997 resultados para stars: individual: HD 50 209


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ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the scientific literature about the effects of exposure to psychosocial risk factors in work contexts. METHODS A systematic review was performed using the terms “psychosocial factors” AND “COPSOQ” in the databases PubMed, Medline, and Scopus. The period analyzed was from January 1, 2004 to June 30, 2012. We have included articles that used the Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) as a measuring instrument of the psychosocial factors and the presentation of quantitative or qualitative results. German articles, psychometric studies or studies that did not analyze individual or work factors were excluded. RESULTS We included 22 articles in the analysis. Individual factors, such as gender, age, and socioeconomic status, were analyzed along with work-related factors such as labor demands, work organization and content, social relationships and leadership, work-individual interface, workplace values, justice and respect, personality, health and well-being, and offensive behaviors. We analyzed the sample type and the applied experimental designs. Some population groups, such as young people and migrants, are more vulnerable. The deteriorated working psychosocial environment is associated with physical health indicators and weak mental health. This environment is also a risk factor for the development of moderate to severe clinical conditions, predicting absenteeism or intention of leaving the job. CONCLUSIONS The literature shows the contribution of exposure to psychosocial risk factors in work environments and their impact on mental health and well-being of workers. It allows the design of practical interventions in the work context to be based on scientific evidences. Investigations in specific populations, such as industry, and studies with more robust designs are lacking.

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ABSTRACT OBJECTIVE To describe food and macronutrient intake profile and estimate the prevalence of inadequate micronutrient intake of Brazilian adolescents. METHODS Data from 71,791 adolescents aged from 12 to 17 years were evaluated in the 2013-2014 Brazilian Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA). Food intake was estimated using 24-hour dietary recall (24-HDR). A second 24-HDR was collected in a subsample of the adolescents to estimate within-person variability and calculate the usual individual intake. The prevalence of food/food group intake reported by the adolescents was also estimated. For sodium, the prevalence of inadequate intake was estimated based on the Tolerable Upper Intake Level (UL). The Estimated Average Requirement (EAR) method used as cutoff was applied to estimate the prevalence of inadequate nutrient intake. All the analyses were stratified according to sex, age group and Brazilian macro-regions. All statistical analyses accounted for the sample weight and the complex sampling design. RESULTS Rice, beans and other legume, juice and fruit drinks, breads and meat were the most consumed foods among the adolescents. The average energy intake ranged from 2,036 kcal (girls aged from 12 to 13 years) to 2,582 kcal (boy aged from14 to 17 years). Saturated fat and free sugar intake were above the maximum limit recommended (< 10.0%). Vitamins A and E, and calcium were the micronutrients with the highest prevalence of inadequate intake (> 50.0%). Sodium intake was above the UL for more than 80.0% of the adolescents. CONCLUSIONS The diets of Brazilian adolescents were characterized by the intake of traditional Brazilian food, such as rice and beans, as well as by high intake of sugar through sweetened beverages and processed foods. This food pattern was associated with an excessive intake of sodium, saturated fatty acids and free sugar.

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The present investigation was carried out on a sample of 840 children (5 to 16 years old) from ten small towns of the State of Bahia in northeastern Brazil. The objetive was to study, by using a cross sectional methodology, the evolution of schistosomiasis morbidity (hepatic and splenic enlargement) in children, and the role of the intensity of S. mansoni infection in this process. The children were analised in three age groups (5 to 8, to 12 and 13 to 16 years old) and classified as uninfected, mildly infected, moderately infected and heavily infected according to the number of eggs in the stool. In children aged 5 to 8 years, increasing egg counts were not associated with increasing frequencies of hepatic or splenic enlargement. In the 9 to 12 years old group and association was observed with the prevalence of hepatic enlargement, but not with the prevalence of spleen enlargement. In the oldest group, 13 to 16 years old, an association was observed with the prevalence of enlargement of both organs. It was evident that in this population schistosomiasis morbidity develops in the early period of life as a gradual process starting with liver enlargement and followed by spleen enlargement some years later. It was found that the intensity of infection has a fundamental role in this process, although there is a latent period of some years before clinical splenomegaly appears in moderate-heavily infected children. The Authors suggest that the prevalence of splenomegaly in the 13 to 16 years old group is a good measure of the community level of schistosomiasis morbidity and could be used to measure the impact of control programs.

