1000 resultados para CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL


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Esta tese tem como objetivo compreender o fenômeno do luto por morte a partir da fenomenologia, por meio das experiências de membros da Igreja Metodista no Grande ABC. Para alcançar o objetivo geral, tem como objetivos específicos: dialogar com teóricos do luto nas áreas da teologia e da psicologia; conhecer a fenomenologia do corpo existencial de Maurice Merleau-Ponty como parâmetro para a compreensão do estudo do luto por morte; contribuir para as pesquisas de Cuidado Espiritual em situações de luto por morte. A trajetória teórico-metodológica tem como lócus da pesquisa o relato oral de dez pessoas, que trazem sua vivência do luto a partir da pergunta norteadora: como você viveu a sua experiência do luto? Depois de transcritos e literalizados, esses relatos permitiram levantar as unidades de significado e estabelecer as categorias analíticas: dor, tipo de perda, desorganização do ser, corpo existencial, cuidado, fé, luto por morte como ordem natural, processo relacional, racionalização, saudade, luto antecipatório, dimensão material do viver, culpa, memória e serenidade. A partir dessas categorias, fenomenologicamente interpretadas, a construção de uma tabela nomotética tornou possível a identificação das convergências e divergências entre os relatos, bem como das idiossincrasias. No percurso em direção à compreensão da experiência do luto, os relatos foram submetidos à análise ideográfica, que é a tentativa de alcançar a psicologia individual dos sujeitos da pesquisa. A síntese de um pensar, como a expressão da fenomenologia do luto, desvela nuanças da práxis pastoral. Resultantes da construção desse novo saber em torno da vivência do luto por morte, foram significativas algumas percepções: o processo do luto no contexto religioso institucionalizado é similar ao de um contexto não-religioso; a teologia cristã tem espaço para a ressignificação da morte, por meio da criação de uma espiritualidade para o processo do morrer e, para que isso seja possível, destaca-se a necessidade, no interior das comunidades religiosas, de uma teologia da perda, que possibilite uma educação cristã voltada para o enfrentamento do luto, ou seja, de uma teologia de valorização da vida em meio às perdas; o corpo foi a linguagem mais presente na vivência do luto e, no entanto, o corpo enlutado é um paradoxo na igreja cristã, na medida em que esta se tem debruçado sobre o tema da corpo de forma tímida, no que se refere à educação da fé. Ficou patente a percepção da necessidade de fomentar um cuidado espiritual terapêutico abrangente e continuado em situações de luto, de forma a alcançar não apenas o indivíduo em situação de enlutamento, mas também de alcance comunitário, como parte do conjunto de ações públicas que acolham essa questão.(AU)

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Esta tese tem como objetivo compreender o fenômeno do luto por morte a partir da fenomenologia, por meio das experiências de membros da Igreja Metodista no Grande ABC. Para alcançar o objetivo geral, tem como objetivos específicos: dialogar com teóricos do luto nas áreas da teologia e da psicologia; conhecer a fenomenologia do corpo existencial de Maurice Merleau-Ponty como parâmetro para a compreensão do estudo do luto por morte; contribuir para as pesquisas de Cuidado Espiritual em situações de luto por morte. A trajetória teórico-metodológica tem como lócus da pesquisa o relato oral de dez pessoas, que trazem sua vivência do luto a partir da pergunta norteadora: como você viveu a sua experiência do luto? Depois de transcritos e literalizados, esses relatos permitiram levantar as unidades de significado e estabelecer as categorias analíticas: dor, tipo de perda, desorganização do ser, corpo existencial, cuidado, fé, luto por morte como ordem natural, processo relacional, racionalização, saudade, luto antecipatório, dimensão material do viver, culpa, memória e serenidade. A partir dessas categorias, fenomenologicamente interpretadas, a construção de uma tabela nomotética tornou possível a identificação das convergências e divergências entre os relatos, bem como das idiossincrasias. No percurso em direção à compreensão da experiência do luto, os relatos foram submetidos à análise ideográfica, que é a tentativa de alcançar a psicologia individual dos sujeitos da pesquisa. A síntese de um pensar, como a expressão da fenomenologia do luto, desvela nuanças da práxis pastoral. Resultantes da construção desse novo saber em torno da vivência do luto por morte, foram significativas algumas percepções: o processo do luto no contexto religioso institucionalizado é similar ao de um contexto não-religioso; a teologia cristã tem espaço para a ressignificação da morte, por meio da criação de uma espiritualidade para o processo do morrer e, para que isso seja possível, destaca-se a necessidade, no interior das comunidades religiosas, de uma teologia da perda, que possibilite uma educação cristã voltada para o enfrentamento do luto, ou seja, de uma teologia de valorização da vida em meio às perdas; o corpo foi a linguagem mais presente na vivência do luto e, no entanto, o corpo enlutado é um paradoxo na igreja cristã, na medida em que esta se tem debruçado sobre o tema da corpo de forma tímida, no que se refere à educação da fé. Ficou patente a percepção da necessidade de fomentar um cuidado espiritual terapêutico abrangente e continuado em situações de luto, de forma a alcançar não apenas o indivíduo em situação de enlutamento, mas também de alcance comunitário, como parte do conjunto de ações públicas que acolham essa questão.(AU)

