784 resultados para Palavra


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Tendo como eixo as palavras de Massey (2008) de que os “mapas atuais do tipo ocidental dão a impressão de que o espaço é uma superfície” e assumindo com esta autora a necessidade de combater esta imaginação espacial, toma-se os mapas como obras políticas, como gestos na cultura. Gesto sendo “a escolha de uma forma cultural” – filme, mapa, romance, artigo – para apreender a realidade e apreender transformando a realidade apreendida em “uma obra que funciona como a realidade pretendida” (Omar, 1997). Realidade entendida “como resultado do cruzamento de múltiplas imagens” (Vattimo, 1992), como ficção que tem efeito de verdade (Pellejero, 2009). Como exemplo desta perspectiva aponta-se a franca hegemonia dos mapas políticos do Brasil nas escolas brasileiras como gesto-estratégia que torna os alunos reféns de uma única maneira de imaginar o espaço, a saber, a maneira com que o Estado o imagina e nele exerce seu poder: a maneira político-administrativa, que visa apagar a co-existência de trajetórias conexas e desconexas num só tempo-espaço. Paralelamente aponta-se o artifício da palavra – e da idéia de – representação de tornar aquilo que é um gesto cultural em uma manifestação da realidade por si mesma, retirando-o da política.

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A crise contemporânea do meio ambiente encontra a pesquisa numa situação de complexidade e de urgência. A introdução desse artigo é destinada, de uma parte, a definir o objeto da pesquisa (o meio ambiente geográfico no seu sentido amplo) e, de outra parte, a ferramenta científica para a análise (um novo paradigma). No transcorrer dos anos 1966-1970 se assiste a uma verdadeira “revolução coperniciana”: o mundo muda, a visão do mundo muda e a pesquisa científica é mexida/transtornada pelo recurso à interdisciplinaridade e às novas tecnologias. A geografia física deve sair de seu (relativo) isolamento. A questão do meio ambiente não é mais apenas uma questão de pesquisa e de método. Face à mudança global, material e imaterial, é preciso inventar um paradigma. Até o momento temos um sistema de referência tripolar – GTP: Geosistema - Território – Paisagem – cuja validade tentaremos demonstrar ao longo de nossa exposição. O GTP parte de três pólos fundamentais à reconstrução da geografia física: (a) um pólo epistemológico de base filosófica que tem por objetivo maior colocar o conjunto da problemática ambiental no quadro da “natureza e da sociedade”; (b) um pólo metodológico que tem como objetivo definir os conceitos, as práticas metodológicas e as técnicas ou tecnologias de trabalho; (c) um pólo didático, cada vez mais essencial, voltado tanto para a formação inicial (pedagogia) como para as aplicações profissionais (aménagement-desenvolvimento). Existe aqui um papel fundamental a ser desempenhado pela geografia como “ciência didática” do meio ambiente? O geosistema, o território, a paisagem são três maneiras de se considerar um objeto único que é o espaço que nos cerca, em uma palavra, o meio ambiente. Estas são três entradas construídas num objeto único, três entradas e, pois, três finalidades diferentes. Os aproximar sem os confundir num sistema tripolar permite introduzir a diversidade e de a flexibilizar num sistema complexo. Estas são três entradas complementares e interativas. O geosistema com finalidade naturalista toma em consideração a “natureza” antropizada. O território com finalidade sócio-econômica corresponde à abordagem clássica da geografia humana. A paisagem com finalidade cultural introduz a dimensão das imagens e das representações. Não há hierarquia entre os três pólos, mas complementaridades: é isto que dá a flexibilidade ao funcionamento científico. A título de reflexão: Para um retorno do geográfico?Em torno de três questões possíveis: (a) O retorno do geográfico será um retorno da disciplina Geografia? (b) Trata-se de uma « ciência diagonal » em curso de criação?(c) Qual é o impacto deste paradigma sobre as aplicações para o aménagement do território e para o “desenvolvimento sustentável”?