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Relatório Final apresentado à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção de grau de mestre em Ensino do 1º e 2º ciclo do Ensino Básico

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Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil - Área de Especialização de Edificações

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O teste de imunofluorescência indireta (IFI) é considerado teste de referência na soroiogia da malária. Neste trabalho procuramos optimizar o teste empregando P. falciparum obtido de sangue humano e de cultura e P. vivax obtido de sangue de paciente como antígenos, para pesquisa de anticorpos IgG e IgM. Das variáveis técnicas estudadas melhores resultados foram obtidos quando os soros foram diluidos ern PBS contendo 1% de Tween 80 e as lâminas contendo a suspensão antigênica foram estabilizadas em dessecadores ou fixadas com acetona. Foi também padronizado o teste imunoenzimático ELISA com antigenos de P. falciparum obtidos em cultura. O estudo comparativo com o teste de imunofluorescência indireta para pesquisa de anticorpos IgG mostrou: a) nos pacientes primo infectados por P. falciparum a sensibilidade para ambos os testes foi de 71%; b) nos pacientes primo infectados pelo P. vivax a sensibilidade foi de 40% para ambos os testes; c) nos pacientes não primo infectados e com malária atual pelo P. falciparum a sensibilidade para ambos os testes foi de 100%; d) nos pacientes não primo infectados e com malária atual pelo P. vivax a sensibilidade foi de 85% para o teste ELISA e de 92% para a IFI; e) nos pacientes com malária mista a sensibilidade para ambos os testes foi de 100%. A especificidade da IFI foi de 100% e do teste ELISA 95% nos casos de indivíduos não maláricos. Os resultados obtidos sugerem ser o teste ELISA, uma boa alternativa para o teste de IFI, para a pesquisa de anticorpos IgG anti P. falciparum, na soroiogia da malária.

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Serão apresentadas duas experiências que estudantes de radiologia da ESTeSL tiveram no estrangeiro: a experiência que as estudantes tiveram no seu ERASMUS em Viena de Áustria no 2º semestre de 2014/15 e o decorrer da Summer School OPTIMAX2015, em que as estudantes participaram em agosto de 2015, em Groningen, nos Países Baixos. Falar-se-á um pouco sobre os estudos em radiologia. Discutir-se-ão os desafios que são habitualmente apresentados a um estudante aquando da realização do seu artigo final de investigação, como se podem prevenir e ultrapassar esses obstáculos e construir um artigo científico de qualidade.

