970 resultados para Escrituras de exilio
Resumo:
Os missionários protestantes presbiterianos que vieram para o Brasil no início da segunda metade do século XIX trouxeram uma interpretação calvinista da bíblia, pois permaneceram fieis à formação princetoniana que efetivou uma síntese entre ortodoxia calvinista e pietismo. Estes pricetonianos tinham como base epistemológica a filosofia de Thomas Reid, conhecida como o Realismo do Senso Comum. Essa filosofia é utilizada como uma epistemologia reformada, ou calvinista. Ela é compreendida em sua formação escocesa e consequentemente americana, via Princeton, como a Epistemologia Providencial. Desta forma, quando ela é assimilada pelos brasileiros por meio da pregação e da formação teológica, a mesma se torna parte do perfil presbiteriano brasileiro como doutrina filosófica. A Filosofia do Senso Comum se gesta como crítica à filosofia empirista de David Hume que, para Reid, convergiria para um possível aniquilamento da religião e para uma visão pessimista da ciência, afetando o empirismo, por conseguinte, causando uma nova formulação mais próxima do ceticismo. Por isso, Reid formulou a filosofia que para ele contrapõe-se a Locke e Berkeley e depois a David Hume, afirmando que a realidade é independente de nossa apreensão. Ou seja, na percepção do mundo exterior não há interferência do sujeito cognoscente sobre o objeto do conhecimento. A nossa relação com os objetos é direta e não deve ser desvirtuada por intermediações. Na implantação do protestantismo no Brasil, via missionários de Princeton, não houve uma defesa intransigente dos princípios calvinistas por parte de missionários como Fletcher e Simonton e sim uma continuidade da leitura das escrituras sagradas pelo viés calvinista, como era feito no Seminário de Princeton. Não havia uma ênfase acentuada na defesa da ortodoxia porque o tema do liberalismo teológico, ou do conflito entre modernismo e fundamentalismo não se fazia necessário na conjuntura local, onde predominava a preocupação pela evangelização em termos práticos. O conceitos da Filosofia do Senso Comum eram próximos do empirismo mitigado de Silvestre Pinheiro e do Ecletismo de Victor Cousin. Por isso, no Brasil, o local em que mais se vê a utilização da filosofia do Senso Comum é nos debates entre intelectuais, em três pontos interessantes: 1ª) O Senso Comum ficou restrito ao espaço acadêmico, na formação de novos pastores, sendo que as obras de Charles Hodge e A. A. Hodge são as principais fontes de implantação desta mentalidade ratificadora da experiência religiosa e, desta forma, delineiam o rosto do protestantismo entre presbiterianos, uma das principais denominações protestantes do final do século XIX; 2ª) Nos debates entre clérigos católicos e protestantes em polêmicas teológicas;. 3º) No aproveitamento utilitarista da assimilação cultural estrangeira pelos protestantes nacionais, não por último, facilitada pela simpatia dos liberais brasileiros pelo protestantismo, ao mesmo tempo que mantinham uma linha filosófica mais próxima do empirismo mitigado e do ecletismo. Assim, nossa hipótese pretende demonstrar que os protestantes trouxeram em seu bojo as formulações epistemológicas que foram passadas para um grupo de intelectuais, que formaram o quadro dos primeiros pastores presbiterianos da história desta denominação. Eles foram convertidos e assimilaram melhor as novas doutrinas por meio de mais do que simples pregações, mas pela sua forma filosófica de encarar os objetos estudados, e que tais informações vêm por meio da base epistemológica do Realismo do Senso Comum, que encontra espaço nos ideais republicanos brasileiros do século XIX.
