974 resultados para Línguas Estudo e ensino
Resumo:
Somente poderiam advir novas formas de existência, outros modos de ser e estar no mundo, se diferentes sensibilidades também acompanhassem o desdobrar de um determinado acontecimento. Esta pesquisa tem como objeto privilegiado os acontecimentos de criação da escola na sua relação com as visibilidades de mundo, fazendo-se ela mesma em preparação e ressurgência de um acontecimento de criação. Inicialmente seria fundamental à pesquisa envolver-se nos cotidianos do colégio estudado para melhor pensar a via de preparação do acontecimento. Tal feita somente poderia adquirir sentido se o dispositivo investigativo mantivesse seus investimentos ao nÃvel do contato com estudantes, esforçando-se por garantir a maior participação deles em diferentes aspectos da preparação, acentuando a partir de nossos encontros à potência de criação evenemencial. Ceder aos indÃcios durante a preparação significaria aprofundar os vÃnculos que mantive com a comunidade escolar. E, tendo como principal convite a fotografia, os estudantes realizaram um número significativo de imagens do colégio que, ao final de um extenso perÃodo, nos conduziu à ocupação imagética do espaço escolar. Num segundo momento a pesquisa se voltou para o modo de apreensão do acontecimento por parte de toda a comunidade em meio à ocupação do espaço escolar a partir de suas imagens. Composta por oitenta e uma fotografias do espaço escolar, a ocupação concentrou parte destas imagens em uma instalação confeccionada por fios vermelhos no centro do primeiro pavimento, distribuindo o restante delas por entre paredes, banheiros e corredores. Esta apreensão se fez compreendida pelo dispositivo sob os termos de um profundo engajamento com o campo problemático do acontecimento, tendo como Ãndice o destino investido pelas imagens, prolongando senão os efeitos evenemenciais em franca atualização dos gestos, superfÃcies e visibilidades. Procurei pensar a multiplicidade de relações estabelecidas entre a comunidade escolar e as imagens fotográficas em meio à ocupação imagética realizada no colégio, tomando a sua aparição momentânea como acontecimento de criação, assim como a ressurgência de outras visibilidades presididas em seus contextos. Para tanto, pesquisa precisou se tornar esta Ãntima criação de uma obra de aprendizagem.
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O presente trabalho objetiva refletir sobre os caminhos para a formação do leitor literário, a partir de atividades com crônicas contemporâneas, especialmente as inseridas na literatura para jovens (não canônica), nas aulas de LÃngua Portuguesa. Analisar-se-ão estilisticamente crônicas de Paula Pimenta, autora, segundo suas próprias palavras, de livros cor-de-rosa, a fim de comprovar a qualidade linguÃstica de tais textos, rejeitando, assim, sua classificação como subliteratura como muitos ainda insistem em classificar um nicho de literatura para jovens. A proposta parte do princÃpio que os leitores em formação se disponibilizarão mais facilmente à literatura se apresentados primeiro a textos estruturalmente menos complexos como o caso da crônica e com temáticas e linguagem próximas à sua realidade e seus interesses, a fim de que haja de fato um processo de amadurecimento das habilidades leitoras, para que sejam introduzidas obras mais complexas e de autores do cânone literário, muitas vezes mal afamados graças à sua reputação de sagrado ou difÃcil. Os temas das crônicas analisadas são bastante familiares ao aluno, o que funciona como chamariz para a leitura: atrai-se primeiro pela proximidade com o tema, depois pela riqueza no uso da linguagem. Ressalte-se que, embora conhecida como autora de literatura para jovens, Paula Pimenta escreve para todos os públicos, seus textos atraem e envolvem leitores de todas as idades, exatamente pela linguagem. Pensando, entretanto, em adequação a cada faixa etária, nÃvel de maturidade leitora e necessidades especÃficas de cada ano escolar, tratar-se-á de seu uso na Educação Básica, em trabalho destinado a jovens leitores, o que não impede uma aplicação em outros nÃveis de ensino, desde que feitas as devidas adequações. Apresenta-se, por fim, uma sugestão de atividade de leitura, a partir das considerações e aporte teórico expostos em todo o trabalho.
