1000 resultados para Falcão, Adriana, 1960- Crítica e interpretação
Resumo:
No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.
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Essa pesquisa objetiva a anlise da relao entre religio e poltica, em perspectiva de gnero considerando a atuao de parlamentares evanglicos/as na 54 Legislatura (de 2011 a 2014) e a forma de interveno desses atores no espao poltico brasileiro quanto promulgao de leis e ao desenvolvimento de polticas pblicas que contemplem, dentre outras, a regulamentao do aborto, a criminalizao da homofobia, a unio estvel entre pessoas do mesmo sexo e os desafios oriundos dessa posio para o Estado Brasileiro que se posiciona como laico. Ora, se laico remete ideia de neutralidade estatal em matria religiosa, legislar legitimado por determinados princpios fundamentados em doutrinas religiosas, pode sugerir a supresso da liberdade e da igualdade, o no reconhecimento da diversidade e da pluralidade e a ausncia de limites entre os interesses pblicos / coletivos e privados / particulares. Os procedimentos metodolgicos para o desenvolvimento dessa pesquisa fundamentam-se na anlise e interpretação bibliogrfica visando estabelecer a relao entre religio e poltica, a conceituao, qualificao e tipificao do fenmeno da laicidade; levantamento documental; anlise dos discursos de parlamentares evanglicos/as divulgados pela mdia, proferidos no plenrio e adotados para embasar projetos de leis; pesquisa qualitativa com a realizao de entrevistas e observaes das posturas pblicas adotadas pelos/as parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Evanglica - FPE. Porquanto, os postulados das Cincias da Religio devidamente correlacionados com a interpretação do conjunto de dados obtidos no campo de pesquisa podem identificar o lugar do religioso na sociedade de forma interativa com as interfaces da laicidade visando aprofundar a compreenso sobre a democracia, sobre o lugar da religio nas sociedades contemporneas e sobre os direitos difusos, coletivos e individuais das pessoas.
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La ciudad y su arquitectura testimonian las culturas que modelan y remodelan sus formas y espacios en el tiempo. Toda comunidad tiene derecho a un ambiente urbano apto para el desarrollo humano sustentable. Desarrollo sustentable, es aquel que asegura la satisfaccin de las necesidades del presente, sin comprometer los recursos con que generaciones futuras puedan satisfacer las propias (Naciones Unidas, 1987). Significa el uso racional y responsable de toda clase de recursos, especialmente los no renovables, como el patrimonio arquitectnico. La ciudad de San Juan fue reconstruida bajo influencias de los postulados del Movimiento Moderno tras el terremoto de 1944 que destruy casi la totalidad de sus edificios patrimoniales. La arquitectura moderna es considerada internacionalmente un patrimonio a legar a las generaciones futuras. En San Juan, las obras residenciales modernas corren el riesgo de ser transformadas o demolidas ante un posible reemplazo por nuevas obras ms redituables, por la dinmica del desarrollo urbano y la ausencia de proteccin que preserve este patrimonio. Es objetivo de este trabajo promover el reconocimiento, valoracin y proteccin, de obras patrimoniales residenciales, exponentes de la modernidad arquitectnica local.
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A tese Hermenutica, Crítica e Formao: A virada na compreenso da Religio a partir da Teoria Crítica de Max Horkheimer um estudo das obras e do desdobramento do filsofo que coordenou a fundao da Escola de Frankfurt. Um direcionamento insicivo desta pesquisa visou reconstruir uma compreenso alargada sobre religio ao lado de outros e importantssimos conceitos crticos de razo, pessoa e sociedade entendendo que este tema central e suas implicaes para a existncia humana, surgiram a Horkheimer de forma entrelaadamente terica e humanitria. Contudo, o centro da tese no estava empenhado somente em apresentar esta virada compreensiva da religio como novidade s discusses filosficas dispensada a este tema, mas, paralelamente, a de desvendar as categorias metodolgicas (a crítica, a formao e a interpretação) que foram responsveis por garantir uma apropriao intelectual deste tema sem recorrer ao ceticismo fatalista ou a outras expresses que abandonem um procedimento ilustrativo da razo. O pensamento de Horkheimer uma expresso intelectual que inesperadamente no se ajusta somente s tentativas de atualizao do hegelianismo, do marxismo, do kantismo etc., mas de um esforo de desancorar a filosofia do dogmatismo da tradio, do anacronismo lgico-formal das cincias objetivates e das consideraes unilaterais sobre verdade e razo.