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Em 1492, com o objetivo de adquirir riquezas e expansão territorial, os espanhóis chegaram à América Latina. Para tanto, rapidamente implantaram o seu sistema de governo, cultura e religião. Este processo só foi possível por meio da guerra. Para legitimá-la, foi necessário a reelaboração e a inversão de um antigo conceito de guerra e a sua consequente instauração nas terras recém ocupadas. O uso do conceito de Guerra Justa na América Latina, entre os anos1492 a 1566, fundamentava-se na história das conquistas romanas, filosofia de Aristóteles, teologia de Agostinho e Tomás de Aquino, nas leis jurídicas, Escrituras Sagradas e nas armas. Ao ser aplicado nas províncias indígenas, o conceito de Guerra Justa proporcionou efeitos trágicos pela sua violência. Ocorreram mortes de inocentes, invasão das terras, posse das riquezas, escravidão, destruição da cultura e da religião dos indígenas. Diante destes fatores, as divergências e debates tornaram-se inevitáveis. Juan Ginés de Sepúlveda, o autor do Democrates Alter, tratado que hospeda o conceito de Guerra Justa, teve como opositor tanto na Espanha quanto na América Latina, o frei dominicano Bartolomé de Las Casas que lutou a favor dos indígenas frente a injustiça da guerra deflagrada pelos conquistadores espanhóis e da cristianização por meio das armas. Entre esses dois controversistas encontra-se outro teólogo-jurista, catedrático da Universidade de Salamanca, Francisco de Vitoria. Vitoria elaborou o Derecho Natural y de Gentes, obra que concedeu a Sepúlveda e Las Casas argumentos para fundamentar suas doutrinas. A julgar pelos resultados duradouros da conquista, Sepúlveda atingiu seus objetivos. A cristandade foi implantada em substituição às religiões dos nativos e os interesses políticos e econômicos dos conquistadores, entrementes, foram concretizados. Las Casas, por sua vez, ao discordar desse método, propôs, em sua obra, Del único modo de atraer a todos los pueblos a la verdadera religión, uma cristianização pacífica que se conduzisse somente por meio da pregação do evangelho e da fé cristã. Para chegarem a essa posição, ambos os controversistas analisaram as fontes e tradições literárias aristotélica, agostiniana e tomista, em especial. O projeto missionário colonial vislumbrado por Sepúlveda e Las Casas, definiu as duas hermenêuticas eclesiásticas presentes na América Latina que se estenderam até o século XIX quando aportou-se na América uma nova proposta de missão através dos protestantes.
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Até o século IV d.C. era comum, entre os cristãos, a leitura do livro pseudepígrafo de I Enoque. O embrião da rejeição começou no século II, com Júlio Africano, e atingiu o seu auge no século IV com Agostinho de Hipona. Porém, o posicionamento oficial, no cristianismo ocidental, que descredenciou o escrito de I Enoque como uma literatura útil à fé, deu-se no Concílio de Laodiceia (Séc. IV) que afirmou que os únicos nomes de anjos autorizados pelas Escrituras seriam o de Miguel, Gabriel e Rafael, afastando I Enoque (que cita vários nomes de anjos) do cenário teológico, até épocas recentes no Ocidente. O grande personagem do cristianismo foi um homem reconhecido na Palestina como Rabi, título que pressupunha o conhecimento das principais literaturas apreciadas pelos judeus. É consenso entre a maioria dos estudiosos do Segundo Templo que o escrito de I Enoque ocupava um lugar distinto no cenário literário daquela época. A presente tese nasceu de uma desconfiança plausível, inserida dentro do contexto cultural do I século da era cristã, de que Jesus Cristo conhecia o livro de I Enoque. Mas, não somente isso, a desconfiança evoluiu para a possibilidade de que ele tenha feito uso do escrito construindo ensinos embasados no mesmo. A pesquisa teve como objetivo geral: Pesquisar a relação entre Jesus de Nazaré e o Escrito de I Enoque. No que se refere aos seus procedimentos técnicos, a pesquisa é de natureza bibliográfica, exploratória e documental. Para que esta pesquisa ganhasse forma, fizemos uso da proposta historiográfica do Jesus Histórico, bem como desenvolvemos uma metodologia chamada Análise dos Ditos de Jesus (ADJ), para ser utilizada na investigação de ditos atribuídos a Jesus contidos nos evangelhos. O primeiro capítulo, além de ser uma análise do livro de I Enoque abordando o escrito sobre várias perspectivas, foi construído objetivando trazer à academia brasileira as informações mais recentes sobre as pesquisas relacionadas a I Enoque, em diálogo com os principais pesquisadores da obra. O segundo capítulo foi desenvolvido com vistas a examinarmos, pela historiografia, o potencial de alguns ditos, de serem originários da pessoa de Jesus. O terceiro e último capítulo apresenta uma aproximação entre os ditos trabalhados e o livro de I Enoque. O resultado final indica que a literatura enoqueana pode ter ocupado um lugar de destaque entre os escritos estimados por Jesus Cristo.