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Esta tese aborda as práticas e as representações de mulheres em idade fértil, que vivem em contextos sociais de pobreza. As práticas sobre o acesso e as formas de utilização dos cuidados de saúde reprodutiva. As representações das mulheres relativamente à maternidade e/ou fecundidade, verificando de que forma estas influenciam a utilização de cuidados de saúde reprodutiva (saúde materna e planeamento familiar). E as representações dos profissionais de saúde e técnicos de serviço social sobre os comportamentos de fecundidade e as formas como as mulheres (pobres e não pobres) utilizam os cuidados de saúde reprodutiva. Devido à natureza do objecto de estudo e à complexidade inerente, optou-se por utilizar uma combinação de métodos qualitativos e quantitativos e respectivas técnicas de recolha e análise de dados, num mesmo desenho de estudo, tendo em vista a triangulação metodológica, que ajudou à compreensão mais profunda da realidade em estudo. Como tal dividiu-se a investigação em três estudos: 1) o estudo exploratório; que apoiou nas decisões, nomeadamente na delimitação do objecto de estudo, dos objectivos gerais e específicos, das hipóteses centrais de investigação e dos aspectos metodológicos relacionados com o estudo de caso-controlo e o estudo qualitativo; 2) o estudo de caso-controlo (quantitativo); 3) o estudo qualitativo. Estudo de caso-controlo O estudo de caso-controlo foi realizado com mulheres em idade fértil, em que os casos são mulheres consideradas “muito pobres”, havendo dois controlos para cada caso: os controlos 1, que são mulheres consideradas “pobres” e os controlos 2, que são mulheres consideradas “não pobres”. Este estudo foi planeado com uma amostra de 1513 mulheres em idade fértil, com 499 casos seleccionados segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional (de mulheres consideradas muito pobres) seleccionados da base de dados de beneficiários de RSI, da SCML. E 1014 controlos (de mulheres não consideradas como muito pobres): os controlos 1 foram seleccionados também segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional dos restantes beneficiários da SCML; os controlos 2 foram seleccionados de forma bi-etápica, primeiro procedeu-se a uma amostragem aleatória simples de quatro Centros de Saúde e de seguida optou-se por uma regra sistemática de selecção das utentes desses Centros de Saúde, mediante a aplicação de um formulário de critérios de inclusão. Os dados foram recolhidos através de um questionário semi-quantitativo aplicado por entrevista. Responderam ao questionário um total de 1054 mulheres, sendo que o total de respondentes distribui-se pelos grupos em estudo, isto é, 304 referentes aos casos (muito pobres), e 750 respeitantes aos controlos [293 pertencentes ao grupo de controlos 1 (pobres) e 457 provenientes do grupo de controlos 2 (não pobres)]. Os dados foram analisados utilizando técnicas estatísticas bivariadas e multivariadas. Concretamente, começou-se pela análise descritiva (frequências absolutas e relativas; medidas de tendência central: moda, média, mediana, média aparada a 5%) das variáveis demográficas e das variáveis de fecundidade (representações, tensões, práticas e controlo de fecundidade) em função das variáveis de condição social (gradientes de pobreza segundo os grupos em estudo). Seguiu-se a análise de comparação e associação - o teste de Qui-quadrado para testar a homogeneidade e para testar a homogeneidade de variâncias aplicou-se o teste de Levene e a normalidade da variável quantitativa, nos grupos em estudo, foi testada através do teste de Kolmogorov Smirnov e o teste de Shapiro-Wilk. Sempre que as condições de aplicação da ANOVA não se verificaram, aplicou-se a alternativa não paramétrica: o teste de Kruskal-Wallis. O cálculo do odds ratio da variável “ter gravidez e filhos” foi efectuado de acordo com o proposto por Mantel-Haenszel aplicado nas situações em que existem dois controlos por caso. Foram ainda utilizados modelos de regressão logística (pelo método Forward: LR) para avaliar a probabilidade de ser do grupo de casos (muito pobre), relativamente a ser do grupo de controlos 1 (pobre) e ser do grupo de controlos 2 (não pobre). E dois modelos de regressão logística multinomial para estudar a relação entre uma variável dependente de resposta qualitativa não binária [no presente estudo com três classes - os três grupos em estudo: casos (muito pobres), controlos 1 (pobres) e controlos 2 (não pobres)] e um conjunto de variáveis explicativas (predictor variables), que podem ser de vários tipos. A análise efectuada confirma a existência de gradientes de pobreza e a sua associação a gradientes de fertilidade, que se reflectem em termos de acesso à saúde e nos padrões de utilização de cuidados de saúde reprodutiva. O facto de as mulheres terem tido filhos (variável “ter gravidez e filhos”) aumenta a probabilidade (OR=1,17; p<0,001; IC = 1,08 – 1,26) de serem muito pobres, comparativamente a serem pobres e não pobres. Isto é, a maternidade configura-se como um factor explicativo da pertença social das mulheres, sobretudo quando interligado com outros factores. Concretamente, verifica-se através da análise dos modelos de regressão logística que existe uma interligação entre a condição social das mulheres e um conjunto de características sóciodemográficas, que se configuram