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O presente estudo aborda a Formação Acadêmica e Profissional em Serviço Social tomando como objeto o Corpo Docente das Faculdades Públicas de Serviço Social do Estado do Rio de Janeiro. Tomamos como referência o projeto ético polÃtico do Serviço Social, especialmente, o projeto de formação da ABEPSS, parte e expressão do primeiro. Observamos que os docentes são sujeitos imprescindÃveis no processo de formação dos graduandos e, ainda que não determinem o posicionamento e a direção social escolhidos pelos futuros profissionais, colaboram ou não para um processo de formação crÃtica que pode contribuir para que o futuro assistente social tenha o perfil profissional explicitado nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS: profissional dotado de formação intelectual e cultural, generalista e crÃtica, competente em sua área de desempenho, com capacidade de inserção criativa e propositiva, no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho (ABEPSS, 2002). Partimos da hipótese de que a disputa por projetos distintos no interior do Serviço Social vem se dando no meio acadêmico de maneira velada no sentido de que tudo o que diz respeito ao Serviço Social pode se articular ao projeto ético-polÃtico, como se o mesmo não resultasse de um processo ligado à teoria crÃtica e de uma mudança ideopolÃtica no interior da categoria dos assistentes sociais. Consequentemente, a presença nos espaços da academia de tendências conservadoras e neoconservadoras, vem aprofundando o afastamento do debate/problematização de questões essenciais à profissão como, por exemplo, o cotidiano e o exercÃcio profissional. Concluimos que se por um lado, o perfil docente, no que diz respeito à formação dos professores pesquisados, é um perfil que pode responder à s necessidades do projeto de formação acadêmica e profissional da ABEPSS, por outro lado, quando abordamos as linhas e projetos de pesquisa que fundamentam a produção dos referidos docentes, observamos um distanciamento do Serviço Social e do projeto ético-polÃtico.
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Esta tese estuda o registro do léxico brasileiro em dicionários de lÃngua portuguesa do século XIX, numa perspectiva linguÃstica e metalexicográfica. Foram analisados todos os tÃtulos que integram o cânone da dicionarÃstica portuguesa, de caráter geral e monolÃngue, no perÃodo em questão, quanto à proposta lexicográfica explÃcita e quanto à microestrutura de uma seção da nominata (todos os brasileirismos iniciados pela letra c). A partir da análise comparativa dos dicionários, foi possÃvel estabelecer, em termos quantitativos e qualitativos, quais edições são relevantes para o registro de termos brasileiros no século XIX: quatro edições do dicionário de Morais e a edição de Caldas Aulete. Embora amplamente utilizada, a marcação diatópica não é alvo de discussão nas obras lexicográficas estudadas. Depreende-se, pelo emprego da marca termo do Brasil, equivalente a brasileirismo, que se trata de um conceito geográfico que, à s vezes, coincide com o de origem. Três dicionários de vocábulos brasileiros publicados entre 1852 e 1889 foram identificados como fontes de consulta dos dicionários gerais. Os itens lexicais brasileiros foram observados segundo parâmetros linguÃsticos e lexicográficos: etimologia, tipo de brasileirismo (lexical ou semântico), regionalismos brasileiros, campos semânticos e tipos de definição. Esses parâmetros permitiram identificar continuidades e rupturas na tradição dicionarÃstica do século XIX e apontar para modos de observar a manutenção dessa tradição no século XX
A dinâmica curricular da educação fÃsica na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro
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A tese analisa a dinâmica curricular da educação fÃsica na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) a partir dos pressupostos do ciclo de polÃticas curriculares de Ball e Bowe (1992). A fim de compreender a amplitude das polÃticas curriculares da SEEDUC, o estudo investiga os contextos da dinâmica curricular e o modo com o qual se articulam. Para o contexto das influências, as notÃcias e informes publicados no site da SEEDUC e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer constituem as nossas fontes. Foram catalogados e analisados 117 documentos. Para o contexto da construção curricular foram realizadas entrevistas com três dos professores que foram responsáveis pela construção do CurrÃculo MÃnimo para a educação fÃsica da SEEDUC, publicado no ano de 2012. Além disso, foi realizada uma análise de todos os documentos curriculares prescritivos que compõem o CurrÃculo MÃnimo. Para o contexto da prática curricular foram