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O livro de Malaquias apresenta oráculos que conservam informações relevantes do período pós exílico sob o domínio da Pérsia e, especialmente, os problemas religiosos focalizando a displicência dos sacerdotes no cumprimento de suas funções e os problemas sociais apontando para um amplo movimento de opressão externa e interna. Esta pesquisa buscou verificar, no primeiro capítulo, como a mensagem de Malaquias através de sua forma e conteúdos visava aplacar as insatisfações internas dos grupos que habitavam o território de Judá. Neste capítulo, foram abordadas as discussões histórico-literárias sobre data, autoria, destinatários, forma do anúncio. Ainda procurou-se realizar levantamentos históricos verificando o sistema e as estruturas de opressão dos persas no território de Judá e também as faces da reorganização da sociedade de Judá. O segundo capítulo enfatizou, mais propriamente, o trabalho exegético no quarto oráculo (2,17-3,5). Neste pode-se verificar uma síntese dos temas centrais da mensagem de Malaquias: O juízo divino que viria pela negligência religiosa e que exigia compromissos com a justiça prática na vida do povo. A partir das discussões exegéticas buscou-se verificar como o profeta apresentou ao povo e aos sacerdotes quais seriam os agentes e as ações transformadoras que Javé promoveria para restaurar a justiça e o culto purificado. O terceiro capítulo apresenta um tema recorrente nos oráculos do livro de Malaquias: a justiça. Para isso, foram analisadas três perícopes que tratam o tema da justiça enfocadamente, as influências do sistema judicial persa na prática da justiça cotidiana em Judá e a realidade de opressão nos sistema de parentesco entre as famílias (clãs) que habitavam o território de Judá - (2,10-16; 2,17-3,5 e 3,13-21). A pesquisa de Malaquias aponta para um profeta engajado política e socialmente. O Mensageiro manteve os ideais proféticos e desejou reacender os valores da aliança entre o povo e fortalecer a confiança na ação de Javé que restauraria a justiça na prática cotidiana.(AU)
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O objeto de estudo desta pesquisa é a Comunidade da Graça, presente há dez anos em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista. Analisa-se o lugar da emoção religiosa e sua relação com a educação dos sentidos nesta confraria protestante pentecostal formada majoritariamente por pessoas de classe média, como propiciadora da assimilação de um habitus e de um forte auto-controle individual evidenciando a eficácia do adestramento corporal pela via da religião. Imersa em uma realidade social de muitas mudanças que provocam reconfigurações das religiões, no tipo específico de pentecostalismo estudado nota-se que, na gestão dos bens simbólicos, o ingrediente emocional é o principal acessório a fim de responder às demandas coletivas e individuais deste público religioso. Se há alguns anos a centralidade cúltica do protestantismo pentecostal estava no ouvir a prédica e reviver a experiência do pentecostes cristão, hoje em dia o foco neste é a emoção que deve perpassar todo o culto. O mesmo ocorre nos dois espaços catequéticos privilegiados desta igreja, a saber, a reunião no templo chamada de Conhecendo as Escrituras e os encontros de grupos nos lares. Esta mudança se evidencia, também, nos corpos dos fiéis, pois estes se constróem e modelam-se à realidade social vigente e expressam as experiências vivenciadas neste contexto. A partir da observação dos cultos e reuniões catequéticas desta igreja, analisa-se neste trabalho o modo como a emoção religiosa é construída, difundida e reproduzida, levando-se em consideração as condições sociais e econômicas específicas do grupo religioso em questão.(AU)