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A proposta do presente estudo é verificar a ação pastoral da Igreja Católica junto ao povo de rua da cidade de São Paulo, tendo como objetivo formar um conceito teórico sobre a contribuição social da pastoral em um contexto urbano, a partir da ação de Entid ades de apoio ao povo de rua. A metodologia utilizada foi a bibliográfica. As implicações do estudo foram o direcionamento que a práxis pastoral está direcionada à priorização da superação e do reconhecimento da necessidade material e psicossocial de quem está morando na rua. A concretização da práxis se dá por meio de uma prática interventora sócio-politica, a qual visa a efetivação de medidas públicas para uma demanda de pessoas que usam a rua como moradia. A ação pastoral contribui ao mostrar a ausência de política pública que dificulta o reconhecimento deste grupo social como pessoas capacitadas a produzir e pertencer a sociedade em geral. E, ao mesmo tempo em que aponta a lacuna exposta pelo poder público, o agir pastoral sinaliza alternativa para o reconhecimento de pessoas que moram na rua com parcerias entre entidades não governamentais e movimentos sociais, como o MST, sendo assim uma via de reinserção social, além da promoção de Fóruns para a criação de medidas públicas com participação direta de pessoas que vivem na rua e albergues da cidade de São Paulo. Portanto, verifica-se uma práxis pastoral fundamentada por uma responsabilidade social dinamizada pela prática de parceria participativa que envolva as diversas esferas sociais para efetivação concreta dos direitos sociais da pessoa em situação de rua que vive em áreas urbana como a Cidade de São Paulo.

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A pesquisa, em 5 capítulos, desenvolve o tema dos/as pobres como categoria social nos Sl 3-14, subunidade do primeiro livro do saltério (Sl 3-41). Os Sl 3-14 são atribuídos a Davi, o fato está relacionado com as escolas e suas teologias presentes na edição final do saltério. Esses salmos nasceram nas comunidades camponesas do antigo Israel, posteriormente, foram aperfeiçoados e adaptados por grupos de cantores oficiais no templo de Jerusalém. Os Sl 3-14 se destacam pelo lamento e pela súplica individual. Pertencem a uma coleção pré-exílica, mas concentra textos tardios, do pós-exílio. Os lugares que ocupam foram pensados estrategicamente. Os Sl 9; 10 apresentam conceitos hebraicos que identificam os/as pobres: dak, ani, ebyon. Estes/as designam pequenos/as camponeses/as livres, ainda com acesso à terra. Ao longo do antigo Israel não sofreram mudanças bruscas como categoria social, no entanto, podem assinalar-se algumas características que os/as distinguem nos períodos correspondentes ao primeiro e o segundo templo de Jerusalém. Ademais, os Sl 9; 10 apresentam palavras sinônimas que também os/as identificam: hellkah pobre/infeliz e naqi inocente . Apesar das pequenas variações dos conceitos, todos apontam à uma categoria social, com direito à apelação nos tribunais, embora com fraca influência jurídica. Essa comunidade tem identidade teológica. Javé é apresentado como o seu defensor. A espoliação no saltério é algo dramático, porque o rosto do/a pobre é o próprio rosto de Javé. A pobreza não é um assunto de espiritualidade nem de casualidade. É gerada por um sistema político-social, planejado de forma inteligente, que não permite ao povo da roça progredir como agricultor. Esse setor poderoso, nacional ou estrangeiro, é identificado nos textos, sob os conceitos: goyim nações , sorerim agressores , oyebim inimigos , raxa im injustos . O seu domínio é suportado pela violência e as armas. A ideologia dos sistemas dominantes é fundamental para a interpretação dos textos. A sociedade dos salmistas apresenta crises com relação à identidade humana. A violência e a paz se disputam os espaços. O Sl 8 mostra uma sociedade alternativa pensada a partir daquilo aparentemente fraco: as olelim crianças e os yanaqim lactantes (Sl 8,3). O grito das criancinhas, o grito dos/as oprimidos/as, unido ao grito da criação, se compara à dor de parto, com o qual inicia a vida. Trata-se de um grito que busca transformar os trajetos entortados da história. Esses são indícios da esperança que distingue a teologia dos/as pobres. Os Sl 3-7 e 11-14 continuam a apresentar a situação dos/as pobres. Às vezes, localizam-se os conceitos: ani oprimido e ebyon pobre , outras, recorre-se a novos sinônimos como has͇id fiel e sadiq justo . Esses salmos demonstram que os/as pobres estão presentes também nos textos onde tais conceitos não aparecem. As agrupações (Sl 3-7 e 11-14) são uma pausa na subunidade (Sl 3-14), não uma quebra de sentido com os Sl 8; 9 e 10. Finalmente, se localiza na sociedade dos Sl 3-14, o Modo de Produção Tributário. As teorias das ciências econômica, arqueológica, histórica, contribuem com a compreensão do universo sóciopolítico gerador de pobres.