como factores de risco de pobreza, como sejam o baixo rendimento dos agregados, a dimensão dos agregados familiares, a baixa escolaridade e as pertenças étnicas. Quanto ao acesso económico, constata-se que as mulheres muito pobres apresentam incapacidades financeiras para comportar custos com a compra de medicamentos muito superiores às restantes, constituindo-se esta como uma característica forte para explicar a sua condição social actual. Em termos de utilização de cuidados de saúde reprodutiva percebe-se que as mulheres muito pobres são caracterizadas por baixa frequência das consultas de revisão do parto, com todas as eventuais implicações no seu estado de saúde. Um aspecto pertinente prende-se com a sistemática aproximação das mulheres pobres às muito pobres, distanciando-se em quase tudo das mulheres não pobres. Ou seja, existe um número considerável da nossa população “média” com vulnerabilidades, que deveriam merecer uma atenção prioritária em termos de políticas sociais (nomeadamente, na área da saúde, do trabalho e do apoio social). Assim, é de enfatizar a importância de haver uma adequação das políticas de saúde no sentido de assegurar que as populações mais vulneráveis consigam utilizar de forma apropriada os cuidados de saúde reprodutiva. Estudo Qualitativo Foi efectuado um estudo qualitativo, através de realização de entrevistas e grupos focais. Concretamente, foram feitas oito entrevistas e dois grupos focais a mulheres provenientes de diferentes contextos socioeconómicos (pobreza e não pobreza), num total de 18 indivíduos. Foram conduzidos dois grupos focais a profissionais de saúde (enfermeiros e médicos), num total de 15 participantes. E realizados quatro grupos de discussão a técnicos de serviço social, num total de 36 participantes. Todas as entrevistas e grupos focais foram gravados, seguindo-se a sua transcrição integral. Os dados foram analisados com base nos procedimentos de análise de conteúdo habituais no âmbito de abordagens qualitativas. No que diz respeito aos grupos focais, procedeu-se a uma análise categorial temática. Através da análise das representações de fecundidade percebe-se que para as mulheres, independentemente do grupo socioeconómico a que pertencem, o melhor e o pior dos filhos, envolve três níveis: os sentimentos, o desempenho das funções parentais e as privações. E a maioria das mulheres assume que foi através de amigos, dos media e/ou de vizinhos que obteve as primeiras informações sobre os métodos contraceptivos. Revelando ainda a inexistência de influência familiar, especialmente das mães, na transmissão desses conhecimentos e informações sobre contracepção, em todos os grupos socioeconómicos. Aliás, a percepção generalizada é de que o sexo foi um assunto tabu na educação destas mulheres. Muitas das mulheres no estudo descrevem uma preparação inadequada para o sexo e contracepção na primeira gravidez, acontecendo esta como resultado de impreparação e não de planeamento. Encontram-se semelhanças entre as mulheres provenientes de diferentes gradientes sociais, mas também se encontram diferenças, nomeadamente, acerca do papel do parceiro masculino no planeamento familiar e no planeamento das gravidezes. Existe uma diferença entre mulheres provenientes de grupos socioeconómicos distintos (muito pobres e pobres vs. não pobres) relativamente ao papel do parceiro na contracepção: não utilização do preservativo porque companheiros “não aceitam” vs. as mulheres que assumem que as decisões quanto à contracepção são e foram sempre da sua responsabilidade. Os resultados vêm mostrar a importância atribuída ao sexo do médico e a vergonha envolvida na utilização dos cuidados de saúde materna, cujas consequências se revelaram impeditivas de realização das consultas pós-parto. Vários estudos já apontaram o desconforto durante o encontro biomédico nos cuidados pré-natais resultando de uma incapacidade da mulher para lidar com certas características do profissional de saúde, que podem incluir idade, género e linguagem (cfr. nomeadamente, Whiteford e Szelag, 2000). Um outro aspecto em que há diferenças entre grupos socioeconómicos nos resultados do estudo de caso-controlo, e que vem ser ainda mais aprofundado através do estudo qualitativo, está relacionado com os apoios recebidos quando os filhos nascem e quando existe uma situação de doença. As mais pobres encontram-se numa posição de vulnerabilidade acrescida, porque não podem colmatar a falta de apoios, por exemplo com amas para tomar conta dos filhos, como é admitido, por exemplo, por uma mulher de etnia cigana. Mas emerge uma semelhança entre as mulheres dos diferentes grupos socioeconómicos, quando reivindicam a necessidade de existir mais apoio, nomeadamente uma rede de creches. Os profissionais (saúde e social) demonstram nas suas representações as influências do modelo biomédico de saúde. Quanto às mulheres, consoante o seu contexto cultural, elas tendem a integrar num “modelo próprio” a sua relação com os cuidados de saúde, especificamente com os cuidados pré-natais. Modelo esse que não exclui o uso dos serviços biomédicos durante a gravidez, o que acontece é que as mulheres conservam as suas crenças e algumas práticas tradicionais em face de novas. Deixando em aberto a possibilidade de negociação e transmissão de conhecimentos por parte dos profissionais de saúde, processo facilitado com existência de diálogo e