entrevistados oito professores de educação fÃsica e duas de lÃngua portuguesa que estavam, no momento das entrevistas, atuando como professores de escolas da SEEDUC. As análises dos dados nos permitem as seguintes inferências: as polÃticas curriculares da SEEDUC se direcionam primordialmente para a obtenção de melhorias nos Ãndices de qualidade da educação no estado, aferidos através de avaliações externas de larga escala; essas polÃticas estão associadas ao regime de verdade da performaticidade (BALL, 2005), uma vez que têm como pressupostos básicos a padronização, o controle e a meritocracia; a vinculação com a pedagogia das competências complementa esse pacote de performatividades; as disposições crÃticas do grupo de professores de educação fÃsica que construiu o CurrÃculo MÃnimo concorreram com e, em alguma medida, subverteram as polÃticas da performatividade da SEEDUC, de tal modo que os documentos prescritivos têm a marca da ambivalência do controle e da diversidade; os professores de educação fÃsica que lidam com a prática curricular não compartilham as disposições crÃticas dos professores que construÃram as prescrições, e fazem suas traduções curriculares influenciados pelas problemáticas inerentes do cotidiano; entre elas, se destaca o traço da cultura escolar que toma os tempos e espaços da educação fÃsica na escola como os lugares do gosto e da liberdade; a comparação das traduções curriculares dos professores de educação fÃsica com as de lÃngua portuguesa contribuiu para iluminar algumas caracterÃsticas da dinâmica curricular da educação fÃsica, especialmente os impactos distintos que as sistematizações curriculares tiveram no cotidiano; para as professoras de lÃngua portuguesa as novas sistematizações presentes no CurrÃculo MÃnimo repercutiram em desestabilizações de tradições, para os de educação fÃsica significaram a possibilidade de um norte.
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O objetivo principal desta pesquisa é analisar os procedimentos didáticos relativos à leitura, no livro didático, Português Contexto, Interlocução e Sentido, destinado ao Ensino Médio, da Editora Moderna, de autoria de Maria Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre e Marcela Pontara, em sua seção de Produção de Texto, principalmente. A análise visa configurar o percurso teórico-metodológico desse livro didático, com o intuito de observar em que consiste a abordagem discursiva de leitura pretendida por esse livro. Para tanto, busquei contrapor os conceitos e procedimentos desenvolvidos no livro didático com aquilo que, em Análise do Discurso, se concebe como uma abordagem discursiva de leitura. Parto do princÃpio de que uma abordagem discursiva de leitura pressupõe a consideração das condições de produção de um texto, isto é, a relação de posições histórica e socialmente determinadas em que o simbólico (linguÃstico) e o imaginário (ideológico) se juntam (ORLANDI, 2008, p.11). A análise do corpus demonstrou que, a despeito de anunciar uma abordagem discursiva, o livro didático não realiza esse intento. As propostas didáticas de leitura repetem o tradicional modelo de interpretação de texto, sem considerar os pressupostos elementares de uma análise discursiva, isto é, que o sentido não está inscrito na superficialidade do texto, mas é produto da complexa relação entre leitor, autor e contexto sócio-histórico-ideológico
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Este estudo tem o objetivo de analisar processos cognitivos na LÃngua Brasileira de Sinais (Libras), presentes em duas interpretações da música Aquarela. Os processos cognitivos foram investigados à luz da corporificação, da metáfora conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 2002), da metonÃmia conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 2003; EVANS; GREEN, 2006; KÖVECSES, 2010) e da iconicidade cognitiva (WILCOX, 2000; QUADROS, 2004; WILCOX, 2004). Além desses processos de construção de sentidos, analisam-se os esquemas imagéticos (EVANS; GREEN, 2006; GIBBS; COLSTON apud GEERAERTS, 2006) que lhes fundamentam. A partir dessa fundamentação, foram encontrados nas intepretações sinais categorizados icônico-metonÃmicos, icônico-metonÃmico-corporificados, de acordo com Nunes (2014), e icônicos-corporificados. Verificaram-se os esquemas imagéticos subjacentes aos sinais e classificadores. Considerando-se que esses sinais e classificadores estão presentes em interpretações de uma música, analisam-se também procedimentos e técnicas utilizados em traduções e interpretações em Libras. A partir da análise, constatou-se, entre os processos cognitivos subjacentes à s interpretações da música, que as principais metáforas conceptuais subjacentes à letra de Aquarela em português mantêm-se nas interpretações em Libras. Contudo, na versão em Libras, uma nova metáfora foi postulada. Assim, buscou-se, com esta pesquisa, fornecer questionamentos sobre processos cognitivos em sinais e classificadores em interpretações na Libras