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Esta pesquisa, Responsabilidade Social, Pregação e Educação: tensões missiológicas no projeto missionário da Igreja Metodista em terras brasileiras, tem como objetivo analisar as ações missionárias da Igreja Metodista do período de sua implantação até o final do período referente ao 18° Concílio Geral (2006-2011). A análise resgatou a tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação como uma marca identitária do movimento wesleyano e que esse princípio missionário nem sempre foi seguido pelo metodismo brasileiro. Notou-se também que a tríade serviu, em momentos decisivos, como elemento norteador do projeto missionário. Isso é percebido no período da implantação, bem como na constituição do Plano para Vida e Missão (PVM). Em que pese que as ações missionárias no metodismo brasileiro nem sempre foram providas de uma reflexão teológica sistemática, a tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação sempre funcionou como eixos essenciais da missão e de forma indissociável. Não foram poucos os momentos em que o projeto missionário metodista enfrentou tensões na sua execução. O ímpeto pelo crescimento numérico e expansão geográfica, muitas vezes, ofuscou a fidelidade à tríade. Nessa trajetória de pesquisa está construída em quatro capítulos, nos quais se busca a superação de uma compreensão histórica equivocada e faz-se necessário que o projeto missionário assuma os elementos essenciais da tríade como marco regulatório da missão metodista. As repetitivas opções equivocadas não colaboram com a nova compreensão de missão. O resultado da pesquisa encoraja futuras análises para que o metodismo assuma o papel de agente de Deus na missio Dei e para que o seu envolvimento missionário mantenha fidelidade à tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação.

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A pesquisa tem por finalidade estudar a presença pública das igrejas de missão batistas, metodistas e presbiterianas através das obras de serviço social atuantes na cidade de São Bernardo do Campo. O objetivo é estudar como as igrejas, em seus esforços de trabalho e missão, estão cumprindo o seu papel pelo viés social, por meio de projetos realizados por instituições juridicamente constituídas e atuantes. Para isto, o estudo começa caracterizando histórica-sócio-economicamente a região, observando os antecedentes históricos das igrejas na cidade. Num segundo momento, mediante pesquisa de campo, espera-se apresentar como se deu a formação e desenvolvimento das igrejas de missão e suas obras sociais. Por último, a pesquisa se ocupa em analisar as obras de serviço social e a sua contribuição para uma práxis transformadora no cenário urbano. Uma das principais considerações obtidas ao fim da pesquisa é a de que as igrejas de missão têm sofrido um tipo de esvaziamento de sua ação social, motivado, sobretudo, pelas atuais transformações no campo religioso, pela ausência de um agir significativo no contexto urbano e pela falta de diálogo e apropriação do terceiro setor.

