903 resultados para Actor-Network Theory (ANT)
Resumo:
The themed section “Nonhuman Empires” contributes to a critique of anthropocentrism in the field of imperial history. It reveals the variety of ways in which the historical trajectories of nonhuman animals and empires both intersected and informed one another. Beyond merely rehabilitating nonhuman themes in conversations about imperial history, it provides a platform for rethinking both nonhumans and empires as they are envisioned conventionally in the historiography. This introductory article begins by situating this special section as a conversation between science studies and animal studies, on the one hand, and the historiography of empires, on the other. It then suggests ways to reconceptualize agency, subjects, nonhumans, and empire by combining certain shared concerns of subaltern studies and actor-network theory. Finally, it emphasizes the need to integrate postcolonial critiques with emerging scholarship about the posthuman.
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Esta tese trata da formação de uma política pública dentro do novo contexto no qual o espaço público brasileiro é organizado no final do século XX, início do século XIX. Para tanto, é analisada a formação da política de erradicação do trabalho infantil, um problema que adentrou a agenda pública mobilizando as forças de atores pertencentes ao Estado, ao mercado e a sociedade nesse espaço público em transformação. Seu objetivo é analisar a formação dessa política a partir de uma perspectiva processual na qual atores situados ordenam uma rede para a sua materialização. Esta pesquisa se fundamenta na Actor-Network Theory e no método interpretativo, com base na hermenêutica, para analisar essa rede de política em formação, como um discurso em ação, através da análise crítica de discurso. Como resultado, conclui-se que a política de erradicação do trabalho infantil no Brasil foi formada através das estratégias discursivas de integração, responsabilização e enfrentamento, dando continuidade ao seu processo de ordenação a partir do indicativo da intersetorialidade.
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Alinhamento Estratégico entre Negócio e Tecnologia de Informação (TI) é um fenômeno complexo, estudado intensivamente há muitos anos. As diversas pesquisas desenvolvidas têm contribuído em grande medida para a evolução do conhecimento sobre o tema. Porém, estudos sinalizam que ainda existem aspectos a explorar e apontam a Teoria Ator-Rede como uma alternativa para abordar o tema Alinhamento. Esta dissertação apresenta a perspectiva teórica da Teoria Ator-Rede; e do ponto de vista empírico, à luz desta perspectiva, estuda o processo pelo qual a utilização da Internet tornou-se uma realidade para um banco brasileiro e evoluiu de 1995 a 2005, neste banco. Também discute os benefícios e contribuições da adoção desta perspectiva teórica no contexto do tema Alinhamento Estratégico entre Negócio e TI. O estudo (1) sinaliza que diversos atores estiveram envolvidos com a incorporação da Internet pelo banco e estão envolvidos com a sua manutenção como uma tecnologia importante para a instituição; várias estratégias foram, e são, adotadas para sustentar esta situação; e (2) sugere que a Teoria Ator-Rede oferece uma visão diferente de ¿alinhamento¿, daquela atribuída ao pensamento tradicional de gestão, e sua perspectiva de análise de fatos representa uma ferramenta para os gestores que buscam o Alinhamento.
