718 resultados para Migrantes
Resumo:
A centralidade na família é uma das principais diretrizes adotadas pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS) implementada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A noção de matricialidade sociofamiliar configura-se como base para a formulação de serviços específicos de abordagem familiar nos níveis de proteção social básica e especial, que visam o acompanhamento longitudinal de famílias em situação de vulnerabilidade social, definida neste contexto pela condição de desvantagem em decorrência da pobreza, da privação de renda e de acesso aos serviços e bens públicos, da fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento. Objetivou-se com esse estudo identificar como as mulheres usuárias do SUAS percebiam e definiam as vulnerabilidades do próprio núcleo familiar, assim como verificar se a concepção de vulnerabilidade social proposta pela PNAS é condizente com as problemáticas apresentadas pelas famílias usuárias do SUAS. A pesquisa qualitativa foi executada por meio de entrevistas de longa duração com temas advindos da observação participante realizada ao longo de três anos de acompanhamento de mulheres usuárias do SUAS por meio de abordagem grupal em serviço de Assistência Social do bairro do Butantã na cidade de São Paulo. Participaram do estudo oito mulheres, acima de 18 anos, usuárias do SUAS e residentes da zona oeste de São Paulo. As depoentes têm entre 35 e 51 anos de idade, estudaram entre a 5ª e a 8ª série do Ensino Fundamental II, cinco delas são migrantes, quatro vivem com os companheiros e filhos e quatro residem com os filhos em uma organização familiar monoparental, três são beneficiárias da Previdência Social, duas estão inseridas em trabalhos formais, duas em trabalhos informais e uma não trabalha. Todas relataram ter sofrido episódios de violência e violação de direitos, principalmente observados na dificuldade de acesso a serviços sociais básicos. Os depoimentos marcaram dificuldades experimentadas ao longo da vida das mulheres e a tônica dos relatos destacou as preocupações atreladas ao papel de mãe e à luta cotidiana que enfrentam para educar, orientar, sustentar e estar junto aos filhos, sobretudo daqueles que se encontram na fase da infância e da adolescência. À luz da noção de enraizamento, proposta por Simone Weil, foi possível identificar que as depoentes apresentam e enfrentam cotidianamente dificuldades ligadas ao desenraizamento urbano, elucidado especialmente na carência de participação comunitária e política. Nesse cenário, a condição de vulnerabilidade pela qual as famílias são definidas no âmbito da política de assistência social, revela certa ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que permite oferecer a essas famílias alguma modalidade de apoio também as coloca numa posição estigmatizada de beneficiárias das políticas públicas. Com isso, considerou-se que apesar da concepção de vulnerabilidade proposta pela PNAS ser condizente com as problemáticas apresentadas pelas usuárias, verifica-se uma lacuna em relação à dimensão subjetiva da formação de cada grupo familiar e suas necessidades específicas a fim de apoiá-los para a promoção de uma mudança efetiva
Resumo:
Refugiados ambientais são refugiados não convencionais e são migrantes forçados, interna ou internacionalmente, temporária ou permanentemente, em situação de vulnerabilidade e que se veem obrigados a deixar sua morada habitual por motivos ambientais de início lento ou de início rápido, causados por motivos naturais, antropogênicos ou pela combinação de ambos. Embora não existam reconhecimento e proteção específica para esses migrantes no direito internacional em escala global, alguns instrumentos jurídicos regionais e leis nacionais assim o fazem. Argumenta-se, nesta tese de doutorado, que os refugiados ambientais possuem modos de proteção geral em certas áreas do direito internacional e que as possibilidades atuais e futuras de proteção específica podem ser encontradas nas fontes primárias do direito internacional, indicadas no artigo 38(1) do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Foram identificadas sete vias de proteção dos refugiados ambientais no direito internacional e no direito interno estatal: (i) a via da ação humanitária, (ii) a via da proteção complementar, (iii) a via da legislação nacional, (iv) a via da justiça climática, (v) a via da responsabilidade compartilhada, (vi) a via da judicialização do refúgio ambiental e (vii) a via do tratado internacional. Sugere-se, ainda, o estabelecimento de uma governança migratória-ambiental global baseada nos regimes internacionais e na ação dos atores nos níveis local, nacional, regional e internacional para a execução das formas de proteção e para o atendimento das necessidades dos refugiados ambientais no mundo.
