Drummond and Paul Klee: a glances' dialogue


Autoria(s): Prochner, Thatiane; Soares, Marly Catarina
Data(s)

17/12/2014

Resumo

Thinking about Drummond, the word that comes immediately on mind is gauche, this word which has consecrated the modernist poet with the open verses from Alguma Poesia. Such behavior, for it is not just a mere objective definition to the word, is suggested by the bent angel who lives in shadows, and this designation prevails front of the circumstances. The angel spies the poet from the shadows, however, in two specific moments he appears to the lyric self: in his birth when he was a boy and in his birth as a poet. The gauche glance’s perspective modifies during his trajectory, the poet sees himself in the world like: larger, lesser and equal, according to Sant’Anna (1992). Being inside the world, gauche is, besides an observer, an experienced man, and his mature eyes can be compared to the torn eyes from Klee’s angels as Cançado (2006) says. Therefore, this dialog between the modernist poet and the Swiss impressionist painter from the vanguard intends to observe and analyze, through gaucherie notion, the angels from the paintings, as a way of illustrate how Drummond’s poetry shows itself like effective art in literary constructive process and also in the constitution of a symbol subject in modern and postmodern universe.

Ao se pensar em Drummond, de imediato o termo que se lhe associa é o gauche, palavra que consagrou o poeta modernista com os versos inicias de Alguma Poesia. Tal comportamento, pois seria então um comportamento e não somente uma mera definição objetiva do vocábulo, é sugerido pelo anjo torto que vive na sombra, e esta designação prevalece diante das circunstâncias. O anjo espia o poeta, da sombra, mas em dois momentos específicos faz-se presente na vida do sujeito lírico: em seu nascimento como menino e em seu nascimento como poeta. A perspectiva do olhar gauche modifica-se ao longo de sua trajetória, o poeta se vê diante do mundo como ser maior, menor ou igual a este, segundo Sant’Anna (1992). Colocando-se no mundo, o gauche é, além de observador, um experienciador, e seu olhar mais maduro compara-se aos olhares rasgados dos anjos de Klee, conforme Cançado (2006). Portanto, o diálogo que se faz aqui entre o poeta modernista e o pintor suíço do movimento impressionista de vanguarda pretende observar e analisar através da noção da gaucherie os anjos das pinturas, com o intuito de ilustrar de que modo a poesia de Drummond se mostra como arte efetiva, no processo de construção literária e de constituição de um sujeito símbolo do universo moderno e pós-moderno. 

Formato

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Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9795

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9795/8024

Fonte

Línguas & Letras; v. 15 n. 30 (2014)

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #Gaucherie #Drummond #Anjos de Klee.
Tipo

info:eu-repo/semantics/article

info:eu-repo/semantics/publishedVersion