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Argumenta-se na contemporaneidade que o trabalho adquiriu a possibilidade de ser realizado “a qualquer hora e em qualquer lugar” e que, particularmente, pode ser realizado em movimento, enquanto a pessoa que trabalha desloca-se de um lugar a outro. Este estudo investiga esse último, o trabalho móvel; em especial, aquele que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação e realizado enquanto a pessoa que trabalha desloca-se por meio do sistema de transporte aéreo. Este projeto explora, especificamente, o desempenho de espaço-tempos de trabalho em terminais de aeroportos e em aviões. Para tanto, adota a abordagem teórico-metodológica Teoria Ator-Rede que considera o social um movimento de associações entre elementos heterogêneos e os espaço-tempos, incluindo aqueles de trabalho, efeitos de modos como humanos e não humanos relacionam-se entre si. A estratégia metodológica envolveu uma combinação de observação de campo, auto-observação e entrevistas com pessoas que vivem a experiência do trabalho móvel. A coleta de dados compreendeu: (a) horas de observação de pessoas e situações, em alguns terminais de aeroportos no Brasil e em voos entre a cidade de São Paulo e outras capitais do país, e (b) entrevistas semiestruturadas com pessoas que, com certa frequência, deslocam-se para trabalhar por meio do sistema de transporte aéreo. Como resultado, este estudo contribui para as análises sobre o fenômeno do trabalho móvel, realizado em aeroportos e aviões, e destaca: os atores envolvidos, bem como os agentes que levam esses atores a agir; a quantidade de objetos ativos na manifestação do fenômeno; e as controvérsias envolvidas com o tema. Além disso, aponta elementos empíricos (i) que revelam lugares em que os fenômenos de trabalho móvel se manifestam esporadicamente, de modo disperso, como “bolhas”, e (ii) que se contrapõem à ideia que é possível trabalhar “a qualquer hora e em qualquer lugar”. As contribuições deste estudo ecoam resultados de pesquisas desenvolvidas sobre trabalho móvel, assim como apresentam particularidades, como a metáfora da bolha, amplificações de aspectos pouco presentes nos textos sobre o tema e elementos peculiares do trabalho móvel investigado no espaço-tempo da pesquisa
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As escolas de samba são organizações peculiares do Brasil e têm sido foco de análise da sociologia e da antropologia há décadas. Nos Estudos Organizacionais muito pouco foi explorado a respeito dessa forma de organização e suas práticas organizativas para a produção de um desfile carnavalesco. Estudar esse universo pode contribuir para compreendermos como uma organização popular desempenha práticas de organizar capazes de produzir o macro-ator escola de samba, responsável pelos desfiles que fizeram o carnaval brasileiro ser conhecido mundialmente. É nesse sentido que o objetivo desta tese é investigar e analisar as práticas organizativas da produção do desfile de uma escola de samba do grupo especial da cidade de São Paulo. Para tanto, tomei como referência o trabalho do setor de harmonia da agremiação, cujas atividades são centrais no processo de produção do desfile. A tese está alinhada com o movimento na área de Estudos Organizacionais em direção ao estudo das práticas, o qual parte da idéia de que os fenômenos que se desdobram na realidade são conseqüência de práticas locais e acontecem por meio delas e de arranjos materiais nos quais humanos e não-humanos estão engajados na sua constituição. Tendo em vista essas noções, utilizei a Teoria Ator-Rede, uma abordagem que fornece um repertório analítico capaz de ajudar a entender o processo da ordenação social como efeito de uma rede heterogênea de elementos, na qual diversos e contraditórios interesses são negociados e uma estabilidade temporária alcançada. O trabalho de campo, desenvolvido com base em alguns princípios etnográficos, foi realizado junto ao setor de harmonia da escola de samba Vai-Vai. Durante a pesquisa eu fiz observações, entrevistas e reuni uma série de documentos referentes ao processo de produção do desfile. Tomando como ponto de partida minha relação com os sujeitos da pesquisa, analisei as transformações na minha identidade ao longo da pesquisa e as implicações disso para o trabalho. Ao seguir os atores e suas práticas organizativas pude identificar os principais espaços e arranjos materiais nos quais essas práticas se desdobram e o conjunto de controvérsias que se estabelece em torno dos diversos interesses envolvidos. Em cada um dos espaços (re)tracei os elementos da rede-de-atores e mostrei como as práticas organizativas coexistem com processos de desorganização. Essa se apresentou uma característica marcante das práticas de produção do desfile. Discuto na tese que as práticas organizativas ocorrem por meio de processos de translação entre os harmonias e vários outros atores humanos e não-humanos. Mostro ainda como as fronteiras de uma escola de samba são fluidas e as dicotomias comumente usadas para analisá-las ocultam uma forma de organização heterogênea. Concluo que as práticas organizativas são compostas por uma série de atores (humanos e não-humanos) que transladam seus interesses e contínuos esforços são realizados para estabilizar a rede-de-atores em constante estado de (re)constituição. Na conclusão destaco também que os elementos não-humanos são agentes ativos nas práticas organizativas e da pesquisa de campo e deveríamos atentar um pouco mais para sua presença.
