965 resultados para Fluoretos Efeitos colaterais


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Estudos recentes tm avaliado a presena de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoprotena, seu potencial papel na suscetibilidade das doenas inflamatrias intestinais (DII) e suas possveis correlaes com aspectos clnicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da anlise gentica de populaes distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 esto associados com as DII em populao do sudeste do Brasil e suas possveis correlaes com fentipos, atividade de doena, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como mtodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doena de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idioptica (RCUI), que foram recrutados atravs de critrios diagnsticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequncias genotpicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na populao de estudo. Associaes de gentipo-fentipo com caractersticas clnicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutaes foram calculados. Nenhuma diferena significativa foi observada nas freqncias genotpicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associaes significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fentipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposio ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associaes positivas tambm foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, atividade moderada/severa da doena (OR: 3,54, p = 0,046), e resistncia / refratariedade ao corticosteride (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimrficos. Nenhuma associao significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotpicas, atividade de doena ou resposta ao tratamento da RCUI. Em concluso, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fentipo estenosante, como tambm estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relao com a DC suporta a existncia de papis adicionais para o MDR1 em mecanismos especficos subjacentes na patognese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediao e regulao da fibrose. Alm disso, compreender os efeitos de vrios frmacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrio personalizada de regimes teraputicos.

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A asma uma doena inflamatria crnica caracterizada por hiper-reatividade das vias areas, acmulo de eosinfilos, secreo de muco e remodelamento. No decorrer do estabelecimento do processo inflamatrio, h liberao de mediadores endgenos que atuam limitando a evoluo do quadro patolgico e garantindo a manuteno da homeostasia (COHN, ELIAS e CHUPP, 2004). Dentre estes recebem destaque os hormnios glicocorticides, reconhecidos por sua atividade anti-inflamatria, dependente, em parte, da gerao de fatores intermedirios como a protena anexina-1 (AnxA1) (KAMAL, FLOWER e PERRETTI, 2005; PERRETTI, 2003). Neste estudo investigou-se o papel regulatrio da AnxA1 e do peptdeo derivado Ac2-26 (50 - 200 g/animal) no modelo experimental de asma alrgica murina. Camundongos BALB/c (AnxA1+/+) e depletados do gene codificante para AnxA1 (AnxA1-/-) foram sensibilizados com ovoalbumina (OVA 50 g) e hidrxido de alumnio (5 mg), por via subcutnea. Aps 14 dias, foi feito reforo com OVA (25 g), por via intraperitoneal, e nos dias 19, 20 e 21 foram desafiados com OVA (25 g), por via intranasal. O tratamento consistiu na administrao intranasal do peptdeo Ac2-26 (50 - 200 g), 1 h antes de cada desafio. As anlises foram feitas 24 h aps o ltimo desafio e incluram: i) funo pulmonar (resistncia e elastncia) e hiper-reatividade das vias areas metacolina (3 27 mg/ml) atravs de pletismografia invasiva; ii) alteraes morfolgicas atravs de histologia clssica; iii) quantificao de colgeno e iv) quantificao de mediadores inflamatrios atravs de ELISA. Verificou-se que camundongos AnxA1-/-, quando ativamente sensibilizados e desafiados com OVA apresentaram exacerbao do quadro de hiper-reatividade das vias areas, assim como do nmero de eosinfilos no lavado broncoalveolar e no infiltrado peribrnquico, deposio de colgeno e nos nveis de IL-13 em comparao aos controles AnxA1+/+. Em paralelo, observou-se que o peptdeo Ac2-26 levou a uma reduo da hiper-reatividade das vias areas frente estimulao com metacolina nos animais AnxA1+/+. O peptdeo Ac2-26 reduziu o infiltrado inflamatrio no parnquima pulmonar e o nmero de eosinfilos peribronquiolares, alm da produo de muco no tecido pulmonar e da gerao IL-4, IL-13, eotaxina-1 e -2. Em conjunto, nossos achados mostram que os camundongos AnxA1-/- mostraram-se mais responsivos estimulao antignica, o que foi indicativo de que a AnxA1 parece exercer um papel regulatrio importante sobre a resposta inflamatria alrgica murina. Alm disso, o efeito inibitrio do peptdeo Ac2-26 sobre a resposta alrgica pulmonar foi indicativo de que este se coloca como um composto anti-inflamatrio e anti-alrgico promissor para utilizao na terapia da asma.

