Para (re)pensar a(s) língua(s) que falamos
Data(s) |
30/01/2017
30/01/2017
2015
28/01/2017
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Resumo |
Numa das suas reconhecidas citações, o filósofo e matemático inglês Bertrand Russell afirmou que não importa o quão eloquentemente um cão possa latir, ele nunca será capaz de relatar que os seus pais eram pobres mas honestos. Muitos outros filósofos, na sua incessante busca pela essência humana, ou seja, aquilo que nos distingue dos outros animais, julgam ter encontrado a resposta na nossa capacidade de aprender e utilizar uma língua para nos comunicarmos. Em kigongo, a língua falada pelos bacongos das províncias de Cabinda, Uíge e Zaire em Angola, a palavra kintu significa ‘algo animado mas não propriamente humano’. Por outro lado, a palavra muntu significa ‘verdadeiramente humano’. Para muitos dos povos que fazem essa distinção entre esses dois conceitos, kintu e muntu, um recém-nascido apenas se torna um muntu quando o seu progenitor, ou o feiticeiro, lhe dá um nome e o diz em voz alta. Em outras sociedades semelhantes, somente a partir da aprendizagem e uso de uma língua é que nos tornamos ‘verdadeiramente humanos’, um muntu. |
Identificador |
Guerra, Luís. Para (re)pensar a(s) língua(s) que falamos, Tribunaalentejo, 12/02/2015, 1-1. http://hdl.handle.net/10174/20250 nd |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |