999 resultados para Museu Casa de Rui Barbosa
Resumo:
Na planificação que tenho de fazer da minha vida para todos os anos, uma das primeiras coisas que aponto na minha agenda é a data das Jornadas sobre a Função Social do Museu.E já são 12 vezes que vou olhando para a agenda com ansiedade para ver chegar o dia do reencontro com tantos e tantos companheiros espalhados pelo país.Por vezes, e é o caso hoje, além daqueles que reencontro, vejo muitos pela primeira vez. Ainda bem! É bom sinal. Por isso, permitam-me que recorde aqui quem somos, como nascemos e porquê.As mudanças sociais e económicas do pós-guerra e que se acentuaram nas décadas de 50 e 60 geraram novas relações de força e novos entendimentos políticos. O campo cultural não podia ficar indiferente a tais alterações cuja amplitude ultrapassou tudo o que a humanidade tinha conhecido nos últimos 10 séculos.
Resumo:
Há já quinze anos que iniciámos estas Jornadas Sobre a Função Social do Museu.É muito tempo.Um levantamento sumário, que seria fastidioso estar agora a enumerar, revelaria que por aqui passaram quase todos os grandes temas e os problemas que estão em debate na museologia portuguesa e na internacional.Desta vez cabe-nos a tarefa de contribuir para a reflexão sobre os museus locais e os espaços naturais sob o lema de Patrimónios e Identidades. Creio que esta aliança não é ocasional, antes, é cheia de sentido. Trata-se de pensar o espaço e o tempo natural e humano.Cada vez mais é mister harmonizar a História Natural e a História Humana, integrar as coisas do Homem e as coisas da Natureza.
Resumo:
Estamos prestes a encerrar as XVI Jornadas Sobre a Função Social do Museu.Desde 1988, ano em que reunimos as Ias. Jornadas na Quinta da Subserra em Vila Franca de Xira, que nos temos encontrado anualmente. Esta “longevidade” no âmbito das instituições museológicas portuguesas é já por si motivo de celebração. Sobretudo se observarmos que alguns de nós temos estado presentes desde as primeiras Jornadas.Mas temos este ano, outra efeméride a celebrar: os 20 anos do MINOM. De facto, foi em Lisboa em Novembro de 1985 (se não erro, no dia 5 desse mês) que a Assembleia Constitutiva aprovou os estatutos do Movimento Internacional para uma Nova Museologia. Nessa ocasião, foram divulgados entre nós e, pela primeira vez amplamente discutidos, textos que nos habituámos a considerar como textos fundacionais do Movimento. Refiro-me à Declaração de Santiago do Chile, à Declaração de Oaxtepec, à definição, então muito recente, de G. H. Rivière, de Ecomuseu.
Resumo:
A palavra que mais vezes ouvi durante estes três dias que duraram as nossas XVII Jornadas sobre a Função Social do Museu foi a palavra UTOPIA. Ainda bem! Tenho para mim que é isso mesmo o que é próprio da Museologia. UTOPIA, o UTOPOS, o não lugar, o lugar que ainda não existe é o específico do nosso trabalho de museólogos.O nosso trabalho é exactamente caminhar por esse lugar que não sabemos onde fica. Por caminhos que não conhecemos: ora a estrada larga, ora o caminho pedregoso, empinado ou vertiginosamente descendente (como a calçadinha de S. Brás); muitas vezes nos perdemos e foi necessário voltar atrás e recomeçar. Algumas vezes o desânimo tomou conta dos caminhantes mas logo outros se nos juntaram e trouxeram ânimo novo e continuámos estrada fora. E cá vamos. Descobrindo o caminho para o lugar que “ainda não existe”.Ocorre-me aqui Antonio Machado:“Caminante no hay caminoSe hace camino al andar”.E cá vamos perseguindo a UTOPIA.
