Comparação florística de florestas inundáveis das regiões Sudeste e Sul do Brasil

Este estudo avaliou a variação da composição florística do componente arbóreo de 35 áreas inundáveis das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Foi utilizada uma lista com 602 espécies arbóreas de 23 áreas de florestas aluviais (inundações temporárias) e 12 de florestas paludosas (inundações permanentes). Por meio de um teste de chi2, as espécies foram classificadas de acordo com o habitat em: 1) preferenciais de florestas paludosas, e.g. Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng., Dendropanax cuneatus (DC.) Decne & Planch. e Calophyllum brasiliense Cambess.; 2) preferenciais de florestas aluviais, e.g. Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs, Ocotea pulchella Mart. e Sorocea bonplandii (Baill.) W. Burger et al. e 3) espécies não preferenciais, e.g. Luehea divaricata Mart. & Zucc., Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman e Copaifera langsdorffii Desf. A análise multivariada de gradientes (DCA) demonstrou maior agrupamento das florestas paludosas do que florestas aluviais, indicando maior heterogeneidade florística do último grupo. Os resultados indicaram que a variação, ambiental associada aos diferentes regimes de inundação é determinante na definição dos padrões fitogeográficos de áreas inundáveis.

Modelos preditores da fitomassa aérea da Floresta Baixa de Restinga

Este estudo teve como objetivo desenvolver modelos preditores de fitomassa epigéa da vegetação arbórea da Floresta Baixa de Restinga. Foram selecionadas 102 árvores de 29 espécies ocorrentes na área de estudo e 102 indivíduos de jerivá (Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman), distribuídos proporcionalmente entre as classes de diâmetro da vegetação arbórea. As árvores foram cortadas, ao nível do solo e foram medidos a altura total e o diâmetro à altura do peito (DAP) de cada árvore. As folhas foram separadas do lenho e a massa fresca da porção lenhosa e foliar medidas separadamente. Amostras de cada fração foram secas a 70 °C, até peso constante, para determinação da massa seca das árvores. Os modelos foram desenvolvidos através de análise de regressão linear, sendo a variável dependente a massa seca (MS) das árvores e as variáveis independentes a altura (h), o diâmetro a altura do peito (d) e as relações d² h e d² h multiplicada pela densidade da madeira (ρ d² h). Os modelos desenvolvidos indicam que o diâmetro explica grande parte da variabilidade da fitomassa das árvores da restinga e a altura é a variável explanatória da equação específica para o jerivá. Os modelos selecionados foram: ln MS (kg) = -1,352 + 2,009 ln d (R² = 0,96; s yx = 0,34) para a comunidade vegetal sem jerivá, ln MS (kg) = -2,052 + 0,801 ln d² h (R² = 0,94; s yx = 0,38) para a comunidade incluindo o jerivá, e ln MS (kg) = -0,884 + 2,40 ln h (R² = 0,92; s yx = 0,49) para o jerivá.

Parâmetros cinéticos da Glutationa S-Transferase e sua ativação por extratos de vegetais

Este estudo teve como objetivos avaliar a indução da Glutationa S-Transferase, com extratos de vegetais, e caracterizar os parâmetros cinéticos desta enzima. Foram obtidos os extratos aquoso, etanólico e hexanólico de vegetais, amplamente consumidos no Brasil, como berinjela (Solanum melongena L.), couve-flor (Brassica oleracea L.), couve (Brassica oleracea L.), brócolis (Brassica oleracea L.), couve-de-bruxelas (Brassicaoleraea L.), cebola (Allium cepa L.), alho (Allium sativum L.); vegetais que apresentam gosto amargo, como jiló (Solanum gilo Raddi), guariroba (Syagrus oleracea Becc.), mostarda (Brassica nigra L.), carqueja (Cacalia spp.), e de plantas relacionadas, na cultura popular, como curadoras de determinadas doenças, como a babosa (Aloe vera L.). A atividade da enzima foi determinada usando como substrato o 1 cloro 2, 4 dinitrobenzeno, na presença dos extratos vegetais. A mistura da reação, sem a presença do extrato, foi considerada controle. Das amostras de vegetais avaliadas, a berinjela, a couve e o brócolis apresentaram maior indução na atividade da GST, sendo o extrato etanólico o mais eficaz. A enzima apresentou um Vmax de 0,016 abs. min-1/unidade da enzima e um Km de 0,323mM. O baixo valor de Km encontrado indica uma alta especificidade da enzima pelo substrato 1 cloro 2, 4 dinitrobenzeno e a atividade máxima da enzima foi na faixa de pH entre 6,5 e 7,0.

