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Resumo:
Diversas doenas cardiorespiratrias podem complicar a sndrome da imunodeficincia adquirida. A hipertenso pulmonar uma rara doena com um pobre prognstico. Ns descrevemos esta sndrome em cinco pacientes com infeco pelo vrus da imunodeficincia adquirida em nosso servio com revisão da literatura.
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O cancro do clon e reto familiar do tipo X (FCCTX) um sndrome que define as famlias que preenchem os critrios de Amesterdo, mas cujos tumores no apresentam instabilidade de microssatlites e tambm nas quais no identificada mutao germinal nos genes de reparao de erros de DNA do tipo mismatch (MMR). A sua causa molecular permanece desconhecida. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o envolvimento de genes localizados numa regio de suscetibilidade previamente identificada para o FCCTX (13q32-33), assim como de mutaes identificadas previamente numa famlia FCCTX, atravs da anlise do exoma por sequenciao de nova gerao (NGS). Pretendeuse ainda melhorar a caracterizao molecular de tumores FCCTX. Foi efetuada anlise de mutaes germinais nos genes KDELC1 e ERCC5 em 15 indivduos ndex de famlias FCCTX e 2 familiares de uma dessas famlias. No caso do gene TPP2, foi avaliado o envolvimento de um transcrito expresso alternativamente, previamente identificado, atravs de anlise mutacional e da quantificao da expresso diferencial dos transcritos por real-time PCR. Foi ainda efetuada a anlise de segregao com a doena na famlia, de 5 mutaes em genes distintos, selecionadas a partir dos resultados da anlise do exoma. Foi efetuada a anlise de alteraes de copy-number e de metilao nos genes MMR, MGMT e APC em 22 tumores FCCTX por MS-MLPA. No foram identificadas mutaes potencialmente patognicas nos genes KDELC1 e ERCC5. No entanto, foram identificadas 2 mutaes, uma no ERCC5 (c.2636 A>G) e outra no KDELC1 (c.455A>T) em relao s quais no se pode excluir a sua patogenicidade. No foi detetada qualquer mutao no TPP2 associada expresso diferencial dos transcritos, no entanto verificou-se que a expresso difere entre tecidos (sangue e clon). A anlise de segregao das mutaes selecionadas a partir da anlise do exoma, revelou que apenas para um dos genes a alterao poder ser patognica. Foram identificados ganhos frequentes, assim como metilao, nos genes MMR e MGMT, nos tumores FCCTX, sendo significativamente mais frequentes num subgrupo destes tumores que apresenta perdas em genes supressores de tumor (TSG+), em relao ao grupo que no apresenta estas alteraes. A metilao no APC tambm apresentou padres distintos entre os dois subgrupos de tumores FCCTX. Em concluso, as variantes observadas nos genes KDELC1, ERCC5 e TPP2, assim como a alterao identificada no mbito da anlise do exoma no devem ser excludas, podendo ser possvel a sua contribuio para a suscetibilidade para o FCCTX. O padro de alteraes de copy-number e de metilao nos tumores FCCTX refora a existncia de pelo menos duas entidades moleculares distintas no FCCTX e sugere mecanismos de tumorignese especficos para a iniciao tumoral neste sndrome.
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Este trabalho o primeiro a realizar uma revisão sistemtica dos casos de neuroparacoccidioidomicose disponveis na literatura. Foram encontrados 257 casos em 81 trabalhos pesquisados pelo MEDLINE e LILACS, com maior nmero de publicaes aps as dcadas de 1970-1980. Aproximadamente, 93% dos pacientes eram homens, principalmente lavradores, com idade mdia de 43 anos. O quadro caracterizou-se por sintomatologia motora ou de hipertenso intracraniana. A forma crnica pseudotumoral predominou. O perodo mdio de evoluo foi de 4,9 meses. As leses foram principalmente supratentoriais (66,8%), localizando-se nos lobos frontais e parietais. A bipsia determinou o diagnstico em 57,2% dos casos e utilizaram-se mtodos de neuroimagem em 64,6% deles. Houve grande associao com a forma pulmonar da doena (59,1%). A mortalidade foi de 44,1% e 50,1% dos sobreviventes evoluram com sequelas, principalmente motoras. Assim, deve-se considerar a neuroparacoccidioidomicose no diagnstico diferencial dos processos expansivos e meningoencefalticos do sistema nervoso central para se estabelecer tratamento precoce e evitar seqelas incapacitantes.