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O Cncer de mama (CM) hoje o tipo de cncer mais incidente entre as mulheres, com a estimativa de 53 mil novos casos para o ano de 2013, segundo o Instituto Nacional do Cncer (INCA). considerada uma doena de bom prognstico, principalmente quando diagnosticada na sua fase mais precoce. A evoluo no diagnstico, e nas tcnicas de tratamento para o CM, que incluem a quimioterapia e/ou radioterapia, aumentaram a expectativa de sobrevida para este tipo de cncer. Uma das complicaes tardias induzidas pelo tratamento desta doena a cardiotoxicidade. O termo cardiotoxicidade abrange uma srie de efeitos colaterais, que incluem arritmias, alteraes na presso arterial, isquemia do miocrdio, trombose ou insuficincia cardaca. , por isso, fundamental entender os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da toxicidade cardaca para o sucesso do tratamento dos pacientes com CM. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos cardacos tardios induzidos pela irradiao e quimioterapia, simulando um tratamento para o CM, em ratas Wistar. Ratas Wistar, com aproximadamente 3 meses de idade, foram divididas em: grupo controle, grupo que recebeu quimioterapia + irradiao (TC+IR), e grupo que recebeu apenas irradiao (IR). A quimioterapia foi administrada em 4 ciclos, com intervalo de 1 semana entre eles. A irradiao na regio do corao foi realizada em dose nica, de 20Gy, em um campo de 2x2 cm2. Os ratos foram submetidos eutansia 5 meses aps o trmino dos tratamentos, para que os efeitos tardios pudessem ser avaliados. Vrios estudos foram conduzidos: ecocardiografia para observar as alteraes funcionais do corao; PCR em tempo real para detectar alteraes no nvel mRNA de procolgeno tipo I, TGF-β1, angiotensinognio, renina, ECA, AT1, VEGF e razo Bax/;bcl2, no tecido do ventrculo esquerdo (VE); Alm de ensaios histolgicos para avaliar o aspecto do tecido cardaco do VE. Resultados e discusso Os resultados obtidos indicam um processo de remodelamento cardaco aps os tratamentos para o CM. Sugere-se que este remodelamento inicie-se com a diminuio de vasos no VE, causada pelos tratamentos, conforme os resultados da estereologia e do PCR para VEGF. Em seguida mostrou-se hipertrofia dos cardiomicitos, o aumento da expresso de procolgeno e TGF-β1 e de tecido conjuntivo neste tecido. E associado a estes resultados, mostrou-se a participao dos sistema renina angiotensina cardaco neste processo de remodelamento. Porm, apesar de todas estas alteraes terem ocorrido em ambos os grupos tratados, apenas o grupo que recebeu irradiao e quimioterapia concomitantemente apresentou alterao da funo cardaca, na ecocardiografia. Sugere-se, desta forma, que a associao destas terapias seja mais lesiva ao corao, do que a irradiao aplicada exclusivamente. Concluso Os objetivos do trabalho foram alcanados, e pode-se entender melhor as vias envolvidas na cardiotoxicidade. Este um estudo indito, o assunto abordado recente, e de sumo importncia para o desenvolvimento de novas estratgias de tratamento para o CM, onde sejam consideradas as complicaes cardacas tardias envolvidas.