Hacia la alfabetizaci??n num??rica en Educaci??n Infantil : algunos avances en Chile y Espa??a

Resumen basado en el de la publicaci??n

Los procesos matem??ticos en las pr??cticas docentes : dise??o, construcci??n y validaci??n de un instrumento de evaluaci??n

Resumen basado en el de la publicaci??n

Movement of Juvenile Songbirds in Harvested Boreal Forest: Assessing Residency Time and Landscape Connectivity

Little is known about juvenile songbird movement in response to timber harvest, particularly in the boreal forest. If clearcut land cover facilitates movement, the availability of resources may increase. However, if clearcut land cover impedes movement, important post-fledging resources may be rendered inaccessible. Using radio telemetry, we tested the hypothesis that regenerating clearcut land cover would affect the movement of recently independent Yellow-rumped Myrtle Warblers (Dendroica coronata coronata) and Blackpoll Warblers (Dendroica striata) differently than forested land cover owing to intrinsic differences in each land-cover type or in how they are perceived. We found that both species moved extensively before migration. We also found that Blackpoll Warblers were quick to exit local areas composed of clearcut land cover and that both species were quick to exit neighborhoods composed of large proportions of clearcut land cover. However, if individuals encountered clearcut land cover when exiting the neighborhood, movement rate was slowed. Effectively, residency time decreased in clearcut neighborhoods and landscape connectivity was impeded by clearcut land cover. Our results suggest that clearcut land cover may represent low-quality habitat for both species during the post-fledging period. Further research is needed to determine if changes in movement behavior associated with landscape structure affect individual condition and higher-level ecological processes.

Apical leaf necrosis as a defence mechanism against pathogen attack: effects of high nutrient availability on onset and rate of necrosis

An outdoor experiment was conducted to increase understanding of apical leaf necrosis in the presence of pathogen infection. Holcus lanatus seeds and Puccinia coronata spores were collected from two adjacent and otherwise similar habitats with differing long-term N fertilization levels. After inoculation, disease and necrosis dynamics were observed during the plant growing seasons of 2003 and 2006. In both years high nutrient availability resulted in earlier disease onset, a higher pathogen population growth rate, earlier physiological apical leaf necrosis onset and a reduced time between disease onset and apical leaf necrosis onset. Necrosis rate was shown to be independent of nutrient availability. The results showed that in these nutrient-rich habitats H. lanatus plants adopted necrosis mechanisms which wasted more nutrients. There was some indication that these necrosis mechanisms were subject to local selection pressures, but these results were not conclusive. The findings of this study are consistent with apical leaf necrosis being an evolved defence mechanism.

Effects of plant pathogens on population dynamics and community composition in grassland ecosystems: two case studies

Grassland ecosystems comprise a major portion of the earth’s terrestrial surface, ranging from high-input cultivated monocultures or simple species mixtures to relatively unmanaged but dynamic systems. Plant pathogens are a component of these systems with their impact dependent on many interacting factors, including grassland species population dynamics and community composition, the topics covered in this paper. Plant pathogens are affected by these interactions and also act reciprocally by modifying their nature. We review these features of disease in grasslands and then introduce the 150-year long-term Park Grass Experiment (PGE) at Rothamsted Research in the UK. We then consider in detail two plant-pathogen systems present in the PGE, Tragopogon pratensis-Puccinia hysterium and Holcus lanata-Puccinia coronata. These two systems have very different life history characteristics: the first, a biennial member of the Asteraceae infected by its host-specific, systemic rust; the second, a perennial grass infected by a host-non-specific rust. We illustrate how observational, experimental and modelling studies can contribute to a better understanding of population dynamics, competitive interactions and evolutionary outcomes. With Tragopogon pratensis-Puccinia hysterium, characterised as an “outbreak” species in the PGE, we show that pathogen-induced mortality is unlikely to be involved in host population regulation; and that the presence of even a short-lived seed-bank can affect the qualitative outcomes of the host-pathogen dynamics. With Holcus lanata-Puccinia coronata, we show how nutrient conditions can affect adaptation in terms of host defence mechanisms, and that co-existence of competing species affected by a common generalist pathogen is unlikely.