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Com base na perspectiva da LinguÃstica Sistêmico-Funcional, esta dissertação se propõe a analisar, semântica e estruturalmente, as relações coesivas de causalidade no texto argumentativo, com o objetivo de promover uma reflexão sobre que estruturas de causalidade são mais comuns no corpus analisado e sobre a importância dessas estruturas e das relações que elas constroem para o estudo dos textos na Escola Básica. Sendo assim, este trabalho apresenta a seguinte estrutura: num primeiro momento, consideraremos os pressupostos teóricos que serviram como base para fundamentá-lo. A base teórica adotada foi o Funcionalismo LinguÃstico, a partir do modelo de Michael A. K. Halliday, uma teoria de base semântica, que prioriza os sentidos expressos por meio da lÃngua nas diferentes situações comunicativas. Além disso, ainda como assuntos correlatos e complementares à análise que nos propusemos desenvolver, abordaremos as noções de gênero e de sequência textual, e faremos um estudo do processo de conjunção e da relação de causalidade sob a visão de dois autores Halliday e José Carlos Azeredo. Em seguida, no segundo capÃtulo do trabalho, foi realizada a análise de vinte editorias, os textos-corpus do trabalho. A análise contemplou todas as ocorrências das orações constituintes dos editoriais iniciadas por conectivos que estabeleciam relações de causalidade, que, inicialmente, se dividem em dois grupos, o da causa e o do efeito. Dessa maneira, por meio da totalidade de ocorrências encontradas, considerando o ponto de vista qualitativo e quantitativo, pudemos verificar o tipo de relação predominante se de causa ou de efeito em nossos textos-corpus.
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Como crÃtica à perspectiva da Educação FÃsica Escolar (EFE) voltada à aptidão fÃsica e ao desenvolvimento técnico-esportivo, tão comum até a década de 1970, surgem, a partir da década de 1980, novas propostas de ensino que a aproximariam dos reais objetivos da escola é o que se chama de movimento renovador da EFE. Ao longo dos anos, essas propostas foram incorporadas aos cursos de graduação, de pós-graduação e aos documentos oficiais de ensino. Era de se esperar que as aulas de EFE nas escolas brasileiras, hoje, representassem, hegemonicamente, as propostas do movimento renovador, mas paradoxalmente temos visto intervenções difusas e até aleatórias, muitas vezes representadas pelo rola a bola. Diante da necessidade de investir em práticas renovadoras e a fim de abolir o caráter de estudos que apenas pomovem denúncias de práticas caducas, este estudo buscou professores que, alinhados aos conhecimentos renovadores, procuram desenvolver aulas de EFE que se aproximam e representam tais conhecimentos didático-metodológicos. Assim, buscou-se investigar a influência do movimento renovador na intervenção pedagógica de cinco professores de Educação FÃsica da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. O estudo divide-se em três artigos complementares. O primeiro traz a problematização e a revisão bibliográfica. O segundo busca identificar o que os professores pensam acerca do movimento renovador, bem como analisar caracterÃsticas acadêmicas e profissionais-interventivas. Os resultados do artigo 2 apontam que os professores parecem conhecer, se alinham e afirmam ministrar aulas em acordo com as propostas renovadoras, mas possuem ambientes e condições de trabalho distintas. O terceiro artigo traz a análise de 20 aulas de EFE dos cinco professores, a partir de uma ficha de observação sistemática composta por indicadores didático-metodológicos sugeridos por Resende e Nascimento (2004), além da discussão de uma entrevista sobre questões didáticas e metodológicas e crÃticas à s intervenções. Percebeu-se que, apesar de intervenções com caracterÃsticas distintas, a maioria das ações intervetivas se aproximou dos indicadores nas categorias planejamento, objetivo, conteúdo, método, avaliação e relação professor-aluno. Todos os professores fizeram crÃticas à s aulas, acreditando que estas deveriam ser melhores e diferentes do que frequentemente são, o que representa limitações do campo interventivo e o compromisso dos professores com a qualidade da intervenção. Acredita-se que os dados deste estudo representam mais um pequeno passo à s discussões e construções de práticas renovadoras no campo da EFE, ao buscar e apontar possibilidades, limitações e exemplos de ações didáticas concretas do cotidiano.