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A Lan House, surgida no Brasil como um meio de entretenimento para os jovens, se tornou, em um curto espaço de tempo, uma febre nas periferias das grandes cidades brasileiras. Essa disseminação se deu, principalmente, após o programa “Computador para Todos” lançado pelo Governo Federal a título de política pública de inclusão digital. Assim, as Lan Houses se constituíram em uma oportunidade de acesso ao computador e à Internet para aqueles que não teriam ingresso à rede se não fosse a existência desse tipo de instituição comercial (CDI, 2010), sendo a segunda principal provedora de acesso público às TIC no país (CETIC, 2010). Diante desse cenário, este estudo se propõe a descrever a trajetória na implantação das Lan Houses no Brasil, sob a ótica da Teoria Ator-Rede, identificando os atores relevantes na formação de uma rede sociotécnica, por meio do método de estudo de caso único realizado no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo. O trabalho apresenta, ainda, o modelo heurístico de inclusão digital para avaliar se este tipo de estabelecimento apresenta fatores relevantes para fomentar a inclusão digital. O resultado desta análise revela que as Lan Houses não são um agente de inclusão digital, apesar de sua relevância para as regiões com menores índices de renda e, por conseguinte, restritas ao uso de computadores e Internet, como o bairro Jardim Catarina.
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A informatização da Justiça brasileira é um processo em andamento cujo início remonta à década de 1970. Seu último estágio de desenvolvimento, o processo eletrônico, está sendo implantado desde o início do milênio, sem que haja um prazo previsto para sua conclusão. Em 2009, o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu que todos novos processos a partir de 2014 seriam em meio eletrônico. Porém, esta meta está longe de ser alcançada, conforme comprovam os dados do Relatório Justiça em Números. O objetivo deste trabalho foi entender a contribuição do sistema Projudi para o processo de informatização do Poder Judiciário brasileiro. Para isso foram investigadas as trajetórias do sistema sob a ótica da Teoria Ator-Rede e os movimentos que propiciaram as trajetórias encontradas. As trajetórias do Projudi foram divididas em três grandes etapas: de Campina Grande a João Pessoa, de João Pessoa a Brasília e de Brasília para o Brasil. Cada uma das duas primeiras etapas foi dividida em três fases. Já a terceira etapa foi contada a partir de três casos de implantação do Projudi em tribunais estaduais: Roraima, Minas Gerais e Bahia. Essas trajetórias foram analisadas sob a ótica da Teoria Ator-Rede, com o auxílio de gráficos temporais, de rede e de coesão. A conclusão apresenta pontos importantes das trajetórias estudas e recomendações que podem ser seguidas no processo de informatização do Poder Judiciário brasileiro.
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As instituições financeiras brasileiras, desde 1995, utilizam intensamente a Internet em benefício de seus negócios. Neste relatório apresentamos os resultados do trabalho de exploração do processo pelo qual a utilização da tecnologia da Internet tornou-se uma realidade para um banco brasileiro e sua evolução nesta instituição; examinando o processo à luz de uma perspectiva teórica não-difusionista, a abordagem da Teoria Ator-Rede. Identificou-se que diversos atores estiveram envolvidos com a incorporação da Internet pelo banco e estão envolvidos com a sua manutenção como uma tecnologia importante para a instituição; e várias estratégias foram, e são, adotadas para sustentar esta situação.