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A asma um distrbio crnico pulmonar caracterizado por inflamao, obstruo e remodelamento brnquico, levando a sintomas como sibilo, tosse e falta de ar. A terapia antiasmtica consiste em corticosteroides inalados e agonistas β2 de curta ou longa durao. O tratamento limitado por efeitos colaterais e refratariedade de alguns pacientes, justificando a necessidade de novas terapias. Estudos demonstram que a 15-deoxy-delta- 12,14-prostaglandina J2 (15d-PGJ2), um ligante endgeno de receptores ativados por proliferadores de peroxissomos do tipo gama (PPAR-γ), capaz de reduzir a expresso de citocinas pr-inflamatrias, o que pode resultar em benefcios no tratamento de doenas com esse perfil. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial anti-inflamatrio e antiasmtico da 15d-PGJ2 em modelos experimentais de asma. Camundongos A/J machos foram sensibilizados nos dias 0 e 7 atravs de injeo subcutnea (s.c.), contendo ovoalbumina (OVA) e Al(OH)3, e desafiados com 4 instilaes intranasais (i.n.) de OVA em intervalos semanais. O tratamento com 15d-PGJ2 (30 e 100 g/Kg, s.c.) foi realizado 30 min antes dos desafios a partir da terceira provocao antignica. Em outro modelo, camundongos A/J foram desafiados intranasalmente com extrato de caro 3 vezes por semana durante 3 semanas. As administraes de 15d-PGJ2 (30, 70 e 100 g/Kg, s.c. e 0,65; 1,5 e 2,3 g/animal, i.n.) foram realizadas a partir da 3 semana, 30 min antes dos desafios. As anlises ocorreram 24 h aps o ltimo desafio. Nossos resultados mostraram que, em camundongos previamente sensibilizados e desafiados com OVA, a administrao de 15d-PGJ2 limitou significativamente o influxo peribrnquico de eosinfilos e neutrfilos, bem como a produo de muco por clulas caliciformes e fibrose sub-epitelial, alm da hiperreatividade das vias areas e produo de IL-5. A reduo do epitlio brnquico e das citocinas IL-13 e TNF-α foram observadas somente na maior dose administrada. No modelo HDM a inflamao e o remodelamento foram atenuados em todas as doses administradas do composto, enquanto que a hiperresponssividade brnquica foi inibida apenas nas doses de 70 e 100 μg/Kg (via sistmica) e na dose intermediria dada topicamente (1,5 μg/animal, i.n.). Os nveis de citocinas foram atenuados pelo tratamento subcutneo, porm somente os nveis de IL-17, eotaxina-1 e TNF-α foram inibidos com a dose intranasal de 0,65 g/animal. O aumento da expresso de NF-κB, induzido por provocao com HDM tambm foi reduzido significativamente pela administrao de 15d-PGJ2. Em conjunto, nossos dados indicam que o tratamento com 15d-PGJ2 inibe alteraes cruciais associadas patognese da asma, em modelos experimentais distintos da doena, demonstrando possuir grande potencial para controlar e reverter inflamao, hiperreatividade e remodelamento pulmonar desencadeados por provocao alrgica.

