818 resultados para Palavra professoral
Resumo:
O desempenho em natação pura desportiva (NPD) está dependente da combinação de vários fatores, nomeadamente biomecânicos, energéticos, táticos e psicológicos (Barbosa et al., 2010), estando o sucesso desportivo altamente relacionado com a condição física dos nadadores, particularmente ao nível da força e potência musculares. Tendo em consideração a multiplicidade de eventos competitivos em NPD, a in uência da força parece ser mais determinante em provas de distância curta (Stager e Coyle 2005 Morouço et al, 2011a) pois, através da utilização de uma variedade de equipamentos de teste, tem-se demonstrado que a musculatura dos membros superiores e correspondente força e potência musculares estão fortemente relacionadas com a velocidade de nado (Aspenes et al., 2009 Morouço et al., 2015). Assim sendo, melhorias ao nível da força, nomeadamente dos membros superiores, poderão resultar numa maior força máxima exercida por ciclo de nado, visando uma maior velocidade média de nado (Strzala e Tyka, 2009 Morouço et al., 2011a). O treino de força no meio terrestre (comummente designado por “treino em seco”) deverá ter como principais objetivos melhorar o rendimento desportivo e prevenir lesões (Batalha et al., 2015). No entanto, a literatura sobre os benefícios do treino de força e condição física em seco para nadadores apresenta resultados inconclusivos (Tanaka et al., 1993 Trappe e Pearson, 1994 Girold et al., 2007 Garrido et al., 2010), sendo necessária uma melhor compreensão dos métodos e procedimentos desta área de treino, para uma melhor prescrição do processo de treino (dependente da fase de preparação desportiva). Neste capítulo, pretende-se apresentar uma revisão crítica da literatura sobre os efeitos do treino de força em seco no rendimento em natação (sem considerar os efeitos das partidas e viragens), procurando-se resumir o conhecimento existente e estimular pesquisas futuras. Estudos disponíveis na literatura foram recolhidos através das bases de dados (PubMed, Scopus e SPORTDiscus), sendo o termo “swimming” usado como principal palavra-chave, combinado com as palavras “dry-land”, “power”, “force” e “strength”. Com a finalidade de limitar o número de estudos a ser analisados, as palavras referidas foram, ocasionalmente, acopladas. Além disso, referências a atas de congressos relevantes e resumos foram tidas em consideração e acrescentadas à revisão.
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Esta colectânea de ensaios sobre a extensa obra de Vergílio Ferreira assinala o centenário do nascimento de Vergílio Ferreira (1916-1996) e associa-se ao Congresso Internacional de cariz interdisciplinar - "Vergílio Ferreira em Évora: Entre o silêncio e a palavra total" - ocorrido na Universidade de Évora, de 29 de Fevereiro a 2 de Março de 2016: uma organização conjunta do Departamento de Linguística e Literaturas e do Departamento de Filosofia. Este evento e a presente publicação constituem-se como gesto de homenagem consentâneo com a instituição, em 1997, do prestigiado Prémio Vergílio Ferreira (de ensaio ou romance) que anualmente é atribuído pela Universidade de Évora. Com efeito, a cidade de Évora, onde viveu, e a sua Universidade, situada hoje no edifício onde funcionou o Liceu de Évora, do qual Vergílio Ferreira foi Professor entre 1945 e 1959, estão muito vinculadas à obra e à vida do autor de Carta ao Futuro e Aparição. Tal como, reciprocamente, Évora foi impregnada pela escrita de Vergílio Ferreira que dela nos incita a descobrir a face menos visível à espera de se revelar.
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Numa das suas reconhecidas citações, o filósofo e matemático inglês Bertrand Russell afirmou que não importa o quão eloquentemente um cão possa latir, ele nunca será capaz de relatar que os seus pais eram pobres mas honestos. Muitos outros filósofos, na sua incessante busca pela essência humana, ou seja, aquilo que nos distingue dos outros animais, julgam ter encontrado a resposta na nossa capacidade de aprender e utilizar uma língua para nos comunicarmos. Em kigongo, a língua falada pelos bacongos das províncias de Cabinda, Uíge e Zaire em Angola, a palavra kintu significa ‘algo animado mas não propriamente humano’. Por outro lado, a palavra muntu significa ‘verdadeiramente humano’. Para muitos dos povos que fazem essa distinção entre esses dois conceitos, kintu e muntu, um recém-nascido apenas se torna um muntu quando o seu progenitor, ou o feiticeiro, lhe dá um nome e o diz em voz alta. Em outras sociedades semelhantes, somente a partir da aprendizagem e uso de uma língua é que nos tornamos ‘verdadeiramente humanos’, um muntu.
