979 resultados para Citocinas Teses


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O uso de primers autocondicionantes tem sido proposto como uma alternativa para a reduo de passos clnicos. O objetivo deste estudo clnico aleatrio e controlado foi avaliar a performance de um sistema autocondicionante (Transbond Plus Self-Etching Primer, 3M Unitek - SEP) comparado a um sistema multipasso convencional (Transbond XT, 3M Unitek - TBXT) de colagem ortodntica, durante um perodo de 12 meses. Vinte e oito pacientes participaram deste estudo, sendo estes alocados aos grupos SEP ou TBXT de forma aleatria, atravs de randomizao em bloco. Um total de 548 brquetes metlicos (Micro-Arch, prescrio Alexander, GAC International, Bohemia, NY) foram colados com uso da pasta adesiva Transbond XT (3M Unitek), sendo todos os produtos manuseados de acordo com as recomendaes dos fabricantes. Foram totalizados 276 brquetes no grupo controle e 272 no segundo. Curvas de sobrevivncia Kaplan-Meier e o teste log-rank (p<0,05) foram utilizados para comparar o percentual de falhas adesivas para as duas tcnicas. Ao final do perodo foram verificadas trinta e duas falhas adesivas (brquetes descolados), sendo 19 (6,98%) falhas quando utilizado o primer autocondicionante (SEP) e 13 (4,71%) quando usado o primer convencional (TBXT). No houve diferena significante entre a sobrevivncia dos brquetes entre os dois grupos avaliados (log-rank test, p=0,311). Quando a influncia de gnero do paciente, arco dentrio e tipo dentrio (anterior ou posterior) foram analisados, somente o tipo dentrio foi achado significante. Brquetes de dentes posteriores apresentaram uma maior probabilidade de falha adesiva que os colados em dentes anteriores (p=0,013) Os autores concluem que o primer autocondicionante pode ser utilizado para colagem direta de brquetes ortodnticos sem que sua sobrevivncia clnica seja afetada.

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O gnero Pterodon pertence famlia das Papilonaceas e inclui cinco espcies nativas do Brasil: P. pubescens Benth., P. emarginatus Vog., P. apparicioi Pedersoli e P. abruptus Benth., sendo a espcie objeto deste estudo a P. polygalaeflorus Benth.. Seus frutos so livremente comercializados em mercados da flora medicinal e utilizados pela medicina popular devido a propriedades anti-reumtica, analgsica, antiinflamatria, dentre outros efeitos associados a esses frutos. O principal uso popular est relacionado ao efeito antiartrtico que parece se encontrar na frao oleosa do fruto. O objetivo deste trabalho foi avaliar o extrato etanlico de Pterodon polygalaeflorus (EEPpg) quanto ao seu potencial antiinflamatrio crnico atravs do modelo de artrite induzida por colgeno (CIA) e seu efeito sobre os linfcitos in vitro, bem como sobre a expanso de clulas MAC-1+ induzida por adjuvante completo de Freund (AFC). A caracterizao qumica do EEPpg foi realizada por cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia lquida de alta performance (HPLC) e cromatografia gasosa acoplada a espectrmetro de massa (GC-MS), atravs dos quais uma gama de compostos, incluindo terpenides de polaridades variadas e flavonides, foram observados. No modelo de CIA, o EEPpg reduziu significativamente parmetros associados ao desenvolvimento e progresso da doena e severidade da doena , inibindo em at 99% o seu desenvolvimento e levando a ausncia de sinais clnicos evidentes aps tratamento com as menores doses do extrato (0,01 mg/kg e 0,001 mg/kg). O tratamento com EEPpg tambm reduziu caractersticas histopatolgicas tpicas de articulaes de animais com CIA, que tambm so observadas na artrite reumatide. O EEPpg reduziu significativamente o peso dos linfonodos dos camundongos, bem como o nmero absoluto de segmentados, moncitos e linfcitos no sangue. In vitro, O EEPpg mostrou uma atividade anti-proliferativa dos esplencitos estimulados com concanavalina A (Con A) ou lipopolissacardeo (LPS) analisada atravs do ensaio de reduo do sal de tetrazlio MTT, corroborada pelo seu efeito sobre o ciclo celular de linfcitos estimulados com Con A, onde o EEPpg nas concentraes de 5, 10 e 20 &#956;g/mL reduziu significativamente, de maneira concentrao-dependente, o nmero de clulas nas fases S+G2/M e aumentou na fase G0/G1 do ciclo celular. O efeito anti-proliferativo do EEPpg parece tambm estar associado ao aumento da apoptose dos linfcitos aps estimulao com Con A, com aumento estatisticamente significativo no percentual de clulas mortas por apoptose nas maiores concentraes . O EEPpg inibiu a expanso de clulas Mac-1+ induzida por AFC no bao, porm no no peritnio. Esse resultado sugere um efeito inibidor do EEPpg sobre a migrao celular para as articulaes artrticas. Esses resultados contribuem para a validao do uso popular de P. polygalaeflorus contra doenas relacionadas a processos inflamatrios e imunes, sobretudo na artrite reumatide, antes nunca demonstrado.

