934 resultados para Organização do trabalho
Resumo:
Em meio às rápidas mudanças que acontecem na sociedade e no mundo, muitas organizações estão a caminho de perder sua finalida-de, sendo que as mais vulneráveis são as igrejas protestantes tradi-cionais. O contexto multicultural da Bolívia fez com que a Igreja E-vangélica Metodista da Bolívia experimentasse dificuldades para es-tabelecer uma linha de trabalho que a ajudasse a cumprir sua missão; por isso a pesquisa está direcionada a conscientizar sobre a impor-tância da adaptação de alguns procedimentos administrativos para as tarefas da missão. Porém, primeiro foi necessário apresentar uma síntese histórica da igreja, depois uma conscientização da importân-cia de olhar as igrejas como organizações, focalizando nossa análise nos fatores e condicionantes de sua estrutura; posteriormente foram oferecidos subsídios para uma gestão administrativa.(AU)
Resumo:
No ano de 2005 foi publicado o Caderno AIDS e Igrejas: um Convite à Ação , idealizado pela organização KOINONIA- Presença Ecumênica e Serviço e tendo como objetivo instigar nas igrejas protestantes, respostas de prevenção e de cuidado diante da pandemia de HIV/AIDS. O Grupo de Trabalho Religiões (GT) foi destinado pelo Programa Estadual de DST/AIDS para ser um espaço no qual as diversas matrizes religiosas pudessem dialogar e pensar em estratégias de prevenção juntamente com técnicos responsáveis pela saúde da população. O Caderno foi publicado mediante recursos públicos com a supervisão dos profissionais do Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS. Através das oficinas de multiplicadores destinadas ao público de diversas igrejas, o AIDS e Igrejas tem sido utilizado como instrumental didático para orientação e formação. Explicitamos os motivos que provocaram a relação entre as entidades envolvidas na publicação do Caderno. Exploramos o conteúdo presente no AIDS e Igrejas analisando os temas mais pertinentes como os seus objetivos e sua metodologia. Destacamos o sentido do conceito comunidade terapêutica sugerido pela organização ecumênica como modelo de acolhimento e cuidado às pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS. Igualmente verificamos como os temas AIDS, Sexualidade e Dogma se relacionam na publicação. Também avaliamos qual a práxis utilizada por KOINONIA na aplicação do Caderno nas oficinas que formam seus multiplicadores. Nas considerações finais ressaltamos a cooperação estabelecida entre o Estado e KOINONIA, através da publicação do Caderno AIDS e Igrejas: um Convite à Ação , na superação do estigma e da discriminação em relação às pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS.
Resumo:
Esta pesquisa aborda como se constrói a imagem de uma instituição por meio dos discursos elaborados pela organização e pela imprensa nacional e regional. Estuda também os elementos macros que podem influenciar esta construção, em especial quando a organização está instalada em um contexto regional com forte apelo político. Além disso, reflete sobre a responsabilidade social da imprensa na construção da imagem organizacional. Para isso, foi realizada uma discussão procurando alinhar a prática à teoria, perpassando por temas como comunicação pública, o discurso das organizações e a imprensa na construção da imagem, e também a análise de case específico, o da Universidade Federal do ABC. Realizou-se também uma Observação Participante, visto que a pesquisadora está inserida no objeto pesquisado. Esta pesquisa propõe uma contribuição, em especial, aos profissionais e pesquisadores da comunicação pública, ao avaliar em que grau pode ser percebida uma influência política na construção da imagem organizacional das instituições públicas. Foi realizada uma análise com o objetivo de observar como a Universidade, que em 2013 completou sete anos de atividades, está sendo percebida e trabalhada pela imprensa e como se deu a influência do contexto político nos discursos midiáticos. Esse levantamento foi elaborado por meio da análise de conteúdo do clipping impresso e online da instituição, para identificar tendências gerais de interesse da mídia por segmentos e temas. Nesta análise, foi possível verificar uma clara relação entre o número de matérias consideradas negativas e o número de matérias com citações políticas, com referência ao ex-presidente Lula ou ao PT. Os períodos em que a universidade foi abordada pela imprensa por questões como alto índice de evasão e atraso das obras, foram também os períodos em que houve um aumento significativo nas citações político-partidárias. Por fim, foi realizada a análise de discurso em reportagens e artigos selecionados, que confrontaram a imagem trabalhada institucionalmente com a repercutida nos meios de comunicação. Este trabalho possibilitou verificar que nos anos analisados, em especial no ano de 2010, o discurso da organização foi construído mais com o objetivo de reverter a imagem negativa da imprensa do que construir a sua própria imagem.