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A presente dissertao de mestrado em Literatura e Religio no Mundo Bblico tem por objetivo realizar um comentrio exegtico e hermenutico de um texto reconhecido como proftico e sua relao no plano teolgico, antropolgico e literrio com o universo sapiencial israelita no perodo ps-exlico. Trata-se do estudo de Miquias 6,1-8, cujo foco de investigao desenvolveu-se a partir da anlise do discurso e da hiptese de confluncia de gneros literrios, a saber, o proftico e o sapiencial. Considerado sob os aspectos formais, contextuais e de contedo antropo teolgico, o texto estudado apresenta-se como resultado da composio de diversos gneros literrios e manifesta, internamente, conflitos de teologias que vo desde a interpretação da prpria histria de Israel at a prtica religiosa com suas concepes de Deus. Miquias 6,1-8, interpretado aqui a partir de metodologias exegticas modernas e abordagens contextuais e antropolgicas, configura-se como uma verdadeira sntese de interpretação deuteronomista no hegemnica dos eventos do xodo e da mensagem dos profetas bblicos do sculo VIII aeC Miquias, Ams, Osias e Isaas. Estamos diante de um texto que se apresenta, ao mesmo tempo, coeso e portador de diferentes universos e vozes em sua composio. Seu discurso, cujo teor nasce do conflito entre projetos e grupos no perodo ps-exlico, resgata memrias antigas de um xodo que passa por sujeitos marginais e reinterpreta a crítica proftica em sua funo de discernimento tico e teolgico, porm, no formato sapiencial. Pela profundidade scio teolgica e pela proposta no sacrificial de seu discurso, Miquias 6,1-8 tem sido um texto continuamente revisitado no interior da Teologia da Libertao na Amrica Latina, inspirando boa parte de sua produo.
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Seria possvel compreender o capitalismo como religio? Nos marcos categoriais da Modernidade, baseada na racionalizao e na secularizao, relacionar economia e religio um contrassenso. O capitalismo sistema econmico secular, portanto sem relao com religio. Entretanto, se a crítica do capitalismo como religio no se reduz a uma simples metfora, necessrio encontrar conceitos alternativos que captem a fora terica desta articulao. Que tipo de quadro analtico desvela os limites da razo instrumental em explicitar o funcionamento religioso do capitalismo? A profundidade crítica de capitalismo como religio advm justamente da juno intrigante entre a anlise racional do funcionamento estrutural do capitalismo (fetiche) com a dimenso subjetiva que o impulsiona como motivao (esprito). Mesmo sendo um sistema racional e no-religioso, que submete a vida humana a suas leis internas desprovidas de qualquer sentido humano, o capitalismo desenvolve no-intencionalmente na interao humana uma estrutura de funcionamento com fundamento mtico-religioso sacrificial. As relaes humanas so mediadas pelas mercadorias, em que o consumo adquire um aspecto central na significao da vida e na reproduo simblica da sociedade. Na produo e distribuio de mercadorias, o processo de violncia que explora, exclui e mata o mesmo que gera fascnio e adeso. A expresso visvel deste esprito no est mais nas tradicionais instituies religiosas, mas no prprio capitalismo. Benjamin afirma que o capitalismo substitui a religio. uma crítica de um sistema de culpabilizao das vtimas e dos prprios capitalistas, na medida em que estes nunca acumulam de modo infinito e pleno. uma denncia dos elementos mticos que geram legitimao religiosa para o fascnio que oculta a barbrie. Os telogos da Escola do DEI tambm articulam sua teoria com finalidade crítica, numa abordagem teolgica que procura discernir e criticar a idolatria no mundo de hoje. Buscam entender os mecanismos de produo de morte com a culpabilizao das vtimas como sacrifcio necessrio em nome da esperana de redeno. O discernimento teolgico de idolatria do capital supe um tipo de razo teolgica de carter no-confessional que, superando os limites da epistemologia moderna, explicite a contradio dos pressupostos da civilizao moderna ocidental. Revela o papel do pensamento mtico-teolgico na ocultao do carter sacrificial e sedutor do esprito do capitalismo. Ao mesmo tempo, enfatiza a necessria superao da interpretação positivista da religio ao criticar o reducionismo da epistemologia moderna na identificao da razo instrumental com a racionalidade humana. Renova o instrumental analtico da configurao espiritual do Capitalismo e vislumbra as brechas de sua superao.