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No Brasil, a contaminao do solo por derramamentos de combustveis representa um dos mais graves problemas ambientais e o impacto da introduo de novas misturas como diesel/biodiesel na matriz energtica requer investigao quanto a tecnologias apropriadas de remediao. O presente estudo teve por objetivo avaliar diferentes estratgias de biorremediao no tratamento de solo contaminado experimentalmente com leo diesel B5. Foram conduzidos trs experimentos. No primeiro, quatro microcosmos em duplicata, contendo 500 g de solo e 5% (p/p) de leo diesel B5, todos suplementados com oxignio atravs de revolvimento manual e com ajuste de umidade, tiveram como tratamentos: bioestmulo com ajuste de pH (BE1); bioestmulo com ajuste de pH e nutrientes (BE2); bioaumento com ajuste de pH, nutrientes e adio de consrcio microbiano comercial KMA (BAM) e; controle abitico, com ajuste de pH e solo esterilizado em autoclave (PA). Paralelamente, foi conduzido tratamento por bioaumento com ajuste de pH e nutrientes, suplementao de oxignio e consrcio KMA, em solo contaminado apenas por diesel a 5% (BAD). A populao microbiana foi monitorada atravs da contagem de UFC e os tratamentos, avaliados pela remoo de carbono orgnico e de hidrocarbonetos de petrleo (n-alcanos C10-C36). No segundo experimento, o metabolismo microbiano aerbio foi avaliado atravs da produo de CO2 em respirmetros de Bartha (triplicatas), em solo contaminado com 5% (p/p) de leo diesel B5, ajustado para pH e umidade, nas seguintes condies: solo com adio do consrcio KMA; solo com adio de cultura microbiana obtida a partir de outro solo proveniente de um posto de combustvel com histrico de vazamento de tanques (RES) e; solo esterilizado por adio de azida de sdio a 0,3% (p/p). Como controle, solo sem contaminao, com sua populao microbiana autctone. No terceiro experimento, a capacidade da microbiota autctone (EX), assim como do consrcio KMA e da cultura RES, em biodegradar leo diesel B5, diesel e biodiesel de soja foi testada atravs do uso de indicadores de oxirreduo DCPIP e TTC. Os experimentos em microcosmos indicam que houve uma complementaridade metablica entre a populao nativa e o consrcio comercial de microorganismos KMA, cuja presena promoveu um decaimento mais rpido de n-alcanos nas primeiras semanas do experimento. No entanto, aps 63 dias de experimento, os tratamentos BAM, BAD e BE2 apresentaram, respectivamente, em mdia, 92,7%, 89,4% e 81,7% de remoo dos hidrocarbonetos n-alcanos C10-C36, sendo tais diferenas, sem significncia estatstica. Nos respirmetros, o bioaumento com cultura microbiana RES apresentou a maior produo de CO2 e a maior remoo de hidrocarbonetos (46,2%) aps 29 dias. Tanto nos ensaios em microcosmos quanto nos respiromtricos, no foi possvel estimar a contribuio dos processos abiticos, tendo em vista evidncias da existncia de atividade microbiana no solo esterilizado trmica ou quimicamente. Os ensaios com os dois indicadores redox mostraram que apenas a microbiota nativa do solo em estudo e a cultura microbiana RES apresentaram potencial para degradar leo diesel B5, biodiesel de soja ou diesel, quando colocadas em meio mineral contendo tais combustveis como nica fonte de carbono.

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O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do tratamento periodontal no cirrgico sobre a atividade de elastase e o volume de fluido gengival nos pacientes portadores de periodontite crnica e agressiva generalizadas. Foram avaliados 18 pacientes com periodontite crnica (idade mdia 48,6 DP 7,5 anos), e 11 com periodontite agressiva (idade mdia 27,9 DP 6,54 anos). Foram utilizados os parmetros clnicos de avaliao de profundidade de bolsa sondagem (PB) (mm), nvel de insero (NI) (mm) e sangramento sondagem (SS). As medidas clnicas e as amostras de fluido gengival foram colhidas a partir dos cinco stios mais profundos (P) e de cinco stios rasos com gengivite (G) de cada paciente, antes e 90 dias aps o trmino do tratamento. As etapas clnicas obedeceram ao seguinte cronograma: seleo e exame periodontal; coleta de fluido gengival; tratamento periodontal; reavaliao, compreendendo o exame periodontal e coleta de fluido gengival. O tratamento levou, em mdia, 4 sesses de 40 minutos cada por paciente, com intervalo de 1 semana entre elas. As consultas para reavaliao foram feitas 90 dias aps o trmino do tratamento. O teste de Wilcoxon foi utilizado para comparar os dados antes e depois do tratamento e o teste no pareado de Mann-Whitney U-test foi utilizado para comparar os grupos de periodontite crnica e agressiva. A amostra analisada antes e aps o tratamento no apresentou diferenas significativas entre o grupo com periodontite crnica e agressiva, que responderam de forma similar a todos os indicadores avaliados, exceto para a profundidade de bolsa sondagem nos stios rasos com gengivite (p = 0,039) e para o sangramento sondagem (p = 0,021) nos stios profundos, ambos mais reduzidos na periodontite crnica aps o tratamento. A elastase apresentou, aps o tratamento, reduo significativa nos stios profundos, para a periodontite crnica (p = 0,012) e agressiva (p = 0,02). Em relao ao volume de fluido gengival, houve significativa reduo aps o tratamento nos pacientes com periodontite crnica e agressiva, tanto nos stios rasos (p = 0,03 e p = 0,03) como nos profundos (p &#706; 0,001 e p = 0,003), respectivamente. Concluindo, os grupos com periodontite crnica e agressiva generalizadas comportaram- se de maneira semelhante frente terapia mecnica no cirrgica. Ainda, a terapia periodontal mecnica no cirrgica mostrou reduo significativa do volume de fluido gengival em todos os stios analisados, e da atividade neutroflica, nos stios profundos, associada a redues significativas em todos os indicadores clnicos analisados aps o tratamento.

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Este trabalho teve o objetivo de estudar o efeito de medicamentos com diferentes aes agonista PPAR (rosiglitazona, fenofibrato e bezafibrato) sobre o perfil lipdico, glicdico e alteraes na massa corporal e morfologia do tecido adiposo e pancretico em modelo de diabetes e sobrepeso induzido por dieta. Camundongos C57BL/6 (2 meses de idade) foram alimentados com dieta padro (SC, n=10) ou dieta hiperlipdica rica em sacarose (HFHS, n=40) por 6 semanas. Logo aps, os animais HFHS foram subdividos em: HFHS no tratado e HFHS tratado com rosiglitazona (HFHS-Ro), fenofibrato (HFHS-Fe) ou bezafibrato (HFHS-Bz) (5 semanas). Os camundongos alimentados com dieta HFHS apresentaram maior glicemia e insulina de jejum (+33% e +138%, respectivamente), intolerncia glicose, resistncia insulina, aumento da massa corporal (MC) (+20%) e adiposidade, hipertrofia de adipcitos e reduo da imunocolorao para adiponectina no tecido adiposo. No pncreas houve aumento da massa (+28%), acmulo de gordura (+700%), hipertrofia da ilhota (+38%) e reduo da imunocolorao para GLUT-2 (-60%). A rosiglitazona diminuiu a glicemia e insulina de jejum, porm induziu o ganho de MC e hipertrofia cardaca. O fenofibrato estabilizou a MC, enquanto o bezafibrato levou a perda de MC. Apenas o bezafibrato impediu a hipertrofia da ilhota. A imunocolorao para GLUT-2 foi aumentada por todos os medicamentos, e no houve alteraes na imunocolorao para o PPAR&#945;. Sinais morfolgicos de pancreatite foram vistos no grupo HFHS-Fe, apesar dos nveis normais de amilase e lipase sricos. A rosiglitazona exacerbou a infiltrao intrapancretica de gordura (+75% vs. HFHS), e o bezafibrato aumento a imunocolorao para o PPAR&#946;/&#948; nas ilhotas pancreticas. Em concluso, o bezafibrato apresentou um efeito mais amplo sobre as alteraes metablicas, morfolgicas e biomtricas decorrentes da dieta HFHS, sugerindo que a inibio das trs isoformas do PPAR seria melhor do que a inibio de apenas uma isoforma. A rosiglitazona exacerbou o ganho de MC, a infiltrao de gordura no pncreas e induziu hipertrofia cardaca, assim, necessrio cautela ao prescrever este medicamento a um paciente obeso.