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Promover el desarrollo equitativo del territorio es un desafío para gran parte de los gobiernos latinoamericanos. Ello da cuenta de la generación de un nuevo paradigma que reconoce dos vectores fundamentales: el impulso al crecimiento económico con soberanía política, asentado en el proceso de integración regional como plataforma de inclusión en la economía global y la implementación de políticas que promuevan procesos de desarrollo sostenible, lo cual sintetiza los conceptos de equidad social y sustentabilidad ambiental de los territorios nacionales. A partir de ambos vectores, el objetivo de este trabajo es analizar las políticas de ordenamiento del territorio impulsadas por el Ministerio de Planificación Federal, Inversión Pública y Servicios y las políticas ambientales encuadradas en la Secretaría de Ambiente y Desarrollo Sustentable de la República Argentina. Enmarcada en el enfoque metodológico cualitativo, la estrategia utilizada para procesar datos procedentes de fuentes primarias y secundarias, fue el análisis e interpretación de documentos. Los resultados muestran exiguos avances en materia de ordenamiento territorial. A ello se suma la complejidad y superposición de las normas ambientales y la cambiante naturaleza de las políticas públicas que, entre otras razones, obstaculizaron la sanción de una Ley de Desarrollo y Ordenamiento Ambiental del Territorio Argentino ritóriA � a`@�9�o três maneiras de se considerar um objeto único que é o espaço que nos cerca, em uma palavra, o meio ambiente. Estas são três entradas construídas num objeto único, três entradas e, pois, três finalidades diferentes. Os aproximar sem os confundir num sistema tripolar permite introduzir a diversidade e de a flexibilizar num sistema complexo. Estas são três entradas complementares e interativas. O geosistema com finalidade naturalista toma em consideração a “natureza” antropizada. O território com finalidade sócio-econômica corresponde à abordagem clássica da geografia humana. A paisagem com finalidade cultural introduz a dimensão das imagens e das representações. Não há hierarquia entre os três pólos, mas complementaridades: é isto que dá a flexibilidade ao funcionamento científico. A título de reflexão: Para um retorno do geográfico?Em torno de três questões possíveis: (a) O retorno do geográfico será um retorno da disciplina Geografia? (b) Trata-se de uma « ciência diagonal » em curso de criação?(c) Qual é o impacto deste paradigma sobre as aplicações para o aménagement do território e para o “desenvolvimento sustentável”? 

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O presente artigo volta-se para a análise da linguagem televisiva enquanto mecanismo de transmissão ideológica e manifestação de poder, desta forma a sua compreensão na atual sociedade revela-se não apenas como um objeto de estudo, mas sim como uma necessidade para a formação de sujeitos sociais. Neste contexto partimos do pressuposto que a linguagem, a palavra em si, vem carregada de significações, a mesma expressa as diversas relações historicamente construídas, é “arena” de conflitos, persuasões, compreensões, etc. Assim, na medida em que for sendo construída a reflexão da linguagem na perspectiva da totalidade, estará sendo perseguida a compreensão da mesma enquanto formadora da consciência dos homens. Com vistas a compreender a linguagem da realidade nas interações sociais estaremos nos reportando a Bakhtin o qual afirma que “na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial” (BAKHTIN, 1999, p. 95). O objetivo é o de proporcionar uma análise que evidencie a linguagem presente nas mensagens audiovisuais e mais especificamente a linguagem televisiva. Imagens e sons têm cada vez mais educado crianças, jovens e adultos, formado assim a sua inteligibilidade e sua compreensão de mundo.

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Nesse artigo pretendemos demonstrar a maneira como o viajante italiano Antonio Pigafetta descreveu as coisas e as realidades com as quais se deparou na primeira viagem ao redor do mundo, acompanhando a armada de Fernão de Magalhães. O diário da viagem de Pigafetta contém a descrição de objetos, fauna, flora, culturas que eram até então desconhecidas ao europeu: desse modo a descrição da coisa contém especificações tais que constituem por si só um enunciado enciclopédico. Para o viajante italiano não importa o referente linguístico, a palavra, mas sim todos os processos discursivos que a contém: a forma, o sabor, o aspecto, o uso, etc., de modo que o seu leitor possa visualizar, comparar, e até mesmo sentir a ‘coisa’ descrita. Como afirma Nunes (1997, p.16): “Nos relatos dos viajantes [...] temos um desencadeamento de processos de referências, dos quais resulta uma espécie de sintonização da relação entre palavras e coisas, incluindo-se aí mecanismos de nomeação, de tradução, de identificação, que se inserem nas formas narrativas, descritivas e dialogais dos relatos.” Percebe-se que o significado da unidade lexical é explicitado mediante um percurso semasiológico que marca uma forte relação entre o conhecimento de mundo do viajante e o sujeito que o interpreta. 