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A partir dos anos sessenta do sculo passado o subdesenvolvimento e o desemprego nas regies do interior do pas levaram a uma onda de emigrao das populaes para o estrangeiro e migrao para as reas metropolitanas das grandes cidades, sobretudo de Lisboa e Porto, tendo provocado uma elevada procura de habitao. Essa procura, por sua vez, deu origem a um surto de loteamentos ilegais e respetivas construes urbanas, a que se convencionou chamar de "bairros clandestinos", embora estivessem vista de toda a gente, desprovidos de condies urbanas bsicas (ordenamento, infraestruturas e equipamentos). Passados que so mais de 50 anos sobre o seu aparecimento, este fenmeno continua presente e – ainda – em fase de resoluo na maioria dos casos. Simultaneamente, neste incio do sculo XXI, conceitos ligados ao desenvolvimento e crescimento urbano sustentvel levam-nos a dever tomar e pensar outras atitudes, social, financeira e ambientalmente mais estruturadas e fundamentadas, ou seja, apoiadas em critrios de desenvolvimento sustentvel, especificamente, ligados requalificao e reconverso urbana, devidamente suportadas por documentos polticos / regulamentares ordenadores destas operaes urbansticas. Explorando o tema relacionado com a metodologia processual aplicvel reconverso das AUGI, pretende-se no mbito da presente tese provar a viabilidade e a necessidade de implementao das novas polticas urbanas vigentes escala europeia, apoiadas em critrios de desenvolvimento sustentvel. Apoiado em experincias europeias e nacionais, ao nvel de ecobairros, e suportado numa prvia anlise crtica da LAUGI, a presente tese pretende propor orientaes de elaborao de novas diretrizes legais para este efeito, a incluir no processo de revisão do referido diploma legal atualmente em curso, e, simultaneamente, apresentar uma proposta de modelo de boas prticas aplicvel a qualquer processo de reconverso de AUGI, sistema esse direcionado para a interveno nas reas da Energia, Recursos Materiais e Infraestruturas, Transportes e Mobilidade, Territrio e Recursos Naturais, Vida em Comunidade, e, Edifcios. Esse modelo de boas prticas, aqui intitulado “ARIAS”, aplicado num processo de reconverso de uma AUGI, e dessa aplicao so retiradas as primeiras concluses sobre a sua pertinncia. A inteno ser, pois, tentar provar que este tipo de processos, no obstante a sua gnese ilegal e clandestina, podem, nos tempos atuais, verem as suas reconverses urbansticas ocorrem no contexto da sustentabilidade urbana, contribuindo para uma melhor e mais equilibrada coeso urbana.
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INTRODUO: A hepatite crnica B uma das doenas infecciosas mais frequentes no mundo e constitui um grave problema de sade pblica MTODOS: Para avaliar a eficcia dos anlogos de ncleosdeo/nucletdeo utilizados no seu tratamento (adefovir dipivoxil, entecavir e telbivudina) foi conduzida uma revisão sistemtica de ensaios clnicos randomizados. Foram consultadas, dentre outras, as bases de dados PubMed e LILACS RESULTADOS: Foram selecionados 29 artigos entre os publicados de janeiro/1970 at dezembro/2009 CONCLUSES: Todos os anlogos de ncleosdeo/nucletdeo apresentam eficcia superior ou similar lamivudina. O entecavir pode ser indicado para o tratamento da hepatite B crnica como alternativa lamivudina em pacientes HBeAg positivo e negativo virgens de tratamento, considerando seu baixo potencial de resistncia viral. A adio de adefovir lamivudina apresentou bons resultados em pacientes resistentes lamivudina. O uso de entecavir e telbivudina nesses pacientes apresenta risco de resistncia cruzada. Telbivudina um dos mais recentes antivirais disponveis, mas resistncia antiviral j documentada representa limitao ao seu uso como opo teraputica lamivudina. Eventos adversos aos anlogos de ncleosdeo/nucletdeo foram similares em caractersticas, gravidade e incidncia quando comparados lamivudina e placebo.
