1000 resultados para Distribuição por idade
Resumo:
Organizações e Trabalho, nº 37/38, APSIOT, pp. 73-88
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RESUMO: Contexto: As anomalias congénitas, com particular destaque para as neuploidias , afectam aproximadamente 2% dos recém-nascidos, constituindo causas frequentes de morbilidade e mortalidade. Actualmente, a avaliação do grau de risco para as aneuploidias mais prevalentes (T21, T13, T18) é efectuada através do “Rastreio Combinado do 1º Trimestre”, devendo as grávidas com risco acrescido ser sujeitas a exames invasivos (ex.biópsia das vilosidades coriónicas,amniocentese). Quanto mais qualidade existir num rastreio, menos falsos positivos existirão e menor o número de exames diagnósticos invasivos desnecessários. As doenças autoimunes são doenças inflamatórias crónicas em cuja fisiopatologia se encontram distúrbios da imunidade humoral e celular, dependentes de factores genéticos, hormonais,psicológicos e ambientais. Atingem mais o sexo feminino e durante a idade fértil,podendo influenciar o outcome da gravidez e a saúde neonatal causando significativa morbilidade e mortalidade. O lúpus eritematoso sistémico para além de potencialmente afectado pelas alterações imunoendócrinas fisiológicas da gravidez, associa-se frequentemente a problemas de fertilidade. Recentemente, foi sugerido que as anormalidades ocorridas durante a invasão precoce do sinciciotrofoblasto, resultando em deficiente diferenciação, deficiente maturação e diminuição na produção de hCG, poderão ser o mecanismo fisiopatológico primário para as perdas fetais no primeiro trimestre, nos doentes com SLE. A ocorrência de níveis elevados de hCG total e ß-hCG livre no rastreio para despiste de síndrome de Down do segundo e do primeiro trimestre foi assinalada em grávidas portadoras de lúpus, mas a escassez de estudos comprovativos e a pequena dimensão das amostras estudadas constituiu uma limitação significativa na fidedignidade dos resultados obtidos. Objectivos: O estudo teve como objectivos i. estabelecer valores normativos Portugueses e de distribuição para as MoM’s dos parâmetros séricos do primeiro trimestre, por semana de gestação:(PAPP-A e ß-hCG livre), ii. avaliar a influência que as doenças autoimunes têm sobre as MoM’s individuais dos parâmetros bioquímicos PAPP-A e/ou ß-hCG livre, utilizados no rastreio pré-natal combinado do 1º trimestre, e iii. saber se as doenças autoimunes podem condicionar um aumento da taxa de resultados falsos positivos, com consequente aumento do número de amniocenteses. Metodologia: Estudo longitudinal prospectivo, consistindo num rastreio pré-natal combinado de 1º trimestre para pesquisa de aneuploidias, em duas amostras provenientes do Reino Unido (n= 45,854) e de Portugal (n=3122). Foram avaliados parâmetros socio-demográficos, ecográficos, laboratoriais, e calculados os indicadores de desempenho do rastreio combinado. A execução analítica dos testes bioquímicos séricos (PAPP-A e ß-hCG livre) foi realizada no autoanalisador Brahms Kryptor e no autoanalizador 6000 Delfia Xpress. Compararam-se os grupos autoimune e não autoimune das amostras. Resultados: Relativamente às características populacionais, o grupo auto imune tinha valores significativamente superiores nas variáveis idade materna e idade gestacional. Comparando os grupos com e sem doença autoimune, constatou-se a existência de uma elevação das MoM’s da ß-hCG livre nas grávidas com doença autoimune, nomeadamente nos casos de lúpus eritematoso sistémico. Conclusões: os resultado obtidos reforçam a indicação do rastreio combinado do 1º trimestre certificado pela FMF nas grávidas com doenças autoimunes, nomeadamente para as doentes com LES; no entanto, devem ser calculados e introduzidos factores de correcção no algoritmo de risco, de modo a evitar a subida no número de resultados falso-positivos, e consequentemente a sobre- utilização de métodos invasivos.------------ ABSTRACT: Context: Congenital anomalies, with particular reference to aneuploidias, affect approximately 2% of newborns, and are frequent causes of morbidity and mortality. Currently, the risk evaluation for the most prevalent aneuploidias (T21, T13, T18) is carried out through the “combined first trimester screening”, and pregnant women with increased risk are subjected to invasive tests (e.g. villus biopsy done, amniocentesis). The more quality exists in a screening, less false positives exists and fewer unnecessary invasive diagnostic exams. Autoimmune diseases are chronic inflammatory diseases in whose pathophysiology are immune humoral and cellular disorders, dependent on genetic factors, hormonal, psychological and environmental factors. The disease is more prevalent among females, during the child-bearing age, and may influence the outcome of pregnancy and neonatal health causing significant morbidity and mortality. Lupus Erythematosus in addition to potentially affected by immunoendocrine physiological changes of pregnancy, is often associated with fertility problems. Recently, it has been suggested that the abnormalities that occurred during the early invasion of the syncytiotrophoblast, resulting in insufficient differentiation, deficient maturation and