Resumo:
Se presenta un trabajo de investigación en el que se tratan de conjugar los factores determinantes del asociacionismo migrante con el proceso migratorio de los colombianos establecidos en la Comunidad de Madrid. La propuesta responde tanto a algunos vacíos encontrados en la literatura académica, como a ciertas observaciones empíricas. En los trabajos sobre asociaciones de inmigrantes, éstas tienden a ser analizadas como entidades representativas de unas bases sociales a las que se identifica con colectividades étnicas. Las asociaciones aparecen como estructuras intermedias de integración y de cooperación, ya sea mediante la provisión de servicios públicos o como interlocutores con los gobiernos de los países de origen y destino. Incluso los estudios desde enfoques reticulares tienden a identificar a las asociaciones con las redes migratorias. Sin embargo, estudios recientes sobre el asociacionismo migrante en España indican una escasa participación de los inmigrantes en este tipo de organizaciones y una precariedad estructural que hace dudar de su efectividad como representantes colectivos. Este hecho choca a su vez con una observación empírica: la de la alta proliferación de organizaciones constituidas por inmigrantes en España durante los últimos años, especialmente entre 2005 y 2010. A partir de esa fecha, y a pesar del descenso del número de inmigrantes, han continuado registrándose nuevas asociaciones, ajenas a la supuesta falta de representatividad y a las carencias estructurales señaladas en los estudios. Esto invita a preguntarse por las funciones del asociacionismo, no de cara a sus posibles beneficiarios, sino para sus propios miembros: ¿qué peculiaridades tiene la estructura asociativa para que se convierta en un recurso tan recurrentemente utilizado por los migrantes? Las organizaciones de la sociedad civil se caracterizan por ser capaces de producir tanto bienes de utilidad pública como bienes privados para los miembros del grupo. Entre los primeros, existe un amplio consenso académico en que las asociaciones se ajustan a las necesidades que afrontan los migrantes a lo largo del proceso migratorio, comenzando con su acomodación en el país de destino, finalizando con el eventual retorno, y pasando por el mantenimiento de vínculos de distinto tipo con las comunidades de origen. Entre los segundos, un buen número de trabajos han tratado de definir los perfiles de los líderes migrantes, pero hay un factor que, tal vez por evidente, ha pasado desapercibido con frecuencia: su propia condición migrante...
Resumo:
A estrutura populacional e o desequilíbrio de ligação são dois processos fundamentais para estudos evolutivos e de mapeamento associativo. Tradicionalmente, ambos têm sido investigados por meio de métodos clássicos comumente utilizados. Tais métodos certamente forneceram grandes avanços no entendimento dos processos evolutivos das espécies. No entanto, em geral, nenhum deles utiliza uma visão genealógica de forma a considerar eventos genéticos ocorridos no passado, dificultando a compreensão dos padrões de variação observados no presente. Uma abordagem que possibilita a investigação retrospectiva com base no atual polimorfismo observado é a teoria da coalescência. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar, com base na teoria da coalescência, a estrutura populacional e o desequilíbrio de ligação de um painel mundial de acessos de sorgo (Sorghum bicolor). Para tanto, análises de mutação, migração com fluxo gênico e recombinação foram realizadas para cinco regiões genômicas relacionadas à altura de plantas e maturidade (Dw1, Dw2, Dw4, Ma1 e Ma3) e sete populações previamente selecionadas. Em geral, elevado fluxo gênico médio (Μ = m/μ = 41,78 − 52,07) foi observado entre as populações considerando cada região genômica e todas elas simultaneamente. Os padrões sugeriram intenso intercâmbio de acessos e história evolutiva específica para cada região genômica, mostrando a importância da análise individual dos locos. A quantidade média de migrantes por geração (Μ) não foi simétrica entre pares recíprocos de populações, de acordo com a análise individual e simultânea das regiões. Isso sugere que a forma pela qual as populações se relacionaram e continuam interagindo evolutivamente não é igual, mostrando que os métodos clássicos utilizados para investigar estrutura populacional podem ser insatisfatórios. Baixas taxas médias de recombinação (ρL = 2Ner = 0,030 − 0,246) foram observadas utilizando o modelo de recombinação constante ao longo da região. Baixas e altas taxas médias de recombinação (ρr = 2Ner = 0,060 − 3,395) foram estimadas utilizando o modelo de recombinação variável ao longo da região. Os métodos tradicional (r2) e via coalescência (E[r2 rhomap]) utilizados para a estimação do desequilíbrio de ligação mostraram resultados próximos para algumas regiões genômicas e populações. No entanto, o r2 sugeriu padrões descontínuos de desequilíbrio em várias ocasiões, dificultando o entendimento e a caracterização de possíveis blocos de associação. O método via coalescência (E[r2 rhomap]) forneceu resultados que pareceram ter sido mais consistentes, podendo ser uma estratégia eventualmente importante para um refinamento dos padrões não-aleatórios de associação. Os resultados aqui encontrados sugerem que o mapeamento genético a partir de um único pool gênico pode ser insuficiente para detectar associações causais importantes para características quantitativas em sorgo.