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This study has as object eight state vocational schools located in Araguari, Araxá, Frutal, Ituiutaba, Monte Carmelo, Patos de Minas, Uberaba and Uberlândia, in Minas Gerais. The period analyzed comprises the years from 1965 to 1976, from the signature of the Agreement 512-11-610-042 beteween the Ministry of Education and Culture (MEC) and the American Agency for International Development (USAID), which started a series of other agreements, and actions ending up with the creation of the Expansion and Improvement of High Schools Program (Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio - PREMEM) and, from this, the Vocational Schools. The upper limit of the study, 1976, was the year when these agreements, known as MEC/USAID agreements ceased. The Vocational Schools were characterized as vocation probing schools, directing the professional formation of the population in general, which would happen a posteriori, turning it shorter and more effective, since the labor market would demand, urgently, capable professionals for an expanding economy. The project of Vocational Schools had a national scope, and foresaw, for its unfolding, the complete substitution of State Schools for the new model, called “multi-curricula”. The theme Vocational schools was the object of my Master’s degree study, when I focused the State School Guiomar de Freitas Costa, in Uberlândia. That study raised questionings and concerns that resulted in the central problem of the thesis presented here: understanding the measure in which such schools integrated the country’s development project – mostly in the first half of the military rule – and to understand its structure, functionality and efficacyThe development of the study presented here, demanded the use of several sources: 1) specialized literature about the topics presented, i.e., the situation of national education in a temporal analysis, the political, economical and social context, research methodologies, the theory of human capital, vocational teaching, pedagogical trends and practices, agreements MEC-USAID and PREMEM; 2) national, state and county laws related to the discussion: laws of national education directives and basis, decrees and reports stating about the program of technical cooperation between Brazil and the United States of America, the Program of Expansion and Improvement of Teaching (PREMEM), formation of professors, establishment of Vocational Schools and educational planning; 3) documentation of school archives: books of minutes of Collegiate and of faculty and staff, registrar books with final scores, enrolment, visits of inspector, accounting books, punch clock records, student, professor and staff occurrences, inventory, class schedules, school year calendar, school rules, class reports, payment rolls, bills of sales, exchanged mail, personal documentation of professional personnel, documents of land acquisition, blueprints, manuals of PREMEM, didactic materials/resources used in classes, books available in the school library, structured evaluations for follow-up of school processes, pictures of events, texts prepared for special dates, and news from the official newspaper and, finally, 4) national and local press reports, especially from Folha de São Paulo, Correio de Araxá, Correio de Uberlândia and Lavoura e Comércio (Uberaba). The proposition of Vocational schools was conciliate theoretical and practical formation through an active education permeated by technological resources. The contact with knowledge and several practical activities under professional supervision, the student would identify the knowledge area that would interest him the most and his aptitude. This formation in primary school would make way for the vocation studies in high school, which became mandatory by the law 5.692/71, that reformed school education from the previous levels of elementary, middle high and high school. However, the multi-curricula proposal that would be spread to the other public schools in the country ended up succumbing to the model already established. From its ephemeral existence, maybe the Vocational Schools have not reached the more general goals in political, economic and social aspects; however, this study demonstrated that, for the people that, directly or indirectly, had contact with such schools, a legacy of vocational and quality teaching was made, so much so, that forty years after the end of that proposal, they are still remembered.