Resumo:
Esta pesquisa busca diagnosticar como ocorre a contratação e a atuação do professor eventual do EF II e EM na rede pública de ensino do estado de São Paulo e se essa forma de contratação e de atuação é a causa da quase inexistência desse professor nessa rede. Parte da hipótese de que a forma de contratação coloca esse professor em situação de lúmpen-professorado e que a pouca procura pelo professor eventual para o desempenho dessa função relaciona-se a esse fato, intimamente ligado ao não reconhecimento da importância de sua atuação, ao caráter contraditório do seu papel e às condições em que se dá seu exercício, levando-o a deixar de procurar esse tipo de atividade. Objetiva-se apresentar, discutir e promover uma reflexão a respeito desses temas e contribuir com estudos sobre o assunto, para uma possível análise e quiçá estruturação de uma política educacional adequada nesse âmbito. A carência de estudos sobre o tema justifica esta pesquisa. A partir da revisão bibliográfica, levantaram-se autores que abordaram o assunto, porém, sob outros pontos de vista. A metodologia abrangeu a leitura da bibliografia básica e complementar, a pesquisa documental (legislação federal e do estado de São Paulo), paralelamente a um estudo de caso e pesquisa qualitativa. Numa contextualização histórica geral, priorizaram-se as mudanças nas relações de trabalho e profissão docente, a construção e desconstrução de direitos adquiridos pelo professor, publicados em legislação específica, e, nesse ínterim, a figura do professor eventual. Abordou-se, então, numa perspectiva teórica, a situação precária da profissão docente e suas consequências, mostrando-se o panorama da deterioração do magistério público. O estudo de caso foi realizado por meio de observação sistemática numa escola estadual da periferia do Grande ABC (SP), além da coleta de depoimentos e/ou entrevistas junto a três professores eventuais, três gestores, um gerente de organização escolar e do secretário adjunto da Secretaria da Educação do estado de São Paulo, no intuito de valorar recortes dos diversos olhares. O estudo encerra-se com a discussão sobre a articulação entre os elementos de pesquisa. Os resultados contemplaram as questões propostas quanto à atuação e à contratação do professor eventual, confirmando assim as hipóteses levantadas para a pesquisa.
Resumo:
Estudos em ambiente laboral acerca do comportamento humano e saúde no trabalho, bem como a melhor forma de se aplicar as competências e habilidades do trabalhador, vêm ganhando maior corpo devido à crescente busca por melhores resultados organizacionais, ao aumento da competitividade no mercado e à necessidade empresarial de atingir melhor desempenho de suas equipes. Gestores procuram por recursos e inovações a fim de tornar possível o alcance das metas organizacionais. Empregados mais capacitados, satisfeitos e envolvidos com seu trabalho são também aqueles que têm maior comprometimento afetivo com a organização. Para a empresa, isto pode significar um aumento da produtividade, o rebaixamento do número de absenteísmo e turnover. A dimensão saúde no trabalho ganha relevância porque bem-estar no trabalho significa também empregado mais feliz, com menor probabilidade de adoecimento físico, psíquico ou moral, reduzindo custos relativos à restituição da saúde do trabalhador. Por outro lado, estudo realizado sobre a inteligência emocional em gestores sugere que pessoas com alto nível deste tipo de inteligência são capazes de ter relacionamentos mais profundos e constituir uma rede social mais segura, ajudar os outros de seu grupo, bem como desenvolver uma liderança onde se possa construir uma equipe coesa e uma comunicação mais efetiva com os outros e levar a cabo planos estratégicos empresariais com mais eficiência. Este estudo teve como objetivo geral analisar as relações entre as habilidades da inteligência emocional e as dimensões de bem-estar no trabalho. A pesquisa foi realizada em uma empresa do setor de plásticos e metalurgia, em uma amostra constituída por 386 participantes dos sexos masculino e feminino, com faixa etária entre 18 e 58 anos. Foi utilizado para a coleta de dados um questionário composto de quatro escalas que mediram os três componentes de bem-estar no trabalho e as habilidades da inteligência emocional. Os resultados do estudo revelaram que apenas três habilidades da inteligência emocional tiveram correlações significativas com as dimensões de bem-estar no trabalho: empatia, sociabilidade e automotivação. Foram observadas correlações mais significativas entre sociabilidade e bem-estar no trabalho. Portanto, o bem-estar no trabalho parece associar-se às habilidades intelectuais e emocionais dos trabalhadores de serem empáticos, manterem-se automotivados e, especialmente, de estabelecerem e conservarem suas amizades (sociabilidade)