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A presente dissertao resultado de uma pesquisa acerca de um cisma pentecostal na Conveno Batista Brasileira, na dcada de 1960. No foco do conflito encontra-se um Movimento de Renovao Espiritual, que defendia uma experincia de xtase religioso, designada de batismo com o Esprito Santo, como confirmao da relao do crente com Deus. A progressiva adeso de comunidades batistas a tal proposta transformou-a numa rede alternativa de poder que causou instabilidade nas relaes de poder no interior da denominao batista no Brasil. A pesquisa reconstri os embates decisivos deste episdio e ofereceu uma interpretação a partir das teorias de Michel Foucault e Michel de Certeau, na medida em que tenta decifrar os mecanismos institucionais de controle em confronto com as tticas das redes de poder. No contexto histrico brasileiro de efervescncia no s religiosa, os mecanismos de vigilncia da Conveno Batista Brasileira mostraram-se insuficientes para a manuteno da unidade ameaada, uma vez que puniu os grupos opositores com a excluso.(AU)
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O objetivo central desta pesquisa investigar o potencial de transformao scioreligiosa da leitura popular da bblia. Dentro desta abordagem de interpretação, sero analisados o pensamento de Carlos Mesters e suas reelaboraes desenvolvidas pelo Centro de Estudos Bblicos CEBI. Para tanto, trabalhar-se-, particularmente, com dois textos metodolgicos da leitura popular da bblia, a saber, A Caminho de Emas. Leitura bblica e educao popular e A Leitura Popular da Bblia: procura da moeda perdida . Essas abordagens de interpretação tm como objetivo ir alm do estudo dos textos bblicos, ao pretender contribuir para com o processo de conscientizao em vista da transformao da realidade de dominao e opresso. neste contexto que se aponta a hermenutica feminista crítica de libertao articulada por Elisabeth Schssler Fiorenza, enquanto uma ferramenta importante no intuito de analisar e dialogar com tais abordagens de leitura popular, uma vez que parece articular mais seriamente um paradigma feminista emancipatrio de interpretação bblica. Este dilogo problematizar, para alm da questo pedaggico-metodolgica, alguns temas teolgico-bblicos que so intrnsecos interpretação bblica, a saber, os sujeitos da interpretação, a anlise da realidade e os critrios para se definir a revelao e a autoridade. A partir deste dilogo entre leitura popular da bblia e hermenutica feminista crítica de libertao , chega-se a concluso de que a primeira, apesar de se definir como uma abordagem de interpretação bblica popular e libertadora, acaba por apresentar algumas lacunas em relao ao objetivo que se prope concretizar. A partir da anlise de todos os passos metodolgicos de interpretação e de seus temas teolgicos, constata-se, no interior do projeto de Mesters e, mais propriamente do CEBI, a ausncia de uma ferramenta analtica que viabilize a transformao concreta das realidades scio-religiosas, das experincias dos sujeitos da interpretação, bem como da escolha de critrios para se definir o lugar da revelao e da autoridade. A tese no visa substituir prontamente o mtodo de leitura popular da bblia pela dana hermenutica proposta por Schssler. A tese prope, antes, repensar os encaminhamentos e ausncias da leitura popular da bblia em seus objetivos de transformao da realidade. Nesse sentido, a interlocuo com novas teorias polticas emancipatrias articuladas teolgico-biblicamente por Schssler pode ser importante para uma reavaliao do projeto polticometodolgico do CEBI(AU)