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Tem sido descrito que o acmulo de mutaes em proto-oncogenes e genes supressores de tumor contribui para o direcionamento da clula carcinognese. Na maioria dos casos de cncer, as clulas apresentam proliferao descontrolada devido a alteraes na expresso e/ou mutaes de ciclinas, quinases dependentes de ciclinas e/ou inibidores do ciclo celular. Os tumores slidos figuram entre o tipo de cncer mais incidente no mundo, sendo a quimioterapia e/ou hormnio-terapia, radioterapia e cirurgia os tratamentos mais indicados para estes tipos de tumores. Entretanto, o tratamento quimioterpico apresenta diversos efeitos colaterais e muitas vezes ineficaz. Portanto, a busca por novas molculas capazes de conter a proliferao destas clulas e com baixa toxicidade para o organismo se faz necessrio. Este trabalho teve por objetivo avaliar a ao antitumoral in vitro de um novo composto sinttico, a pterocarpanoquinona LQB118, sobre algumas linhagens tumorais humanas de alta prevalncia e estudar alguns dos seus mecanismos de ao. As linhagens tumorais estudadas neste trabalho foram os adenocarcinomas de mama (MCF7) e prstata (PC-3), e carcinoma de pulmo (A549). A citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio do MTT e a proliferao celular pela contagem de clulas vivas (excluso do corante azul de tripan) e anlise do ciclo celular (citometria de fluxo). A expresso gnica foi avaliada por RT-PCR e a apoptose foi avaliada por condensao da cromatina (microscopia de fluorescncia-DAPI), fragmentao de DNA (eletroforese) e marcao com anexina V (citometria de fluxo). Das linhagens tumorais testadas, a de prstata (PC3) foi a que se mostrou mais sensvel ao LQB 118, e em funo deste resultado, os demais experimentos foram realizados com esta linhagem tumoral. O efeito citotxico do LQB 118 se mostrou tempo e concentrao dependente. Esta substncia inibiu a proliferao celular e prejudicou a progresso do ciclo celular, acumulando clulas nas fases S e G2/M. Buscando esclarecer os mecanismos desta ao antitumoral, demonstrou-se que o LQB 118 inibe a expresso do mRNA do fator de transcrio c-Myc e das ciclinas D1 e B1, e induz a apoptose de tais clulas tumorais. Em suma, o LQB 118 capaz de inibir a proliferao das clulas tumorais de prstata, alterando a expresso do mRNA de alguns genes reguladores do ciclo celular, resultando em interrupo do ciclo celular e induo de apoptose, indicando este composto como um potencial candidato a futuro medicamento no tratamento do cncer de prstata.

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A tuberculose multirresistente (MR) a drogas uma sria ameaa sade pblica devido maiores complexidade, custo e efeitos colaterais do tratamento. Poucos estudos descreveram a epidemiologia molecular de isolados de <i>Mycobacterium tuberculosis</i> MR no Brasil. Neste trabalho foi investigada a diversidade gentica e mutaes associadas resistncia a drogas de 99 isolados MR e 7 no MR coletados em um perodo de 8 anos e provenientes de 12 estados brasileiros. Esta investigao foi feita atravs da anlise do polimorfismo de fragmentos de restrio do elemento de insero IS6110 (IS6110-RFLP), spoligotyping e sequenciamento de regies dos genes rpoB e katG que conferem resistncia aos antibiticos rifampicina e isoniazida, respectivamente. Mutaes nos genes katG e rpoB foram encontradas em 90,9% e 93% dos isolados MR analisados, respectivamente. Para o gene rpoB, 91,9% das mutaes estavam contidas na regio RRDR de 81-pb. Um total de 51 (51.5%), 23 (23.3%) e 11 (11.1%) isolados MR apresentaram mutaes nos cdons 531, 526 e 516, respectivamente. Com relao ao gene katG, foram encontradas mutaes em 93% dos isolados MR analisados, sendo que 7 apresentaram mutaes apenas na primeira regio analisada (katG1). O codon 315 da segunda regio analisada do gene katG (katG2) apresentou mutaes em 82.8% dos isolados MR, sendo a maioria Ser315Thr. A regio katG1 apresentou mutaes em 30.3% dos isolados MR sendo a maioria deleo do cdon 4. Pelo spoligotyping foi possvel determinar que os isolados MR deste estudo pertencem a 5 diferentes famlias (com suas subfamlias) de M. tuberculosis circulantes no Brasil, onde as mais frequentemente encontradas foram: LAM (46%), T (17%) e H (12%). Ns observamos que uma das famlias, a EAI5, carrega mutaes no cdon 463 do gene katG, o que no ocorre para as demais. Alm disso, entre nossos isolados foi identificada um isolado pertencente cepa Beijing (extremamente virulenta), mas este fato no alarmante j que se tratou de apenas um caso. Atravs de nossos dados foram descritos novos alelos mutados para os genes rpoB e katG. Com exceo da famlia X2, foi identificada uma regio inicial do gene katG com alta frequncia de mutaes nos isolados MR. A anlise por IS6110-RFLP revelou que 25 isolados formaram 11 grupos genotpicos enquanto 74 mostraram um padro nico de bandas. Esta alta taxa de polimorfismo indica aquisio independente de resistncia entre nossos isolados. Para a famlia H, foi identificada uma inverso na freqncia de ocorrncia de mutaes no gene rpoB, sendo o cdon 516 o mais mutado, seguido pelo 526 e 531. Os resultados deste estudo fornecem informaes teis para um melhor entendimento do espectro de mutaes dos isolados MR de pacientes no Brasil. Nossos resultados tambm se tornam teis no desenvolvimento de testes diagnsticos de tuberculose MR e para auxiliar no rastreamento da transmisso global desta doena.