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ABSTRACT The red mite Oligonychus yothersi is one of the main pests of yerba mate in Brazil The damage this mite causes leads to leaf drop and decreased production. There are no registered acaricides for use in yerba mate; thus, laboratory and field experiments were performed to evaluate the effect of azadirachtin (Azamax ® , 250mL 100L -1 ) for the control of the red mite in yerba mate. In the laboratory, azadirachtin was applied to yerba mate leaf disks before (residual contact) and after (direct contact) infestation with 15 newly emerged red mite adult females. The effect of azadirachtin on mite behavior was evaluated in arenas with treated and untreated yerba mate leaves, and the number of mites in both areas was recorded. Ovicidal action was evaluated by applying azadirachtin to eggs and recording egg hatching. In the field, two applications of the product were performed (1L spray liquid plant-1) with a 7-day interval. The numbers of living mites were evaluated at 7, 14 and 21 days following the first application on randomly collected leaves. It was observed 86.6 and 91.4% of mortality following 24h of residual and direct contact, respectively. Repellent (62% of individuals leaving the treated area) and ovicidal (98.9% decrease in egg hatching) effects were also observed. The mite population in the yerba mate crop field had decreased by 59.6% at 14 days after the first application of azadirachtin. The results show the potential of azadirachtin for the control of O. yothersi in yerba mate in Brazil.Key words: neem, alternative control, yerba mate pest. RESUMO O ácaro Oligonychus yothersi é uma das principais pragas da cultura da erva-mate. Seus danos levam à queda das folhas e redução da produção. Não há acaricidas registrados para uso na erva-mate e por isso foram realizados experimentos em laboratório e a campo para avaliar o efeito da azadiractina (Azamax®, 250mL 100L-1), visando ao controle da espécie na cultura da erva mate. Em laboratório, o produto foi aplicado em discos de folha de erva-mate antes (contato residual) e depois (contato direto) da infestação com 15 fêmeas adultas recém-emergidas do ácaro vermelho. A ação do produto no comportamento do ácaro foi avaliada em arenas com folhas de erva-mate tratadas e não tratadas, registrando-se o número de ácaros em ambas as áreas. Além disso, a ação ovicida foi avaliada, aplicando-se o produto sobre ovos e registrando a sua eclosão. No campo, foram realizadas duas aplicações do produto (1L de calda planta-1), espaçadas sete dias. Avaliou-se o número de ácaros vivos, aos 7, 14 e 21 dias após a primeira aplicação, em folhas coletadas aleatoriamente. Observou-se ação acaricida (86,6 e 91,4% de mortalidade após 24h, respectivamente, por contato residual e direto; repelência (62% dos indivíduos abandonando a área tratada) e ação ovicida (redução de 98,9% na eclosão). Na lavoura de erva-mate, a redução populacional do ácaro foi de 59.6% aos 14 dias após a primeira aplicação do produto. Os resultados demonstram o potencial de emprego da azadiractina para o controle de O. yothersi na cultura da erva-mate.Palavra-chave: nim, controle alternativo, praga da erva-mate.
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Tendo como eixo as palavras de Massey (2008) de que os “mapas atuais do tipo ocidental dão a impressão de que o espaço é uma superfície” e assumindo com esta autora a necessidade de combater esta imaginação espacial, toma-se os mapas como obras políticas, como gestos na cultura. Gesto sendo “a escolha de uma forma cultural” – filme, mapa, romance, artigo – para apreender a realidade e apreender transformando a realidade apreendida em “uma obra que funciona como a realidade pretendida” (Omar, 1997). Realidade entendida “como resultado do cruzamento de múltiplas imagens” (Vattimo, 1992), como ficção que tem efeito de verdade (Pellejero, 2009). Como exemplo desta perspectiva aponta-se a franca hegemonia dos mapas políticos do Brasil nas escolas brasileiras como gesto-estratégia que torna os alunos reféns de uma única maneira de imaginar o espaço, a saber, a maneira com que o Estado o imagina e nele exerce seu poder: a maneira político-administrativa, que visa apagar a co-existência de trajetórias conexas e desconexas num só tempo-espaço. Paralelamente aponta-se o artifício da palavra – e da idéia de – representação de tornar aquilo que é um gesto cultural em uma manifestação da realidade por si mesma, retirando-o da política.
