1000 resultados para Educação Brasil
Resumo:
Este trabalho uma tentativa de pensar o ato de educar a partir de uma concepo dialtica, isto , considerando os plos de uma contradio como complementares, e no excludentes. Nos quatro primeiros captulos so apresentadas unidades de contrrios observadas, respectivamente, na filosofia oriental, na cincia moderna, na psicanlise e na filosofia da linguagem, destacando-se contribuies e questionamentos que essas cincias e saberes podem oferecer educação. No quinto e ltimo captulo avaliam-se as principais correntes de pensamento que influenciaram a teoria e prtica educacionais, no Brasil, nas ltimas dcadas. A partir desse contexto, confrontam-se com os referenciais tericos trabalhados, algumas questes colocadas pela prtica em escolas de 1 e 2 graus, especialmente no projeto de 5 e 8 sries da Escola Senador Correia (escola particular, no Rio de Janeiro). Assim, busca-se livrar de abordagens maniquestas a considerao de oposies tais como: escola moderna x tradicional; liberdade x coero; autonomia x dependncia diretivismo x espontanesmo; e transmisso x construo do conhecimento.
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O campesinato santareno (lavradores, pescadores, posseiros, colonos etc.) extremamente diversificado, guindo-se trs trajetrias: a) a do campesinato de beirario, oriundo do tempo do Brasil-colnia; b) a do campesinato do planalto, formado por nordestinos fugidos das secas e do latifndio e por sobreviventes do auge da borracha; c) a do campesinato das estradas, que se origina na penetrao da Amaznia em consequncia do modelo capitalista dominante. Porm todos se identificam pela mesma ameaa de excluso frente a este modelo que lhes atinge direta ou indiretamente. As condies econmico-sociais criadas pela histria, a conjuntura e a ao de determinados agentes sociais - da Pastoral, educadores e lavradores - propiciaram, em meados dos anos 70, a ecloso de um movimento de trabalhadores rurais. Este movimento visto num primeiro perodo (1974-78) como comunitrio, de ao e perspectivas limitadas; num segundo perodo (1978-82) se define, predominantemente, como movimento voltado para a organizao sindical dos trabalhadores rurais; no terceiro perodo analisado (1983-85),a organizao sindical dos camponeses impe a sua fora relativa "cidade poltica", presente na cidade de Santarm, na CUT e com uma ativa participao deles no PT. Em cada perodo, combinam-se de modo diferente trs "graus" ou "momentos", constitutivos, segundo Gramsci, da conscincia de classe: o "momento econmico-corporativo", o momento sindical e o momento poltico. Neste processo de interaco, concretizado nas suas lutas (por terra, sade, estrada, melhores preos para a sua produo, contra a pesca predatria, etc.) e na sua organizao, o campesinato santareno forja a sua identidade coletiva, sua conscincia de classe. Esta histria vista, ao mesmo tempo, como "poltico-militar", em que um grupo social luta para manter e ampliar o seu espao fsico-social, e como pedaggica, em que o grupo se socializa e constri uma nova viso do mundo, adquirindo/ forjando os instrumentes conceituais e operacionais necessrios para sobreviver como classe em que seus componentes se impem como cidados.
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O corpo humano, em qualquer sociedade, objeto de adestramento e socializao de acordo com as representaes prprias a cada cultura. No Brasil, alm das agncias e processos de socializao informal, privilegia-se durante o Estado Novo (1937-1945) uma agncia para exercer especificamente esta tarefa. Neste perodo a Educação Fsica se consubstancia como disciplina obrigatria em estabelecimentos de ensino. O novo programa, ao mesmo tempo que modela os "corpos", pretende incutir nos "espritos" as representaes "oficiais" da sociedade brasileira: aperfeioamento da raa, sentimento nacionalista, unidade nacional e a nova ordem social. Por possuir tcnicas que se caracterizam por sua sutileza e: dissimulao, a Educação Fsica valora explicitamente locais e relaes sociais supostamente qualificados de "naturais", "livres" e "amplos", mas que so contextualizados, entretanto, num quadro - rgido de disciplina.