Resumo:
No campo científico, a busca por uma maior compreensão acerca de bem-estar no âmbito do trabalho é a tônica do momento, reunindo estudiosos das mais diferentes áreas que demonstram interesse pelo tema. No contexto empresarial, o papel dos programas de promoção da saúde e qualidade de vida torna-se marcante quando se deseja o crescimento da produtividade e do bem-estar dos trabalhadores, considerando a obtenção de resultados crescentes, pela empresa, como fundamentais para que as melhorias nas condições, organização e relações de trabalho ocorram permanentemente. Ou seja, as empresas entendem que com o investimento nesses programas a produtividade deve aumentar, gerando recursos, para que esta se sinta estimulada a continuar investindo no bem-estar dos empregados. Este estudo teve como objetivo promover uma análise sobre as relações entre bem-estar no trabalho, representado por satisfação com o trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo; e freqüência a programas organizacionais de promoção da saúde. A amostra foi constituída por 117 trabalhadores de uma indústria multinacional química e farmacêutica, situada na Grande São Paulo, sendo 53 do sexo masculino e 64 do sexo feminino, com idade média de 30,28 anos, dos quais 63 eram solteiros, 46 casados e oito registram outro estado civil. Para desenvolvimento deste estudo, utilizou-se como instrumento um questionário composto por quatro escalas que mediram satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho, comprometimento organizacional afetivo e freqüência de participação em programas de promoção da saúde, realizados na empresa. Todos os dados recolhidos por meio do instrumento eram numéricos, o que permitiu sua análise eletrônica pelo SPSS, versão 13.0 para Windows. Nessa categoria de dados incluem-se os de descrição da amostra, os referentes a bem-estar no trabalho e freqüência aos programas de promoção da saúde. Foi criado um banco de dados para realização das análises descritivas (freqüências, percentuais, médias e desvios-padrão) e de correlação bivariada (r de Pearson). Os dados que permitiram descrever os programas de promoção da saúde promovidos pela empresa foram obtidos por meio de entrevista com a gerente de responsabilidade social, análise do relatório da empresa e de folhetos elaborados para divulgação e registro desses programas. Um total de cinco categorias de programas foi identificado: benefícios, atividades físicas, saúde, atividades culturais/lazer e ações comunitárias. A maior freqüência aos programas ocorreu na categoria benefícios, pela presença constante no restaurante da empresa. Os resultados deste estudo revelaram que grande parcela do bem-estar no trabalho especialmente no que tange o envolvimento com o trabalho, comprometimento afetivo com a organização, bem como satisfações com os colegas, com a chefia e com o próprio trabalho praticamente independe dos programas de promoção da saúde promovidos pela empresa. Por outro lado, participação em programas de promoção da saúde que incluem as categorias de benefícios, saúde e ações comunitárias, relacionou-se a satisfações com promoções e com salário
Resumo:
Atualmente, características organizacionais vêm sendo estudadas sob um prisma diferenciado. Hoje, são pesquisados com maior ênfase os aspectos positivos que possam prover a possibilidade dos trabalhadores nutrirem sentimentos positivos para com suas organizações empregadoras e ao seu trabalho propriamente dito. Os desafios impostos atualmente giram em torno de se buscar identificar características organizacionais positivas que permitam o florescimento do trabalhador. Tais características são postuladas como benéficas tanto às organizações, por resultar em maior produtividade e lucratividade, assim como para promover o bem-estar dos trabalhadores. O objetivo deste estudo foi analisar os impactos que as dimensões da organização positiva exercem sobre o bem-estar dos trabalhadores. O bem-estar dos trabalhadores foi dividido em duas áreas, bem-estar subjetivo (composto por satisfação geral com a vida, afetos positivos e afetos negativos) e bem-estar no trabalho, composto por três dimensões: satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Organização positiva foi concebida como um construto composto por três dimensões: percepção de suporte organizacional, percepções de justiça organizacional (distributiva e de procedimentos) e confiança do empregado na organização. A amostra foi composta por 200 trabalhadores de diversas empresas do Estado de São Paulo, sendo 55 do sexo masculino e 145 do sexo feminino, solteiros e casados com escolaridade distribuída desde o