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A crise contemporânea do meio ambiente encontra a pesquisa numa situação de complexidade e de urgência. A introdução desse artigo é destinada, de uma parte, a definir o objeto da pesquisa (o meio ambiente geográfico no seu sentido amplo) e, de outra parte, a ferramenta científica para a análise (um novo paradigma). No transcorrer dos anos 1966-1970 se assiste a uma verdadeira “revolução coperniciana”: o mundo muda, a visão do mundo muda e a pesquisa científica é mexida/transtornada pelo recurso à interdisciplinaridade e às novas tecnologias. A geografia física deve sair de seu (relativo) isolamento. A questão do meio ambiente não é mais apenas uma questão de pesquisa e de método. Face à mudança global, material e imaterial, é preciso inventar um paradigma. Até o momento temos um sistema de referência tripolar – GTP: Geosistema - Território – Paisagem – cuja validade tentaremos demonstrar ao longo de nossa exposição. O GTP parte de três pólos fundamentais à reconstrução da geografia física: (a) um pólo epistemológico de base filosófica que tem por objetivo maior colocar o conjunto da problemática ambiental no quadro da “natureza e da sociedade”; (b) um pólo metodológico que tem como objetivo definir os conceitos, as práticas metodológicas e as técnicas ou tecnologias de trabalho; (c) um pólo didático, cada vez mais essencial, voltado tanto para a formação inicial (pedagogia) como para as aplicações profissionais (aménagement-desenvolvimento). Existe aqui um papel fundamental a ser desempenhado pela geografia como “ciência didática” do meio ambiente? O geosistema, o território, a paisagem são três maneiras de se considerar um objeto único que é o espaço que nos cerca, em uma palavra, o meio ambiente. Estas são três entradas construídas num objeto único, três entradas e, pois, três finalidades diferentes. Os aproximar sem os confundir num sistema tripolar permite introduzir a diversidade e de a flexibilizar num sistema complexo. Estas são três entradas complementares e interativas. O geosistema com finalidade naturalista toma em consideração a “natureza” antropizada. O território com finalidade sócio-econômica corresponde à abordagem clássica da geografia humana. A paisagem com finalidade cultural introduz a dimensão das imagens e das representações. Não há hierarquia entre os três pólos, mas complementaridades: é isto que dá a flexibilidade ao funcionamento científico. A título de reflexão: Para um retorno do geográfico?Em torno de três questões possíveis: (a) O retorno do geográfico será um retorno da disciplina Geografia? (b) Trata-se de uma « ciência diagonal » em curso de criação?(c) Qual é o impacto deste paradigma sobre as aplicações para o aménagement do território e para o “desenvolvimento sustentável”?
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Promover el desarrollo equitativo del territorio es un desafío para gran parte de los gobiernos latinoamericanos. Ello da cuenta de la generación de un nuevo paradigma que reconoce dos vectores fundamentales: el impulso al crecimiento económico con soberanía política, asentado en el proceso de integración regional como plataforma de inclusión en la economía global y la implementación de políticas que promuevan procesos de desarrollo sostenible, lo cual sintetiza los conceptos de equidad social y sustentabilidad ambiental de los territorios nacionales. A partir de ambos vectores, el objetivo de este trabajo es analizar las políticas de ordenamiento del territorio impulsadas por el Ministerio de Planificación Federal, Inversión Pública y Servicios y las políticas ambientales encuadradas en la Secretaría de Ambiente y Desarrollo Sustentable de la República Argentina. Enmarcada en el enfoque metodológico cualitativo, la estrategia utilizada para procesar datos procedentes de fuentes primarias y secundarias, fue el análisis e interpretación de documentos. Los resultados muestran exiguos avances en materia de ordenamiento territorial. A ello se suma la complejidad y superposición de las normas ambientales y la cambiante naturaleza de las políticas públicas que, entre otras razones, obstaculizaron la sanción de una Ley de Desarrollo y Ordenamiento Ambiental del Territorio Argentino ritóriA � a`@�9�o três maneiras de se considerar um objeto único que é o espaço que nos cerca, em uma palavra, o meio ambiente. Estas são três entradas construídas num objeto único, três entradas e, pois, três finalidades diferentes. Os aproximar sem os confundir num sistema tripolar permite introduzir a diversidade e de a flexibilizar num sistema complexo. Estas são três entradas complementares e interativas. O geosistema com finalidade naturalista toma em consideração a “natureza” antropizada. O território com finalidade sócio-econômica corresponde à abordagem clássica da geografia humana. A paisagem com finalidade cultural introduz a dimensão das imagens e das representações. Não há hierarquia entre os três pólos, mas complementaridades: é isto que dá a flexibilidade ao funcionamento científico. A título de reflexão: Para um retorno do geográfico?Em torno de três questões possíveis: (a) O retorno do geográfico será um retorno da disciplina Geografia? (b) Trata-se de uma « ciência diagonal » em curso de criação?(c) Qual é o impacto deste paradigma sobre as aplicações para o aménagement do território e para o “desenvolvimento sustentável”?