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Este artigo aplica-se ao estudo sobre a construção de Lavoura ar arcaica caica caica, de Raduan Nassar, observando para tanto dois elementos notáveis e perturbadores na leitura desse romance, tais como a aparente falta de linearidade narrativa e a presença de registros distintos de linguagem, onde predomina ora o tom lírico, ora o recitativo. Esses dois elementos configuram-se, no texto de Nassar, subversões aos discursos totalizantes e universalistas. Essa construção de estilos divergentes encontra uma estreita vinculação com certos aspectos próprios da pós-modernidade filosófica, erguidos a partir da negação de um pressuposto do Iluminismo, concernente à razão universal, avessa à parcialidade da palavra individualizada.

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Os PCN sugerem que se deva tomar como ponto de partida o texto produzido pelo aluno, para, também, trabalhar os aspectos gramaticais que possam instrumentalizá-lo no domínio da modalidade escrita da língua. Se pensarmos na perspectiva de uma didática voltada para a produção e interpretação de textos, entendemos que diferentes atividades devem servir de apoio para a discussão de muitos aspectos da língua. Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desvinculado das práticas de linguagem. Pretendemos mostrar algumas atividades em que se pode enfatizar o emprego dos recursos morfossintáticos na produção textual, para que as diversas funções das palavras sejam reconhecidas e aplicadas. No momento em que a palavra é empregada com um novo significado, ela precisa mudar seu comportamento gramatical de acordo com a sua nova função. Deve-se observar, também, os diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se manifesta na morfologia, na sintaxe. A prática de análise lingüística pode ser conduzida através da própria produção textual do aluno.

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O objetivo deste artigo é discutir resultados parciais de uma pesquisa qualitativa, de delineamento documental, com foco na produção escrita de dois textos, representativos de um corpus de 22 textos de 11 alunos, classificados pela escola como com dificuldades de aprendizagem de leitura e de escrita. A característica essencial dos discursos é o seu endereçamento a um destinatário, que atua na interação, influenciando quanto ao tratamento do tema, ao tipo de enunciado, e ao estilo linguístico de uma dada esfera de utilização da língua. Entende-se como parceiros essenciais da interlocução o locutor e o interlocutor, ou o horizonte/auditório social a quem a palavra é dirigida. Tendo em vista o papel do interlocutor no processo de interação intersubjetiva, a pesquisa investigou a produção escrita feita a partir de dois tipos de encaminhamento didático-metodológico: sem endereçamento (Grupo A), e com endereçamento (Grupo B), visando perceber se os encaminhamentos realizados, dentre eles a explicitação do endereçamento na apresentação da proposta de produção, contribuiria para o monitoramento da elaboração textual, especialmente no que se refere ao campo dos aspectos gráficos/ortográficos, uma das dimensões do aprendizado da escrita. O estudo mostrou que os textos do Grupo B apresentaram melhores resultados que os do Grupo A, tanto na dimensão quantitativa quanto na qualitativa.

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RESUMO: Como se sabe, o processo de elaboração de uma narrativa digital envolve a utilização de sofisticados recursos técnicos. Em nosso ponto de vista, análises literárias no meio eletrônico devem levar em consideração o papel exercido pela tecnologia, na consideração de que a linguagem técnica presente nos softwares encontra-se atrelada a determinadas visões ideológicas que, em maior ou menor intensidade, deixam marcas no arcabouço estético de histórias que se realizam no meio eletrônico. Em nossa tentativa de comprovar estes argumentos, recorreremos, inicialmente, a alguns pensamentos de Martin Heidegger e Herbert Marcuse que, antes mesmo da popularização do computador, já demonstravam suas preocupações com o surgimento da palavra digitalizada. Em seguida, situaremos a escrita digital à luz de conceitos teóricos da contemporaneidade que privilegiam a interpolação entre o domínio do logos e o domínio da tékhne.