decrease in production of hCG may be the primary pathophysiological mechanism for fetal losses in the first quarter, in patients with SLE. The occurrence of elevated levels of total hCG and free ß-hCG in screening for Down’s syndrome of the second and first trimester was reported in pregnant women with lupus, but the paucity of supporting studies and the small size of the samples studied constituted a significant limitation on the trustworthiness of the results obtained. Objectives: this study aims to i. establish normative values for the serum parameters MoM’s (PAPP-A and free β-hCG) and it’s distribution, in the first trimester, by week of pregnancy; ii. assess the influence that the autoimmune diseases have on the MoM’s of individual biochemical PAPP-A and/or β-hCG, used in antenatal screening combined for the first trimester, and iii. whether the autoimmune diseases may make an increased rate of false positives, with consequent increase in the number of amniocenteses.Methodology: Prospective longitudinal study, consisting of a combined first trimester antenatal screening for aneuploidies lookup in two samples from the United Kingdom (n=45.854) and Portugal (n= 3.122). Socio-demographic, echographic and laboratory parameters were evaluated, and combined screening performance indicators were calculated. The analytical run of serum biochemical tests (PAPP-A and ß-hCG) was held at the Brahms Kryptor and in Delfia Xpress 6000. Comparisons between autoimmune group and non-autoimmune group were made. Results: Relating to population characteristics, the autoimmune group had significantly diferente values in the variables maternal age and gestational age. Comparing the groups with and without autoimmune disease, it was noted that there is an elevation of the MoM’s of free ß-hCG levels in pregnant women with autoimmune disease, particularly in cases of systemic lupus erythematosus. Conclusions: The results obtained reinforce the indication of FMF certified combined screening in pregnant women with autoimmune diseases, notably to the patients with SLE; However, correction factors should be calculated and entered in the risk algorithm, in order to avoid the rise in the number of false positive results, and consequently the over-use of invasive methods.
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Para determinar e analisar a distribuição espacial de populações silvestres de triatomíneos no Distrito Federal, Brasil, foram amostradas 150 palmeiras da espécie Mauritia flexuosa em seis veredas de diferentes paisagens (silvestre, rural e periurbana) na estação chuvosa. Os triatomíneos foram identificados morfologicamente, separados por sexo e estadio ninfal e examinados para verificar infecção por Trypanosoma cruzi e Trypanosoma rangeli. Vinte e oito (18,6%) palmeiras estavam infestadas por Rhodnius neglectus e 14 (9,5%) por Psammolestes tertius. A freqüência dessas espécies em palmeiras com e sem ninhos foi significativamente diferente, sendo superior nas palmeiras com ninhos de aves e mamíferos na copa. O maior número médio de insetos/palmeira foi observado nas áreas rurais, com estimativas de até 838 insetos/hectare. A composição etária das espécies apresentou um padrão diferente, Rhodnius neglectus com predomínio de ninfas e Psammolestes tertius com predomínio de adultos, sendo que muitos ovos de Rhodnius neglectus foram coletados indicando um evento reprodutivo em fevereiro de 2003. Entre os ninhos encontrados nas palmeiras, o do pássaro Phacellodomus ruber (Furnariidae) apresentou as maiores abundâncias de triatomíneos, ocorrendo em 42% das palmeiras. A abundância relativa de Rhodnius neglectus e Psammolestes tertius foi maior em áreas rurais que possuíram maior número de ninhos nas palmeiras e menor densidade de palmeiras por hectare. Nenhum dos 96 triatomíneos examinados estava infectado por Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma rangeli, apesar de encontrarmos infecção de Rhodnius neglectus por esses parasitas em estudos anteriores.
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Analisou-se características clínicas e evolutivas em crianças menores de um ano internadas com infecção do trato respiratório inferior por vírus sincicial respiratório (VSR). Feito estudo transversal com 89 lactentes hospitalizados durante as épocas de maior incidência do VSR, em 1997 e 1998, na cidade do Rio de Janeiro. Foram pesquisados antígenos virais, nas secreções de nasofaringe, com anticorpos monoclonais anti-VSR, antiinfluenza A e B e antiparainfluenza tipo 3, por ensaio de imunofluorescência indireta. Formaram-se três grupos: bronquiolite ou bronquite sibilante (n=44), pneumonia (n=26) e bronquiolite e pneumonia (n=19). Houve positividade para o VSR em 42 (47,1%) pacientes. Em 1997 a média de dias de oxigenoterapia foi de 5,2 e em 1998, de 2,5 dias (p> 0,05). Não houve diferença de apresentação clínica entre os lactentes que apresentaram positividade para o VSR e aqueles cujo resultado foi negativo. A sensibilidade e especificidade da sibilância em relação ao isolamento de VSR foram 85% e 65%, respectivamente. O VSR foi o principal causador de infeções do trato respiratório inferior em lactentes que necessitaram de hospitalização.