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La migración es una respuesta a cambios estacionales del clima generando desplazamientos periódicos entre hábitats de cría y de invernada, permitiendo así el uso temporal de los recursos disponibles. La migración implica unos costes energéticos muy elevados, un aumento de la depredación potencial, variaciones ambientales y una disponibilidad de alimento impredecible a lo largo de la ruta migratoria; por lo que es una de las actividades más desafiantes de su ciclo vital. A pesar de ello, los beneficios de la migración compensan sus costes. La migración está programada genéticamente, siendo relativamente constante en su momento, distancia y dirección. Por otro lado, ambiente juega un papel predominante en algunas poblaciones, pudiendo modificar el comportamiento migratorio de una estrategia parcial o facultativa a un modo de vida sedentario. Con el fin de describir el origen y evolución del comportamiento migratorio en aves, se ha propuesto un “modelo de umbral” genético para determinar si un ave es migrante o sedentaria. Dentro de una variable continua (p.ej. la concentración de proteínas u hormonas), este modelo asume que existe una actividad migratoria subyacente implicada en su expresión génica. Este umbral divide cada variable en categorías dicotómicas que definen el fenotipo de un individuo. Los ejemplares sin actividad migratoria muestran valores por debajo de este umbral, siendo clasificados como sedentarios, mientras que los ejemplares migrantes muestran valores por encima del umbral definido. Los cambios de estrategia vital no dependen únicamente de la posición del umbral determinado genéticamente sino también de las variables ambientales, por lo que dichas variaciones deben ser añadidas al modelo. Este modelo de umbral ambiental predice que el carácter migratorio de los individuos situados en los extremos de distribución no se encuentra afectado por los factores ambientales, mientras que aquellos más próximos al umbral pueden más fácilmente cambiar su estrategia migratoria...
Resumo:
En este trabajo se investiga sobre las razones que inducen a los migrantes a realizar migraciones múltiples. Tras el análisis descriptivo de las características de estos inmigrantes, se especifica un logit binomial y un probit multinomial en los que la probabilidad de volver a emigrar depende de las características personales y de las cadenas migratorias de orígenes y destinos. La información utilizada procede de los microdatos de la Estadística de Variaciones Residenciales. Los resultados indican que las migraciones repetidas de españoles y extranjeros responden a motivos diferentes. El análisis sugiere que las reemigraciones de los extranjeros obedecerían a los resultados de sus experiencias laborales, mientras que en las de los españoles parecen hallarse otros motivos adicionales.
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A pesar del interés que despierta el fenómeno de las migraciones cualificadas, es difícil encontrar datos que permitan realizar un análisis detallado de los factores que condicionan la movilidad. El caso español constituye un ejemplo de la modificación cualitativa en la composición de las migraciones de sur a norte en Europa tras el ingreso en la Comunidad Económica Europea. No se produjeron migraciones masivas de trabajadores sin cualificación; sin embargo, sí se alteró drásticamente su composición: la migración no cualificada fue sustituida por migración cualificada de España a Alemania y Francia. Esta migración queda ocultada por la llegada masiva de inmigrantes a España. Empleando los datos de la encuesta EIMSS, se analizan las diferencias de las condiciones de egreso y movilidad entre los dos tipos de migrantes, cualificados y no cualificados.