Genetic diversity and specialisation of Eudarluca caricis on some graminaceous Puccinia species

Eudarluca caricis is a common hyperparasite of rusts. A total of 100 cultures were isolated from six Puccinia species or forms growing on 10 species of British grasses at two sites approximately 3 km apart. 82 isolates collected in 2005 were partially sequenced at the ITS locus, and amplified fragment length polymorphism profiles generated for 86 isolates from 2005 and 12 from 2007. Partial ITS sequences of most isolates grouped closely, in a clade with previously reported graminaceous Puccinia isolates and a number of Melampsora isolates. A second clade was very distinct and contained mostly isolates from P. poarum on Poa trivialis. All isolates had distinct AFLP haplotypes. The P. poarum isolates were very distinct from isolates collected from other rusts at the same site. Isolates from P. brachypodii f. sp. arrehenatheri growing on Arrhenatherum elatius in 2005 and 2007 at the same location were distinct (P < 0.001). Isolates from each rust or grass in one year and site were more similar than expected from overall variation between isolates (P<0.001). Isolates from P. coronata on different grasses clustered together (with isolates from P. brachypodii f. sp. poae-nemoralis), suggesting partial host rust specialisation in E. caricis.

Castoraeschna corbeti sp nov from Floresta Nacional de Carajas, Para state, Brazil (Odonata: Aeshnidae)

Castoraeschna corbeti sp. nov. is described and diagnosed based on four males (holotype: Brazil, Para State, Floresta Nacional cle Carajas [6 degrees 06`13.9 `` S, 50 degrees 08`13.1 `` W, ca 600 m a.s.l.], 28 ix 2007 to be deposited in Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro). This species is similar to C. longfieldae and C. coronata but can be distinguished mainly by the absence of medio-dorsal spots on S8; postero-dorsal spots on S8-9 very narrow; cerci external margin almost straight in lateral view, without a distinct angulation between stern and base of lamina; cerci apex blunt. The probable ultimate stadium larva is described based on two individuals, male and female, collected at the type locality. Adults were observed flying along margins of a small shaded second-order stream where the larvae were taken. The surrounding forest is under impact of iron ore extraction and will probably disappear in the next years.

Componentes da resistência quantitativa à ferrugem da folha em linhagens recombinantes de aveia

A ferrugem da folha da aveia, causada pelo fungo Puccinia coronata f. sp. avenae, é responsável por grandes decréscimos na produção, afetando tanto o rendimento como a qualidade de grãos. O controle através do uso de cultivares com resistência qualitativa tem se mostrado pouco efetivo em termos de durabilidade. Neste sentido, a resistência quantitativa pode ser uma alternativa de controle viável, em busca de uma resistência mais durável, já que exerce menor pressão de seleção sobre a população patogênica. A resistência quantitativa reduz a taxa de progresso da doença, pela combinação dos diversos componentes que a condicionam, como: longo período latente, curto período infeccioso, baixa eficiência de infecção e pústulas de comprimento reduzido. Não se sabe ao certo o papel individual de cada um destes componentes sobre o progresso da doença no campo, bem como, o número de genes que determinam estas características. Assim, este trabalho visou caracterizar os componentes da resistência quantitativa (período latente, período infeccioso, comprimento de pústulas e ASCPD) à ferrugem da folha da aveia, em planta adulta e plântulas, tanto em condições controladas como em condições de campo. Para tanto foram utilizadas 83 linhagens recombinantes F6:10 de aveia branca, oriundas do cruzamento de um pai suscetível (UFRGS 7) com um pai com resistência quantitativa (UFRGS 910906). As linhagens apresentaram variabilidade para as características avaliadas, exceto para comprimento de pústulas em planta adulta. Os componentes da resistência apresentaram distribuição normal, exceto o comprimento de pústulas em planta adulta e o período de latência em plântulas. Isto sugere a presença de vários genes de pequeno efeito atuando na expressão dos mesmos, não se enquadrando em nenhum modelo de poucos genes. Os resultados sugerem que a resistência quantitativa à ferrugem da folha da aveia é resultado da ação conjunta de todos os componentes que a condicionam, e não de apenas um deles. Ainda, mecanismos diferenciados parecem estar atuando em cada genótipo na expressão desta característica.