abertura dos profissionais de saúde para as especificidades culturais (cfr. outros estudos, nomeadamente, Atkinson e Farias, 1995; Whiteford e Szelag, 2000). Os profissionais atribuem ao “pobre” uma característica-tipo: o imediatismo. Este condiciona a actuação dos indivíduos “pobres” nas práticas de planeamento familiar e nas formas de utilização de cuidados de saúde reprodutiva. Por exemplo, para os profissionais de saúde e técnicos de serviço social a utilização correcta da contracepção dependerá do nível educacional da mulher. Mas não se comprova tal facto nos estudos, havendo mesmo indício de uma certa transversalidade nas “falhas” de utilização, por exemplo da pílula. Através do estudo de caso-controlo comprovase que a pílula era o contraceptivo mais usado no momento em que as mulheres engravidaram do último filho, sendo que aparentemente algo terá falhado (dosagem, esquecimento, toma simultânea de antibiótico), não existindo diferenças entre os grupos socioeconómicos. A análise reflecte a existência de representações nem sempre coincidentes entre mulheres e profissionais de saúde, no que diz respeito à maternidade, à gravidez e à fecundidade, mas também às necessidades e formas de utilização dos cuidados de saúde reprodutiva (saúde materna e planeamento familiar). Chama-se a atenção para a importância dos decisores terem estes factos em atenção de forma a adequar as políticas de saúde às expectativas e percepções de necessidade por parte das populações vulneráveis, procurando atingir o objectivo de utilização adequada de cuidados de saúde reprodutiva e, em última análise, promover a equidade em saúde. Conclusões Gerais Esta investigação insere-se numa lógica de perceber as características associadas no continuum de pobreza, procurando-se os factores que explicam a posição relativa dos grupos nesse mesmo continuum. Em termos de saúde, contata-se existir uma associação entre a não realização de consultas de revisão do parto e as chances superiores de pertencer a um grupo socioeconómico mais pobre. Haverá aqui lugar a um cuidado acrescido em termos de organização de cuidados de saúde para que estas mulheres, com vulnerabilidades de vária ordem, sejam devidamente acompanhadas, orientadas, apoiadas para a realização deste tipo de consultas, envolvendo uma sensibilização para “gostar de si própria”, de valorização individual, mesmo depois do nascimento dos filhos. As redes de sociabilidade são distintas consoante a posição que a mulher ocupa em termos de gradiente social, sendo que a posição é mais vulnerável para as mulheres muito pobres e pobres, quer em situação de doença, quer em situação de apoio para os filhos e ainda em termos de privação material existe um efeito em termos de diluição das sociabilidades para grupos já tão fragilizados a outros níveis. Ao descrever, analisar e caracterizar os gradientes de pobreza e privação múltipla entre os grupos de mulheres em estudo posso concluir que existem aspectos diferenciadores das mulheres pobres relativamente às mulheres não pobres.Mas elas manifestam sobretudo características que as aproximam das mulheres muito pobres. Ou seja, este grupo de pessoas está particularmente envolta numa multiplicidade de riscos sociais, uma vez que são mulheres que têm filhos, trabalham, têm redes de sociabilidade enfraquecidas e não podem contar com a ajuda do Estado em termos de medidas de apoio social, não sendo elegíveis, por exemplo, para o RSI. Urge rever as condições de atribuição de medidas, não necessariamente com a configuração actual, mas que tenham em atenção este conjunto populacional. A actividade sexual começa muito cedo nas vidas das jovens, independentemente da proveniência socioeconómica, pelo que esse é um aspecto que, penso, deverá continuar a ser considerado em termos de saúde sexual e reprodutiva por parte das diferentes entidades no que se refere à educação e promoção para a saúde. As questões relacionadas com a incapacidade para comportar custos de saúde - deixar de comprar medicamentos, sobretudo, para as próprias mulheres, não poder pagar consultas em médicos especialistas e dentistas - revelam-se sérias, na medida em que fazem emergir as diferenças em termos de grupos socioeconómicos, constituindo-se como um factor associado com as iniquidades em saúde ainda existentes em Portugal. Como é sabido pelos estudos realizados, estas são também causas de pobreza. Assim, esta é uma das áreas a merecer actuação prioritária no sentido de contribuir para que caminhemos para uma sociedade com mais equidade. A existência de diferenças na acessibilidade e no acesso geográfico e económico, marcada pelas diferenças em termos de gradientes sociais, deixa em aberto a necessidade de actuar no sentido de que o sistema de saúde tenha políticas de promoção da equidade, nomeadamente a equidade de acesso económico, na investigação desenvolvida sobre “sistemas de saúde”. Parece que fica evidente a necessidade de monitorizar quais as interacções entre as políticas, de saúde e sociais, e a variabilidade nas desigualdades sociais ao longo do tempo, ou seja, a importância de monitorizar os efeitos das políticas nos grupos vulneráveis. Só avaliando poderemos saber se as medidas devem continuar com conteúdo e formas de implementação actuais ou se, pelo contrário, deverão acontecer mudanças nas medidas de apoio para melhorar as condições sociais e de saúde das populações.