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O presente relatrio integra o Mestrado em Educao Pr-Escolar e Ensino do 1. Ciclo do Ensino Bsico e apresenta-se constitudo por duas dimenses: a reflexiva e a investigativa. A dimenso reflexiva a primeira dimenso do relatrio que se estrutura em trs partes fundamentais. A primeira e a segunda partes incluem uma reflexo crítica sobre as prticas pedaggicas desenvolvidas em contexto de Educao de Infncia e em 1. Ciclo do Ensino Bsico. A terceira refere-se aos papis reflexivo e investigativo do educador e do professor, transversais aos dois contextos. A dimenso investigativa a segunda dimenso do relatrio, na qual se apresenta um estudo de caso realizado com cinco crianas do 3. ano de escolaridade de uma escola dos arredores da cidade de Leiria. A investigao procurou resposta para a seguinte questo Quais as percees das crianas do 3. ano de escolaridade sobre o seu desempenho nas atividades de interpretação musical, realizadas em contextos de sala de aula?. Numa primeira fase, realizou-se a caracterizao das experincias de participao musical da turma atravs de um inqurito por questionrio. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, de carter individual, antes e aps a concretizao de duas sequncias de atividades para todos os alunos da turma. Os resultados obtidos sugerem que existem algumas alteraes nas percees dos aluno e que as propostas educativas implementadas com as crianas influenciaram positivamente as suas percees relativamente interpretação de canes.
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El presente trabajo analiza la teora de la imitacin desarrollada por Walter Benjamin en el clebre ensayo sobre la obra de arte. Se pretende abordar el ensayo como una nueva muestra de la investigacin sobre el origen ya empleada en sus obras anteriores, lo cual nos permitir esclarecer el papel privilegiado que Benjamin asigna a la mimesis como el origen que revela la ley unitaria de toda la poca. El ensayo, por tanto, supera el reducido mbito de la esttica en el que ha sido tradicionalmente enmarcado y apunta a una reflexin ms amplia sobre las contradicciones internas de la modernidad, respecto de la cual la mimesis seala a la vez el problema y una posible va de salida.
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Bajo el paradigma de modernizacin y desarrollo norteamericano -y en un contexto de Guerra Fra-, durante la dcada de 1960 se adecuaron a la realidad chilena programas de control de natalidad que no slo buscaron disminuir las altas tasas de mortalidad materno infantil, sino que adems respondieron al proyecto de seguridad hemisfrica norteamericana de contencin a posibles revoluciones populares en pases del Tercer Mundo.
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La seleccin de las muestras de ejemplos que se emplean en la codificacin normativa del espaol est relacionada con las concepciones tericas que en cada poca histrica sirven de base para acometer la reflexin gramatical. La autoridad sobre el uso ha correspondido tradicionalmente en la preceptiva acadmica a las fuentes literarias, que se han empleado fundamentalmente para ilustrar la pauta normativa tanto en la labor lexicogrfica como en la gramatical. La incorporacin de nuevas tipologas textuales en la produccin acadmica est vinculada a un cambio en la concepcin terica en la que una lengua ya no es concebida como un bloque monoltico y homogneo, sino donde la variacin lingstica se constituye en rasgo inherente a su misma condicin histrica. De ah que no resulte extrao que en la nmina de textos sea cada vez ms frecuente encontrar un amplio corpus conformado por publicaciones peridicas. Esta incorporacin de muestras periodsticas en la reciente produccin acadmica, materializada en el Diccionario panhispnico de dudas (2005) y en la Nueva gramtica de la lengua espaola (2009), viene a suplir en cierta medida tambin el silencio normativo acadmico ante las dudas y vacilaciones lingsticas planteadas por los profesionales de los medios de comunicacin. Tras el rastreo histrico de la aparicin de muestras periodsticas en la ejemplificacin normativa acadmica, se tratar de establecer si se ha producido un cambio en la funcionalidad de estas citas de manera que no sean ya empleadas exclusivamente con la valoracin de ejemplaridad idiomtica, tal y como se utilizaban fundamentalmente las muestras extradas de los textos literarios en la labor de codificacin tradicional de la Academia, sino tambin como variantes incorrectas objeto de una crítica ms o menos velada hacia determinados usos circunscritos mayoritariamente al discurso periodstico actual.