Resumo:
O mundo da patrimonialização dos objectos e da sua musealização enfrenta hoje novos desafios. Afinal é esse o nosso quotidiano – enfrentar desafios.Estamos agora perante duas entidades sobre as quais muito discutimos nas últimas décadas – o Património e o Turismo. Já suspeitámos muito de ambas. Houve um tempo, há umas décadas atrás, em que alguns de nós separávamos claramente o “património” daquilo que já constituía o espólio museológico, como se os objectos musealizados já não fossem ou nunca tivessem pertencido à categoria de “património”. O alargamento do conceito de património e a sua aceitação quase universal fizeram-nos rectificar o nosso erro.Do “turismo” desconfiámos ainda mais. O turista era o intruso, senão o agressor que nada entendia da “nossa” cultura. E, depois, tínhamos a certeza de que o turismo não era, não poderia ser, a salvação para os problemas da estagnação sócia e económica e, logo cultural, de que padeciam as comunidades num mundo em mudança que elas não entendiam (e, diga-se de passagem, nós também não).
Resumo:
Faz agora 24 anos que alguns de nós que aqui estamos visitáramos o Moinho de Maré de Corroios. Era à data, talvez, a unidade produtiva mais antiga do nosso país.De facto, o Moinho de Maré de Corroios começara a moer grão em 1403 e 580 anos passados de produção contínua produzia uma farinha que os especialistas consideravam de excelente qualidade para a panificação e a confeitaria. Pouco tempo depois o Moinho de Corroios foi adquirido pelo Município e transformado num dos núcleos museológicos do Ecomuseu do Seixal. O Sr. Guilherme, o último moleiro, foi promovido a funcionário do museu e guia dos visitantes.As 6 moendas essas ficaram paradas para sempre. As hélices das turbinas que as punham em movimento lá foram apodrecendo e a caldeira ficou assoreada. Cada vez que visitávamos o Moinho tínhamos de ouvir as lamentações do Sr. Guilherme e ver-lhe a tristeza espelhada nos olhos quando nos explicava o funcionamento do mecanismo que se não movimentava.
Resumo:
A presente dissertação de mestrado é a consolidação de um conjunto de desejos, anseios, planos e condições favoráveis, amadurecidos ao longo de três anos - em São Paulo - e concretizados em outros dois anos - em Lisboa. Em meio ao imediatismo que o mundo contemporâneo exige de seus transeuntes, este projeto acadêmico assumiu como desafio „desacelerar para criar‟. O intuito foi „degustar‟ o processo vivenciado: refletir sobre as etapas, aceitar as dificuldades e limitações, observar as mudanças, perceber as evoluções, reconhecer as conquistas e, principalmente, respeitar o tempo de amadurecimento das idéias. Desta forma, foi possível equilibrar a satisfação com as renúncias, necessárias a toda construção acadêmica.
Resumo:
El autor analiza, en las dos primeras novelas escritas por Pareja Diezcanseco, elementos externos de la estructura del mundo novelado, proporcionados por la voz extraficcional (prefacios, epílogos, notas de pie de página). La casa de los locos es la sátira de una sociedad en anarquía, que presenta la actuación caótica de las clases sociales dirigentes y prefigura a los sodalios deformes de Las pequeñas estaturas, en ella es de gran importancia el «liminar», en el que la voz extraficcional presenta su poética de la escritura: ésta puede ser un arma de combate cultural e ideológico. En La Señorita Ecuador, uno de los elementos extraficcionales, el epílogo, aclara y justifica la designación del texto como novela. Estos elementos constituyen, en ambos textos, indispensable contrapunto para entender el sentido y la crítica social implícitos en las ficciones textuales.