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Trata-se de uma discusso sobre as dificuldades de se desenvolver aes de educação ambiental no Brasil, bem como a sugesto de alternativas para esta situao, atravs de um projeto piloto de Coleta Seletiva de Lixo. Esta experincia, pioneira no Brasil, foi implantada inicialmente no bairro de So Francisco, em Niteri, RJ, e vem fornecendo resultados que indicam a viabilidade de sua disseminao, no s como forma de educação ambiental, mas tambm como tcnica alternativa e de baixo custo visando enfrentar a grave questo que representa o lixo domstico para os municpios brasileiros.
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Este trabalho prope-se a pesquisa~ os critrios que impelem os legi~ ladores a determinar a adoo ou a supresso da lngua estrangeira nos currculos escolare~; identificar as ideologias que servem de suporte a estes critrios; analisar os objetivos da educação formal e determinar o grau de importncia do aprendizado da lngua estrangeira na consecuao destes objetivos. Considerando-se os valores que definiram ,os tipos de educação privil~ giados pela sociedade brasileira nas diferentes fases da sua evoluo, le vantou-se a seguinte hiptese: o ensino da lngua estrangeira tem sido vinculado ao modelo poltico-econmico em vigor. Sua adoo ou supresso articula-se com as ideologias que legitimam e sustentam a hegemonia das classes dominantes. Para comprovar esta hiptese, fez-se um levantamento histrico da edu cao no Brasil olonial, Imperial e Republicano e sua diviso em pero - dos. Procedeu~se' a uma caracterizao poltico~econmica e scio-cultural de cada perodo, identificando-se as ideologias dominantes e suas articulaes com a educação. Definiram-se os saberes dominantes superiores e i!!, feri ores , os critrios estabelecidos pelas classes hegemnicas para a transmisso dos mesmos e suas vinculaes com o aprendizado da lngua estrangeira. Tratou-se da omisso de educação, a partir da impostura do discurso dos detentores do poder decisrio, proclamando valores que nao correspondiam ao seu pensamento e sua ao reais; e do caminho percorrido do "humanismo" "tecnologia", no ensino das lnguas estrangeiras, do seu papel de divulgadoras de idias transmisso de ideologias. Procurou-se estabelecer de que modo a herana histrica plasmou nosso presente, no d~ IDnio da educação, desde o colonialismo at construo da identidade n~ cional. Identificaram-se razes que recomendam a diversidade de oferta e aprendizado de varias lnguas estrangeiras, como componentes, entre outras disciplinas consideradas "suprfluas", da formao do patrimnio intelectual e cultural de cada indivduo e da corrn.midade como um todo. Conclui-se denunciando os mecanismos adotados pelas classes hegeIDnicas para impedir o crescimento educacional do povo, a fim de que este no se torne uma ameaa a esta hegemonia. Como propostas de soluo,sero publicadas duas pesquisas j realizadas: problema quantidade de efetivos 2Lqualidade de ensino da lngua estrangeira e o domnio da lngua materna x a organizao do pensamento x as possibilidades de produo na lngua estrangeira.
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Este trabalho tem por objetivo mostrar a contribuio da Psicologia na Educação. At a dcada de 50, a Psicologia ocupou um lugar privi- legiado no cenrio educacional brasileiro. Contudo, a relao e~ tre a Psicologia e a Pedagogia tem passado por srios questiona- mentos. A Psicologia caiu em desprestgio, desde que se consta tou o modo reducionista de sua atuao na Educação e tambm a i- nadequao de algumas teorias psicolgicas tomadas como ponto de referncia exclusivo para os educadores. Por isto, surgiram di- versas tentativas de melhoria do ensino no Brasil, alternando-se a predominncia de um ou de outro fator determinante do processo educativo. A partir da dcada de 60, os condicionantes sociais da educação comearam a superar os procedimentos psico-pedaggicos, na expectativa de serem conseguidas grandes mudanas na escola brasileira. No obstante o empenho de pedagogos, a substituio da Psicologia da Educação por outros fatores ou campos do conhe- cimento no tem conseguido equacionar os problemas educacionais do Brasil. A complexidade da prtica educacional requer a articu lao transdisciplinar das diversas reas do conhecimento que a constituem. A concluso recolhe alguns depoimentos de membros da co munidade educativa da Instituio pesquisada, comprovando o xi- to da experincia. Destaco tambm algumas consideraes sobre o significado de uma relao harmnica entre Psicologia e Pedag~ gia, no conjunto transdisciplinar que envolve diversas areas do conhecimento que so decisivas na dinmica do processo educativo.
