A utilidade da demonstração de fluxos de caixa na ótica dos Técnicos Oficiais de contas

O tema Fluxos de Caixa tem cada vez mais importância nas empresas e no relato financeiro das mesmas. Com a entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística em 2010, tornou-se obrigatória a apresentação da Demonstração de Fluxos de Caixa nas Demonstrações Financeiras das empresas que adotem o regime geral. Segundo a Norma Contabilística e de Relato Financeiro 2 – Demonstração de Fluxos de Caixa, nos seus parágrafos 7 e 8, a Demonstração de Fluxos de Caixa “deve relatar os fluxos de caixa durante o período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A classificação por atividades proporciona informação que permite aos utentes determinar o impacto dessas atividades na posição financeira da entidade e nas quantias de caixa e seus equivalentes”. Possibilita a avaliação das empresas, a deteção de sinais de fragilidade e ajuda a decidir qual o melhor caminho a seguir. O objetivo central deste trabalho consiste em evidenciar a importância e utilidade da Demonstração de Fluxos de Caixa para os profissionais de contabilidade e para os utilizadores da informação financeira, na ótica dos Técnicos Oficiais de Contas, e será alcançado através de um questionário a este grupo de profissionais. Os resultados obtidos permitiram-nos aferir que os Técnicos Oficiais de Contas consideram esta Demonstração Financeira importante e atribuem-lhe a utilidade que efetivamente representa, isto é, consideram-na uma peça indispensável para a gestão de tesouraria como para a gestão operacional, financeira ou de investimentos de qualquer empresa. Contudo, na sua opinião, esta Demonstração é ainda pouco valorizada pelos utilizadores da informação financeira.

A importância do capital humano nas organizações

Os ativos intangíveis são cada vez mais uma preocupação das organizações, e atualmente são reconhecidos como os principais ativos das empresas. O Capital Humano como dimensão do Capital Intelectual é um fator preponderante no desenvolvimento e crescimento das organizações, uma vez que proporciona criação de valor e vantagem competitiva para as empresas. A criação, a partilha e a transferência de Conhecimento são, também, fatores influentes que geram Capital Humano. Na atualidade, este tema tem despertado o interesse tanto de economistas, gestores e contabilistas, como de meros investidores. O Capital Intelectual é tradicionalmente concetualizado como sendo composto por três grandes dimensões: Capital Humano, Capital Relacional e Capital Estrutural. Por sua vez, daquilo que é o nosso conhecimento, consideramos que existe uma lacuna na literatura sobre Capital Humano no que diz respeito à sua taxonomia. Efetivamente grande parte das investigações sobre Capital Humano, como dimensão do Capital Intelectual, focam-se essencialmente nos itens necessários para a sua mensuração do CH. Desta forma, o objetivo principal deste estudo consiste em explorar a dimensão do CH ao nível das suas componentes. Ou seja, procuramos encontrar as componentes do Capital Humano e propomo-nos a determinar quais as que têm maior importância no CH para o desenvolvimento e crescimento das organizações. Para esta realização efetuámos um estudo de carácter exploratório, num contexto específico do mercado português – o Setor Segurador. Os resultados obtidos tanto a nível qualitativo como quantitativo vão de encontro às questões de investigação previamente definidas. Portanto, as componentes mais importantes do CH são: a formação e o bem-estar, o conhecimento e o profissionalismo e as características pessoais e técnicas dos colaboradores que constituem os Recursos Humanos da organização. Estas são aquelas que mais valorizam e proporcionam crescimento nas organizações. Este estudo poderia ser tão mais completo, se pudéssemos apresentar uma comparação entre duas empresas seguradoras e, consequentemente analisar o comportamento das duas face ao Capital Humano. Outro aspeto interessante seria efetuar uma análise sobre qual o impacto do Capital Humano na performance financeira das organizações seguradoras. Estas são limitações que podem ser vistas como sugestões para estudos de investigação futuros nesta mesma área. Este estudo contribui para o enriquecimento das investigações na área do Capital Humano, uma vez que conhecendo melhor as componentes que constituem o CH mais facilmente as organizações definem as suas estratégicas de crescimento e desenvolvimento. Desta forma, este estudo pode apoiar alguns gestores na definição de políticas de valorização deste ativo intangível em organizações do mercado segurador.

