticas musicais dessa populao, a qual foi constituda a partir de uma estratificao por sexo e por diferentes nveis de status econmico. A partir da anlise dos dados recolhidos atravs de um questionrio auto-administrado com maioria de questes fechadas, descreve-se os hbitos musicais dos adolescentes pesquisados, em relao quantidade e assiduidade das práticas de fruio e produo direta de msica, bem como so identificados os lugares e recursos por eles utilizados para desenvolv-las. A anlise dos dados revela que a acessibilidade a determinados recursos e/ou práticas tende a evidenciar ndices diferenciados de fazeres musicais realizados pelos diferentes estratos sociais. Revela ainda que, entre os diferentes estratos, existem similaridades nos ndices de execuo de algumas práticas, a exemplo do canto, e diferenas acentuadas em outras, como no caso da execuo instrumental. A partir da anlise da totalidade dos dados recolhidos, pode-se confirmar a intensa assiduidade com que a msica praticada pelos adolescentes fora do ambiente escolar, seja atravs de sua fruio, seja atravs de sua execuo ou criao.
Resumo:
Extenso Universitria Concepes e Práticas o resultado de um trabalho de pesquisa cientfica centralizada nas dimenses atuais das atividades de extenso desenvolvidas em trs universidades gachas. Representa um esforo reflexivo na busca de conhecimentos do significado que a extenso vem assumindo junto aos fins da universidade, o papel que ela cumpre diante das perspectivas de transformaes das relaes universidade e sociedade e das polticas publicas para o ensino superior. A universidade, que sempre se manteve sensvel s circunstncias histrico-sociais, percebe a necessidade de criar formas de procedimentos que possibilitem sua presena ativa no meio no qual est inserida, o que implica em fazer muito mais do que formar e investigar. O desafio que as funes de formao e investigao tenham um carter mais social e que a produo de conhecimentos tenha por base parmetros com dimenses coletivas, comunicacionais, cientfico-tecnolgicos e, ao mesmo tempo, humansticos. A extenso universitria, que uma dimenso nova da universidade, insere-se nesse processo com configuraes diferentes, dadas pela realidade institucional. O presente trabalho nos mostrou que, no obstante as diferentes perspectivas e criticas, a extenso, gradativamente, vem se esforando para delimitar seu espao no universo acadmico da universidade. As concepes sobre sua funo so bastante idealistas e as experincias frgeis e fragmentadas. Nas diferentes expresses recolhidas, em documentos e falas, porm, percebe-se um esforo em garantir uma identidade para a extenso, que tenha uma eqidade com o ensino e a pesquisa, com polticas de custeio bem definidas. A nossa tese que embora a extenso tivesse ganho uma maior importncia neste momento de dilogos sobre a construo de novas esferas pblicas, de fortalecimento da sociedade civil e da cidadania, ela no vem tendo uma valorizao eqitativa ao ensino e a pesquisa. A universidade pode construir formas de participao disso, mas no pode fugir de seus padres acadmicos e isso sua grande dificuldade: sustentar, na extenso, parmetros de ao que sejam prprios de instituio universitria. Nas universidades gachas, estudadas aqui: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Catlica de Pelotas, no h correspondncia entre as concepes e as praticas de extenso, devido, no s, as suas configuraes diferentes de instituies pblicas, confessionais e comunitrias, mas tambm, pela impossibilidade de se enquadrar extenso, que fim e no meio, no mundo acadmico de uma forma equnime ao ensino e a pesquisa.. A extenso no tem se articulao com o ensino e a pesquisa, ou ao menos, no existe uma maneira de aferir sua contribuio. Ela tem uma funo de complemento.
Resumo:
Este trabalho tem como tema a juventude. Prope-se discutir os processos educativos dos jovens da cidade de Santo Antnio da Patrulha, em grupos de msica e religio. Tendo como foco dois jovens integrantes de uma banda de hardcore e duas jovens de um grupo da Pastoral da Juventude, procura analisar as experincias dos jovens no grupo, dando visibilidade aos processos educativos e as relaes com outras instncias sociais como a escola, famlia e trabalho. Significa discutir que existe um educativo para alm do escolar. Dirio de campo, observao, entrevistas individuais e coletivas foram estratgias importantes usadas na pesquisa. Autores como Alberto Melucci e Marlia Sposito constituem as principais referncias tericas deste estudo. A investigao aponta que a imagem que esses jovens colocam em questo a juventude vista como um tempo de quem no sabe ainda o que quer. Nesta aproximao, foi possvel perceber que os conflitos e as incertezas existem entrelaados com projetos de vida. Nutrem sonhos que expressam o desejo de serem tratados com mais respeito pelas opes que fazem. Denunciam o preconceito como um aspecto que os afasta de outros grupos, do mundo adulto e de uma participao mais ativa na cidade.