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A fraude nos seguros de sade uma realidade que causa perdas bastante significativas s empresas do setor. A presente dissertao tem como objetivo fornecer uma perspectiva das tcnicas j utilizadas para detetar fraude e apresentar as potenciais vantagens da utilizao de redes para a deteo e consequente preveno deste tipo de comportamentos. A metodologia de investigao baseia-se na revisão da bibliografia bem como no estudo e aplicao prtica de um algoritmo de redes aos dados de uma seguradora da rea da sade. A escolha da rea da sade teve por base o facto desta ser uma rea onde a fraude tem um impacto bastante elevado e onde os esquemas fraudulentos se desenvolveram muito nos ltimos anos. Com base nos requisitos identificados foi possvel avaliar as vantagens da utilizao de redes para deteo de fraude bem como descrever o processo de como as redes podem responder s necessidades atuais e futuras das empresas seguradoras no que respeita ao combate fraude.
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RESUMO - O sistema de sade constantemente sujeito a presses sendo as mais relevantes a presso para o aumento da qualidade e a necessidade de conteno de custos. Os Eventos Adversos (EAs) ocorridos em meio hospitalar constituem um srio problema de qualidade na prestao de cuidados de sade, com consequncias clinicas, sociais, econmicas e de imagem, que afectam pacientes, profissionais, organizaes e o prprio sistema de sade. Os custos associados ocorrncia de EAs em meio hospitalar, incrementam significativamente os custos hospitalares, representando cerca de um em cada sete dlares gastos no atendimento dos doentes. S na ltima dcada surgiram estudos com o objectivo principal de avaliar esse impacto em meio hospitalar, subsistindo ainda uma grande indefinio quanto s variveis e mtodos a utilizar. O objectivo principal deste trabalho de projecto foi conhecer e caracterizar as diferentes metodologias utilizadas para avaliao dos custos econmicos, nomeadamente dos custos directos, relacionados com a ocorrncia de eventos adversos em meio hospitalar. Tendo em ateno as dificuldades referidas, utilizou-se como metodologia a revisão narrativa da literatura, complementada com a realizao de uma tcnica de grupo nominal. Os resultados obtidos foram os seguintes: i) a metodologia utilizada na maioria dos estudos para determinar a frequncia, natureza e consequncias dos EAs ocorridos em meio hospitalar, utiliza matrizes de base observacional, analtica, com base em estudos de coorte retrospectivo recorrendo aos critrios definidos pelo Harvard Medical Practice Study; ii) a generalidade dos estudos realizados avaliam os custos directos dos EAs em meio hospitalar, iii) verificou-se a existncia de uma grande diversidade de mtodos para a determinao dos custos associados aos EAs. A generalidade dos estudos determina esse valor com base na contabilizao do nmero de dias adicionais de internamento, resultantes do EA, valorizados com base em custos mdios; iv) o grupo de peritos, props como metodologia para a determinao do custo associado a cada EA, a utilizao de sistemas de custeio por doente; v) prope-se o desenvolvimento de uma plataforma informtica, que permita o cruzamento da informao disponvel no registo clinico electrnico do doente com um sistema automtico de identificao de EAs, a desenvolver, e com sistemas de custeio por doente, de modo a valorizar os custos por doente e por tipo de EA. A avaliao dos custos directos associados ocorrncia de EAs em contexto hospitalar, pelo impacto econmico e social que tem nos doentes e organizaes, ser seguramente uma das reas de estudo e investigao futuras, no sentido de melhorar a eficincia do sistema de sade e a qualidade e segurana dos cuidados prestados aos doentes.