Morphologic and molecular characterization of Myrciaria spp species

A jabuticabeira é considerada uma das fruteiras mais típicas do Brasil. Entretanto, há poucos estudos sobre esta planta na literatura, e mesmo sua classificação botânica é muito controvertida. Este trabalho faz comparações entre as espécies de jabuticabeiras, usando as técnicas de marcadores morfológicos (organografia) e moleculares RAPD. As características morfológicas das plantas, usadas como marcadores morfológicos, foram comparadas com espécimes presentes nos herbários dos Estados de São Paulo e Minas Gerais e com as descrições obtidas em revisão de literatura especializada. As diferenças moleculares entre as espécies foram determinadas por meio do uso de marcadores RAPD. O experimento foi realizado nas cidades de Piracicaba, Jaboticabal e Ituverava do Estado de São Paulo, Brasil. Diferenças morfológicas e moleculares entre as plantas estudadas foram identificadas, e quatro grupos distintos de espécies foram definidos: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg, M. coronata Mattos, M. jaboticaba (Vell.) O. Berg. e M. phytrantha (Kiaersk.) Mattos. A técnica de marcadores moleculares, aliada à técnica de marcadores morfológicos, mostrou ser uma ferramenta importante na identificação de espécies de jabuticabeiras.

Additional morphological characters and a new host for Aceria gymnoscuta Navia & Flechtmann (Acari, Eriophyidae)

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Forest fragment size and microhabitat effects on palm seed predation

The establishment of plant species depends crucially on where the seeds are deposited. However, since most studies have been conducted in continuous forests, not much is known about the effects of forest fragmentation on the maintenance of abiotic and biotic characteristics in microhabitats and their effects on seed survival. in this study, we evaluated the effects of forest fragmentation on the predation upon the seeds of the palm Syagrus romanzoffiana in three microhabitats (interior forest, forest edge and gaps) in eight fragments of semi-deciduous Atlantic forest ranging in size from 9.5 ha to 33,845 ha in southeastern Brazil. Specifically, we examined the influence of the microhabitat structure, fauna and fragment size on the pattern of seed predation. Fragments < 100 ha showed similar abiotic and biotic characteristics to those of the forest edge, with no seed predation in these areas. Forest fragments 230-380 ha in size did not present safe sites for S. romanzoffiana seed survival and showed high seed predation intensity in all microhabitats evaluated. In fragments larger than 1000 ha, the seed predation was lower, with abiotic and biotic differences among gaps, interior forests and forest edges. In these fragments, the survival of S. romanzoffiana seeds was related to squirrel abundance and interior forest maintenance. Based on these results, we concluded that there are no safe sites for S. romanzoffiana seed establishment in medium- and small-sized fragments as result of the biotic and abiotic pressure, respectively We suggest that on these forest fragments, management plans are needed for the establishment of S. romanzoffiana, such as interior forest improvement and development in small-sized sites in order to minimize the edge effects, and on medium-sized fragments, we suggest post-dispersal seed protection in order to avoid seed predation by vertebrates. our findings also stress the importance of assessing the influence of forest fragmentation on angiosperm reproductive biology as part of the effective planning for the management of fragmented areas. (c) 2006 Elsevier Ltd. All rights reserved.

Composição florística e estrutura fitossociológica de dois fragmentos de floresta de restinga no Município de Bertioga, SP, Brasil

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)