A informação contabilística no processo de tomada de decisão de microempresas

A globalização, o desenvolvimento económico e o aumento da competitividade, possibilitaram um acréscimo do número de microempresas, originado o aumento do peso que estas detêm na economia. Estas absorvem a maioria da mão-de-obra do setor privado e criam parte significativa da riqueza de um país, no entanto, apresentam elevados índices de dissolução e liquidação, pondo em causa o desenvolvimento sustentável das economias onde estão sediadas. A informação contabilística é essencial em qualquer tipo de organização. Para as microempresas a utilização da informação contabilística no processo de tomada de decisão determina a diferença entre sucesso e o insucesso do empreendimento, no entanto, este tipo de informação continua a ser menosprezado pela gerência das microempresas. É assim importante estudar os fatores que limitam a utilização da informação contabilística no processo de tomada de decisão de microempresas e investigar a sua relação com os fatores de insucesso deste tipo de entidades. Nesta investigação para se atingirem os objetivos propostos considera-se adequado a adoção de uma metodologia de natureza quantitativa, assente num inquérito dirigido aos Contabilistas Certificados. Através da investigação demonstrou-se a importância que a informação contabilística detém no processo de tomada de decisão das microempresas Portuguesas. Constatou-se que os gerentes limitam a utilização deste tipo de informação, uma vez que não têm capacidade para interpretar a informação contabilística, nem reconhecem os benefícios inerentes à sua utilização nas decisões empresariais. Confirmou-se ainda que existe uma relação positiva entre os fatores de insucesso e os fatores que limitam a utilização da informação contabilística no processo de tomada de decisão de microempresas.

Lacunas entre a perceção dos preparadores e utilizadoredos sobre a qualidade da contabilística interna

Existe um amplo consenso na literatura à volta de ideia de que a finalidade da contabilidade de gestão é apoiar a tomada de decisão e o controlo de gestão das organizações. Contudo, não existem evidências suficientes, de que a contabilidade de gestão, quando aplicada à realidade concreta de cada organização, cumpre afectivamente essa finalidade. Um dos motivos pelos quais a contabilidade de gestão pode ver-se limitada no cumprimento dos seus objetivos é a existência de uma lacuna entre a percepção do preparador da informação sobre a qualidade da informação que fornece e a percepção do receptor da informação sobre a qualidade da mesma. Assumindo que a qualidade da informação pode ser avaliada através do reconhecimento da presença das características de relevância, fiabilidade, tempestividade, frequência e compreensibilidade, esta dissertação tem como objetivo avaliar a existência de uma lacuna de percepção entre fornecedor e receptor de informação e analisar as diferentes perspetivas que determinam, ou não, a dimensão dessa lacuna. Para esse efeito foi realizado um estudo de caso comparativo de 12 Pequenas e Médias Empresas portuguesas do sector do calçado, todas situadas na mesma área geográfica. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semi-estruturadas a preparadores e receptores de informação. Estes dados foram complementados com documentos de prestação de contas, relatórios de gestão internos, mapas de reporte interno. Dada a natureza qualitativa da maioria dos dados, foi feita uma decomposição da informação obtida das empresas e uma análise de conteúdo. Simultaneamente foi realizada uma análise quantitativa com vista em determinar a dimensão da lacuna de percepção entre preparador/receptor da informação. Os resultados revelam que não existe uma lacuna significativa quanto às percepções das características de qualidade atribuídas à informação. Os resultados sugerem ainda que a lacuna de percepção é menor quando os vários atores percepcionam o papel da contabilidade de gestão tal como é enfatizado na literatura. Este estudo contribui para a literatura na medida em que apresenta uma revisão da utilização da informação para a tomada de decisão. Ainda, contribui para os agentes da indústria terem uma melhor percepção sobre a importância do fenómeno em causa.

Audit quality: does gender composition of audit firms matter?

Using a sample of Portuguese audit firms and their client companies, this study examines the association between gender composition of the partnership structure oaudit firms and audit quality. Audit quality is measured through the earnings quality of audit clients. We find that gender diversity in the partnership structure of audit firms, per se, has no association with audit quality. In turn, we find significant evidence that a predominant presence of female Certified Public Accountants (CPAs) in partner positions in audit firms is associated with higher audit quality. In particular, the results indicate that audit firms with female-dominated partnership structures are negatively related with aggressive accounting practices in audit clients.