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La existencia de un alto número de refugiados o personas desplazadas internamente en un país se considera un indicador primario de inestabilidad. Según este criterio, y todos los demás, Yemen es uno de los Estados más frágiles del mundo. Se sabe menos acerca de cómo el contexto afecta la vulnerabilidad de refugiados, desplazados internos y migrantes y qué se puede hacer para fortalecer su protección.
Resumo:
Cuando un migrante llega a una sociedad distinta, debe elegir cómo vivir en ella. En esta elección cuentan su pasado, su presente y especialmente su futuro en términos de expectativas de movilidad. Comprender cómo viven los residentes extranjeros en su país de destino implica considerar conceptos clave como procesos de socialización, shock cultural, competencia intercultural o procesos de aculturación que implican aprender nuevas competencias culturales. A partir de los datos de la Encuesta Social de Migraciones Internas Europeas (EIMSS) este trabajo se centra en el análisis de dos dimensiones, la integración cultural y la integración social, que van a caracterizar el modo en que los migrantes europeos viven en su nuevo entorno social, y su relación con la percepción de la discriminación que tiene el migrante o su adaptación psicológica, en términos de nostalgia y satisfacción con la vida.
Resumo:
Desde 2004, Médicos Sin Fronteras (MSF) ha proporcionado apoyo médico y psicosocial a los solicitantes de asilo y migrantes retenidos en diferentes centros de detención de inmigrantes en toda Europa (en Grecia, Malta, Italia y Bélgica), donde la vida, la salud y la dignidad humana de las personas vulnerables se ponen en riesgo.
Resumo:
El Instituto Nacional de Estadística ha decidido elaborar una nueva Estadística de Migraciones utilizando como base la Estadística de Variaciones Residenciales. En este artículo se aportan algunos argumentos que apoyan esta decisión, ante la persistente falta de coherencia entre las fuentes del sistema estadístico español para captar la movilidad. En particular, se profundiza en los problemas de subestimación e inconsistencia interna de la Encuesta de Población Activa para medir la inmigración, a la vista de las diferencias entre las tres series de flujos de inmigración internacional que es posible estimar a partir de la misma.
Resumo:
Las condiciones de las que han huido la mayoría de los migrantes a causa de las crisis – ver su vida, su salud, su seguridad física y/o su subsistencia amenazadas – tienden a reproducirse de un modo u otro en sus destinos urbanos, al menos en parte por su presencia.
Resumo:
Si bien los refugiados del mar con frecuencia huyen de una situación de crisis, comparten su modalidad de viaje con muchos tipos de migrantes. Aún queda mucho por hacer para responder a la migración irregular por vía marítima de manera que se protejan los derechos fundamentales y se respete la dignidad humana, aunque parece faltar voluntad política para ello.
Resumo:
Introducción: En este estudio se investigan los efectos de la crisis económica en los flujos migratorios internacionales. Específicamente, se realiza un análisis comparado sobre los comportamientos en la movilidad residencial de los principales grupos de residentes a partir de las Estadísticas de Variaciones Residenciales (EVR) de 2005 a 2010 en Alicante. Método: Se analizan los microdatos de las EVR para comparar las entradas y salidas de inmigrantes procedentes de los países que aglutinan a las personas que se trasladan orientadas por motivos más cercanos a la esfera del ocio que a la del trabajo, con el grupo de nacionalidades que concentra a la mayoría de los inmigrantes laborales que llegaron atraídos por las ofertas de empleo generadas con la expansión del sector inmobiliario. Resultados: Entre los años 2007 y 2009 se redujeron mucho las variaciones residenciales de entrada en la provincia Alicante desde el extranjero, mientras que se incrementaron las variaciones relacionadas con las salidas. Aunque existen diferencias en el balance de entradas y salidas según la zona de la provincia, la nacionalidad y la edad de los migrantes, la crisis parece asociarse con una tendencia a la reducción del número de residentes extranjeros en general. Discusión o Conclusión: Se concluye que la crisis no sólo ha generado un éxodo de los ciudadanos con menos recursos económicos, también ha provocado la salida masiva de aquellos otros inmigrantes cuya presencia en España se asocia con el consumo.
Resumo:
El trabajo de Cáritas Luxemburgo con los refugiados, desplazados internos y migrantes en Colombia, Líbano y Luxemburgo ofrece algunos ejemplos de cómo una organización confesional se puede ver favorecida o desfavorecida por su carácter religioso y de cómo debe adherirse a los estándares humanitarios.