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O presente artigo volta-se para a análise da linguagem televisiva enquanto mecanismo de transmissão ideológica e manifestação de poder, desta forma a sua compreensão na atual sociedade revela-se não apenas como um objeto de estudo, mas sim como uma necessidade para a formação de sujeitos sociais. Neste contexto partimos do pressuposto que a linguagem, a palavra em si, vem carregada de significações, a mesma expressa as diversas relações historicamente construídas, é “arena” de conflitos, persuasões, compreensões, etc. Assim, na medida em que for sendo construída a reflexão da linguagem na perspectiva da totalidade, estará sendo perseguida a compreensão da mesma enquanto formadora da consciência dos homens. Com vistas a compreender a linguagem da realidade nas interações sociais estaremos nos reportando a Bakhtin o qual afirma que “na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial” (BAKHTIN, 1999, p. 95). O objetivo é o de proporcionar uma análise que evidencie a linguagem presente nas mensagens audiovisuais e mais especificamente a linguagem televisiva. Imagens e sons têm cada vez mais educado crianças, jovens e adultos, formado assim a sua inteligibilidade e sua compreensão de mundo.
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Nesse artigo pretendemos demonstrar a maneira como o viajante italiano Antonio Pigafetta descreveu as coisas e as realidades com as quais se deparou na primeira viagem ao redor do mundo, acompanhando a armada de Fernão de Magalhães. O diário da viagem de Pigafetta contém a descrição de objetos, fauna, flora, culturas que eram até então desconhecidas ao europeu: desse modo a descrição da coisa contém especificações tais que constituem por si só um enunciado enciclopédico. Para o viajante italiano não importa o referente linguístico, a palavra, mas sim todos os processos discursivos que a contém: a forma, o sabor, o aspecto, o uso, etc., de modo que o seu leitor possa visualizar, comparar, e até mesmo sentir a ‘coisa’ descrita. Como afirma Nunes (1997, p.16): “Nos relatos dos viajantes [...] temos um desencadeamento de processos de referências, dos quais resulta uma espécie de sintonização da relação entre palavras e coisas, incluindo-se aí mecanismos de nomeação, de tradução, de identificação, que se inserem nas formas narrativas, descritivas e dialogais dos relatos.” Percebe-se que o significado da unidade lexical é explicitado mediante um percurso semasiológico que marca uma forte relação entre o conhecimento de mundo do viajante e o sujeito que o interpreta.
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Este artigo aplica-se ao estudo sobre a construção de Lavoura ar arcaica caica caica, de Raduan Nassar, observando para tanto dois elementos notáveis e perturbadores na leitura desse romance, tais como a aparente falta de linearidade narrativa e a presença de registros distintos de linguagem, onde predomina ora o tom lírico, ora o recitativo. Esses dois elementos configuram-se, no texto de Nassar, subversões aos discursos totalizantes e universalistas. Essa construção de estilos divergentes encontra uma estreita vinculação com certos aspectos próprios da pós-modernidade filosófica, erguidos a partir da negação de um pressuposto do Iluminismo, concernente à razão universal, avessa à parcialidade da palavra individualizada.