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Esta tese examina a trajetria da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro entre 1910 e 1945, quando foi extinta para dar lugar a uma outra instituio, de mbito nacional, a Sociedade Brasileira de Geografia. Criada nos anos oitocentos, a associao foi um dos redutos culturais que desfrutaram do patrocnio do imperador D. Pedro II. Com o advento do regime republicano, a SGRJ sofreu contratempos polticos, mas continuou a desenvolver atividades e projetos pedaggicos, que buscavam descortinar o Brasil aos brasileiros, consoante o movimento nacionalista das primeiras dcadas do sculo XX. Em 1930, a Sociedade mostrou -se favorvel ao golpe de estado que alou Getlio Vargas ao poder. Durante a chamada era Vargas colaborou com o governo e foi integrada ao sistema geogrfico oficial do IBGE. Alm disso, foi pioneira n a promoo dos congressos brasileiros de geografia entre 1909 e 1940. A SGRJ desde a sua fundao at a sua extino atuou como um lugar privilegiado para o debate e a reunio de estudiosos da matria. Embora carecessem de sistematizao e de continuidade, inquestionvel que as prticas cientficas desenvolvidas pela SGRJ colaboraram para a formao do campo da disciplina.

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Este trabalho visa realizar os primeiros passos de um projeto mais longo, cujo objetivo determinar o sentido daquilo que entendemos como pergunta pelo sentido do ser; junto a isso, se tem aqui igualmente o propsito de pensar a metodologia que acaso venha a ser adequada, isto , o tratamento especfico que possa alguma vez dar a tal questionamento um desenvolvimento legtimo. O caminho por ns adotado partir de Kant por motivos estratgicos, principalmente pela razo de encontrarmos a uma tese declarada sobre ser, que lhe concede um sentido unitrio: ao coment-la, reconstruindo-a por meio da apresentao de alguns de seus momentos, estaremos nos utilizando da mesma para apontar aquilo que acreditamos constituir uma corrupo de sentido nas suas prprias bases, permitindo compreender as dificuldades lanadas pela questo que, assim nos parece, so as mesmas que terminam por gerar as confuses que perfazem a prpria histria da metafsica. Isto significa que nossa discusso do caso kantiano - embora vise diretamente a filosofia crtica e todo projeto de uma teoria das faculdades - dever cunhar resultados mais amplos, j mesmo porque, a partir dela, viremos mesmo a afirmar a total inadequao de uma abordagem do sentido do ser sob o ponto de vista do comportamento terico. Por oposio a ele, procuraremos demonstrar que ser s pode ser abordado no interior de um campo de sentido que se apresente como o que chamaremos de atividade descritiva ou, poderamos igualmente dizer, uma atividade de mostrao. Este ltimo ponto, conclusivo somente quanto parte do caminho que nosso projeto mais geral nos exige percorrer, ser explicitado com a ajuda de alguns dos conceitos apresentados por Husserl em suas Investigaes Lgicas.

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A leishmaniose visceral americana (LVA) uma doena em expanso no Brasil, para a qual se dispem de poucas, e aparentemente ineficientes, estratgias de controle. Um dos grandes problemas para a conteno da leishmaniose visceral americana a falta de um mtodo acurado de identificao dos ces infectados, considerados os principais reservatrios da doena no meio urbano. Neste sentido, a caracterizao de marcadores clnico-laboratoriais da infeco neste reservatrio e a avaliao mais adequada do desempenho de testes para diagnstico da infeco podem contribuir para aumentar a efetividade das estratgias de controle da LVA. Com isso, o presente estudo tem dois objetivos principais: (1) desenvolver e validar um modelo de predio para o parasitismo por Leishmania chagasi em ces, baseado em resultados de testes sorolgicos e sinais clnicos e (2) avaliar a sensibilidade e especificidade de critrios clnicos, sorolgicos e parasitolgicos para deteco de infeco canina por L. chagasi mediante anlise de classe latente. O primeiro objetivo foi desenvolvido a partir de estudo em que foram obtidos dados de exames clnico, sorolgico e parasitolgico de todos os ces, suspeitos ou no de LVA, atendidos no Hospital Veterinrio Universitrio da Universidade Federal do Piau (HVU-UFPI), em Teresina, nos anos de 2003 e 2004, totalizando 1412 animais. Modelos de regresso logstica foram construdos com os animais atendidos em 2003 com a finalidade de desenvolver um modelo preditivo para o parasitismo com base nos sinais clnicos e resultados de sorologia por Imunofluorescncia Indireta (IFI). Este modelo foi validado nos ces atendidos no hospital em 2004. Para a avaliao da rea abaixo da curva ROC (auROC), sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo (VPP), valores preditivos negativo (VPN) e acurcia global, foram criados trs modelos: um somente baseado nas variveis clnicas, outro considerando somente o resultado sorolgico e um ltimo considerando conjuntamente a clnica e a sorologia. Dentre os trs, o ltimo modelo apresentou o melhor desempenho (auROC=90,1%, sensibilidade=82,4%, especificidade=81,6%, VPP=73,4%, VPN=88,2% e acurcia global=81,9%). Conclui-se que o uso de modelos preditivos baseados em critrios clnicos e sorolgicos para o diagnstico da leishmaniose visceral canina pode ser de utilidade no processo de avaliao da infeco canina, promovendo maior agilidade na conteno destes animais com a finalidade de reduzir os nveis de transmisso. O segundo objetivo foi desenvolvido por meio de um estudo transversal com 715 ces de idade entre 1 ms e 13 anos, com raa variada avaliados por clnicos veterinrios no HVU-UFPI, no perodo de janeiro a dezembro de 2003. As sensibilidades e especificidades de critrios clnicos, sorolgicos e parasitolgicos para deteco de infeco canina por Leishmania chagasi foram estimadas por meio de anlise de classe latente, considerando quatro modelos de testes e diferentes pontos de corte. As melhores sensibilidades estimadas para os critrios clnico, sorolgico e parasitolgico foram de 60%, 95% e 66%, respectivamente. J as melhores especificidades estimadas para os critrios clnico, sorolgico e parasitolgico foram de 77%, 90% e 100%, respectivamente. Conclui-se que o uso do exame parasitolgico como padro-ouro para validao de testes diagnsticos no apropriado e que os indicadores de acurcia dos testes avaliados so insuficientes e no justificam que eles sejam usados isoladamente para diagnstico da infeco com a finalidade de controle da doena.