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RESUMO - A (no) adeso teraputica um problema mundial que, para alm de afetar diretamente a sade dos indivduos, afeta tambm os recursos econmicos e sociais. Apesar da importncia em aderir teraputica, largamente fundamentada na evidncia cientfica, facto que, em muitos casos, os doentes no o fazem. Assim, estudar as questes relacionadas com a adeso tem vindo a ganhar cada vez mais relevncia e atualmente constitui um desafio para os sistemas de sade, pois os mecanismos envolvidos no comportamento de adeso dos indivduos so complexos. Deste modo, com este estudo pretendeu-se caracterizar uma amostra de indivduos com diabetes mellitus tipo 2 e relacionar o seu nvel de adeso teraputica medicamentosa com os fatores de no adeso. Este estudo foi desenvolvido no Agrupamento de Centros de Sade (ACES) Almada e Seixal e nele participaram 151 diabticos tipo 2. Para a recolha de dados utilizou-se o Questionrio de Identificao de Fatores de No Adeso adaptado de Cabral e Silva (2010) e a Medida de Adeso aos Tratamentos de Delgado e Lima (2001). Os resultados mostraram um perfil de participantes maioritariamente idosos, reformados, do gnero feminino, casados, com o ensino primrio completo, rendimento mensal entre 301-1000 euros e tendencialmente aderentes teraputica medicamentosa. O (i) esquecimento, o (ii) preo da medicao, o (iii) nmero elevado de medicamentos para tomar de uma vez s, no perceber bem o que deve tomar e como e (v) adormecer antes da toma foram os fatores de no adeso relatados com mais frequncia. Foram encontradas relaes significativas entre o nvel de adeso e o esquecimento, o preo da medicao o nmero elevado de medicamentos para tomar de uma vez s e adormecer antes da toma. No encontrmos relaes significativas entre o nvel de adeso e os dados sociodemogrficos, os fatores teraputicos e o fator de no adeso “no perceber bem o que deve tomar e como”. No presente estudo so discutidos os resultados obtidos, consideradas algumas limitaes e efetuadas propostas de investigaes futuras.
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RESUMO - Contexto Os indivduos, tal como as instituies, no so imunes a incentivos. No entanto, enquanto os modelos de incentivos das instituies tm sido alvo de diferentes evolues, o mesmo no se verificou ao nvel dos profissionais. Esta situao no se figura compatvel com a complexidade de gesto de recursos humanos, devendo ser obviada para potenciar o alinhamento entre os interesses institucionais e os dos prprios profissionais. Objectivos Estudar a atribuio de incentivos a profissionais de sade no contexto de organizaes com integrao vertical de cuidados. Metodologia A metodologia adoptada compreendeu trs fases. Numa primeira procedeu-se revisão sistemtica de literatura relativa : (1) construo de modelos de incentivo a profissionais em diferentes sistemas de sade e tipo de prestadores; e (2) identificao de medidas de custo-efectividade comprovada. Tendo por base esta evidncia, a par de documentao oficial ao nvel do modelo de financiamento das ULS, procedeu-se, numa segunda fase, construo de um modelo de incentivo base com recurso ferramenta Microsoft Excel. Por ltimo, numa terceira etapa, procedeu-se adaptao do modelo base construdo na etapa transacta tendo por base informao obtida mediante a realizao de um estudo retrospectivo in loco na ULS do Baixo Alentejo (ULSBA). Em adio, procedeu-se estimativa do impacto na perspectiva da ULS e dos profissionais para o cenrio base e diversas anlises de sensibilidade. Resultados No que respeita estrutura, o modelo base de incentivos a profissionais apresenta 44 indicadores, distribudos por cinco dimenses de anlise, sendo que 28 indicadores (63,6%) so de processo e 14 (31,8%) de resultado. Relativamente s dimenses em anlise, verifica-se uma predominncia de indicadores ao nvel da dimenso eficincia e qualidade assistencial, totalizando 35 (i.e. 79,5% dos 44 indicadores). No que respeita ao destinatrio, 14 indicadores (31,8%) apresentam uma viso holstica da ULS, 17 (38,6%) encontram-se adstritos unicamente aos cuidados primrios e os remanescentes 13 (29,5%) aos