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A pesquisa tem por finalidade estudar a presença pública das igrejas de missão batistas, metodistas e presbiterianas através das obras de serviço social atuantes na cidade de São Bernardo do Campo. O objetivo é estudar como as igrejas, em seus esforços de trabalho e missão, estão cumprindo o seu papel pelo viés social, por meio de projetos realizados por instituições juridicamente constituídas e atuantes. Para isto, o estudo começa caracterizando histórica-sócio-economicamente a região, observando os antecedentes históricos das igrejas na cidade. Num segundo momento, mediante pesquisa de campo, espera-se apresentar como se deu a formação e desenvolvimento das igrejas de missão e suas obras sociais. Por último, a pesquisa se ocupa em analisar as obras de serviço social e a sua contribuição para uma práxis transformadora no cenário urbano. Uma das principais considerações obtidas ao fim da pesquisa é a de que as igrejas de missão têm sofrido um tipo de esvaziamento de sua ação social, motivado, sobretudo, pelas atuais transformações no campo religioso, pela ausência de um agir significativo no contexto urbano e pela falta de diálogo e apropriação do terceiro setor.

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No presente estudo sobre o tema Conceito de Missão em John R. W. Stott e C. René Padilla procurei analisar a relação entre proclamação da palavra e ação social contextualizada no Evangelho. Esta dissertação desenvolvida no Programa da Pós-Graduação em Ciências da Religião, pertence à linha de pesquisa Religião, Sociedade e Cultura . A metodologia adotada na coleta de dados foi de uma revisão bibliográfica. O questionamento que norteou a pesquisa foi: qual o conceito de missão mundial em J. Stott e de missão integral em R. Padilla? Com as respostas obtidas, foi realizado um comparativo entre a teologia de ambos. No primeiro capítulo foi apresentado o conceito de missão mundial na teologia de J. Stott. No segundo capítulo, foi apresentado o conceito de missão integral na teologia de R. Padilla. Já no capítulo três, foi realizado um comparativo no qual ficou demonstrado que J. Stott em sua teologia da missão mundial prioriza a proclamação da palavra pela igreja, deixando o serviço de ação social para segundo plano, ao priorizar a necessidade da salvação da alma do pecador que se arrepende, mediante a aceitação Jesus Cristo como seu salvador. Em contrapartida, R. Padilla em sua teologia da missão integral coloca a proclamação da palavra e a prestação de serviço mediante a ação social de forma conjunta e indissociável para concretizar o anúncio do Reino de Deus na sociedade.

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O presente estudo exegético tem por objetivo analisar o texto de Deuteronômio 6,20-25 numa perspectiva histórico-social. Para tanto, revisa-se algumas discussões exegéticas acerca do texto. Compreende-o como um ensino familiar, das famílias livres e possuidoras de terra em Judá, no século VII.a.C. Nele, narrativamente são apresentados os atos redentores de Javé: o êxodo, a dádiva da terra e das leis. Dentre esses atos, destaca-se o êxodo, como fundamento da liberdade, e sua articulação com as leis. Por sua vez as leis são a forma de manutenção da liberdade, por meio da defesa do direito dos socialmente enfraquecidos. Nessa dinâmica da catequese familiar, duas categorias são importantes, ensino e memória.

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No presente estudo sobre o tema Conceito de Conversão e Justiça Social no pensamento de José Comblin , procurei desenvolver o conceito do tema proposto. Esta dissertação desenvolvida no Programa da Pós-Graduação em Ciências da Religião pertence à linha de pesquisa Religião, Sociedade e Cultura . A metodologia adotada na coleta de dados foi de uma pesquisa bibliográfica. O questionamento que norteou a pesquisa foi: qual o conceito de conversão e justiça social no pensamento de José Comblin? Com as respostas obtidas foi possível desenvolver o primeiro capítulo com a biografia de José Julles Comblin juntamente com as pessoas que de alguma forma inspiraram e influenciaram sua carreira no Brasil e na América Latina. No segundo capítulo foi apresentado o conceito de Conversão para Comblin chegando a uma conclusão que a conversão é para o Reino de Deus e não para qualquer instituição religiosa. Já no terceiro capítulo foi apresentado o conceito de Justiça Social chegando a uma conclusão que justiça social acontece quando a sociedade se converte ao pobre com amor prático e não somente de palavras.