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Face crescente procura por outras modalidades teraputicas que abordam o ser humano de forma holstica e a introduo das mesmas no SUS, torna-se muito importante a avaliao da efetividade e segurana dessas formas de cuidado. A Homeopatia faz parte deste conjunto de teraputicas e, para sua avaliao, pode existir a necessidade de se valer de mltiplos instrumentos para abarcar os vrios aspectos de uma resposta integral ao tratamento. Este trabalho teve como objetivo identificar e elaborar categorias de anlises e instrumentos que permitam avaliar e mensurar a efetividade deste tratamento, bem como test-los, considerando-se as caractersticas desta racionalidade. Foram levantados, na literatura nacional e internacional, trabalhos sobre efetividade do tratamento homeoptico, em busca da definio do estado da arte mas tambm dos principais problemas, limitaes e possibilidades dessas avaliaes tendo em vista seu resultado integral. Finda esta etapa, a pesquisa destinou-se a elaborao, proposio e testagem de uma metodologia considerada mais adequada a avaliar o tratamento homeoptico nesta perspectiva. Um estudo observacional foi realizado em servio pblico homeoptico no municpio de Juiz de Fora, com tratamento individualizado, no qual foi utilizada uma estratgia de avaliao composta por trs componentes: (1) avaliao de qualidade de vida pelo instrumento SF-36; (2) anlises em busca de objetivar e quantificar queixas clnicas e outros atributos de natureza subjetiva (sensao de bem-estar, sono, estado cognitivo e memria, vida sexual, sensao de felicidade) por meio da utilizao de uma escala visual analgica (EVA), na mensurao da intensidade e de opes fechadas, a exemplo do SF-36, na estimativa da frequncia desses aspectos e (3) entrevistas qualitativas por intermdio de questionrio semiestruturado, com a finalidade de abordar questes relacionadas a biopatografia e mudana da atitude vital (como pacientes enfrentam os problemas do cotidiano, fatores deflagradores das queixas, como se sentem e como reagem, alm de indagar seus projetos de vida e felicidade). A aplicao do questionrio SF-36 apresentou algumas dificuldades de compreenso pelos participantes, talvez devido baixa escolaridade dos entrevistados, mas mostrou-se til pesquisa, embora demonstre limitaes na avaliao do aspecto integral do resultado da teraputica analisada. O acompanhamento das queixas clnicas, sensao de bem-estar, sono e estado cognitivo e memria foram captados e mensurados de forma satisfatria tanto pela EVA (intensidade dos sintomas) quanto pelas respostas fechadas para medir a frequncia. Situaes como as avaliaes da biopatografia e da sexualidade foram insuficientes para serem adequadamente avaliadas pelo pesquisador e o paciente somente. A participao do mdico assistente poderia contribuir nestes casos. Questes mais abrangentes na avaliao da mudana na atitude vital, como reao diante de fatores desequilibrantes e projeto de vida e felicidade, necessitam de metodologia qualitativa at que se possa avanar nas pesquisas espera de solues futuras. A combinao dessas estratgias em estudos controlados, randomizados, com amostras de magnitude satisfatria, preferencialmente em rede e que explicitem as condies nas quais o atendimento homeoptico ocorreu e como se chegou a cada prescrio, podem ter utilidade para a avaliao da efetividade da dimenso integral do tratamento homeoptico.