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Esta dissertação se propõe a cartografar as redes sociotécnicas do design no campo do management nos moldes propostos pela Teoria Ator-Rede e apresentar o processo de translação pelo qual passou o termo ao adentrar no campo. Para tal, levantou e analisou artigos publicados sobre o tema nos principais periódicos da área de organizações e publicações. Estes textos demonstram como, nas últimas décadas, o design tem passado por uma expansão de sentido e aplicação na direção do management (ou do management no sentido do design), através das abordagens denominadas design thinking, design science ou design process. A pesquisa se justifica, uma vez que este assunto está presente nos principais periódicos do management e dos estudos organizacionais, como uma importante ferramenta para solução de problemas que desafiam os sistemas organizacionais, como: a mudança, o empreendedorismo e a inovação (Stephens & Boland, 2014). É importante destacar que o design tem sido cada vez mais considerado uma atividade decisiva na batalha econômica (Callon, 1986), na determinação dos atuais estilos de vida (lifestyle) e na construção de nosso mundo futuro. No campo dos estudos organizacionais, como demonstrou esta pesquisa, o design surge como uma abordagem que supera a dicotomia entre positivismo e a abordagem crítica na teoria organizacional (Jelinek, Romme & Boland, 2008). Por fim, esta dissertação se ateve à cartografia das redes sociotécnicas e à descrição das quatro principais fases do processo de translação do design no campo do management, a saber: (a) problematização, marcada pela publicação de The Sciences of Artificial em 1969 de Herbert A. Simon, no qual, ele argumenta pelo design como uma habilidade básica para todas as especialidades profissionais, incluindo a gestão (Simon, 1996), (b) interessamento, designers defendendo um design de sistemas complexos como as organizações, (c) engajamento, designers e teóricos das organizações juntos pelo design no management como uma alternativa para a superação da dicotomia entre positivismo e os estudos críticos na administração, e, (d) mobilização, na qual os teóricos das organizações partem em defesa do design no management como um forma de dar conta de modelos organizacionais contemporâneos com fronteiras mais permeáveis e em constante reformulação
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Over the last few years, Business Process Management (BPM) has achieved increasing popularity and dissemination. An analysis of the underlying assumptions of BPM shows that it pursues two apparently contradicting goals: on the one hand it aims at formalising work practices into business process models; on the other hand, it intends to confer flexibility to the organization - i.e. to maintain its ability to respond to new and unforeseen situations. This paper analyses the relationship between formalisation and flexibility in business process modelling by means of an empirical case study of a BPM project in an aircraft maintenance company. A qualitative approach is adopted based on the Actor-Network Theory. The paper offers two major contributions: (a) it illustrates the sociotechnical complexity involved in BPM initiatives; (b) it points towards a multidimensional understanding of the relation between formalization and flexibility in BPM projects.
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Negotiating boundaries: from state of affairs to matter of transit. The research deals with the everyday management of spatial uncertainty, starting with the wider historical question of terrains vagues (a French term for wastelands, dismantled areas and peripheral city voids, or interstitial spaces) and focusing later on a particular case study. The choice intended to privilege a small place (a mouth of a lagoon which crosses a beach), with ordinary features, instead of the esthetical “vague terrains”, often witnessed through artistic media or architectural reflections. This place offered the chance to explore a particular dimension of indeterminacy, mostly related with a certain kind of phenomenal instability of its limits, the hybrid character of its cultural status (neither natural, nor artificial) and its crossover position as a transitional space, between different tendencies and activities. The first theoretical part of the research develops a semiotic of vagueness, by taking under exam the structuralist idea of relation, in order to approach an interpretive notion of continuity and indeterminacy. This exploration highlights the key feature of actantial network distribution, which provides a bridge with the second methodological parts, dedicated to a “tuning” of the tools for the analysis. This section establishes a dialogue with current social sciences (like Actor-Network Theory, Situated action and Distributed Cognition), in order to define some observational methods for the documentation of social practices, which could be comprised in a semiotic ethnography framework. The last part, finally, focuses on the mediation and negotiation by which human actors are interacting with the varying conditions of the chosen environment, looking at people’s movements through space, their embodied dealings with the boundaries and the use of spatial artefacts as framing infrastructure of the site.