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O trabalho aborda a micronarrativa do Homem rico e do pobre Lázaro de Lc. 16. 19-31. As relações entre os dois personagens da narrativa se mostram invertidas, sugerindo um tom irônico por parte do narrador lucano. A inversão os coloca no mesmo lugar, o Hades, mas em posições diferentes, gerando um conflito na narrativa. Buscou-se observar o motivo da inversão, seu papel na cena e seu impacto na trama da narrativa e em seus leitores. Examinou-se na sequência narrativa da parábola a relação entre seu enredo unificante e seu enredo episódico buscando o motivo dela dentro dessa sequência, o que demonstrou ser uma narrativa direcionada aos fariseus, onde sugerimos ter um tom irônico em uma crítica social. Buscou-se retratar o imaginário desse lugar de inversão, trazendo algumas imagens do imaginário judaico e greco-romano a partir de algumas fontes literárias, principalmente a obra Diálogo dos Mortos, de Luciano de Samósata do II séc. Demonstrou-se haver uma intertextualidade, onde ecos do relato lucano são vistos na obra de Luciano. Para tal elaboração, os passos da narratologia evidenciaram o que se pretendeu analisar.

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O lava-pés em Jo 13,1-17 é objeto dessa tese que tem por objetivo apresentar sua significação cultural e sociorreligiosa. Em meio à complexidade do caráter polissêmico do relato joanino o foco da análise volta-se para o contexto das características do costume cultural implicados no lava-pés em ambiente de refeição no mundo mediterrâneo do primeiro século da EC. Com base na análise da história da redação o relato joanino é apresentado como fruto de um processo de recuperação da memória tradicional para ressignificar o valor e dignidade do lava-pés e dos sujeitos aos quais essa tarefa era atribuída: mulheres, escravos e crianças. No contexto da comunidade joanina o lava-pés transforma-se em proposta não apenas de renúncia ou inversão de status, mas de reciprocidade de papéis assumida por todos como gesto concreto e, ao mesmo tempo, simbólico, de abolição de qualquer discriminação ou desigualdade que possa existir entre as pessoas. O lava-pés, nos dois estratos que descrevem as primeiras interpretações predominantes na comunidade (Jo 13, 12-17 e Jo 13,6-10), não é, pois, ritual religioso de purificação de pecado, nem apenas o testemunho de um serviço humilde de quem renuncia provisoriamente ao seu status, mas sim a expressão da identidade de um discipulado que pretende viver um igualitarismo radical no cotidiano do exercício de poder e da divisão de suas tarefas.

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Esta pesquisa privilegia o enfoque histórico ao analisar o texto bíblico, como produto histórico-social, a partir do método sociológico. O material disposto ao longo desta investigação pretende ser uma ajuda para a compreensão de alguns textos do profeta Jeremias. Partindo do princípio de que o texto possui um vínculo com a sociedade na qual foi criado e fazendo uso da metodologia exegética, realiza-se uma análise histórico-sociológica da palavra de Javé em Jeremias 7,1 8,3 como portadora de um conflito social oriundo da cobrança excessiva de tributo em uma sociedade judaíta marcadamente tributária. Busca-se, por esse meio, o sentido do texto dentro do provável cenário histórico-social que permeia o escrito. Para isso, faz-se necessária a investigação dos aspectos preliminares que envolvem tanto o livro de Jeremias, sobretudo, os polêmicos caps. 7,1 8,3, como também a questão do estudo da pesquisa moderna acerca dessa magnífica obra. Vale a pena também salientar o conceito semiótico da poética sociológica que procura estudar a interação causal entre literatura e seu meio social. Além disso, avalia-se o âmbito histórico social da unidade literária alvo de nossa pesquisa, situando-a em seu provável contexto histórico social e determinando a datação, o cenário político e o modo de produção vigente nesse período. Não olvidando, contudo, do fator desencadeador do conflito social e o papel da religião nesse cenário. Além do mais, examina-se o sentido dos textos específicos ou unidades literárias concluídas (perícopes) presentes nos caps. 7,1 8,3, tendo como pressuposto o modelo teórico do modo de produção tributário e os passos da exegese histórico-social. O mecanismo socioanalítico do modo de produção tributário servirá como instrumento de análise da condição socioeconômica, centrando-se nos componentes externos incorporados na coletânea, não em sua história redacional, mas sim em sua formação social.