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In twenty five patients who presented the cutaneous form of loxoscelism, serum haptoglobin and lactic dehydrogenase, erythrocyte glucose-6-phosphate dehydrogenase, glutathione reductase, glutathione peroxidase, methemoglobin, bilirubin and reticulocytes were investigated after bite. No hemolysis was detected but an increase in methemoglobin was found in 54% of the cases; in 7% it was between 1.1% and 2%, in 27% it ranged from 2.1% to 4%, and in 20% from 4.1% to 8%. Blood samples of a normal, blood group 0 individual and of a patient who exhibited methemoglobinemia after Loxosceles bite were incubated separately with antisera against Loxosceles gaucho, Crotalus terrificus, Bothrops jararaca, with Loxosceles gaucho venom and 0.3% phenol. No methemoglobin was found after 1, 4,8 and 15 days in both sets of samples. At the 25th day all the samples, including the controls, exhibited similar methemoglobin reductase decrease. The data suggest that the methemoglobinemia which occurs in 50% of the patients probably arises from in vivo venom metabolism, inasmuch as the crude venom does not induce methemoglobinemia.

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Resumo - O avanço tecnológico e científico no campo da Medicina tem favorecido a aplicação das radiações ionizantes nas áreas da Medicina Nuclear, Radiologia, Radioterapia e noutras especialidades relacionadas com a medicina de intervenção, como a Cardiologia. As Organizações de Saúde, com profissionais com risco de exposição a radiações ionizantes, são responsáveis, legislativamente, por assegurar a sua vigilância. Certificando a observação controlada das doses de exposição, os profissionais são monitorizados com dosímetros individuais e submetidos a vigilância médica. As leituras de dosímetria individual destes profissionais, originam por vezes, nos próprios, desconfianças e incertezas quanto aos valores medidos. Objectivo: avaliar o grau de confiança dos profissionais de saúde, expostos a radiações ionizantes, no sistema de monitorização individual. Metodologia: estudo observacional do tipo analítico- transversal, por questionário. Amostra de 190 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica de Cardiopneumologia, Medicina Nuclear, Radiologia, Radioterapia, expostos a radiações ionizantes, que exercem a sua actividade profissional em hospitais do concelho de Lisboa. Resultados: 51,1% dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica não confiam nas leituras dos dosímetros, não se determinou uma relação estatisticamente significativa entre essa confiança, o tipo de dosímetro e a empresa que realiza as leituras. A confiança é maior nos que exercem em Organizações de Saúde públicas. 40,2% das Organizações de Saúde apresentam plano de vigilância médica, constatando-se uma falta de conformidade entre os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, nalguns hospitais, relativamente à existência desse plano no respectivo hospital. A margem de erro associado ao estudo é de 5,09%, com um nível de confiança de 95%. -----------Abstract - The technological and scientific advances in the field of medicine has encouraged the application of ionizing radiation with a considerable positive contribution in the areas of Nuclear Medicine, Radiology, Radiotherapy and other specialties related to medical intervention like Cardiology. The Health Organizations that arise the risk of occupational exposure to ionizing radiation and is their responsibility to ensure monitoring, according the law. To ensure the monitoring of controlled doses of exposure, the exposed works use an individual dosimeter and undergo medical supervision. The individual dosimetry readings of health-care professionals, is sometimes questionable for themselves, arising distrust and uncertainty about the values measured. Objective: evaluate the degree of confidence of health professionals, exposed to radiation, on the system of individual monitoring. Methods: Observational study of cross-type analysis by questionnaire. Sample of 190 of technologists of Cardiopneumology, Nuclear Medicine, Radiology, Radiotherapy, exposed to ionizing radiation, which work in hospitals on the region of Lisbon. Results: 51.1% of technologists does not rely on the readings of their dosimeters, and wasn’t determined a statistically significant relationship between this trust, the type of dosimeter and the company that makes the readings(s) of their(s) dosimeter(s). The confidence in the readings is higher in public Health Organizations. 40.2% of the Health Organizations have medical monitoring plan and there is a disagreement between technologists, in some hospitals, relatively to the existence of this plan in their hospital. It was estimated that the u

