Peri physeos psyches: sobre a natureza da alma no Fedro de Platão


Autoria(s): Montenegro,Maria Aparecida de Paiva
Data(s)

01/12/2010

Resumo

No passo 245c do Fedro de Platão, no contexto do segundo discurso de Sócrates (no qual ele compõe sua palinodia dirigida a Eros), o filósofo chama atenção para a importância de "se tornar explícita a natureza da alma, dos seus estados e atos, assim como indagar se esta natureza é humana ou divina". Pretendo mostrar que Platão, nesse diálogo, tenta fundamentar a natureza mista da alma: em parte racional em parte passional. Essa ambiguidade constitutiva mostra-se diretamente correlacionada àquelas referentes às formas de Amor, Loucura e Retórica abordadas ao longo do diálogo, à medida que estas podem ser tanto perniciosas quanto prodigiosas, a depender do modo como se as conduz. Nessa perspectiva, meu propósito é defender a presença, na filosofia pensada por Platão, de elementos passionais imprescindíveis ao sucesso de sua atividade, cabendo ao filósofo alcançar, por meio de uma formação apropriada, a maestria para reverter aquilo que pode mergulhá-lo na ignorância e, consequentemente, na escravidão e na infelicidade, naquilo que justamente irá conduzi-lo na direção oposta: a do amor à Sabedoria.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2010000200007

Idioma(s)

pt

Publicador

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG

Fonte

Kriterion: Revista de Filosofia v.51 n.122 2010

Palavras-Chave #Platão #Fedro #physis #psyche
Tipo

journal article