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El arte concreto, definido por Theo van Doesburg en su manifiesto Art concret de 1930, es un arte europeo, abstracto geométrico y universal, desconocido para el público en general, a pesar de tener un siglo de antigüedad. Sus obras se distinguen por ser ejecutadas mecánicamente a partir de bocetos, sólo con los elementos plásticos del arte (planos y colores), sin obtener ninguna referencia de la realidad u otro significado más que sí mismas. De igual modo, la finalidad de su contemplación, que requiere cierto esfuerzo de concentración, es inducir al espectador a un estado de consciencia, a través de una búsqueda interna. Por medio del estudio de uno de sus artistas, el pintor cubano Waldo Balart, afincado en Madrid, nos acercamos a dicho movimiento, repasando su trayectoria, su situación actual y la mentalidad global que comparten sus artistas. El objetivo de este trabajo es demostrar que Waldo Balart es un artista representativo de esta corriente, una conclusión que se ha evidenciado después de comprobar que las colecciones y museos más prestigiosos dedicados al arte concreto cuentan con su obra entre la privilegiada selección de artistas. Otro propósito es hacer visible que él es un artista que ha hecho una gran aportación a la historia del arte, algo que ha sido resuelto con el examen del extenso trabajo artístico y teórico con el que ha contribuido, producto de toda una vida de dedicación. Igualmente se ha revelado que por medio de su amistad ha influido en el trabajo de artistas tan importantes como Andy Warhol. Además, la finalidad de la investigación es probar que Waldo, cuyo apellido completo es Díaz- Balart, despierta un inmenso interés por ser una figura notable socioculturalmente, hecho que conlleva el pertenecer a una familia destacada política y socialmente; primero en su país natal, Cuba y luego en el país donde se exilio, los EEUU. Por otro lado, Waldo ha vivido en diferentes partes del mundo - Cuba, Nueva York, Madrid, Paraguay, Brasil y Bélgica - absorbiendo cosas destacable de varias culturas, en momentos puntuales que concentran una enorme atención. De ellos se destaca la explosión cultural que vivió en Nueva York, durante el reinado del expresionismo abstracto, el pop art y el minimalismo. Asimismo, en cada cultura ha convivido con personalidades tan relevantes como su excuñado Fidel Castro e incluso, fuera del plano artístico, él mismo desempeñó un valor social preponderante. Todas las circunstancias que rodean su atractiva personalidad, de alguna manera han sido absorbidas y proyectadas en su labor artística, en la que utiliza el color como herramienta expresiva. Con pretensión de evitar su dispersión y consiguiente perdida, así como de colaborar en el registro de la historia del arte contemporáneo, este ensayo reúne la mayor parte del material sobre un valioso artista, que hasta ahora está poco estudiado...
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Moviéndonos entre la sociología política y la historia intelectual, abordaremos en este trabajo aspectos de la obra del "gramsciano argentino" José María Aricó (1931-1991). Con una reconocida actividad político-intelectual desarrollada en su país durante tres décadas, el golpe militar de 1976 obliga a Aricó a marchar al exilio. Anclado en México, la temática de la transición a la democracia, acuciante en distintos países de América Latina y de Europa, lo hace desembocar en una serie de estudios sobre vínculos entre la tradición democrática y la socialista, sobre la noción de progreso y sobre el preocupante divorcio que entre cultura y política se viene profundizando desde los tiempos de la Segunda Guerra Mundial. Siempre con los escritos de Gramsci latiendo en el núcleo de sus preocupaciones, Aricó regresa a la Argentina en 1983. Considerando que ni el liberalismo, ni el marxismo-leninismo, ni el populismo, ni la socialdemocracia pueden ya contribuir al montaje de un "pensamiento fuerte" de expectativas emancipatorias, profundizando además en la temática de la "dilatación de la subjetividad" y en un manejo desprejuiciado de la obra del intelectual reaccionario alemán Carl Schmitt, Aricó ensaya un recorrido inédito, estimulado por la idea-fuerza de una "democracia social avanzada", capaz de dar respuestas ambiciosas a aquello que viene señalando como una crisis de civilización.
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Moviéndonos entre la sociología política y la historia intelectual, abordaremos en este trabajo aspectos de la obra del "gramsciano argentino" José María Aricó (1931-1991). Con una reconocida actividad político-intelectual desarrollada en su país durante tres décadas, el golpe militar de 1976 obliga a Aricó a marchar al exilio. Anclado en México, la temática de la transición a la democracia, acuciante en distintos países de América Latina y de Europa, lo hace desembocar en una serie de estudios sobre vínculos entre la tradición democrática y la socialista, sobre la noción de progreso y sobre el preocupante divorcio que entre cultura y política se viene profundizando desde los tiempos de la Segunda Guerra Mundial. Siempre con los escritos de Gramsci latiendo en el núcleo de sus preocupaciones, Aricó regresa a la Argentina en 1983. Considerando que ni el liberalismo, ni el marxismo-leninismo, ni el populismo, ni la socialdemocracia pueden ya contribuir al montaje de un "pensamiento fuerte" de expectativas emancipatorias, profundizando además en la temática de la "dilatación de la subjetividad" y en un manejo desprejuiciado de la obra del intelectual reaccionario alemán Carl Schmitt, Aricó ensaya un recorrido inédito, estimulado por la idea-fuerza de una "democracia social avanzada", capaz de dar respuestas ambiciosas a aquello que viene señalando como una crisis de civilización.