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O cncer de pulmo atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de bito por cncer em todo o mundo. A incidncia e a mortalidade do cncer de pulmo vm sendo influenciadas ao longo do tempo pela histria do tabagismo e seus aspectos scio-demogrficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos em mulheres com cncer de pulmo assistidas em uma clnica especializada no Rio de Janeiro no perodo de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnstico de cncer de pulmo confirmado por exame histopatolgico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros mdicos do referido servio. A idade do diagnstico foi categorizada em quatro faixas etrias: at 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como no fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de Massa Corprea (IMC). A classificao histolgica seguiu a diviso entre tumores de clulas no-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas clulas (CPCP). O estadiamento clnico se baseou na classificao do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de clulas no-pequenas e tumores de clulas pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela inteno da abordagem teraputica em quatro grupos: controle, neoadjuvncia, adjuvncia e paliativa. Foram calculadas funes de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier. Para os fatores prognsticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiana de 95%, atravs do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade mdia das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% no fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relao ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como cncer de pulmo de clulas no-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de cncer de pequenas clulas (CPCP). Durante o perodo estudado ocorreram 132 bitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificao tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas clulas e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de clulas no- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variveis selecionadas mostraram diferenas em relao idade do diagnstico (p=0,0023) nas faixas etrias intermedirias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). No houve diferenas para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na anlise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermedirias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendncia proteo, porm, no houve significncia estatstica. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferena em relao ao estadiamento clnico, especificamente o estdio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendncia diminuio do risco, embora sem significncia estatstica. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem cncer de pulmo e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condies que influenciam a evoluo clnica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem teraputica.

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A partir da metade do sculo passado, a industrializao no Brasil entrou numa fase de grande expanso gerando um aumento na demanda por combustveis. Neste contexto, a indstria petrolfera tomou um grau de importncia espetacular que continua at hoje. O desempenho das empresas ligadas a cadeia de valor de combustveis passaram a ser importantes para toda a economia, quer pela influncia nos custos, como no mercado de capitais, pelos grandes investimentos que requerem. O presente estudo visa analisar os sistemas de controle gerencial das empresas Petrleo Brasileiro S/A (Petrobras) e Shell Brasil Ltda. Tendo como objetivo verificar se os seus sistemas de controle gerenciais esto aderentes a literatura sobre esse tema. A pesquisa de estudo de caso mltiplo foi executada atravs de entrevista com gerentes das duas petrolferas sobre objetivos organizacionais, contabilidade por responsabilidade, processo oramentrio, balanced scorecard (BSC) e Enterprise Resource Planning (ERP). Tambm foram coletadas informaes institucionais publicadas pelas duas empresas.

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O objetivo deste estudo foi comparar in vitro o desgaste dental de pr-molares (PM) e molares (M) e sua relao com o valor de dureza Vickers dos materiais utilizados como antagonistas em uma mquina de abraso simulada para provocar o desgaste nos dentes testados. Os materiais antagonistas utilizados foram VeraBond II (liga de Ni-Cr), Solidex (resina composta) e IPS Empress 2 (cermica). Para cada ensaio de dureza, foram preparados seis corpos-de-prova de cada material, os quais foram polidos sob refrigerao, com ciclo de 20 min para cada granulao. Num microdurmetro (HMV-2), foram realizadas trs mossas por quadrante, cada uma sob carga de 19,614 N por 30 s, totalizando 12 mossas de base quadrada com ngulo de 136 entre os planos. O teste de abraso foi realizado numa mquina simuladora de abraso, freqncia de 265 ciclos/min e 4,4 Hz, com um percurso do antagonista de 10 mm velocidade de 88 mm/s. Cada dente foi testado em oposio a um antagonista (foram 6 pares dente/material para cada grupo), em gua deionizada, sob carga de 5 N, por 150 min, num total de 39.750 ciclos. Foram utilizados dezenove dentes 1 pr-molares, dezenove 3 molares e confeccionados doze antagonistas em cada material em forma de pastilha. Cada grupo de seis dentes foi testado em oposio a seis antagonistas do mesmo material. Ademais, um dente 1 pr-molar (PM) e um dente 3 molar (M) foram testados em oposio ao Plexiglass. Com relao ao desgaste do esmalte dentrio (PM+M) segundo o material antagonista, o teste de Kruskal-Wallis evidenciou diferena significativa com p-valor < 0,001 e o teste de Mann-Whitney evidenciou diferena significativa nas comparaes PM+M/resina X PM+M/metal (p-valor < 0,001), PM+M/resina X PM+M/cermica (p-valor < 0,001) e PM+M/metal X PM+M/cermica (p-valor = 0,002). A anlise isolada, considerando pr-molares e molares separadamente, encontrou diferena significativa em relao ao desgaste do esmalte dentrio no teste de Kruskall-Wallis, porm no detectou diferena significativa no teste de comparao mltipla Mann-Whitney quando comparou o desgaste sofrido pelo PM/metal em relao ao PM/cermica. Em relao dureza Vickers detectou-se diferena significativa da dureza dos materiais no teste de Kruskall-Wallis (p-valor < 0,001) e tambm no teste de Mann-Whitney nas comparaes mltiplas com p-valor = 0,002. Comparando-se a dureza com a perfilometria, observou-se uma correlao estatisticamente significativa (p &#8804; 0,05) na correlao negativa (&#961;= -0,829) entre a dureza do metal como material antagonista e o desgaste do esmalte dentrio do dente molar. Os resultados sugeriram que todo material restaurador indireto estudado causou desgaste ao esmalte dentrio quando submetido a foras de simulao de abraso com carga. Embora tenha sido observada correlao entre dureza e resistncia abraso, essa correlao foi pouco significativa.