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En la dcada de los 50 se produce un hecho inslito en el sector editorial espaol: el palmars de los principales premios literarios se llena de nombres de mujer, que empuan su pluma animadas por el xito fortuito e inesperado de una joven desconocida llamada Carmen Laforet. En la Espaa de posguerra, los premios se convierten en la va casi exclusiva- de acceso al mundo literario, para numerosos escritores que, de otro modo, hubieran tenido mucho ms difcil la entrada al mercado editorial. En cuanto a las escritoras, la plataforma de lanzamiento que suponen los premios para ellas es incuestionable; la mayora de las novelistas espaolas ms destacadas de la segunda mitad del siglo XX han iniciado su andadura literaria de la mano de algn galardn, tal es el caso de: Carmen Laforet, Ana Mara Matute, Carmen Kurtz, Carmen Martn Gaite, Mercedes Salisachs, Soledad Purtolas o Almudena Grandes, por citar solo algunos ejemplos. Los premios literarios, en ese papel de promotores de la cultura y de la literatura que tienen durante las dos primeras dcadas del franquismo, se configuran como la habitacin propia del siglo XX necesaria para que pudiera operarse la profesionalizacin de la mujer escritora, y adquieren una importancia extraordinaria, sobre todo, durante los aos 50, y rescatan parte del modesto espacio conquistado por las mujeres durante el primer tercio del siglo XX (Concha Mndez, Carmen Conde, Carmen de Burgos, Josefina de la Torre, Mara Zambrano, Rosa Chacel, etctera). Al primer Premio Nadal (1944) se presentaron veintisis novelas, de las cuales result ganadora Nada de Carmen Laforet, que obtuvo un rotundo xito de crítica y de pblico. Este hecho, a priori irrelevante, marca un hito fundamental dentro de la narrativa espaola de posguerra, en general, y de la literatura escrita por mujeres, en particular. La rpida e inesperada fama que adquiere, la por aquel entonces absolutamente desconocida, Carmen Laforet a raz de obtener el Nadal anim a muchas mujeres a presentarse a los numerosos premios que van surgiendo por estos aos. El triunfo de Laforet se configura, por tanto, como baluarte de autoestima y confianza para las mujeres que deseaban ser escritoras y el Premio Nadal, en particular, era el ttulo que lo as lo acreditaba. Sin embargo, la entrada de la mujer en el campo literario no era posible sin las pertinentes luchas internas que alteran el orden establecido, trminos en los que se expresan los propios medios de comunicacin para referirse a tal fenmeno. Los crticos y periodistas se hacen eco de este rpido e inusual ascenso de la mujer en el parnaso literario, a travs de artculos, a veces no exentos de cierta irona, sarcasmo y burla, quizs la mejor prueba de la repercusin que alcanza. Sin embargo, a pesar de la proliferacin de escritoras que aparecen por estos aos y a la aparente profesionalizacin de la mujer en el mbito de las letras, la imagen que se difunde y publicita incluso por parte de las propias autoras desde los medios de comunicacin es la de escritora-ngel del hogar, lo cual no debe extraarnos si recordamos el carcter y los principios de la educacin nacional-catlica para con la mujer, segn la cual su primera y principal funcin consista en ser buena hija, esposa y madre. Como veremos, la mujer escritora asciende velozmente por la escalera de los premios al mundo editorial durante la dcada del 50 que constituye el primer escaln conquistado por las escritoras que, gracias al pedestal que les ofrecen los premios literarios, a la publicidad y a la repercusin meditica que conllevan, son vistas, ledas y vendidas. A partir de ese momento se vuelven visibles a los lectores y a la industria editorial, adquiriendo, de este modo, existencia en el campo cultural y literario.