A ao governamental e as empresas de pequeno porte: práticas gerenciais no municpio do Rio de Janeiro
Resumo:
A importncia e a contribuio das empresas de pequeno porte para o desenvolvimento do pas so argumentos suficientes para que esse segmento empresarial seja considerado e tratado como estratgia de poltica pblica. No Brasil as dificuldades e os entraves para que os pequenos negcios produzam resultados de poltica esto expressos, sobretudo, na conceituao de pequeno porte, na forma de tributao e nos encargos sociais. Para vencer essas limitaes e sobreviver os pequenos empresrios adotam práticas gerenciais que visam sistematicamente burlar o fisco, trazendo conseqncias desfavorveis empresa. Práticas tais como a utilizao de caixa dois e o pagamento de salrios sem o devido registro so amplamente aplicadas nas pequenas empresas que preferem se expor ao risco da fiscalizao do que cumprir os requisitos definidos na legislao. Para reverter esse quadro, o posicionamento estratgico do governo face aos pequenos negcios deveria contemplar aes de incentivo a criao e desenvolvimento de uma classe empresarial, de melhoria da capacidade gerencial, de simplificao da legislao com reduo da carga tributria e de assimilao de mo de obra excedente no mercado de trabalho.
Resumo:
O Centro de Porto Alegre (Brasil) caracteriza-se pela presena de vendedores de rua desde o sculo XVIII. Hoje, contudo, essa forma de comrcio informal assume propores extraordinrias, constituindo-se um fenmeno global relacionado produo e comercializao de pirataria, consumida generalizadamente em todas as camadas sociais. O universo desta pesquisa so os camels e sacoleiros regularizados que trabalham na Praa XV de Novembro da capital gacha e comercializam mercadorias contrabandeadas de Ciudad del Este (Paraguai), trazidas por eles prprios. A atuao dos camels no espao pblico envolve uma permanente negociao - ora pacfica, ora conflituosa - com o poder pblico, lojistas, meios de comunicao e vendedores de rua em situao irregular. Afora as dificuldades do trabalho de rua e a competitividade do ofcio, os comerciantes estudados formam suas redes de relaes (sejam elas de vizinhana, de parentesco ou de companheirismo de viagem) pautadas pela presena constante da solidariedade e lealdade - cdigos simblicos que do sustentao ao trabalho cotidiano, conferindo sentido ao trabalho e vida social. Procura-se, com isso, fornecer uma viso ampla do universo estudado, mostrando vrias de suas facetas, acompanhadas ao longo de uma etnografia que aconteceu tanto em Porto Alegre, quanto na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi averiguar partir da anlise do modelo de performance social corporativa, tomando como base proposta de classificao dos conceitos que circunscrevem as "dimenses sociais do marketing", inseridos nos espaos estruturais do mapa de estruturaao das sociedades capitalistas no sistema mundial, se as práticas dessas ferramentas gerenciais por FURNAS Centrais Eltricas SA esto mais afinadas com preceitos regulatrios, ligados ao mercado, ou emancipatrios, ligados ao esprito pblico. Para tanto se realizou uma reviso da bibliografia referente ao assunto objetivando enquadrar as empresas na atual conjuntura scio-econmica, aprofundar conhecimento concernente evoluo do conceito de responsabilidade social corporativa, esclarecer emaranhado conceituai que envolve as ferramentas que compem as "dimenses sociais do marketing" propor anlise do uso de tais ferramentas sob enfoque da Teoria Crtica. Usou-se como mtodo estudo de caso, os resultados foram obtidos a partir da anlise livre do discurso de dirigentes, conseguidos por meio de entrevistas semi-estruturadas, dos documentos disponibilizados pela empresa. Os dados revelam que prtica das ferramentas que compem as "dimenses sociais do marketing" por FURNAS Centrais Eltricas SA esto mais voltadas para legitimao da empresa, que para obter vantagem competitiva, de onde se conclui que est mais relacionada ao esprito pblico, denotando, por conseguinte, práticas substantivas.