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O objetivo deste estudo analisar algumas caractersticas dos Cursos de Mestrado em Educação no Rio de Janeiro, especia! mente as que foram agrupadas nas variveis: Organizao Didtica, Relacionamento Professor-Aluno e Orientao Acadmica. Foi assumido um enfoque perceptivo, isto , tais caracte rsticas foram colhidas atravs da percepo dos prprios mestrandos, considerados corno percebedores especialmente:qualificados. Atravs de um questionrio fechado, testado anteriormente em pesquisa-piloto, os mestrandos manifestaram sua percepa-o so bre algumas caractersticas do curso de mestrado e essa percepo foi depois relacionada com variveis da situao dos sujeitos. Verificou-se que o fator "concluso da dissertao" par~ ce influir na maneira de perceber o curso, levando a uma viso menos crtica do que a situao contrria. E como a amostra revelou-se selecionada (pessoas que co~ cluiram a dissertao, na maioria) pode-se verificar como) pessoas selecionadas, tm mais possibilidade de xito, mesmo em situaes no muito favorveis. De fato, a maioria dos mestrandos nao recebia bolsa de estudos ou ajuda financeira de qualquer espcie e tinha um regime de trabalho bastante severo, tanto durante o curso como na fase de elaborao da dissertao. Foi dito que a amostra selecionada e o fator seletivo parece ter sido a prpria tarefa de responder ao questionrio. Em- ~ bora s~ tratasse de urna tarefa facilitada, o pequeno numero que respondeu (75 mestrandos) parece ter sido justamente o grupo mais motivado, porque mais bem sucedido e assim, desejoso de colaborar. ~ verdade que tal seleo poderia ser considerada diversa da que se faz habitualmente ao admitir candidatos, mas parece que, na prtica, o resultado foi o mesmo: separar um grupo com caractersticas mais desejveis. Concluiu-se do valor da seleo, no curso de ps-graduaao. Fatores como idade e engajamento no magistrio superior deveriam ser levados em conta na aceitao dos mestrandos. No entanto, a seleo no resolveria tudo. De fato, o grupo selecionado da amostra denota pouco esprito crtico e uma certa acomodao ao sistema. No seria esse resultado uma crtica ao prprio sistema, que inclusive com sujeitos motivados e capazes (o que se deduz de seu xito escolar) chega a isso? A necessidade de uma reformulao dos Cursos de Mestrado em Educação, no sentido da educação libertadora e, portanto, outra concluso que se impe.
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A dissertao se estrutura a partir de indagaes sobre comportamentos sociais que a sociedade brasileira como um todo Julga condenveis e, mais que isso, responsveis, em grande medida, pela sua progressiva pauperizao material e pela descrena generalizada num futuro melhor. A cumplicidade e ineficincia de grandes setores privilegiados e das estruturas da ordem e da justia reforam perigosamente esta tendncia atravs de uma difusa iseno de responsabilidades. Os indivduos agem pressionados pelo medo ou por motivos de interesses particulares. Nessas circunstncias, a categoria de cultura narcsica orienta para a compreenso de diferentes questes sociais. Os traos da Cultura narcsica so assimilados pelas diferentes camadas da populao, o que explica, em parte, a corrupo, o clientelismo e o desperdcio, entre outros fenmenos tpicos do Brasil de hoje. Os objetivos deste trabalho passam por uma anlise das consequncias da incorporao dos traos dessa cultura na esfera da educação institucionalizada. Foi considerado, particularmente como uma referncia exemplar, um episdio que coloca em relao ao Programa Nacional do Livro Didtico e o sistema de ensino do municpio do Rio de Janeiro.