cuidados hospitalares. Cerca de 85% dos actuais incentivos da ULSBA decorre da unidade de pagamento salarial secundada pelo pagamento de suplementos (12%). No obstante, o estudo retrospectivo da ULSBA confirmou o cenrio expectvel de ausncia de um modelo de incentivo homogneos e transversal ULS, transparecendo importantes assimetrias entre diferentes unidades prestadoras e/ou profissionais de sade. De forma relevante importa apontar a insuficincia de incentivos capitacionais (ao contrrio do que sucede com o modelo de incentivo da prpria ULSBA) ou adstritos a ndices de desempenho. Tendo em considerao o modelo de incentivo concebido e adaptado realidade da ULSBA, a par do plano de implementao, estima-se que o modelo de incentivos gere: (1) poupanas na perspectiva da ULS (entre 2,5% a 3,5% do oramento global da ULSBA); e (2) um incremento de remunerao ao nvel dos profissionais (entre 5% a 15% do salario base). O supracitado – aparentemente contraditrio - decorre da aposta em medidas de custo-efectividade contrastada e um alinhamento entre o modelo proposto e o vigente para o prprio financiamento da unidade, apostando numa clara estratgia de ganhos mtuos. As anlises de sensibilidade realizadas permitem conferir a solidez e robustez do modelo a significativas variaes em parmetros chave.
Influncia dos paradigmas de produo Lean e Green no desempenho de empresas da indstria transformadora
Resumo:
Os paradigmas de produo lean e green tm sido alvo de inmeros estudos que realam o seu impacto positivo no desempenho das empresas. Esta dissertao tem como objetivo analisar o tipo de impacto dos paradigmas de produo lean e green no desempenho de empresas da indstria transformadora em Portugal bem como o nvel de utilizao das prticas/ferramentas lean e green nas referidas empresas. Para o efeito, foram desenvolvidos dois modelos estruturais, que relacionam as prticas/ferramentas lean e green com o desempenho da empresa, e identificadas duas hipteses de investigao. O conjunto de prticas/ferramentas lean e green identificadas na revisão da literatura formaram os constructs lean e green, respetivamente. Os constructs desempenho organizacional lean e green foram formados pelo conjunto de indicadores de desempenho associados a cada um dos paradigmas. Para recolha de dados foi implementado o European Manufaturing Survey e obteve-se uma amostra de 62 empresas da indstria transformadora portuguesa. Foram sugeridas algumas metodologias para testar as hipteses do modelo que no eram possveis de aplicar neste estudo. Conclui-se que os nveis de utilizao das prticas/ferramentas lean e green so relativamente reduzidos.
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RESUMO - O envelhecimento da populao tem alterado os padres de doena, com mais pessoas a morrer de doenas crnicas severas do que por doena aguda, o que leva necessidade de promover a prestao de cuidados paliativos e aferir a qualidade dos cuidados prestados a indivduos com doena em estado avanado ou em fase final de vida. Historicamente, os cuidados paliativos surgiram para mitigar a dor de doentes oncolgicos, no entanto, a maioria de doentes que atualmente necessita deste tipo de cuidados padece de doenas potencialmente fatais no oncolgicas, como so o caso de VIH/Sida, Alzheimer ou doena de Parkinson. No contexto dos cuidados paliativos, o local de morte tem sido considerado um indicador de qualidade dos cuidados de fim de vida, visto ser frequente o desfasamento entre as preferncias dos doentes e o local de morte. Apesar da elevada proporo de indivduos que, em estado avanado de doena, expressa preferncia por morrer num ambiente familiar, estima-se que a maioria morre em meio hospitalar, tanto no contexto internacional como nacional. Foram analisados neste estudo dados de mortalidade da populao, adulta portuguesa, com base no certificado de bito. Os resultados obtidos indicam que 70,3% da populao adulta residente em Portugal (continente e arquiplagos dos Aores e Madeira) faleceu por condies patolgicas que potencialmente beneficiariam com a prestao de cuidados paliativos. Desses indivduos, a maioria dos bitos (64,2%) ocorreu em