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Decision making in any environmental domain is a complex and demanding activity, justifying the development of dedicated decision support systems. Every decision is confronted with a large variety and amount of constraints to satisfy as well as contradictory interests that must be sensibly accommodated. The first stage of a project evaluation is its submission to the relevant group of public (and private) agencies. The individual role of each agency is to verify, within its domain of competence, the fulfilment of the set of applicable regulations. The scope of the involved agencies is wide and ranges from evaluation abilities on the technical or economical domains to evaluation competences on the environmental or social areas. The second project evaluation stage involves the gathering of the recommendations of the individual agencies and their justified merge to produce the final conclusion. The incorporation and accommodation of the consulted agencies opinions is of extreme importance: opinions may not only differ, but can be interdependent, complementary, irreconcilable or, simply, independent. The definition of adequate methodologies to sensibly merge, whenever possible, the existing perspectives while preserving the overall legality of the system, will lead to the making of sound justified decisions. The proposed Environmental Decision Support System models the project evaluation activity and aims to assist developers in the selection of adequate locations for their projects, guaranteeing their compliance with the applicable regulations.

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Trabalho de projeto apresentado à Escola Superior de Comunicação Social como parte dos requisitos para obtenção de grau de mestre em Gestão Estratégica das Relações Públicas.

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Nutritional management is essential for Phenylketonuria (PKU) treatment, consisting in a semi-synthetic and low phenylalanine (Phe) diet, which includes strictly controlled amounts of low protein natural foods (essentially fruits and vegetables) supplemented with Phe-free protein substitutes and dietetic low-protein products. PKU diet has to be carefully planned, providing the best ingredient combinations, so that patients can achieve good metabolic control and an adequate nutritional status. Hereupon, it is mandatory to know the detailed composition of natural and/or cooked foodstuffs prepared specifically for these patients. We intended to evaluate sixteen dishes specifically prepared for PKU patients, regarding the nutritional composition, Phe and tyrosine (Tyr) contents, fatty acids profile, and vitamins E and B12 amounts. The nutritional composition of the cooked samples was 15.5–92.0 g/100 g, for moisture; 0.7–3.2 g/100 g, for protein; 0.1–25.0 g/100 g, for total fat; and 5.0–62.0 g/100 g, for total carbohydrates. Fatty acids profile and vitamin E amount reflected the type of fat used. All samples were poor in vitamin B12 (0.3–0.8 μg/100 g). Boiled rice presented the highest Phe content: 50.3 mg/g of protein. These data allow a more accurate calculation of the diet portions to be ingested by the patients according to their individual tolerance.

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Lotes de Biomphalaria glabrata (controle), B. tenagophila e B. straminea (com respectivamente 139, 77 e 149 exemplares) criados em laboratório a partir de espécimes coletados na região metropolitana de Belo Horizonte, MG (Brasil), foram infectados experimentalmente com larvas L1 de Angiostrongylus costaricensis. Decorridos aproximadamente 25 dias, os moluscos foram digeridos individual e artificialmente para exame. De 87 B. glabrata examinadas, 62 (71,3%) estavam positivas e apresentaram de uma a 61 larvas L3; de 42 B. tenagophila, 21 (50,0%) possuíam de uma a cinco L3; e de 89 B. straminea, 69 (77,5%), de uma a 72 L3. As três espécies de planorbídeos mostraram-se suscetíveis à infecção pelo A. costaricensis, sendo a B. glabrata e a B. straminea as mais eficientes para manutenção do ciclo do nematódeo em laboratório.

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Coffee silverskin is a major roasting by-product that could be valued as a source of antioxidant compounds. The effect of the major variables (solvent polarity, temperature and extraction time) affecting the extraction yields of bioactive compounds and antioxidant activity of silverskin extracts was evaluated. The extracts composition varied significantly with the extraction conditions used. A factorial experimental design showed that the use of a hydroalcoholic solvent (50%:50%) at 40 °C for 60 min is a sustainable option to maximize the extraction yield of bioactive compounds and the antioxidant capacity of extracts. Using this set of conditions it was possible to obtain extracts containing total phenolics (302.5 ± 7.1 mg GAE/L), tannins (0.43 ± 0.06 mg TAE/L), and flavonoids (83.0 ± 1.4 mg ECE/L), exhibiting DPPHradical dot scavenging activity (326.0 ± 5.7 mg TE/L) and ferric reducing antioxidant power (1791.9 ± 126.3 mg SFE/L). These conditions allowed, in comparison with other “more effective” for some individual parameters, a cost reduction, saving time and energy.