Audit quality: a resource-based perspective

This study considers the Certified Public Accountants (CPA) partners of the audit firms as the core producers of these knowledge-based organisations and investigates the effects of audit firm-level of CPA partners’ experience in audit quality. Audit quality was measured through the audit clients’ earnings quality. The main findings suggested that the audit firm-level of CPA partners’ general experience is positively associated with audit quality. Also, the audit firm-level of CPA partners’ experience acquired with prior audit firms significantly improves audit quality. Concerning the effects of audit firm-level of CPA partners’ experience acquired in the current audit firm in audit quality, results were statistically insignificant. Finally, we found that changes in audit firm-level of CPA partners’ general experience also influence audit quality. We verified that the more positive the change in the audit firm stock of CPA partners’ general experience, the higher is audit quality. We interpret this finding as revealing that the year-to-year changes in audit firm’s stock of CPA partners’ general experience is the mechanism allowing these firms to achieve and maintain the critical mass of this resource and reach higher performance levels. We further showed that our main results were not driven by the engagement partner experience.

O "ser português" e o "outro": Revisitar a história de Portugal no diálogo com a civilização chinesa - O caso Tomás Pereira

Tese de Doutoramento em Ciências da Cultura - Especialidade em Culturas do Extremo Oriente

Perceções dos alunos e fatores de influência sobre a escolha da Contabilidade como área de estudo

Dissertação de mestrado em Contabilidade

A perceção dos colaboradores do Grupo Conceito sobre o Relato de Negócio

Relatório de estágio de mestrado em Contabilidade

Current and Future Supply and Demand Conditions in the Labour Market for Certain Professional Therapists

This report aims to provide a comprehensive quantitative assessment of the situation. The three categories of professionals covered are Chartered Physiotherapists, Occupational Therapists, and Speech and Language Therapists Download the Report here

Inequalities in Old Age: The impact of the recession on older people in Ireland, North and South CARDI Grants

Inequalities in Old Age: the impact of the recession on older people in Ireland, North and SouthAbout the research:This research, led by Professor Paddy Hillyard, Emeritus Professor Queen’s University Belfast, was carried out with funding from CARDI’s Grants Programme Call 2. The purpose of the study was to analyse the impact of the recession on older people in Northern Ireland (NI) and the Republic of Ireland (ROI) and the extent to which inequalities within the older population have been affected by the economic crisis.Research Brief:This brief, authored by CARDI staff, is based on the findings of the research project and also contains additional information of interest.Research Team:Professor Paddy Hillyard, Emeritus Professor Queen’s University Belfast - lead researcher;Dr Francesca Lundstr̦m, Research Consultant;Dr Demi Patsios, Policy Research Consultant;Sarah Machniewski, Researcher;David Taylor, Chartered Accountant and Management Consultant;Dr Maureen Lyons, Research Manager, School of Social Justice, UCD.Methodology and availability of data:Several methods were used in the research, including:�� a review of relevant literature;����a detailed analysis of many databases relevant to older people’s incomes and lives;��building a model to assess the impact of the recession on older people;surveys of financial advisers in voluntary, private and public sectors;��six focus groups, three each in NI and RoI.Availability of data:Despite the huge amount of information which is officially collected and published in NI and RoI, very little is directly comparable. ��The development of a mechanism to encourage the production of more comparable data North and South would be very beneficial.��For example, this study identified a basket of 25 factors that can be used to compare the living standards of older people in NI and RoI and to monitor changes in future yearsTo access the full report please click on the following link:Inequalities in Old Age: the impact of the recession on older people in Ireland, North and SouthPlease find the presentation from the launch below:Inequalities, Pensions and the Recession by Prof Paddy Hillyard, Queen’s University Belfast and Dr Demi Patsios, Policy Research Consultant, Dr Francesca Lundstr̦m, Research Consultant.��������

The ethics of creative accounting

The term 'creative accounting' can be defined in a number ofways. Initially we will offer this definition: 'a processwhereby accountants use their knowledge of accounting rulesto manipulate the figures reported in the accounts of abusiness'.To investigate the ethical issues raised by creativeaccounting we will:- Explore some definitions of creative accounting.- Consider the various ways in which creative accounting can be undertaken.- Explore the range of reasons for a company's directors to engage in creative accounting.- Review the ethical issues that arise in creative accounting.- Report on surveys of auditors' perceptions of creative accounting in the UK, Spain and New Zealand.

Variations in national management accounting approaches

During the 1990's studies of management accounting practices in Europe and in Latin America have given us data on 23 countries. In this paper we use this data to identify five distinct aspects of national management accounting culture being:1. The influence of regulations on official recommendations;2. The source of management accountants;3. Influence from one country to another;4. Variations in use of specific techniques;5. Variations in the objectives of the management accounting system.We then identify seven significant implications of the manager operating in the multinational environment.