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A evoluo de poltica social no Brasil, gera uma srie de polticas setoriais especficas. Em 1964 surge a poltica Nacional do Bem-Estar do Menor, com ntida funo de controle social. Surgem os grandes internatos gerenciados pelo Estado e a questo corretiva assume um papel deslocado ao lado da questo educacional. Como esta poltica insere-se numa conjuntura arbitrria, sua abrangncia permite afetar um contingente expressivo da populao brasileira, as crianas e jovens das classes pauperizadas, colocando-as nos internatos. Nos anos oitenta esta poltica reformu1a seus discursos e prticas, adequando-se formalmente sociedade de transio poltica, e introduz a questo do trabalho como diretriz renovadora e mesmo 1ibertria para as aes assistenciais desenvolvidas pelo Estado. A populao infanto-juveni1, objeto dos programas e projetos aquela, que a margem dos programas oficiais de educação, exercem atividades escassamente capitalizadas, habitando em sua maioria o chamado mundo do Rua-longe que significou uma mudana real, a perspectiva deste setor da poltica social do governo, mantm seu carter institucionalizado de interveno e controle, segregando e excluindo estas crianas e jovens do acesso aos bens culturais existentes, mesmo quando os agentes executores desta poltica, so outras instituies. As principais questes desenvolvidas neste estudo foram organizadas de forma a construir um quadro geral que permita a viso da abrangncia da poltica Nacional do Bem-Estar do Menor enquanto passvel de afetar um continente expressivo da populao brasileira e um corte nos discursos que fundamentam sua execuo. No segundo captulo, situa-se a questo social mais geral, a insero do binmio educação/trabalho. Como questo dos anos oitenta e delimita-se o grupo afeto a poltica estudada. No terceiro captulo, verifica-se o binmio educação/trabalho absorvido pela poltica Nacional do Bem-Estar do Menor atravs da anlise do discurso mineiro, funda dor desta "nova" vertente. No quarto captulo, esta politica & tratada do ponto de vista de seu carter institucionalizado de interveno a partir de suas propostas, do discurso do Estado e o controle exercido pelas diversas instncias. No quinto captulo temos a transformao destes discursos e propostas em aes concretas experincias que so relatadas e analisadas.
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Este trabalho pretende mostrar as funes exerci das pela Orientao Educacional junto ao Sistema de Ensino Brasileiro, a partir da anlise de sua gnese e institucio nalizao. Como prtica oriunda das sociedades industriais vol tadas para a organizao da vida social em torno da eficin cia da produo, a Orientao Educacional - que surge como orientao Profissional - nasceu para atender demanda das empresas capitalistas. Sua integrao ao escolar agora como Orientao Educacional e/ou Orientao Vocacional - tem objetivado a racionalizao dos meios de asseg~ rar a adequao das estruturas de educação estrutura so cial. Deixando de levar em conta, na discusso de sua problemtica, a diviso social do trabalho, a dominao e explorao econmica, portanto, a Orientao Educacionalno Brasil vem produzindo um discurso ideolgico calcado na "li berdade de escolha" do indivIduo, conforme suas potencialidades, aptides e interesses. Na realidade, as funes da Orientao Educacional brasileira tem validado e reforado os mecanismos de seleo e excluso existentes ao longo do processo educacional, sempre em conexo com a posio de classe dos alunos. Constitui-se, portanto, um dos mecanismos de normalizao de condutas, aspiraes e expectativas do indivduo, tendo em vista o seu ajustamento, sem confli tos, ordem estabelecida.
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O presente estudo tem como objetivo fornecer subsdios para que se possa verificar a convenincia e a oportunidade da implantao de um Centro de Orientao Educacional na Faculdade de Educação da Universidade do Amazonas.
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O estudo dedica-se busca do entendimento das polticas sociais do Estado, a partir do intervencionismo militar (1964-1979). Atravs do planejamento tecnicista que o caracterizou, e da mediao que se explicita no discurso que pretende democrtico e da gesto autoritria que se desenrola em meio s contradies que impulsionam o movimento histrico concreto da sociedade brasileira. No traz concluses originais e definitivas quanto ao tema proposto, contudo, repe questes e inquietaes que permitem perceber os limites e possibilidades do discurso do Estado, particularmente da poltica educacional da "abertura" (1980-1985). O trabalho busca investigar a prtica educativa, na busca de compreenso e desvendamento da realidade, centrando a ateno na escola do Cear, iniciando por seus determinantes estruturais e conjunturais, at a observao mais especfica da direo assumida pela poltica educacional, em funo das conexes mais amplas do contexto histrico do Nordeste, no cenrio brasileiro.
