Colonialidade e insurgência : contribuições para uma pedagogia latino-americana


Autoria(s): Streck, Danilo R.; Moretti, Cheron Zanini
Data(s)

31/01/2014

31/01/2014

2013

Resumo

Este ensaio, baseado em pressupostos da obra de Paulo Freire, propõe-se a discutir a pedagogia latino-americana e a produção de conhecimento numa perspectiva de superação da colonialidade pedagógica. A primeira parte deste estudo se dedica a situar as práticas educativas de caráter emancipatório na América Latina no contexto pedagógico atual, em movimentos sociais e na universidade, buscando identificar algumas de suas principais marcas. Em seguida, detém-se na recuperação de elementos da memória em torno da idéia de colonialidade e a superação da mesma na e com a educação. Por fim, apresentam-se algumas contribuições do tensionamento entre a colonialidade e a insurgência para a pedagogia latino-americana: a) no diálogo horizontal entre conhecimentos em busca de metodologias próprias; b) como território de resistências ou movimento de lugares e tempos diversos; e, c) na busca da latinidade negada ou o aprender nas fronteiras. José Martí, Simón Rodríguez e os zapatistas são algumas referências na busca pela memória pedagógica latino-americana e interlocutores privilegiados na problematização desta pedagogia que se compreende um processo aberto, onde superar a colonialidade a partir das tensões produzidas nas insurgências pedagógicas significa antecipar, ensaiar, as possibilidades emancipadoras, endógenas e autênticas.

The purpose of this essay, based on assumptions of Paulo Freire’s work, is to discuss Latin-American pedagogy and the production of knowledge from the perspective of the struggle to overcome pedagogical coloniality. The first part of the study is dedicated to situate the educational practices of emancipatory character in Latin America in the current pedagogical context, in social movements and in the university, identifying some of its main characteristics. Following, there is a brief recovery of historical information around the issue of coloniality and its overcomig in and through education. At the end of the essay, there are presented some contributions to think through the tension between coloniality and insurgency in Latin American Pedagogy: a) the horizontal dialogue between knowledges in the search for alternative methodologies; b) the territories of resistance as representing the movement between diverse spaces and temporalities; c) the search for the negated Latinity or the frontier knowing. José Martí, Simón Rodríguez and the zapatistas are important references in the search for the Latin American pedagogical memory, and will be taken as key authors in the problematization of this pedagogy which understands itself as an open process, where overcoming coloniality starting from the tension produced through pedagogical insurgencies means to anticipate and rehearse emancipatory possibilities, endogenous and authentic.

Le travail, fondé sur des préssuposés de l’leuvre de Paulo Freire, propose de discuter la pédagogie latino-américaine et la production de connaissances sous une perspective transgressant la «colonialidade pedagógica » (pédagogie colonisatrice). La première partie de cette recherche s’intéresse à localiser les pratiques éducatives qui ont un caractère émancipatif en Amérique Latine dans le contexte pédagogique actuel, à des mouvements sociaux e à l’université, identifiant certaines de ses principaux aspects. Par la suite, nous aborderons la récupération des éléments de la mémoire autour de l’idée de « colonialidade » et de son dépassement dans et avec l’éducation. Finalement, nous présentons quelques contribuitions de la tension entre la « colonialidade » et l’insurrection pour la pédagogie latino-americaine : a) dans le dialogue horizontal entre les conaissances à la recherche de méthodologies propres ; b) comme territoire de résistance ou mouvement de lieux et temps divers ; et, c) à la recherche de « latinidade » niée ou l’apprentissage dans les frontières. José Martí, Simón Rodríguez et les zapatistes sont quelques réfèrences dans la recherche pour la mémoire pédagogique latino-américaine et des interlocuteurs privilégiés dans la problématisation de cette pédagogie. On la comprend comme un processus ouvert, où transgressent la «colonialidade » à partir des tensions produites des insurrections pédagogiques signifie anticiper, tester, les possibilités émancipatrices, endogène et authentiques.

Identificador

1646-401X

http://hdl.handle.net/10437/4622

Idioma(s)

por

Publicador

Edições Universitárias Lusófonas

Palavras-Chave #EDUCAÇÃO #EDUCATION #COLONIALISMO #COLONIALISM #PEDAGOGIA #PEDAGOGY
Tipo

article