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Os PCN sugerem que se deva tomar como ponto de partida o texto produzido pelo aluno, para, também, trabalhar os aspectos gramaticais que possam instrumentalizá-lo no domínio da modalidade escrita da língua. Se pensarmos na perspectiva de uma didática voltada para a produção e interpretação de textos, entendemos que diferentes atividades devem servir de apoio para a discussão de muitos aspectos da língua. Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desvinculado das práticas de linguagem. Pretendemos mostrar algumas atividades em que se pode enfatizar o emprego dos recursos morfossintáticos na produção textual, para que as diversas funções das palavras sejam reconhecidas e aplicadas. No momento em que a palavra é empregada com um novo significado, ela precisa mudar seu comportamento gramatical de acordo com a sua nova função. Deve-se observar, também, os diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta na morfologia, na sintaxe. A prática de análise lingüística pode ser conduzida através da própria produção textual do aluno.
Resumo:
O objetivo deste artigo é discutir resultados parciais de uma pesquisa qualitativa, de delineamento documental, com foco na produção escrita de dois textos, representativos de um corpus de 22 textos de 11 alunos, classificados pela escola como com dificuldades de aprendizagem de leitura e de escrita. A característica essencial dos discursos é o seu endereçamento a um destinatário, que atua na interação, influenciando quanto ao tratamento do tema, ao tipo de enunciado, e ao estilo linguístico de uma dada esfera de utilização da língua. Entende-se como parceiros essenciais da interlocução o locutor e o interlocutor, ou o horizonte/auditório social a quem a palavra é dirigida. Tendo em vista o papel do interlocutor no processo de interação intersubjetiva, a pesquisa investigou a produção escrita feita a partir de dois tipos de encaminhamento didático-metodológico: sem endereçamento (Grupo A), e com endereçamento (Grupo B), visando perceber se os encaminhamentos realizados, dentre eles a explicitação do endereçamento na apresentação da proposta de produção, contribuiria para o monitoramento da elaboração textual, especialmente no que se refere ao campo dos aspectos gráficos/ortográficos, uma das dimensões do aprendizado da escrita. O estudo mostrou que os textos do Grupo B apresentaram melhores resultados que os do Grupo A, tanto na dimensão quantitativa quanto na qualitativa.
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RESUMO: Como se sabe, o processo de elaboração de uma narrativa digital envolve a utilização de sofisticados recursos técnicos. Em nosso ponto de vista, análises literárias no meio eletrônico devem levar em consideração o papel exercido pela tecnologia, na consideração de que a linguagem técnica presente nos softwares encontra-se atrelada a determinadas visões ideológicas que, em maior ou menor intensidade, deixam marcas no arcabouço estético de histórias que se realizam no meio eletrônico. Em nossa tentativa de comprovar estes argumentos, recorreremos, inicialmente, a alguns pensamentos de Martin Heidegger e Herbert Marcuse que, antes mesmo da popularização do computador, já demonstravam suas preocupações com o surgimento da palavra digitalizada. Em seguida, situaremos a escrita digital à luz de conceitos teóricos da contemporaneidade que privilegiam a interpolação entre o domínio do logos e o domínio da tékhne.
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Buscamos, nesse artigo, fazer uma leitura sistematizada das propostas teóricas brincantes colocadas pelo texto “A bicharada novidadeira”, história escrita no livro intitulado Muitos dedos: enredos, de autoria de Francisco Marques (Chico dos Bonecos), um educador e artista mineiro. Obedecendo as sugestões teóricas da história, deteremos nosso olhar sobre a história como jogo de que participam narrador e público (ou ouvinte, ou leitor), ou como resposta mítico-oracular ao sentir intrigante do mundo, ou ainda como enigma cuja resposta pertence aos iniciados na língua secreta, palavra poética. Procuramos ter sempre em vista, nessa análise, a complexa relação entre narrador e espectadores, mediada por suportes como o CD e o livro ou imediata na contação da história ao vivo.
Resumo:
Translation has played many roles in foreign language teaching. It has been, on the one hand, considered a fundamental methodological tool, constituting the core of the grammar-translation approach, and, on the other hand, heavily criticized and excluded from the classroom, whether from the practical or the theoretical point of view. Currently, with the communicative approach to language teaching, the study of language varieties has become very important to the learner, and considering the need to understand and interpret the meaning of a word within a specific socio-cultural context during the translation process, it is of paramount importance to acknowledge sociolinguistic variations in the text to be translated. Thus, our goal is to show, through a reflective analysis, that translation can be an educational resource for the teaching of linguistic diversity in foreign language. This study isbased on theoretical assumptions on translation dating from the time of Cicero and Saint Jerome to the present times.