ensino fundamental completo até pósgraduação completa. O instrumento de coleta de dados foi um questionário auto-aplicável composto por nove escalas que mediram as variáveis do estudo. Os resultados deste trabalho revelaram que bem-estar subjetivo e bem-estar no trabalho guardam relações entre si. Análises de regressão múltipla informaram que as dimensões da organização positiva tiveram impactos maiores sobre bem-estar no trabalho do que bem-estar subjetivo, destacando-se a capacidade de confiança do empregado na organização de prover explicações para o bem-estar de trabalhadores, seja nos domínios da vida pessoal ou no contexto de trabalho. Conforme tais resultados, confiança do empregado na organização, percepções de justiça e de suporte organizacional poderiam ser apontadas como importantes dimensões da organização positiva para promover e proteger o bem-estar dos trabalhadores. Futuros estudos deveriam incluir outras características organizacionais positivas para aumentar a explicação da variância do bem-estar dos trabalhadores
Resumo:
Bem-estar no trabalho, percepção de suporte do supervisor e estilos de liderança são temas que vêm despertando atenção crescente nos últimos tempos, de diversos pesquisadores no campo de estudos do comportamento organizacional. O objetivo desta pesquisa foi investigar o impacto da percepção do suporte do supervisor e dos estilos de liderança no bem-estar no trabalho. O construto bem-estar no trabalho no presente estudo foi representado por duas dimensões: satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. A amostra foi composta por 200 trabalhadores que atuavam em empresas privadas e públicas, situadas no Estado de São Paulo, sendo 110 mulheres e 90 homens, distribuídos entre solteiros e casados. O instrumento de coleta de dados foi um questionário composto por quatro escalas que mediram as variáveis: percepção de suporte do supervisor, estilos de lideranças, satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Para a análise dos dados utilizou-se um programa estatístico. Foram calculadas estatísticas descritivas das variáveis do estudo (médias, desvios-padrão e correlações bivariadas) e modelos de regressão multivariada para se investigar os impactos causados por percepção do suporte do supervisor e por estilos de liderança sobre bem-estar no trabalho, representado por vínculos com o trabalho (satisfação no trabalho) e com a organização (comprometimento organizacional afetivo). Os resultados deste estudo, revelaram maiores impactos do suporte do supervisor do que de estilos de liderança sobre bem-estar no trabalho. Ao final, algumas considerações e recomendações serão feitas destacando-se a importância do bem-estar no trabalho sobre a saúde dos trabalhadores e das organizações.
Resumo:
O presente estudo visa investigar a psicodinâmica de profissionais executivos e as suas relações com o trabalho, segundo a teoria da adaptação de Ryad Simon. Os objetivos foram: 1. avaliar a eficácia adaptativa de uma amostra de executivos; 2. verificar a influência do setor Produtividade na eficácia adaptativa; 3. identificar os micro-fatores internos e externos, positivos ou negativos determinantes dessa adaptação; 4. relacionar os micro-fatores à situação profissional desses executivos. O método utilizado foi o clínico e a técnica, a entrevista preventiva e não diretiva. Foram entrevistados 19 executivos de média gerência que trabalham em empresas industriais. Os dados de entrevista foram avaliados clinicamente e operacionalizados por meio da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada EDAO. Os diagnósticos encontrados foram: Grupo 1, Adaptação Eficaz, 04 executivos; em Crise Adaptativa, 01; Grupo 2, Adaptação Ineficaz Leve, 03; Grupo 3, Adaptação Ineficaz Moderada, 08; Grupo 4, Adaptação Ineficaz Severa, 01; e Grupo 5, Adaptação Ineficaz Grave, 02. O setor Produtividade mostrou ter uma importância central e atual na vida desses homens influenciando todos os setores adaptativos, de forma positiva ou negativa. Pela análise dos micro-fatores internos e externos avaliamos que o setor Afetivo-Relacional também influi na adaptação através de sentimentos internalizados e projetados e na forma deles encararem o mundo e as relações com o trabalho; observamos que os sujeitos mostram uma dependência psicológica forte com as organizações as quais pertencem, e sentimentos de amor e ódio, prazer e sofrimento em relação ao trabalho. Concluímos que para esta amostra de executivos, o trabalho tem um significado central nas suas vidas e, os sentimentos internalizados, advindos do próprio trabalho, podem aumentar ou diminuir a disposição, afetar relações e, conseqüentemente, provocar mudanças graduais ou súbitas em sua eficácia adaptativa.
