896 resultados para Androgynous myth (Plato)
Resumo:
A questão deste artigo é simples: como considerar a primeira cidade que aparece no segundo livro da República de Platão e que Sócrates chama de cidade verdadeira (alethinè pólis)? Procura-se mostrar que ela deve ser tomada seriamente. Na apresentação da primeira cidade há sim uma referência à tradição mítica da "Idade do Ouro", mas Platão refere-se a ela fazendo o contraponto. O artigo indica ainda algumas possíveis conseqüências dessa interpretação.
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O objetivo deste texto é apontar os pontos de proximidade e de diferença entre as reflexões de Nietzsche e de Platão sobre o papel da arte para o autogoverno do indivíduo e a autonomia e soberania da cultura.
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Plato's attitude toward the poets and poetry has always been a flashpoint of debate, controversy and notoriety, but most scholars have failed to see their central role in the ideal cities of the Republic and the Laws, that is, Callipolis and Magnesia. In this paper, I argue that in neither dialogue does Plato "exile" the poets, but, instead, believes they must, like all citizens, exercise the expertise proper to their profession, allowing them the right to become full-fledged participants in the productive class. Moreover, attention to certain details reveals that Plato harnesses both positive and negative factors in poetry to bring his ideal cities closer to a practical realization. The status of the poet and his craft in this context has rarely to my knowledge been addressed.
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Ao final do diálogo Crátilo de Platão, deparamo-nos com a constatação de que os nomes não seriam capazes de dizer a essência das coisas, o que parece pôr em xeque a tarefa da filosofia pensada como atividade de busca do conhecimento presidida pelo lógos. O presente artigo pretende mostrar que é possível entrever, a partir da própria construção dos elementos que compõem o diálogo, sobretudo em sua dimensão dramática, indicações de que a linguagem não é destituída de seu papel de viabilizar o conhecimento.
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O presente artigo faz uma crítica da interpretação da filosofia de Platão compreendida como dualista e, a partir do texto dos diálogos, defende que ela deve ser reconhecida como triádica, ao identificar relações de mediação entre os diversos elementos que constituem a realidade.
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A censura que Platão faz à poesia na República apresenta dois ângulos que serão investigados neste texto: de um lado, a relação com a mímesis, considerada como necessária para o conhecimento pela via da phantasía; de outro, a relação do gênero epithymético da alma, com a crítica mais específica exposta no livro X.
Resumo:
No passo 245c do Fedro de Platão, no contexto do segundo discurso de Sócrates (no qual ele compõe sua palinodia dirigida a Eros), o filósofo chama atenção para a importância de "se tornar explícita a natureza da alma, dos seus estados e atos, assim como indagar se esta natureza é humana ou divina". Pretendo mostrar que Platão, nesse diálogo, tenta fundamentar a natureza mista da alma: em parte racional em parte passional. Essa ambiguidade constitutiva mostra-se diretamente correlacionada àquelas referentes às formas de Amor, Loucura e Retórica abordadas ao longo do diálogo, à medida que estas podem ser tanto perniciosas quanto prodigiosas, a depender do modo como se as conduz. Nessa perspectiva, meu propósito é defender a presença, na filosofia pensada por Platão, de elementos passionais imprescindíveis ao sucesso de sua atividade, cabendo ao filósofo alcançar, por meio de uma formação apropriada, a maestria para reverter aquilo que pode mergulhá-lo na ignorância e, consequentemente, na escravidão e na infelicidade, naquilo que justamente irá conduzi-lo na direção oposta: a do amor à Sabedoria.
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É incontestável a presença das matemáticas nos diálogos de Platão, todavia o alcance e o sentido desta presença é matéria de controvérsia entre os especialistas. Alguns acreditam que os temas matemáticos empregados nos diálogos são fantasias matemáticas, outros defendem baseados, sobretudo no testemunho de Aristóteles, que Platão teria substituído na sua hipótese as formas inteligíveis pelos números ideais. Sem tomar partido de antemão nestas querelas, o que propomos aqui é uma investigação acerca da natureza dos números fundamentada exclusivamente nos textos de Platão, particularmente orientada por uma passagem do livro VII do diálogo República(525 b11- c3), em que Sócrates diz o seguinte: "Seria, portanto, conveniente colocar este estudo, ò Glaucon, dentro de uma legislação e persuadir aqueles que vão participar das grandes coisas na cidade a irem ao cálculo e a aplicarem-se a ele, não nos seus afazeres privados, mas até chegarem à contemplação da natureza dos números através da própria intelecção (...)".
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Gyges foi o primeiro tirano a reinar na Lídia pela casa dos Mermenadae por volta do séc. VII a. C. Ele foi também o primeiro grande bárbaro com o qual os gregos estabeleceram contato. Seu caráter complexo fez com que se desenvolvessem diversas histórias a seu respeito, sendo a mais famosa aquela que conta a maneira como ele chegou ao poder. Sua fama percorreu o mundo grego e influenciou a poesia lírica de sua época e, posteriormente, a história, a filosofia e a retórica, principalmente no que diz respeito ao seu poder e riqueza. Em Platão, Gyges aparece ligado à narrativa de Glaúcon no Livro II da República (359b-360b), onde este conta os feitos daquele para se tornar o soberano da Lídia. No entanto, uma dificuldade na passagem 359d faz com a identificação direta de Gyges com a narrativa seja prejudicada. Pretendemos através deste trabalho apresentar algumas propostas para a passagem, utilizando-se para isso não só do texto de Platão como das fontes líricas e históricas anteriores a ele.