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The candidate tackled an important issue in contemporary management: the role of CSR and Sustainability. The research proposal focused on a longitudinal and inductive research, directed to specify the evolution of CSR and contribute to the new institutional theory, in particular institutional work framework, and to the relation between institutions and discourse analysis. The documental analysis covers all the evolution of CSR, focusing also on a number of important networks and associations. Some of the methodologies employed in the thesis have been employed as a consequence of data analysis, in a truly inductive research process. The thesis is composed by two section. The first section mainly describes the research process and the analyses results. The candidates employed several research methods: a longitudinal content analysis of documents, a vocabulary research with statistical metrics as cluster analysis and factor analysis, a rhetorical analysis of justifications. The second section puts in relation the analysis results with theoretical frameworks and contributions. The candidate confronted with several frameworks: Actor-Network-Theory, Institutional work and Boundary Work, Institutional Logic. Chapters are focused on different issues: a historical reconstruction of CSR; a reflection about symbolic adoption of recurrent labels; two case studies of Italian networks, in order to confront institutional and boundary works; a theoretical model of institutional change based on contradiction and institutional complexity; the application of the model to CSR and Sustainability, proposing Sustainability as a possible institutional logic.
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The last decades have been fruitful in reforms in public sector accounting across the world, namely moving from cash-based into accrual-based regimes. In this process of bringing public sector accounting close to business accounting, International Public Sector Accounting Standards (IPSASs) have been developed and adopted in several countries. In the EU context, public sector harmonization among member-States is currently being considered, namely via the development of European Public Sector Accounting Standards (EPSASs). Both IPSASs and EPSASs are understood as, among other things, important to contribute for a more informative and transparent financial reporting of public sector entities and governments. Moreover they are expected to approximate public sector accounting and the National Accounts, hence allowing for more reliable information to monitor fiscal discipline among EU countries. The Iberian countries, after using accrual accounting in the public sector for more than twenty years (Spain from middle 1980s and Portugal from 1990s), have acknowledged the need to embark in an international harmonization process adopting IPSASs, particularly after the adoption of IFRSs in the business sector, which was creating some difficulties for consolidated accounts. Spain has passed the Chart of Accounts for the Public Sector through the Order EHA/1037/2010, which is adapted to IPSASs; Portugal has just passed Law-decree 192/2015, September 11, and is expecting to start implementation in 2017. In both countries a central role in this reform has been assumed by the national standard-setters for public sector accounting. Based on the “Actor Network Theory” to help understanding how and why organizations interact and how this interaction could have an impact on their choice of accounting policies, this paper aims to analyse, from the Iberian public sector accounting standard-setters perspective, how the adoption/adaptation of IPSASs has been considered and developed in these countries. Research questions to be considered are the following, which will be asked in interviews to the members of the standard-setting committees in both Portugal and Spain: • What were the driving forces leading to the decision to adopt and implement IPSASs? • Which other governmental bodies’ experiences, if any, were considered in the adoption of IPSASs? • What specific steps were/are being undertaken to prepare for the conversion from the existing system to IPSASs? • What were/are the institutional challenges faced/expected to face? • What assistance have been received from IFAC and/or IPSASB, or from other sources, if any, throughout the adoption/implementation? • How can the success of the adoption/implementation be characterised? • What benefits can/have the government derive/derived from the adoption and implementation of IPSASs? The paper is expected to contribute to the understanding of the issues underlying the process of embarking in public sector accounting reforms towards IPSASs.
Dando ouvidos aos dispositivos: como resolver controvérsias em um debate sobre cidades inteligentes?
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Neste breve artigo, procuro analisar um workshop de pesquisa sobre o tema das “Cidades Inteligentes”, ou smart cities, no qual estive presente. Nessa análise, mostro como os conceitos de “cidade inteligente” e “big data” são construídos de modo distinto pelos dois grupos de pessoas presentes no evento, que classifico como “otimizadores” e “reguladores”. Essas diferentes formas de se enxergar os dispositivos em questão levam a uma série de controvérsias. Em um primeiro momento, procuro enquadrar o modo como algumas das controvérsias aparecem dentro do marco teórico da Construção Social da Tecnologia (SCOT). Posteriormente, pretendo mostrar que as controvérsias que apareceram ao longo do evento não foram solucionadas – e dificilmente serão, num futuro próximo – enquanto não se optar por um modelo analítico tal como a Teoria Ator-Rede, que dá ouvidos para um grupo ignorado naquelas discussões: os dispositivos empregados na construção do conceito de “Cidade Inteligente”.