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A Amazônia é conhecida pela elevada ocorrência de hepatite B e suas seqüelas. Contribui também com mais de 98% dos casos de malária do país. Apesar de controvérsias, é proposto que quando associadas ocorram alterações na história natural das duas patologias. Este estudo estima a prevalência de prováveis coinfecções em população geral de área endêmica de ambas infecções na Amazônia Brasileira. A taxa de portadores do AgHBs encontrada foi de 3,3% (IC 95% 2,1% a 5,1%,), e a do anti-HBc total 49,9% (IC 95% 45,9% a 53,8%). A prevalência de anticorpos contra antígenos do Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum foi de 51,4% (311/605) (IC 95% 47,3% a 55,4%). Em relação à presença simultânea de anticorpos contra antígenos do Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum com marcadores do VHB, 1,8% (11/605), (IC95% 1,0% a 3,3%), apresentavam também o AgHBs, tendo estes em média 26 anos de idade (p<0,001). Este estudo aponta semelhanças na distribuição dessas enfermidades como, a ocorrência preferencialmente entre adulto jovens. Os eventos provavelmente ocorrem em momentos distintos. Mostra também diferenças como, o baixo risco de malária entre menores de quinze anos, onde o VHB circula com moderada intensidade. As taxas de coinfecções são provavelmente menores que as de portadores do AgHBs, apresentando padrão heterogêneo em relação ao espectro clínico da infecção pelo VHB.
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O Estado do Paraná registra anualmente uma média de 2.577 acidentes loxoscélicos por ano, logo o conhecimento da distribuição das espécies do gênero Loxosceles é extremamente importante para elaboração de ações de controle e manejo. Realizou-se o mapeamento das Loxosceles tombadas em diferentes coleções científicas. Foram registradas 1.561 aranhas, identificadas como Loxosceles intermedia (67%), Loxosceles gaucho (19,5%), Loxosceles laeta (10,8%) e Loxosceles hirsuta (2,4%), provenientes de 20 regionais de saúde e 69 municípios. Loxosceles intermedia ocorreu em todas as regiões do estado (50 municípios), enquanto Loxosceles gaucho ocorreu no norte e noroeste, (17 municípios), Loxosceles laeta no sul (13 municípios) e Loxosceles hirsuta nas regiões oeste e centro (10 municípios). No Paraná ocorrem quatro das oito espécies de Loxosceles registradas no Brasil. Estudos nos locais de incidência e levantamentos em áreas ainda não amostradas devem ser realizados, devido à importância médica que os acidentes causados por essas aranhas têm produzido.
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Os conhecimentos sobre a distribuição geográfica das espécies dos caramujos transmissores de Schistosoma mansoni são importantes para o controle e vigilância epidemiológica da esquistossomose mansônica. O estudo da situação no Estado de São Paulo, Brasil, demandou o exame dos caramujos de 8.771 lotes com amostras do gênero Biomphalaria, preservados em coleção de moluscos da Superintendência de Controle de Endemias. Os exames revelaram espécies dos caramujos transmissores da endemia em 3.712 lotes com 108.244 exemplares. As proporções foram de 225 (6%) lotes de Biomphalaria glabrata (Say, 1818), 3.402 (91,7%) de Biomphalaria tenagophila (d'Orbigny, 1835) e 85 (2,3%) de Biomphalaria straminea (Dunker, 1848), cada espécie respectivamente com 8.002 (7,4%), 88.068 (81,4%) e 12.174 (11,2%) exemplares. A distribuição geográfica de B. glabrata e B. tenagophila apresenta criadouros muito agregados. No caso de B. tenagophila, a maior compactação de criadouros coincide em regiões com elevados níveis de urbanização, muito conurbadas e poluídas. Já B. straminea, encontrada em criadouros das áreas de drenagem de todas as bacias hidrográficas, mostra uma disseminação mais rarefeita. Presume-se que devido às maiores facilidades do contato parasita/hospedeiros, os agregados de criadouros de B. glabrata e B. tenagophila sejam propícios à preservação das áreas endêmicas de S. mansoni em São Paulo.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil – Perfil Construção
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A leishmaniose visceral é considerada atualmente uma doença emergente e reemergente, em zonas rurais e urbanas, tanto em área domiciliar quanto peridomiciliar. Este trabalho teve como objetivo verificar a distribuição espacial de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi no Estado de Mato Grosso. Os dados de 1996 a 2004 foram obtidos junto ao Laboratório de Entomologia, cujas capturas foram realizadas com armadilha de luz CDC. Foram pesquisados 68 dos 139 municípios do estado. Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi ocorreram em 23 e 22 municípios, respectivamente. Os resultados demonstraram a grande ocorrência de Lutzomyia longipalpis nas áreas com bioma de floresta, de transição e de cerrado. Lutzomyia cruzi ocorreu principalmente em municípios com área de pantanal e cerrado. A verificação da distribuição da população de vetores no estado e os biomas preferenciais proporcionam indicar áreas vulneráveis e/ou receptivas para a transmissão da doença.