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O cncer colo-retal a terceira neoplasia mais frequente em todo o mundo e a recorrncia local e neoplasia refratria so desafios no tratamento do cncer colo-retal aps a cirurgia convencional. Com o intuito de controlar a recorrncia e aumentar a mdia de sobrevida dos pacientes, uma estratgia multidisciplinar que combina a radioterapia (RT) e a quimioterapia com o processo cirrgico tem sido protocolo clnico de escolha. Embora esta combinao seja capaz de otimizar o tratamento, nem todos os pacientes so beneficiados com o protocolo quimio-rdio combinado, uma vez que existem os insucessos teraputicos relacionados com a incidncia de neoplasias secundrias tardias em pacientes que foram submetidos RT para tratamento de neoplasias anteriores. Alm da doena refratria, outro agravante da RT so os efeitos colaterais produzidos pela radiao ionizante (IR), em especial queles do trato gastrointestinal. Estes efeitos esto relacionados com alteraes da homeostase do epitlio intestinal, atravs da desorganizao dos complexos juncionais. Porm, os mecanismos que medeiam estes efeitos ainda no esto elucidados. Este estudo avaliou as vias de sinalizao que medeiam os efeitos da IR em clulas Caco-2. Foi observado que a IR causa uma desorganizao da juno aderente via Src, EGFR e MAPK, sendo estas alteraes acompanhadas por desorganizao do citoesqueleto de actina em todo o volume celular. Src, EGFR e MAPK participam de maneira diferenciada na modulao destes efeitos. Observamos tambm que a radiao aumenta a motilidade dessas clulas via Src e MAPK e no induz alterao na proliferao celular at 48 horas aps o tratamento. Este o primeiro trabalho que correlaciona vias de sobrevivncia celular como Src, EGFR e MAPK com alteraes nas protenas de juno aderente, alteraes do citoesqueleto e migrao celular. Estes eventos so relacionados aos efeitos colaterais primrios e tardios induzidos pela IR, e podem favorecer aquisio de um fentipo maligno herdvel durante o fracionamento de doses na RT, favorecendo a progresso tumoral do cncer colo-retal. Logo, alm da correlao das vias de sinalizao envolvidas nos eventos induzidos pela IR mostrados neste estudo, os resultados tambm corroboram para um melhor entendimento da atividade farmacolgica dos inibidores qumicos utilizados, uma vez que muitos deles encontram-se em fase de ensaios pr-clnicos e clnicos.