meio hospitalar e fatores como o ano de morte, a idade, sexo, estado civil, nacionalidade, regio de residncia e causa de morte influenciaram independentemente o local de morte. Entre 2008 e 2012, os bitos no hospital por causas com necessidades paliativas aumentaram em hospital e ocorreram mais frequentemente nas classes mais jovens, no sexo masculino, em indivduos casados e residentes nas regies do Algarve, Aores ou Madeira. Padecer de VIH/Sida, doenas hepticas, respiratria, cancro e doena renal tambm promoveu a morte neste local. O elevado nmero de casos com necessidades paliativas falecidos no hospital encontrado em Portugal deve constituir uma chamada de ateno. necessrio desenvolver e/ou reorganizar recursos fsicos, mas tambm formar recursos humanos, para que ambos permitam que a referenciao de doentes para cuidados paliativos seja realizada atempadamente. As diferenas encontradas entre pases, na revisão de literatura, podem refletir diferentes polticas e prticas de prestao de cuidados de fim de vida. A evidncia internacional importante para observar consequncias da aplicao de determinadas medidas de sade pblica, mas devem-se desenvolver e aplicar solues adaptadas realidade portuguesa. Espera-se que os resultados deste estudo possam constituir um ponto de partida para determinao de um valor de necessidades paliativas na populao portuguesa e contribuir para ajudar a planear os recursos de fim de vida, nomeadamente, em servios hospitalares.
Resumo:
In, Revista de informao legislativa, v. 38, n. 149, jan./mar. 2001
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A logstica um elemento essencial para a competitividade das empresas, designadamente para as empresas de distribuio de combustveis. Para melhorar o desempenho na distribuio de combustveis importante definir regras de deciso eficazes e eficientes, nomeadamente no que diz respeito seleco das redes de transporte, aos meios de transporte, s rotas a definir e aos veculos a atribuir a cada rota. O objectivo da presente dissertao criar uma ferramenta de apoio tomada de deciso dos gestores, no que se refere aos preos a aplicar aos clientes no abastecimento de combustveis. Este objectivo alcanado atravs do desenvolvimento de um modelo de clculo dos custos de distribuio de combustveis. A dissertao inicia com a descrio do sector da distribuio de combustveis e com a caracterizao da empresa onde o estudo foi realizado. Segue-se uma revisão dos estudos existentes sobre distribuio e custeio da distribuio, descreve-se o sistema de gesto e de planeamento da distribuio da empresa TAMS e, com base nos dados de contabilidade e da operao de 2012 e 2013, estabelece-se um modelo que, atravs da relao entre os custos variveis por tipo de veculo e o distncia percorrida, permite apoiar a empresa na definio da poltica de preos a praticar aos clientes por zona do pas, e no modo de racionalizar a distribuio.
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Nesta dissertao, apresenta-se uma proposta interacionista para a prtica de revisão de texto, atravs de um instrumento de recurso que integra os pressupostos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), bem como contributos dos principais modelos de revisão da escrita que tm sido desenvolvidos a partir da perspetiva da Psicologia Cognitiva. Alm disso, prope-se, a partir das noes de gneros de texto e de tipos de discurso, centrais no quadro terico do ISD, a integrao neste instrumento da noo de padro discursivo – noo por ns desenvolvida. Para discutir a aplicabilidade desta proposta, analisa-se um corpus constitudo por textos de dois gneros acadmicos – o artigo cientfico e a recenso crtica – de duas reas cientficas – a rea da Lingustica e a rea da Sociologia. A partir desta aplicao e anlise, defende-se, por um lado, a transposio dos pressupostos do Interacionismo Sociodiscursivo para a prtica de revisão de texto e, por outro, a aplicao da noo de padro discursivo no mbito dessa mesma prtica, bem como o seu contributo para novas perspetivas de anlise dos textos e dos gneros textuais, sobretudo no que respeita sua operacionalidade na identificao e distino dos segundos.