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Nossa leitura da Carta Sétima parte do pressuposto segundo o qual o filosofar instaura-se sobre um exercício dialético incessante entre fenomenologia e hermenêutica do real. Objetivamos aqui, por um lado, justificar a atualidade e a pertinência da hermenêutica filosófica bem como sua apropriada aplicação aos textos filosóficos e, por outro, elucidar o que julgamos ser o cerne da carta em questão, ou seja, indicar traços fundamentais da verdadeira filosofia e, portanto, dos verdadeiros filósofos segundo nossa leitura do escrito de Platão. Nossa reflexão, em seu conjunto, pretende configurar uma espécie de resposta à carta de Platão, apontando, assim, nossa posição sobre o exercício filosófico atual. Articularemos nosso propósito sobre dois momentos interconectados entre si: iniciaremos elucidando alguns pressupostos hermenêuticos de leitura do texto platônico com o escopo de explicitar nossos elogios à verdadeira filosofia.
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In March 2010, Chinese State Councillor, Dai Bingguo, in a private meeting with US Deputy Secretary of State, James Steinberg, allegedly referred to the South China Sea (SCS) as one of the country’s ‘core interests’, a term normally only used to refer to regions like Taiwan, Tibet and Xinjiang upon whose sovereignty Beijing will make no compromises. This alleged wording by Mr Dai caused a strong global reaction, with many countries around the world expressing a fear that China, on the back of its rise to the status of the world's second largest economic power, was now about to implement a more assertive foreign policy more in keeping with its new status of global superpower. As the use of the term ‘core interest’ took place in a private meeting and appears to have been subsequently leaked, it is impossible to prove what was said or meant, yet in 2011, with China and the US continuing to eye each other with suspicion, the adverse repercussions of people trying to deduce what was meant are undeniable. By analysing the views of experts and the evolution or otherwise of Chinese rhetoric and policy towards the SCS, this thesis will show how the alleged use of a term in a private meeting can have consequences that far exceed what was originally intended. It will also show that it is highly unlikely that China’s maritime policy is becoming more assertive as, at China's present stage of social and economic development, it simply cannot afford the ill will and adverse consequences that would result from an act of international aggression. It will show how easy it seems to be for a country like the US to project a misleading image of another country’s intentions, which can in turn serve partially to mask its own intentions. Finally, it will show that the China’s stance on the SCS is starting to be seen by the world as a litmus test for the assertiveness of overall Chinese foreign policy.
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Considerable evidence suggests that nitroxidergic mechanisms in the nucleus tractus solitarii (NTS) participate in cardiovascular reflex control. Much of that evidence, being based on responses to nitric oxide precursors or inhibitors of nitric oxide synthesis, has been indirect and circumstantial. We sought to directly determine cardiovascular responses to nitric oxide donors microinjected into the NTS and to determine if traditional receptor mechanisms might account for responses to certain of these donors in the central nervous system. Anesthetized adult Sprague Dawley rats that were instrumented for recording arterial pressure and heart rate were used in the physiological studies. Microinjection of nitric oxide itself into the NTS did not produce any cardiovascular responses and injection of sodium nitroprusside elicited minimal depressor responses. The S-nitrosothiols, S-nitrosoglutathione (GSNO), S-nitrosoacetylpenicillamine (SNAP), and S-nitroso-D-cysteine (D-SNC) produced no significant cardiovascular responses while injection of S-nitroso-L-cysteine (L-SNC) elicited brisk, dose-dependent depressor and bradycardic responses. In contrast, injection of glyceryl trinitrate elicited minimal pressor responses without associated changes in heart rate. It is unlikely that the responses to L-SNC were dependent on release of nitric oxide in that 1) the responses were not affected by injection of oxyhemoglobin or an inhibitor of nitric oxide synthesis prior to injection of L-SNC and 2) L- and D-SNC released identical amounts of nitric oxide when exposed to brain tissue homogenates. Although GSNO did not independently affect blood pressure, its injection attenuated responses to subsequent injection of L-SNC. Furthermore, radioligand binding studies suggested that in rat brain synaptosomes there is a saturable binding site for GSNO that is displaced from that site by L-SNC. The studies suggest that S-nitrosocysteine, not nitric oxide, may be an interneuronal messenger for cardiovascular neurons in the NTS
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O Pensamento de Platão tem o encanto das estátuas de Dédalo: esvai-se pelos meandros do discurso, tão logo se pretenda travar com ele uma relação de domínio. A sua correta interpretação exige que se assuma a Polis como o lugar natural no qual emerge, como a limitação que ele se propõe superar remontando à Fysis e ao Ser. Fazê-lo importa em captar o movimento que lhe é próprio, partindo da questão sobre o ente e visualizando a resposta como o enunciado de sua essência, isto é, do eidos, e de seu fundamento, isto é, do Bem como nome próprio do Ser. Determinando o ente em sua essência, o eidos é a medida de toda a adequação, da episteme à Polis.