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Cincias Farmacuticas

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Cincias Farmacuticas

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Medicina Dentria

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Graas aos desenvolvimentos na rea da sntese de nanomaterais e s potentes tcnicas de caracterizao nanoescala conseguimos hoje visualizar uma nanopartcula (NP) como um dispositivo de elevado potencial teraputico. A melhoria da sua efectividade teraputica requer no entanto o aprofundamento e sistematizao de conhecimentos, ainda muito incipientes, sobre toxicidade, selectividade, efeitos colaterais e sua dependncia das prprias caractersticas fsico-qumicas da NP em anlise. O presente trabalho, elegendo como alvo de estudo uma substncia considerada biocompatvel e no txica, a hidroxiapatite (Hap), pretende dar um contributo para esta rea do conhecimento. Definiram-se como metas orientadoras deste trabalho (i) estudar a sntese de nanoparticulas de Hap (Hap NP), e a modificao das caractersticas fsico-qumicas e morfolgicas das mesmas atravs da manipulao das condies de sntese; (ii) estudar a funcionalizao das Hap NP com nanoestruturas de ouro e com cido flico, para lhes conferir capacidades acrescidas de imagiologia e teraputicas, particularmente interessantes em aplicaes como o tratamento do cancro (iii) estudar a resposta celular a materiais nanomtricos, com propriedades fsico-qumicas diversificadas. No que se refere sntese de Hap NP, comparam-se dois mtodos de sntese qumica distintos, a precipitao qumica a temperatura fisiolgica (WCS) e a sntese hidrotrmica (HS), em meios aditivados com io citrato. A sntese WCS originou partculas de tamanho nanomtrico, com uma morfologia de agulha, pouco cristalinas e elevada rea superficial especifica. A sntese HS temperatura de 180C permitiu obter partculas de dimenses tambm nanomtricas mas com rea especfica inferior, com morfologia de bastonete prismtico com seco recta hexagonal e elevada cristalinidade. Com o objectivo de aprofundar o papel de algumas variveis experimentais na definio das caractersticas finais das partculas de hidroxiapatite, designadamente o papel do io citrato (Cit), variou-se a razo molar [Cit/Ca] da soluo reagente e o tempo de sntese. Demonstrou-se que o io citrato e outras espcies qumicas resultantes da sua decomposio nas condies trmicas (180C) de sntese tem um papel preponderante na velocidade de nucleao e de crescimento dessas mesmas partculas e por conseguinte nas caractersticas fsico-qumicas das mesmas. Elevadas razes [Cit/Ca] originam partculas de dimenso micromtrica cuja morfologia discutida no contexto do crescimento com agregao. Com o objectivo de avaliar a citotoxicidade in vitro das nanopartculas sintetizadas procedeu-se esterilizao das mesmas. O mtodo de esterilizao escolhido foi a autoclavagem a 121 C. Avaliou-se o impacto do processo de esterilizao nas caractersticas das partculas, verificando-se contrariamente s partculas WCS, que as partculas HS no sofrem alteraes significativas de morfologia, o que se coaduna com as condies de sntese das mesmas, que so mais severas do que as de esterilizao. As partculas WCS sofrem processos de dissoluo e recristalizao que se reflectem em alteraes significativas de morfologia. Este estudo demonstrou que a etapa de esterilizao de nanopartculas para aplicaes biomdicas, por autoclavagem, pode alterar substancialmente as propriedades das mesmas, sendo pois criticamente importante caracterizar os materiais aps esterilizao. Os estudos citotoxicolgicos para dois tipos de partculas esterilizadas (HSster e WCSster) revelaram que ambas apresentam baixa toxicidade e possuem potencial para a modelao do comportamento de clulas osteoblsticas. Tendo em vista a funcionalizao da superfcie das Hap NP para multifunes de diagnstico e terapia exploraram-se condies experimentais que viabilizassem o acoplamento de nanopartculas de ouro superfcie das nanopartculas de Hidroxiapatite (Hap-AuNP). Tirando partido da presena de grupos carboxlicos adsorvidos na superfcie das nanopartculas de Hap foi possvel precipitar partculas nanomtricas de ouro (1,5 a 2,5 nm) na superfcie das mesmas adaptando o mtodo descrito por Turkevich. No presente trabalho as nanopartculas de Hap funcionaram assim como um template redutor do ouro inico de soluo, propiciando localmente, na superfcie das prprias nanopartculas de Hap, a sua reduo a ouro metlico. A nucleao do ouro assim contextualizada pelo papel redutor das espcies qumicas adsorvidas, designadamente os grupos carboxlicos derivados de grupos citratos que presidiram sntese das prprias nanopartculas de Hap. Estudou-se tambm a funcionalizao das Hap NP com cido flico (FA), uma molcula biologicamente interessante por ser de fcil reconhecimento pelos receptores existentes em clulas cancergenas. Os resultados confirmaram a ligao do cido flico superfcie das diferentes partculas produzidas HS e Hap-AuNPs. Graas s propriedades pticas do ouro nanomtrico (efeito plasmo) avaliadas por espectroscopia vis-UV e s potencialidades de hipertermia local por converso fototrmica, as nanoestruturas Hap-AuNPs produzidas apresentam-se com elevado interesse enquanto nanodispositivos capazes de integrar funes de quimio e terapia trmica do cancro e imagiologia. O estudo da resposta celular aos diversos materiais sintetizados no presente trabalho foi alvo de anlise na tentativa de se caracterizar a toxicidade dos mesmos bem como avaliar o seu desempenho em aplicaes teraputicas. Demonstrou-se que as Hap NP no afectam a proliferao das clulas para concentraes at 500 g/ml, observando-se um aumento na expresso gentica da BMP-2 e da fosfatase alcalina. Verificou-se tambm que as Hap NP so susceptveis de internalizao por clulas osteoblsticas MG63, apresentando uma velocidade de dissoluo intracelular relativamente reduzida. A resposta celular s Hap-AuNP confirmou a no citotoxicidade destas partculas e revelou que a presena do ouro na superfcie das Hap NP aumenta a taxa proliferao celular, bem como a expresso de parmetros osteognicos. No seu conjunto os resultados sugerem que os vrios tipos de partculas sintetizadas no presente estudo apresentam tambm comportamentos interessantes para aplicaes em engenharia de tecido sseo.

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Actualmente tem sido dada uma importncia energia de origem renovvel. No entanto, o conceito de fonte de energia renovvel no significa necessariamente que essas fontes sejam renovveis, para o que seria necessrio considerar os impactos que a sua produo e utilizao tem ao nvel dos trs pilares fundamentais da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econmico. Num mundo cada vez mais insustentvel, a busca por melhorias ao nvel da eficincia energtica constitui uma prioridade. A dissertao que aqui se apresenta visa essencialmente analisar o problema que representa a produo distribuda de energia para a amplitude e forma de onda de tenso na rede de distribuio. Sendo do conhecimento dos especialistas que as cavas de tenso constituem um problema significativo, a questo das harmnicas ainda uma rea em desenvolvimento. No caso de estudo que apresentado no mbito desta dissertao, pretendeu-se analisar esta problemtica ao nvel da amplitude e forma da onda de tenso na rede de distribuio. Foi possvel tirar algumas ilaes relativas ao impacto que a microproduo a partir de fonte FV tem, atravs da utilizao do equipamento de medio adequado. Conclui-se que existe, efetivamente, uma distoro da forma de onda, distoro essa que constitui no s uma desvantagem para os consumidores de energia, visto poder causar efeitos colaterais nos seus equipamentos, mas tambm um problema de eficincia energtica, obrigando a que no futuro, e assumindo que estes sistemas vo proliferar em larga escala a nvel global, exista uma exigncia em termos de requisitos tcnicos como o aumento da seco do cabo eltrico e a respectiva ramificao da rede para a distribuio de energia que por si s, insustentvel.