Resumo:
A complexidade crescente no ambiente de trabalho tem exigido capacidade de adaptação dos empregados, com papéis exigindo maior flexibilidade e criatividade para superar os desafios que se apresentam. Ciclos de vida de produtos cada vez menores num mercado muito agressivo têm acarretado enormes pressões nos empregados, com efeitos colaterais na saúde, como estresse e doenças psicossomáticas. O tratamento de doenças, embora relevante para minimizar o sofrimento humano, não tem sido suficiente para dar respostas desejadas neste ambiente de trabalho numa concepção de saúde que abranja o bem-estar e que permita aos empregados enfrentar melhor os desafios que se apresentam. O campo da psicologia positiva, voltada ao estudo dos fatores que propiciam o florescimento das pessoas, permite às organizações, gestores e empregados ampliar o leque de alternativas possíveis para melhorar a saúde das pessoas, com reflexos positivos para as organizações. O objetivo deste estudo visou a confirmar se os valores organizacionais, percepção de suporte organizacional e percepções de justiça (distributiva e de procedimentos) são antecedentes de bem-estar no trabalho, um construto composto das variáveis de satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho, e comprometimento organizacional afetivo. A amostra envolveu 404 trabalhadores atuando em empresas na região da Grande São Paulo, sendo 209 do sexo masculino e 193 do sexo feminino. Dividiu-se a amostra a partir de dois agrupamentos de empresas, o setor financeiro (compreendendo uma empresa com 243 respondentes) e o setor não financeiro (compreendendo 13 empresas com um total de 161 respondentes). Como instrumento para coleta de dados utilizou-se de um questionário composto de sete escalas, abrangendo as três variáveis de bem-estar no trabalho e as quatro variáveis independentes estudadas como seus antecedentes. Os resultados deste estudo, nos dois setores estudados, confirmaram que a percepção de suporte organizacional e a percepção de justiça distributiva acarretam maior satisfação no trabalho. A justiça de procedimentos também mostrou capacidade preditiva de satisfação no trabalho para o setor financeiro. O valor organizacional autonomia confirmou-se como antecedente de envolvimento com o trabalho nos dois setores. O valor organizacional realização e a percepção de justiça de procedimentos posicionaram-se como antecedentes de comprometimento organizacional afetivo para os setores não financeiro e financeiro, respectivamente. O valor organizacional preocupação com a coletividade e a percepção de suporte organizacional mostraram capacidade preditiva de comprometimento organizacional afetivo para os setores financeiro e não financeiro, respectivamente. Os resultados revelam que se promove o bem-estar no trabalho quando, nas organizações, se adotam políticas e práticas que dêem suporte e tratamento digno aos empregados, reforçando valores organizacionais que promovam um ambiente propício à inovação e à criatividade, com maior autonomia, onde os gestores valorizam a competência e o sucesso dos trabalhadores, e onde se predomina a honestidade e a sinceridade nas relações entre as pessoas e a organização. Os empregados tenderão a desenvolver transações típicas das trocas sociais, investindo seus esforços para a organização, com base na confiança e na lealdade.