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O município de Rio Grande da Serra está situado em uma região Grande ABC paulista reconhecida nacionalmente por seu desenvolvimento econômico e industrial e pelas lutas políticas e sindicais. Paradoxalmente, se configura, social e territorialmente falando, por uma região de periferia urbana. Resultado da forma como a urbanização, na sociedade moderna, conforma o espaço em regiões centrais e periféricas. Localizado no caminho que ligava Santos à Mogi das Cruzes (século XIX) povoado de Geribatiba decorrente das transformações urbanas ocorridas em toda a região, conquistaria, nos anos 1960, sua autonomia político-administrativa. Nas décadas seguintes testemunhou intenso crescimento populacional, resultado do processo migratório, principalmente de mineiros e nordestinos que tinham as cidades, e indústrias, de São Paulo e Grande ABC como destino. Esse deslocamento de pessoas, e as redes formadas em seu em torno, contribuiu para o desenvolvimento de seu campo religioso. Atualmente, com uma população, em torno, de 46 mil habitantes, possui aproximadamente 180 locais de cerimônias religiosas. Nesse contexto, a tese analisa a inserção regional socioeconômica e religiosa de Rio Grande da Serra, a partir de dados comparativos com os demais municípios, e discute como o regionalismo tem contribuído para seu desenvolvimento econômico. Realiza a caracterização das periferias urbanas, discutindo aspectos que lhes são inerentes, como segregação e vulnerabilidade social. Nesse sentido, a investigação possibilitou a identificação do perfil socioeconômico (renda e escolaridade) dos participantes dos grupos religiosos (católicos, evangélicos, kardecistas e umbandistas), permitindo, também, identificar desigualdades sociais no interior de seu território, constatando que determinados bairros são mais vulneráveis do que outros. Considerando que esse estudo examina a capacidade das redes sociais e religiosas, de aumentar o capital social de seus participantes, foi realizado o mapeamento e etnografia das diversas práticas associativas, mais ou menos formais e estruturadas, de forma a analisar os elementos materiais e simbólicos por elas produzidos. Constatou-se, apoiado na aplicação de questionários, entrevistas e observação participativa, que, a partir do habitus religioso de cada grupo, as redes possibilitam no âmbito econômico questões como emprego e renda ou auxílio em necessidades básicas de sobrevivência, através de campanhas e trabalhos sociais. No âmbito simbólico, as redes propiciam questões importantes à existência humana, como a crença na salvação ou evolução da alma, socialização, autoestima, prestígio ou ainda a expectativa de cura ou tratamento de dependência química. Pôde-se aferir que, a despeito das diferentes formas como cada grupo, e seus participantes, se apropriam do capital social, as redes sociais e religiosas, no município, funcionam como redes de proteção, especialmente à população em situação alta de vulnerabilidade social.

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Esta é uma pesquisa que tem por objetivo identificar e analisar dentro do universo dos batistas brasileiros - grupo religioso estabelecido no Brasil há mais de cento e quarenta anos a relação entre os paradigmas e os arquétipos que nortearam a ação dos pastores enquanto sujeitos e principais fomentadores da práxis pastoral dessa igreja que, dentro do protestantismo de missão, continua apresentando crescimento no cenário religioso desde sua implantação em terra brasilis . Estabelecer a trajetória histórica deste grupo, identificando os seus primórdios em meio ao Separatismo inglês do século XVII a igreja antiga - e os paradigmas que abraçaram e que os acompanharam desde então como um núcleo duro em termos de crença e práxis, aspectos que também podem ser identificados na igreja batista brasileira e nos os arquétipos desenvolvidos de pastor batista brasileiro. Identificar e analisar, a partir da perspectiva do pastor, quais foram seus pressupostos teóricos e práticos, ou seja, sua Teologia Prática e sua Teologia Pastoral através de um resgate histórico de sua práxis, dividida em três períodos históricos de cinquenta anos, identificados em gerações de pastores, através de uma pesquisa bibliográfica em textos de missionários, pastores e teólogos norte-americanos - os pioneiros - e pastores e teólogos brasileiros, batistas ou não, que de seu lugar hermenêutico e de alguma forma trataram do ministério pastoral batista, desde os seus primórdios até a contemporaneidade, e pudessem fornecer informações que permitissem tipificar o pastor batista brasileiro que, portanto, esteja acima do seu contexto histórico. Observar na contemporaneidade se estes paradigmas e arquétipos são mantidos, reafirmados, transformados e ou ressignificados na práxis dos pastores e suas igrejas o pastor novo. Também observar, a partir da opção definida, quais são os impactos possíveis sobre sua ação na contemporaneidade. Através desta pesquisa, identificar a existência de transformação da relação entre paradigmas e arquétipos e se essa transformação se manifesta como revoluções ou disrupturas