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Os enormes avanos que ocorreram no tratamento de neoplasias nos ltimos anos, pelo surgimento de novos frmacos, ao nvel da radioterapia ou dos transplantes de medula ssea, fazem-se acompanhar por uma srie de efeitos colaterais, que comprometem quase todas as funes orgnicas. A prpria neoplasia pode estar na gnese destas complicaes clinicas. A toxicidade hematolgica seja neutropnia, anemia ou trombocitopenia, constitui um efeito grave que necessita de interveno imediata pelo risco que acarreta para os doentes oncolgicos. As nuseas e vmitos so um transtorno frequente da quimioterapia que particularmente desagradvel e assustador para os doentes. A sua severidade pode levar mesmo interrupo prematura do tratamento. portanto pertinente prover uma adequada terapia antiemtica baseada no potencial emetognico da quimioterapia, fatores de risco individuais e diferentes fases da emese. A diarreia uma complicao sria da quimioterapia, que pode surgir em resultado de processos imunolgicos, infeciosos ou decorrentes do prprio cancro. Esta dever ser bem gerida por forma a prevenir desequilbrios eletrolticos e desidratao que podero comprometer o tratamento. A obstipao surge por diversas causas, frequentemente como efeito adverso resultante do controlo da dor com opiceos. A inflamao das mucosas, ou mucosite, outra patologia gastrointestinal que pode ser observada em vrios locais, podendo ser muito debilitante e reduzir a qualidade de vida dos doentes. uma das responsabilidades do farmacutico dar recomendaes aos doentes quanto profilaxia da mucosite e seu tratamento. Ao nvel da doena ssea, esta surge frequentemente nalguns tipos de cancro e tratamentos, pelo que a administrao de moduladores da formao ssea poder contribuir para um aumento da sobrevida. A maioria dos doentes com tumores tambm apresenta dor durante o curso da doena, muitas vezes pela compresso de razes nervosas. A causa, tipo e a intensidade de dor pode ser diferente. importante e necessrio um diagnstico e interveno precoce.Com a presente reviso bibliogrfica pretendeu-se compilar a informao relevante existente na literatura cientfica por forma a compreender melhor o papel do farmacutico na teraputica de suporte do cancro e como este profissional poder contribuir para uma melhor qualidade de vida do doente oncolgico. Para isso necessrio que este aprofunde os seus conhecimentos ao nvel da fisiopatologia, preveno e tratamento dos frequentes efeitos colaterais.

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A presente tese composta de trs artigos sobre os impactos ao ambiente e sade coletiva da cadeia produtiva do alumnio no Brasil. O primeiro artigo versa sobreos impactos produzidos ao longo das etapas produtivas do alumnio primrio, a partir daextrao da bauxita, at a fabricao final. O texto reala e discute os processos deexternalidades ambientais, inerentes ao processo, que so responsveis pela degradaoambiental e pela produo de danos sade coletiva, como os relacionados aosacidentes de trabalho ou aqueles associados s emisses de gases do efeito estufa. Osegundo artigo faz uma discusso sobre o modelo de insero do Brasil no mercadomundial do alumnio a partir dos referenciais tericos da economia espacial e daecologia poltica. A insero do Brasil no mercado global de alumnio apresentada soba lgica da subordinao ao grande capital; uma lgica em que os territrios se adequamcomo suportes produtivos de commodities, agrcolas ou metlicas. A produo eexportao de commodities reproduz uma Diviso Internacional do Trabalho marcadapela participao submissa dos territrios produtivos, que sofrem os efeitos colaterais damodernizao, com impactos ao ambiente e sade da populao. O terceiro ederradeiro artigo, um estudo de caso sobre os impactos da minerao de bauxita nomunicpio de Itamarati de Minas, em Minas Gerais. No texto so apresentadas ascaractersticas do processo de extrao de bauxita e sua articulao aos impactosambientais e a diminuio da qualidade de vida das famlias que tradicionalmentepraticam uma pequena agricultura familiar. O artigo discute ainda, questes quecolocam em risco a sustentabilidade socioambiental da regio, como a prpria atividademineral que, alm do desflorestamento, geram impactos como a reduo da qualidadedos solos, eroso e assoreamento; e o avano da monocultura do eucalipto que nosltimos anos vm substituindo a vegetao original de reas mineradas.