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Moviéndonos entre la sociología política y la historia intelectual, abordaremos en este trabajo aspectos de la obra del "gramsciano argentino" José María Aricó (1931-1991). Con una reconocida actividad político-intelectual desarrollada en su país durante tres décadas, el golpe militar de 1976 obliga a Aricó a marchar al exilio. Anclado en México, la temática de la transición a la democracia, acuciante en distintos países de América Latina y de Europa, lo hace desembocar en una serie de estudios sobre vínculos entre la tradición democrática y la socialista, sobre la noción de progreso y sobre el preocupante divorcio que entre cultura y política se viene profundizando desde los tiempos de la Segunda Guerra Mundial. Siempre con los escritos de Gramsci latiendo en el núcleo de sus preocupaciones, Aricó regresa a la Argentina en 1983. Considerando que ni el liberalismo, ni el marxismo-leninismo, ni el populismo, ni la socialdemocracia pueden ya contribuir al montaje de un "pensamiento fuerte" de expectativas emancipatorias, profundizando además en la temática de la "dilatación de la subjetividad" y en un manejo desprejuiciado de la obra del intelectual reaccionario alemán Carl Schmitt, Aricó ensaya un recorrido inédito, estimulado por la idea-fuerza de una "democracia social avanzada", capaz de dar respuestas ambiciosas a aquello que viene señalando como una crisis de civilización.
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El artículo ofrece un análisis de la función cumplida por Dolores Ibárruri, Pasionaria, durante la Transición a la democracia en España. Se centra en dos acontecimientos en los que la líder comunista tuvo un papel relevante: su retorno del exilio el 13 de mayo de 1977 y su presencia en la sesión inaugural de las primeras Cortes democráticas el 13 de julio de ese mismo año. A través del análisis del tratamiento de los medios de estos actos, se defenderá la idea del reciclaje del carisma, observando cómo un liderazgo carismático construido en un periodo histórico (la Guerra Civil) fue reutilizado en otro: la transición a la democracia. En este caso, con el fin de legitimar el proceso e instalar la idea de reconciliación en el relato de la Transición.
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El objetivo del presente estudio es analizar la forma en la que la prensa italiana de izquierdas construyó la imagen de palestinos e israelíes entre 1947 y 1957. La investigación se ha centrado en el estudio de los artículos publicados por algunos destacados periódicos de la época, con la finalidad de comprender cómo ha ido cambiando el lenguaje empleado por dichos órganos de prensa a la hora de referirse a los moradores de la tierra de Palestina. La tesis de este artículo es que dichos periódicos construyeron múltiples y contradictorias representaciones de judíos y palestinos, representaciones que no tenían nada que ver con la realidad de Oriente Medio, sino que obedecían a cuestiones ideológicas de carácter nacional e internacional (relaciones entre los partidos italianos y evolución de las dinámicas de la guerra fría).
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Los estudios sobre la comunidad genovesa del Reino de Granada suelen centrarse en las actividades desarrolladas en el territorio y rara vez en la reconstrucción de trayectorias individuales, circunstancia determinada por el recurso casi exclusivo a los protocolos notariales. El caso de Francesco Grimaldi es singular por muchas razones: su localización en fuentes de naturaleza muy variada –protocolos notariales de Granada y Málaga, Registro del Sello de Simancas y Granada, Chancillería de Valladolid, el epistolario del comendador Fuensalida y el archivo privado de la familia Grimaldo de Cáceres– ha permitido seguir su presencia y sus actividades en Granada, la Corte e Inglaterra –donde desempeñó un papel fundamental en el matrimonio entre Catalina de Aragón y Enrique VIII–. Así se conoce su interés por los préstamos y el negocio de la renta, las circunstancias de su matrimonio con Francisca de Cáceres y la adquisición de un importante patrimonio en el reino granadino.