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Esta pesquisa tem como foco observar como alunos de escola básica utilizam os operadores argumentativos como recurso de coesão textual em uma redação dissertativo-argumentativa, modelo Enem. As produções foram constituÃdas durante o ano letivo de 2014, por alunos do 2 ano do ensino médio de uma escola pública. O trabalho foi desenvolvido à luz da Teoria da Argumentação, da LinguÃstica Textual bem como das concepções de texto e gênero textual. O corpus analisado é constituÃdo de 20 produções textuais de 10 alunos de uma escola básica. São 10 redações produzidas no inÃcio do ano e 10 no final do ano letivo mencionado. Com base nessas produções, foi possÃvel estabelecer uma comparação no que diz respeito ao uso de operadores argumentativos como recurso coesivo. Constatou-se que esses elementos são utilizados tanto na primeira redação produzida quanto na segunda. Entretanto a ênfase no uso e na diversidade desses recursos foi maior nas produções do 2 semestre. Esses resultados foram apresentados de forma qualitativa e quantitativa, por meio de gráficos, para uma melhor visualização dos resultados. As reflexões acerca de leitura e produção de textos, problemas discursivos, textuais e linguÃsticos desenvolvidas durante o ano letivo, com o grupo de alunos que produziu os textos-corpus, são fatores que concorrem para esse resultado.
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A presente pesquisa apropriou-se da expressão Educação em Saúde (ES) tanto para se referir a um campo de trabalho pedagógico e produção cientÃfica quanto para a designação da prática de um dado profissional que propõe a abordagem da saúde de forma planejada e pedagogicamente orientada. Os professores de Ciências Biológicas foram tomados como um dos responsáveis pela ES no ambiente escolar, desta forma, a investigação situou-se na formação inicial de professores de Ciências Biológicas com a finalidade de suscitar discussões e reflexões sobre a formação destes profissionais para lidar com as questões do campo da ES no cotidiano da docência na educação básica. Assim, a pesquisa orientou-se inicialmente pela pergunta: a ES está presente na formação inicial de professores de Ciências e Biologia? Esta pergunta permite constatar presenças e ausências da abordagem sobre saúde nas Licenciaturas em Ciências Biológicas (LCB) e problematizar os casos de ausência sinalizando-os como casos de negação à s orientações para o respectivo curso. Outra pergunta que em seguida passa a orientar a pesquisa é: Como a saúde está inserida e abordada nas LCB nas quais ela encontra-se representada? Esta pergunta traduz o interesse da pesquisa em superar a discussão inicial que constata presenças e ausências, uma vez que propõe a investigação qualitativa das iniciativas de abordagem da saúde nos cursos de formação de professores de Ciências Biológicas centrando os esforços em entender como tem sido materializada a ES nos cursos de formação de professores de Ciências Biológicas. Para a seleção das LCB consideradas na pesquisa, empreendeu-se alguns recortes para delimitação de um quantitativo de licenciaturas que fosse condizente com o prazo de realização de pesquisa. Primeiramente buscou-se no ementário de disciplinas obrigatórias de diferentes LCB aquelas que mencionavam alguma intenção de abordar a saúde, a partir de então apreendeu-se que dos cinco cursos investigados um não explicita a intenção da abordagem da saúde, um segundo não determina a ES como obrigatória e os três demais encontram-se alinhados com as orientações curriculares nacionais do ensino superior no que se refere à contemplação da saúde. A análise das entrevistas foi organizada em categorias amplas, categorias e subcategorias que sinalizam distinções entre as iniciativas de realização da ES nas LCB. Embora todos os professores entrevistados desenvolvessem a ES em disciplinas da LCB, os resultados indicam diferentes naturezas para as ES identificada, a saber: ES para a Formação de Professores de Ciências Biológicas; ES intermediária entre a formação do bacharel e do licenciado em Ciências Biológicas e ES para a formação de profissionais da saúde. A partir da discussão dos resultados encontrados na presente pesquisa consideramos imprescindÃvel que novos estudos se dediquem à ES, bem como as suas caracterÃsticas e naturezas na formação de professores de Ciências e Biologia. Acreditamos que este seja um caminho pelo qual seja possÃvel prosseguir as discussões iniciais que tratam da presença e/ou ausência da abordagem da saúde nas LCB.