Resumo:
Desde tempos remotos é notória a busca da humanidade para entender e conquistar a felicidade, qualidade de vida, bem-estar e saúde na sua plenitude bio-psico-social. Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar as relações entre percepções de suporte (social, social no trabalho e organizacional) e bem-estar no trabalho (satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo) em trabalhadores com deficiência, pois são poucas as pesquisas sobre pessoas com deficiência (PCD). O propósito em abordar o trabalho é por ser um importante elemento de integração social e por constituir um símbolo de reconhecimento social, valorizando a capacidade de estreitar contatos e de estabelecer relações sociais. Deste estudo, participaram 44 trabalhadores com algum tipo de deficiência que atuam em cargos operacionais, técnicos e administrativos. Todos foram escolhidos por conveniência, sendo 24 (54,5%) do sexo masculino e 20 (45,5%) do sexo feminino, com idade entre 18 e 65 anos. Foi possível classificar as deficiências dos participantes em quatro categorias: deficiência nos membros superiores: 9 (20,5%) trabalhadores; deficiência nos membros inferiores: 11 (25%) trabalhadores; deficiência auditiva: 21 (47,7%) trabalhadores; deficiência visual: 3 (6,8%) trabalhadores. Para a coleta de dados foi utilizado questionário de auto-preenchimento, composto de seis escalas que avaliam satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional, além de suporte social, suportes social no trabalho e organizacional. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, testadas diferenças entre médias, bem como calculados coeficientes de correlação entre variáveis. Os resultados apontam que em termos de satisfação no trabalho, não revelam discrepâncias entre estudos realizados com trabalhadores sem deficiências (considerados normais ). Também foi possível observar que as PCD declaram ter orgulho da empresa em que trabalham, além de estarem contentes, entusiasmadas, interessadas e animadas com a organização empregadora. O estudo revelou que as PCD obtêm de sua rede social, ajuda emocional que lhes proporciona sentimento de apoio frente às dificuldades ou carências afetivas, pois provavelmente entendam que podem contar com essa rede para comemorar realizações e sucessos, da mesma forma que receber carinho e consolo quando se frustram ou passam por algum momento triste. É possível afirmar que as PCD percebem que essa mesma rede seria capaz de lhes prover algum apoio prático, como receber informações acerca de sua saúde, talvez reabilitação, também informações para atualização profissional ou até acompanhamento do seu desenvolvimento, inclusive busca de novas oportunidades e desafios para crescimento pessoal e profissional. Os resultados desta pesquisa indicam que as PCD tendem a manter uma forte convicção de que a empresa em que trabalham preocupa-se com seu bem-estar e está disposta a oferecer ajuda diante uma necessidade. Demais resultados sinalizam que as PCD tendem a aumentar o seu vínculo com o trabalho vivenciando mais satisfação na medida em que também aumentam os suportes ofertados pela organização, pela rede social no contexto do trabalho e fora dele. A análise de todo o conteúdo confeccionado é a grande contribuição deste estudo, por ser considerado pioneiro nesta discussão, mas futuros estudos podem vir a confirmar tais resultados e corroborar com mais informações.(AU)
Resumo:
Nas décadas de 60 e 70, os olhares de muitos estudiosos se voltaram para os aspectos positivos da vida. Diversos autores ofereceram sustentação para fortalecer uma nova perspectiva de campo científico, a Psicologia Positiva. Tendo como base teórica o conhecimento de Psicologia Positiva e Psicologia da Saúde, pesquisas estão sendo desenvolvidas para investigar simultaneamente variáveis oriundas destes domínios. Um dos temas colocado sob analise são as emoções, investigadas em diferentes contextos e no ambiente organizacional. Importante salientar a existência de outras variáveis no contexto organizacional que têm sido investigadas à luz da Psicologia Positiva, tais como otimismo, percepções de suporte social no trabalho e percepções de suporte organizacional, algumas delas reunidas para compor modelos preditivos de bem-estar no trabalho (BET), construto multidimensional composto por dois vínculos afetivos positivos com o trabalho (satisfação no trabalho e envolvimento com o trabalho) e um com a organização (comprometimento organizacional afetivo). O presente estudo teve como objetivo analisar a capacidade de predição do balanço emocional (afetos positivos/negativos), do otimismo e de percepções de suporte (social no trabalho e organizacional) sobre as três dimensões de BET. Participaram do estudo 110 agentes comunitários de saúde (ACS), prestadores de serviço de uma prefeitura municipal paulista, com idade média de 38,84 anos, sendo o grupo constituído, em sua maioria, por mulheres e por pessoas casadas. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário contendo sete escalas autoaplicáveis que aferiram as variáveis do estudo. A análise dos dados, todos de natureza numérica, foi desenvolvida utilizando-se subprogramas do SPSS, versão 17.0 para Windows, para cálculos de estatísticas descritivas (médias, desvios padrão e correlações) e estatísticas multivariadas (análises de regressão linear múltipla stepwise). Os resultados do estudo, no que concerne ao seu objetivo principal, que consistiu em submeter a análise um modelo preditivo para BET, demonstraram que os níveis das três dimensões de BET poderiam variar sob o impacto de três preditores: percepção de suporte organizacional, afetos positivos e percepção de suporte instrumental. Como análise geral dos três modelos de regressão calculados, seria possível afirmar que o estado geral de bem-estar dos ACS no contexto de trabalho pode ser fortalecido ou enfraquecido pela atuação de fatores cognitivos que se desenvolvem a partir de percepções da dinâmica social presente no ambiente de trabalho (percepções de suporte social e organizacional) e de um fator de cunho estritamente pessoal contido na estrutura emocional do indivíduo sob a forma de experiências afetivas e aqui referidas com afetos positivos.(AU)
Resumo:
O estudo teve como objetivo geral submeter ao teste empírico as relações entre bem estar no trabalho e otimismo em estudantes trabalhadores. No estudo foi utilizada uma amostra escolhida por conveniência, sendo composta por 125 estudantes trabalhadores de ambos os sexos, divididos em dois grupos. O grupo 1, com 60 estudantes de uma universidade da cidade de São Bernardo do Campo; e, o grupo 2, com 65 jovens adolescentes de uma organização não governamental da cidade de São Paulo. O instrumento de coleta foi um questionário de auto-aplicação composto por itens versando sobre as variáveis da pesquisa e questões sobre dados pessoais e profissionais dos participantes do estudo. As análises estatísticas foram descritivas e multivariadas. Os resultados descritivos das três dimensões de BET indicam a maior presença de sentimentos de satisfação com chefias e colegas em ambos os grupos; menores níveis de satisfação de ambos os grupos ocorreram com os fatores salário e promoção; fracos vínculos afetivos do grupo 1 com o trabalho e com a organização; fraco envolvimento com o trabalho do grupo 2. Os dois grupos apresentaram níveis elevados de otimismo, o que significa afirmar que ambos tinham uma percepção de futuro promissor. Foi confirmada empiricamente a hipótese de que BET pudesse ter alguma associação com otimismo, através da presença de correlação entre otimismo e satisfação com colegas, bem como, com envolvimento com o trabalho para o grupo 1. Para o grupo 2, otimismo correlacionou-se com satisfação com tarefas e comprometimento organizacional afetivo. O presente estudo visou a contribuir para a compreensão de bem estar no trabalho e otimismo e suas relações no contexto profissional de estudantes trabalhadores para desta forma prover melhor fundamentação conceitual acerca do tema para estudiosos, bem como sugerir ações e práticas de gestão de pessoas que intensifiquem o bem estar e a promoção de saúde das pessoas quando inseridos no contexto organizacional de trabalho.
Resumo:
O empreendedorismo é um conceito cada vez mais presente nas organizações empresariais ou nos sistemas educacionais, assumindo um destaque incremental no debate público no que concerne ao futuro das políticas económicas para a competitividade, no âmbito da economia do conhecimento e da sociedade da informação. A sua pertinência instigou o seu estudo nas suas diferentes valências, agudizada pela crise estrutural do capital. Este trabalho visa a análise do conceito empreendedorismo, assente na caracterização do perfil comportamental do empreendedor e na identificação do seu papel nas organizações. Anui-se uma relação estreita entre o conceito de empreender e a descoberta profícua de oportunidades, que se fundeiam num espírito de mudança e inovação, central ao empreendedor. A competitividade afigura-se como uma premissa basilar na criação de valor e no progresso sustentável das organizações. O desafio consiste na mudança de paradigmas ao nível de: i) modelos de desenvolvimento, pela valoração do conhecimento e tecnologia em detrimento da dependência de recursos físicos e financeiros; e ii) fomentação da audácia e consolidação de uma cultura em inovação, competitividade e mudança. A intrínseca aliança do empreendedorismo-inovação assevera-se como fator crítico de desenvolvimento, dependente do perfil comportamental do indivíduo, líder, empreendedor. Essa dependência não imiscui a preponderância da formação para o empreendedorismo, que deve instigar e promover as competências