Entrevista a Modesto Ponce Maldonado: Finalista del premio Casa de América-Planeta 2008 (Entrevista)
Resumo:
Esta investigación sobre la casa popular de Quito construida por inmigrantes del campo en las décadas de 1980 y 1990, generalmente en los bordes de la ciudad, combina herramientas de tres áreas del conocimiento: la cultura, la arquitectura y la comunicación. El grupo social estudiado está compuesto principalmente por artesanos de la construcción y empleadas domésticas, quienes en su trabajo cuotidiano se relacionan con diferentes estratos de la sociedad y trasladan a su espacio doméstico fragmentos de la cultura de esos grupos sociales, convirtiéndose así en «mediadores sociales». El conjunto de elementos visuales y su disposición afuera y adentro de la casa popular forman, según la autora, un sistema de comunicación que vincula las prácticas culturales cotidianas y de tradición familiar con un «orden» que expresa una estética y unos valores propios de lo popular. Desde el conjunto arquitectónico hasta el objeto doméstico, se atisba una vocación na tural y creativa por realizar lo que Lévi- Strauss denomina el «bricolage» –en este ca - so cultural–, mediante procesos de ensayo e in vención, re-utilización y resignificación de materiales y objetos que son compartidos, ex hibidos, copiados y reciclados entre quienes practican esta estrategia de supervivencia. Mediante varios ejemplos se pone en evidencia la versatilidad con la que la cultura popular decodifica los cánones culturales de otros grupos sociales para incorporarlos en su vida diaria, como una manera de superar su condición de subalteridad.
Resumo:
El presente estudio toma como ejemplo la casa popular de Quito para desarrollar un conocimiento que combina tres áreas del conocimiento: la cultura, la arquitectura y la comunicación. A partir de un sistema de referentes visuales y de tradición familiar, el estudio encuentra que la casa popular “comunica”, tanto por fuera como por dentro, que la forma no está separada de las prácticas culturales cotidianas –mediación, reciclaje; significación de espacios y objetos- que se operan en la casa, que ha sido construida mediante autoconstrucción, ubicada generalmente en los bordes de la ciudad. Desde el conjunto arquitectónico hasta el objeto doméstico, y tanto en el exterior como en el interior, el estudio identifica que hay una vocación natural y creativa de realizar lo que Lévi-Strauss denomina el “bricolage”, en este caso un bricolage cultural, aplicando un proceso de ensayo e invención, a partir de la utilización de diferentes materiales, formas y significados de los objetos de reciclaje que al final lo comparten, lo exhiben, lo copian y lo vuelven a reciclar entre quienes practican este “modo de vida”. Mediante varios ejemplos se pone en evidencia la versatilidad con la que la cultura popular decodifica los cánones culturales de otros grupos sociales, a fin de incorporarlos en su vida diaria, como una manera de superar su condición de subalternidad.
Resumo:
El autor revisa e interpreta un corpus de textos del poeta colombiano Aurelio Arturo, a partir del tema de “el regreso a casa”, expresado en imágenes poéticas que comparten la característica de la evanescencia. Propone una interpretación, a partir de elementos lingüístico-poéticos (como las aliteraciones y los significantes) y pasa al análisis del discurso en el yo poético (en relación con su pasado idílico, rural, y su presente de modernización urbana). La voz poética es examinada, en primer lugar, en tanto yo poético escindido, luego, con relación a los coadyuvantes de la memoria y, finalmente, enfrentado a la evocación de la propia morada, a partir de la formación de un héroe o heroína.
Resumo:
Dentro del movimiento teatral de Quito, se ha posicionado un discurso en torno a la figura del delegado italiano de la UNESCO Fabio Pacchioni, basado en la afirmación de que este director y gestor teatral fuel el creador del llamado Nuevo Teatro Ecuatoriano y que su impulso es el cimiento de gran parte del teatro actual. Esta afirmación no toma en cuenta que el teatro y el arte, en general, no responden a la labor de una sola persona, sino se inscribe dentro de unos discursos y un sistema cultural. En este contexto el trabajo de investigación realizado tiene por objetivo develar las relaciones existentes entre el discurso de desarrollo de los años 60 y la legitimación social que se le otorgó al llamado Nuevo Teatro Ecuatoriano. El desarrollo de la tesis consta de cinco capítulos. El capítulo uno es el marco teórico donde se define la relación entre el sistema cultural y sus productos culturales. El capítulo dos demuestra el rol del teatro dentro del contexto revolucionario y el papel de la Casa de la Cultura Ecuatoriana en la legitimación del arte. El capítulo tres gira en torno al movimiento teatral deslegitimado por el Nuevo Teatro Ecuatoriano. En el capítulo cuatro se muestran los resultados de las entrevistas realizadas y el relacionamiento de variables. Finalmente, a partir del análisis de los resultados de la investigación, en el capítulo cinco se generan conclusiones.