The ethics of creative accounting: Some Spanish evidence

'Creative accounting' involves accountants in making accounting policy choices or manipulating transactions in such a way as to give the impression in the accounts that they prefer. While regarded as unethical by most observers, a defence of creative accounting can be based on the ability of the users of accounts to identify bias in accounting policy choices and make appropriate adjustments.In this paper we take the example of the Barcelona Football Club where the club management made three key accounting policy choices that presented a favourable position, and a supporters' club presented an alternative report choosing three alternative accounting policies that presented an unfavourable position. We presented each of these financial reports to one of two groups of Spanish bank loan offices, with supporting notes making the impact of the accounting policy choices clear. We found that the more favourable set of accounts was significantly more likely to attract a positive response to a loan request.This result undermines the defence for creative accounting, based on the ability of users to identify manipulation.

Aggregation and errors in management accounting

Il est important pour les entreprises de compresser les informations détaillées dans des sets d'information plus compréhensibles. Au chapitre 1, je résume et structure la littérature sur le sujet « agrégation d'informations » en contrôle de gestion. Je récapitule l'analyse coûts-bénéfices que les comptables internes doivent considérer quand ils décident des niveaux optimaux d'agrégation d'informations. Au-delà de la perspective fondamentale du contenu d'information, les entreprises doivent aussi prendre en considération des perspectives cogni- tives et comportementales. Je développe ces aspects en faisant la part entre la comptabilité analytique, les budgets et plans, et la mesure de la performance. Au chapitre 2, je focalise sur un biais spécifique qui se crée lorsque les informations incertaines sont agrégées. Pour les budgets et plans, des entreprises doivent estimer les espérances des coûts et des durées des projets, car l'espérance est la seule mesure de tendance centrale qui est linéaire. A la différence de l'espérance, des mesures comme le mode ou la médiane ne peuvent pas être simplement additionnés. En considérant la forme spécifique de distributions des coûts et des durées, l'addition des modes ou des médianes résultera en une sous-estimation. Par le biais de deux expériences, je remarque que les participants tendent à estimer le mode au lieu de l'espérance résultant en une distorsion énorme de l'estimati¬on des coûts et des durées des projets. Je présente également une stratégie afin d'atténuer partiellement ce biais. Au chapitre 3, j'effectue une étude expérimentale pour comparer deux approches d'esti¬mation du temps qui sont utilisées en comptabilité analytique, spécifiquement « coûts basés sur les activités (ABC) traditionnelles » et « time driven ABC » (TD-ABC). Au contraire des affirmations soutenues par les défenseurs de l'approche TD-ABC, je constate que cette dernière n'est pas nécessairement appropriée pour les calculs de capacité. Par contre, je démontre que le TD-ABC est plus approprié pour les allocations de coûts que l'approche ABC traditionnelle. - It is essential for organizations to compress detailed sets of information into more comprehensi¬ve sets, thereby, establishing sharp data compression and good decision-making. In chapter 1, I review and structure the literature on information aggregation in management accounting research. I outline the cost-benefit trade-off that management accountants need to consider when they decide on the optimal levels of information aggregation. Beyond the fundamental information content perspective, organizations also have to account for cognitive and behavi¬oral perspectives. I elaborate on these aspects differentiating between research in cost accounti¬ng, budgeting and planning, and performance measurement. In chapter 2, I focus on a specific bias that arises when probabilistic information is aggregated. In budgeting and planning, for example, organizations need to estimate mean costs and durations of projects, as the mean is the only measure of central tendency that is linear. Different from the mean, measures such as the mode or median cannot simply be added up. Given the specific shape of cost and duration distributions, estimating mode or median values will result in underestimations of total project costs and durations. In two experiments, I find that participants tend to estimate mode values rather than mean values resulting in large distortions of estimates for total project costs and durations. I also provide a strategy that partly mitigates this bias. In the third chapter, I conduct an experimental study to compare two approaches to time estimation for cost accounting, i.e., traditional activity-based costing (ABC) and time-driven ABC (TD-ABC). Contrary to claims made by proponents of TD-ABC, I find that TD-ABC is not necessarily suitable for capacity computations. However, I also provide evidence that TD-ABC seems better suitable for cost allocations than traditional ABC.