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Esta pesquisa enfoca o uso do processo eletroltico, como alternativa para tratamento de efluentes lquidos na Estao Antrtica Comandante Ferraz (EACF), considerando as limitaes ambientais locais e aspectos de consumo de energia. Este processo, classificado como no convencional, vem sendo estudado pela comunidade cientfica nacional e internacional para tratamento de diversos efluentes, inclusive esgotos domsticos, apresentando vrias vantagens que estimularam a verificao de sua aplicabilidade para as condies peculiares da EACF. Foram realizados ensaios, em escala de laboratrio, com esgotos domsticos coletados em um condomnio no Rio de Janeiro, usando reatores eletrolticos com capacidade de 4 L, com eletrodos de desgaste de alumnio (Al) e de ferro (Fe), distncia entre as placas de 0,9 cm e 1,8 cm, temperaturas na faixa de 7C a 22C, e ensaios para verificao da sua eficincia, por meio de parmetros como DQO, DBO5, SST, turbidez e volume de lodo gerado. Sob temperatura de 15C e condies de condutividade da ordem de 900 S/cm, estimada para os esgotos da EACF, aplicando densidade de corrente de 22,9 A/m2, 4,5 V, tempo de reteno de 25 min, os resultados apresentaram valores de DQO no efluente tratado de 65 mg/L(reduo de 89%), DBO de 56 mg/L (reduo de 64 %), SST de 8 mg/L, com turbidez de 11,3 uT e, aps filtrao, turbidez de 3,2 uT, consumo de energia de 0,8 Wh/L. O aspecto lmpido e a qualidade final obtida compatvel para ser submetida a tratamento de desinfeco. A partir dos dados obtidos, foram avaliadas por meio de pr-projeto: a viabilidade de sua implantao em container, a estimativa de consumo de energia e de lodo gerado, requisitos de manuteno, operao, alm da sugesto de monitoramentos e de medidas de mitigao de impactos ambientais associados respectiva instalao.

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A padronizao para a fabricao de instrumentos endodnticos em ao inoxidvel contribuiu para o desenvolvimento de novos aspectos geomtricos. Surgiram propostas de alteraes no desenho da haste helicoidal, da seo reta transversal, da ponta, da conicidade e do dimetro na extremidade (D0). Concomitantemente, o emprego de ligas em Nquel-Titnio possibilitou a produo de instrumentos acionados a motor, largamente empregados hoje. A cada ano a indstria lana instrumentos com diversas modificaes, sem, contudo, disponibilizar informaes suficientes quanto s implicaes clnicas destas modificaes. Existe um crescente interesse no estudo dos diferentes aspectos geomtricos e sua precisa metrologia. Tradicionalmente, a aferio de aspectos geomtricos de instrumentos endodnticos realizada visualmente atravs de microscopia tica. Entretanto, esse procedimento visual lento e subjetivo. Este trabalho prope um novo mtodo para a metrologia de instrumentos endodnticos baseado no microscpio eletrnico de varredura e na anlise digital das imagens. A profundidade de campo do MEV permite obter a imagem de todo o relevo do instrumento endodntico a uma distncia de trabalho constante. Alm disso, as imagens obtidas pelo detector de eltrons retro-espalhados possuem menos artefatos e sombras, tornando a obteno e anlise das imagens mais fceis. Adicionalmente a anlise das imagens permite formas de mensurao mais eficientes, com maior velocidade e qualidade. Um porta-amostras especfico foi adaptado para obteno das imagens dos instrumentos endodnticos. Ele composto de um conector eltrico mltiplo com terminais parafusados de 12 plos com 4 mm de dimetro, numa base de alumnio coberta por discos de ouro. Os nichos do conector (terminais fmeas) tm dimetro apropriado (2,5 mm) para o encaixe dos instrumentos endodnticos. Outrossim, o posicionamento ordenado dos referidos instrumentos no conector eltrico permite a aquisio automatizada das imagens no MEV. Os alvos de ouro produzem, nas imagens de eltrons retro-espalhados, melhor contraste de nmero atmico entre o fundo em ouro e os instrumentos. No porta-amostras desenvolvido, os discos que compem o fundo em ouro so na verdade, alvos do aparelho metalizador, comumente encontrados em laboratrios de MEV. Para cada instrumento, imagens de quatro a seis campos adjacentes de 100X de aumento so automaticamente obtidas para cobrir todo o comprimento do instrumento com a magnificao e resoluo requeridas (3,12 m/pixel). As imagens obtidas so processadas e analisadas pelos programas Axiovision e KS400. Primeiro elas so dispostas num campo nico estendido de cada instrumento por um procedimento de alinhamento semi-automtico baseado na inter-relao com o Axiovision. Ento a imagem de cada instrumento passa por uma rotina automatizada de anlise de imagens no KS400. A rotina segue uma sequncia padro: pr-processamento, segmentao, ps-processamento e mensurao dos aspectos geomtricos.