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Buscamos, nesse artigo, fazer uma leitura sistematizada das propostas teóricas brincantes colocadas pelo texto “A bicharada novidadeira”, história escrita no livro intitulado Muitos dedos: enredos, de autoria de Francisco Marques (Chico dos Bonecos), um educador e artista mineiro. Obedecendo as sugestões teóricas da história, deteremos nosso olhar sobre a história como jogo de que participam narrador e público (ou ouvinte, ou leitor), ou como resposta mítico-oracular ao sentir intrigante do mundo, ou ainda como enigma cuja resposta pertence aos iniciados na língua secreta, palavra poética. Procuramos ter sempre em vista, nessa análise, a complexa relação entre narrador e espectadores, mediada por suportes como o CD e o livro ou imediata na contação da história ao vivo.

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Translation has played many roles in foreign language teaching. It has been, on the one hand, considered a fundamental methodological tool, constituting the core of the grammar-translation approach, and, on the other hand, heavily criticized and excluded from the classroom, whether from the practical or the theoretical point of view. Currently, with the communicative approach to language teaching, the study of language varieties has become very important to the learner, and considering the need to understand and interpret the meaning of a word within a specific socio-cultural context during the translation process, it is of paramount importance to acknowledge sociolinguistic variations in the text to be translated. Thus, our goal is to show, through a reflective analysis, that translation can be an educational resource for the teaching of linguistic diversity in foreign language. This study isbased on theoretical assumptions on translation dating from the time of Cicero and Saint Jerome to the present times.

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No romance, Capitu faz referência a uma construção social quetem a ver com a distinção masculino/feminino, colocando a mulher numa posição de inferioridade e veiculando uma imagem negativa dessa mulher – adúltera. Vista pelos críticos como o motivo da ruína emocional do narrador, Capitu é um produto do discurso falocêntrico, o qual enxerga a mulher a partir de uma cultura patriarcal impregnada de valores que só a desmerecem. Propomo-nos a examinar até que ponto a mulher está sujeita a um sistema moral, de que ela participa de forma passiva, na medida em que não detém a palavra, mas ao contrário é falada.

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The city is a symbol of human sociability , meeting place and common life - and in this sense , their model is the Greek polis . But it is also a symbol of human diversity , in which masses of people live who do not know , do not recognize or even hostile to , and here the model is not the Greek city , but Babel. The perceptions of the city built in songs and literary texts are in agreement with the adjectives that easily come to mind when one thinks of São Paulo: bumpy, sprawling, dizzying. São Paulo does not provoke admiration, as elsewhere - at least not in the word admiration is benign and gentle . Causes astonishment, this feeling that overcomes the admiration in fright - a result of gigantism, the omnipresent sense of urgency, the unsettling awareness of being in an urban labyrinth that extends to infinity. This research aims to highlight that forms the largest Brazilian metropolis is described both in music and Brazilian literature , at which point it will be possible to establish directions for the different readings of urban space.

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Thinking about Drummond, the word that comes immediately on mind is gauche, this word which has consecrated the modernist poet with the open verses from Alguma Poesia. Such behavior, for it is not just a mere objective definition to the word, is suggested by the bent angel who lives in shadows, and this designation prevails front of the circumstances. The angel spies the poet from the shadows, however, in two specific moments he appears to the lyric self: in his birth when he was a boy and in his birth as a poet. The gauche glance’s perspective modifies during his trajectory, the poet sees himself in the world like: larger, lesser and equal, according to Sant’Anna (1992). Being inside the world, gauche is, besides an observer, an experienced man, and his mature eyes can be compared to the torn eyes from Klee’s angels as Cançado (2006) says. Therefore, this dialog between the modernist poet and the Swiss impressionist painter from the vanguard intends to observe and analyze, through gaucherie notion, the angels from the paintings, as a way of illustrate how Drummond’s poetry shows itself like effective art in literary constructive process and also in the constitution of a symbol subject in modern and postmodern universe.

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Neste ensaio, faz-se um estudo da poesia de Alberto da Costa e Silva, sob a perspectiva das coordenadas do tempo e da memória que nela se configuram. Partindo da idéia de conhecer o tempo por meio da reminiscência e da rememoração, o poeta caminha para uma descoberta do tempo compreendido como fluxo e desaparecimento. Nestes, o tempo que se revela não é o tempo que desapareceu ou ou o tempo que finalmente soçobrou no nada da imagem. Revela-se, antes, como tempo concretizado, tempo que busca, pelos sortilégios da poesia e do canto, como que se materializar na palavra, num empreendimento difícil que coopta as forças do ritmo e da imagem para a sua realização.