vitais à criação inovadora e sustentável de novos empreendimentos. O estudo desenvolvido no âmbito do empreendedorismo permite asseverar uma dissimilitude de conceitos e aceções, alicerçados em evidências empíricas e científicas ainda exíguas. O trabalho perscrutado objetiva primordialmente uma maior sensibilização das comunidades organizacionais e académicas a esta temática que permita contribuir para uma compreensão mais abrangente e atual da sua relevância no seio das organizações, que vivenciam uma mudança de paradigma nas suas múltiplas dimensões. Esta mudança de paradigma insurge-se num contexto situacional económico-financeiro estrutural e globalmente debilitado, em que se assevera a premência do progresso sustentável das organizações aliada à pertinência do fator diferenciação, que se traduzem por uma transfiguração dos conceitos e padrões observados até aqui. O empreendedorismo assume uma capital importância, salientando-se a perspetiva comportamental do líder empreendedor no processo eficaz de criação de valor: incremental, diferenciador e sustentável. O comportamento organizacional deve assumir uma preponderância central na gestão empreendedora das organizações, ao nível dos seus agentes determinantes: condições (cultura, liderança, estratégia), recursos (capital humano, competências, relacionamentos externos, estruturas), processos (gestão de atividades de IDI, aprendizagem e melhoria sistemática, proteção e valorização de resultados) e resultados (financeiros e operacionais, mercado e sociedade). A análise privilegiadamente comportamental que instigue a diferenciação como fator de inovação e criação de valor nas organizações atuais é corroborada por um estudo de caso que visa a elaboração de um modelo estrutural conceptual e um modelo de correlações canónicas de empresas do ramo automóvel, em Portugal, concelho de Vila Nova de Famalicão, que: 1. Tendeu a observar: i) a tipificação e influência do perfil de empreendedor deste concelho e ramo de atividade nas múltiplas dimensões do empreendedorismo sustentável – desempenho organizacional, inibidores e aceleradores da atividade empreendedora e relevância do papel do líder empreendedor; e ii) a construção de um modelo estrutural conceptual e de um modelo de correlações canónicas que conduziu a quatro tipologias de empreendedor e a sua envolvente; 2. Intentou a ilustração de uma pertinência empírica futura para o seu desenvolvimento e aplicabilidade nas organizações.
Resumo:
The overall objective of this research is to identify and analyze social representations of (the) teachers(the) Ranciere the Initial Training Program for Teachers in Office in Early Childhood Education - PROINFANTIL - UFRN/MEC on the teaching work, seeking to identify their constituent elements and understand the dynamics of your organization. We assume that these teachers work fundamentally, in the institutions of Early Childhood Education, with knowledge of common sense and related cultural inherent to be/do professor in the design of education guardian/giving handouts to ensure the physical integrity of children, causing a rift between the caring and educating. From this general objective, we elected as specific objectives: identify the social, economic and cultural backgrounds of these (the) teachers (sa); identify what is teaching work for them (the) as well as identify which the psychosocial implications driven by RS on teaching work that point to tensions between the training and the exercise teacher as activity profissional.Como theoretical foundation we opted for Social Representations Theory of Moscovici (2003), Jodelet (2001); Specificities of the teaching Work in Early Childhood Education: Kramer (2002; 2006); OliveiraFormosinho (2007); Zilma de Oliveira (2007), Teacher Training: Ramalho, Nunez and Galthier (2003) and Tardif and Lessard (2008), content Analysis: Bardin (2004). As methodological procedure, we chose the Central Nucleus theory, developed by Jean Claude Abric (2000). Contributed to the scope of this objective the 171 teachers (the) that concluded the Proinfantil NBs to participate of TALP with justifications. The corpus arising from evocations around the words suggested by Carlos Chagas Foundation: give classrooms, teacher, pupil and added the word Child Education, were subjected to a treatment with the aid of the EVOC software (2000), identifying the central nucleus. The results indicate the words more evoked and significant: Planning, child care, educating, and play. Indicating that for these (the) teachers (the) the teaching work in Early Childhood Education must have a systematic pedagogical to educate children. These words correspond to the specificity of being/doing teaching in Early Childhood Education. However, the data shows that it is a job with different characteristics of the teaching work in other stages of education