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A presente pesquisa investiga as escolhas temáticas de textos jornalÃsticos, especificamente de reportagens, que partem do mesmo evento, mas que são produzidos e publicados em linhas editoriais distintas. Nosso objetivo geral, com este estudo, é proporcionar subsÃdios para que sejam superados paradigmas ainda baseados na dicotomia texto e gramática na Escola Básica, como também colaborar para a promoção de um ensino mais crÃtico e reflexivo, a fim de que os estudantes possam atuar em sociedade com autonomia. Para isso, elegemos como corpus duas reportagens de veÃculos ideologicamente antagônicos: o jornal A Nova Democracia e a revista Veja. Considerando que o contexto de cultura e o contexto de situação são determinantes para as escolhas linguÃsticas dos textos, examinamos a organização temática dos perÃodos que compõem as reportagens. Como referencial teórico, elegemos a Gramática Sistêmico-Funcional (GSF) de Halliday (1978; 1994; 2004), centrando-se especificamente na função Tema, pertencente à Estrutura Temática na Metafunção Textual, um dos nÃveis de análise da GSF, que organiza a oração como mensagem e sistematiza os significados ideacionais. O objetivo especÃfico deste trabalho é, portanto, analisar até que ponto as diferenças ideológicas afetam as escolhas temáticas dos textos. Com essa finalidade, dedicamo-nos à análise dos Temas Ideacionais e seus significados, pois são eles os responsáveis por indicar de que maneira os autores priorizaram as informações nos perÃodos que compõem e organizam as mensagens contidas nos textos. Como método de pesquisa, anotamos e classificamos manualmente cada um dos dados quantitativos e, em seguida, passamos a uma análise qualitativa dos Temas assinalados. Os resultados apontam que ambos os textos apresentam uma alta frequência de Temas Ideacionais Participantes, mas semanticamente distintos. Quanto aos Temas Ideacionais Processos e Circunstâncias, eles evidenciam discrepâncias sintáticas e semânticas significativas, que revelam representações diferentes dos narradores frente ao mesmo evento.
Resumo:
Este estudo objetiva analisar os enunciados que avaliam a proficiência em leitura em provas de LÃngua Portuguesa, no sentido de buscar compreender o que os professores intencionam avaliar quando elaboram os enunciados das questões que avaliam a leitura e de entender como se dá a progressão ao longo do ano e das séries do Ensino Fundamental II. O corpus foi constituÃdo por dezesseis provas, quatro de cada série do segundo segmento do Ensino Fundamental, aplicadas uma em cada bimestre, em um colégio da rede privada da cidade do Rio de Janeiro, ao longo do ano de 2013. Para proceder à análise, tomou-se como referência a tipologia de compreensão de livros didáticos de Marcuschi (2008), os Objetos de Conhecimento da Prova Brasil (2008) e uma concepção de lÃngua e leitura sociointeracionista. A pesquisa evidencia que os objetos do conhecimento distribuem-se ao longo dos bimestres de cada série e ao longo do segmento, irregularmente e aponta indÃcios de que não existem critérios pré-determinados. Contribui, assim, para proporcionar uma reflexão sobre a necessidade de um currÃculo de leitura que defina itens explorados e avaliados conscientemente pelos professores.
Resumo:
Esta tese de Doutorado foi defendida sob o formato de artigos, cada um aborda uma das etapas metodológicas e os respectivos resultados da pesquisa. No inÃcio de cada seção o leitor encontrará um resumo especÃfico de cada artigo. O primeiro artigo, intitulado Educação FÃsica: dilemas da disciplina no espaço escolar analisa cinco dissertações de mestrado que tomam como objeto a educação fÃsica escolar e seus dilemas no território contestado do currÃculo. O dilema central é que a educação fÃsica é representada como um tempo e espaço escolar associado ao universo do lazer (removi essa vÃrgula) numa instituição que valoriza disciplinas consideradas úteis no mercado de trabalho. Segundo artigo, intitulado Colégio Pedro II, as reformas educacionais e o currÃculo da disciplina Educação FÃsica: dos anos 80 do século XX à primeira década do século XXI historicizou o currÃculo da disciplina Educação FÃsica do Colégio Pedro II, com base nos documentos curriculares produzidos nesta instituição. ConcluÃmos que a indefinição de conteúdo e a falta de um currÃculo prescritivo distanciaram o ensino de Educação FÃsica da unificação de procedimentos de ensino e avaliação nas Unidades de Ensino, perpetuando os modos de fazer e não os de saber.
Resumo:
Relatório da prática de ensino supervisionada, Mestrado em Ensino do Espanhol LÃngua Estrangeira, Universidade de Lisboa, 2011