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o presente trabalho descreve o que foi esse pro jeto educacional, desenvolvido pelo IP~S de 1964 a 1968 e as polticas setoriais de educação do Estado, do perodo que" vai de 1964 a 1975, comparando o projeto do Estado com o do grupo de pressao e procurando estabelecer vinculaes,a partir dos pontos comuns existentes entre eles. Da comparao entre os dois projetos, ficaram e videnciados diversos traos comuns entre o que foi proposto pelo IP~S e o que foi, a seguir institucionalizado pelo Estado, no setor educacional. Em sntese, o que se pretendia era dotar o sistema de ensino do pas de uma instrumen talidade que o destinasse, sobretudo, capacitao de recursos humanos para o desenvolvimento econmico. Tal objetivo educacional era conveniente aos interesses dos grupos dominantes, pois visava, principalmente, formar os contingentes necessrios a um novo tipo de acumulao capitalista, corporificada no modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado.
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A presente dissertao visa identificar como se d o uso da internet pelos brasileiros considerando as dimenses: governo eletrnico, lazer, informao, comunicao, educação, comrcio eletrnico, e analisando itens so melhores discriminadores da dimenso bem como construir um indicador de precedncia nos tipos de uso. Para tal ser utilizada a fonte de dados secundria fornecida pelo centro de estudos CETIC referente pesquisa TIC Domiclios 2009. E por intermdio da tcnica estatstica Teoria da Resposta ao Item (TRI) cada brasileiro da amostra receber uma pontuao relacionada s suas respostas aos itens da dimenso. Este trabalho apresenta resultados que permitem explicar aspectos relacionados ao uso de internet pelos brasileiros. Para algumas dimenses agrupou-se os itens de modo a apresentar a dimenso discriminada em grupos. Para as dimenses de Comrcio Eletrnico e de Governo Eletrnico concluiu-se que os itens de suas dimenses no discriminam grupos de brasileiros com relao o seu uso, pois pela curva caracterstica do item, cada item discrimina os brasileiros na mesma dimenso da mesma forma. J para Comunicao, Educação, Informao e Lazer so discriminados por grupos de itens mais provveis ao uso pelo brasileiro e usos menos provveis.
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o objetivo central desse trabalho desenvolver uma reflexo geral sobre a relao entre Estado, cidadania e educação e traz-la para a realidade educacional bras ileira, com uma preocupaao de atualidade. Parte-se de uma discusso dos conceitos formulados por Antonio Grams ci para o estudo'da superestrutura social, chegando-se aos conceitos de reforma intelectual e moral e de Estado "tico e educador", que permitem pensar o ensino pblico, obrigatrio e gratuito, ministrado pela escola nica e comum, como um "dever" do Estado burgus, democrata e re publicano - "elemento primordial" da extenso da cidada nia. Um estudo da ao pedaggica do Estado francs da Terceira Repblica~ desenvolvido a partir de depoimentos de professores do ensino primrio da poca, evidencia as implicaes ideolgicas do ensino pblico quando promo vido por um Estado "tico e educador", por meio de uma escola que eficazmente "constitutiva de cidadania". A anlise das especificidades e impasses da constituio (ou da no constituio) da cidadania na sociedade brasileira fundamenta uma reflexo sobre as condies atuais da educação pblica no Brasil, em que se des tacam tematicamente duas questes: o significado social do ensino profissionalizante e a seletividade da escola elementar, analisada prioritariamente a partir dos fatores externos escola que a determinam ou seja, as condi oes de vida das classes subalternas, brevemente enfocados com base na interpretao de dados estatsticos relativos evasio escolar e ao poder aquisitivo do s~lirio mnimo. A conjuntura presente de transformaio poltica e institucional da sociedade brasileira avaliada como pr~ pcia retomada da luta pela instruo elementar pblica e gratuita numa escola nica e comum, pelo prolongamento da escolaridade, pela melhor qualidade do ensino, de tal modo que a escola possa finalmente dar a sua contribuio imprescindvel extenso da cidadania a todos os brasileiros.