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A influncia da dieta e da hereditariedade nas caractersticas dentofaciais foi avaliada atravs do exame de duas populaes indgenas amaznicas divididas por um processo de fisso linear. Os indgenas que constituem a aldeia Arara-Iriri so descendentes de um nico casal expulso da aldeia Arara-Laranjal. O crescimento da aldeia Iriri ocorreu pelo acasalamento de parentes prximos, ratificado por um alto coeficiente de consanguinidade (F=0,25, p<0,001). A epidemiologia da m ocluso e das caractersticas da face foi analisada nos indivduos entre dois e 22 anos, das aldeias Iriri (n=46) e Laranjal (n=130). A biometria da dentio e da face foi obtida em 55 indgenas em dentio permanente sem perdas dentrias, atravs da fotogrametria facial e dos modelos de gesso. O desgaste dentrio foi examinado em 126 indivduos atravs da anlise de regresso mltipla. Os resultados revelaram uma determinao significativa da idade no desgaste dos dentes (R2=87,6, p<0,0001), que se mostrou semelhante entre as aldeias (R2=0,027, p=0,0935). Por outro lado, diferenas marcantes foram observadas nas caractersticas dentofaciais. Revelou-se uma face mais vertical (dolicofacial) entre os ndios Iriri e o predomnio do tipo braquifacial nos indgenas da aldeia original, corroborado pela fotogrametria. Uma face sagitalmente normal foi observada em 97,7% da aldeia Laranjal, enquanto faces convexas (26,1%, RR-16,96) e cncavas (15,2%, RR=19,78) eram mais prevalentes na aldeia Iriri (p<0,001). A biprotruso, com consequente reduo do ngulo nasolabial, era uma caracterstica comum entre os Arara, porm com maior prevalncia no grupo Iriri (RP=1,52, p=0,0002). A prevalncia da m ocluso foi significativamente mais alta na aldeia Iriri (RP= 1,75, p=0,0007). A maioria da populao da aldeia original (83,8%) apresentou uma relao normal entre os arcos dentrios, contudo, na aldeia resultante (Iriri), 34,6% dos indivduos era Classe III (RP=6,01, p<0,001) e 21,7% era Classe II (RP=2,02, p=0,05). Enquanto nenhum caso de apinhamento e de sobremordida foi observado na aldeia Iriri, a razo da prevalncia era 2,64 vezes maior para a mordida aberta anterior (p=0,003), 2,83 vezes (p<0,001) para a mordida cruzada anterior, 3,93 (p=0,03) para a sobressalincia aumentada, e de 4,71 (p=0,02) para a mordida cruzada posterior. Observou-se uma alta prevalncia das perdas dentrias, sem diferena entre as aldeias (RP=1,46, p=0,11). O exame dos modelos revelou uma tendncia de incisivos maiores e pr-molares e caninos menores na aldeia Iriri, delineando uma semelhana na massa dentria total entre as aldeias, que, aliada a arcadas dentrias maiores, justificaram o menor ndice de irregularidade dos incisivos entre esses indgenas. Esses resultados minimizam a influncia do desgaste dentrio, uma evidncia direta de como um indivduo se alimentou no passado, no desenvolvimento dentofacial e enfatizam o predomnio da hereditariedade, atravs da endogamia, na etiologia da variao anormal da ocluso dentria e da morfologia da face.