1000 resultados para Representações sociais
Resumo:
Este estudo trata da comunicao face a face nas organizaes sob diferentes abordagens tericas. Considera a perspectiva da simultaneidade dos meios, j que as empresas utilizam diversos canais para dialogar com seus pblicos de interesse. Leva em conta o fenmeno da midiatizao, que reestrutura o modo como as pessoas se relacionam na sociedade contempornea. O objetivo geral da pesquisa sistematizar papeis potencialmente exercidos pela interao face a face e conhecer algumas circunstncias que envolvem sua prtica nas organizaes. Por se tratar de uma tese terica, a pesquisa bibliogrfica se apresenta como um dos principais procedimentos metodolgicos; anlises de casos empricos e um estudo de caso desenvolvido na Embrapa Pantanal constituem situaes ilustrativas. Conclui-se que a comunicao face a face nas empresas ocorre de forma simultnea e combinada a outros canais de comunicao, porm, ela proporciona resultados prticos e filosficos ainda pouco explorados. rara a utilizao estratgica de contatos presenciais como mecanismo para estabelecer relacionamentos, conhecer as reaes alheias e ajustar a comunicao, aliar o discurso corporativo s prticas empresariais e avaliar o contexto onde se desenvolvem as interaes, o que pode ser decisivo para a comunicao organizacional.
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O contexto batista predominantemente marcado por lideranas masculinas, destinando s mulheres apenas lugares e comportamentos socialmente estabelecidos, como a casa, o cuidado, a maternidade, a submisso, entre outras caractersticas que enfatizam a hierarquia de gnero. Mesmo diante do desenvolvimento econmico e da ocupao que as mulheres esto conquistando no campo pblico, a igreja e principalmente as igrejas batistas, permanecem fundadas em alicerces que exaltam o poder masculino em detrimento do lugar que deve ser ocupado pelas mulheres, ou seja, onde elas decidirem atuar. Caso elas decidam atuar num campo predominantemente masculino, tero que lidar com a desconstruo de um pensamento socialmente permeado de dominao masculina e com a rdua construo de um pensamento que vise a igualdade de gnero. O objeto desta pesquisa o ministrio pastoral feminino no contexto batista brasileiro. O texto analisa o discurso das Pastoras Batistas do Estado de So Paulo e o discurso dos lderes da Ordem dos Pastores Batistas de So Paulo (OPBB-SP) a respeito do ministrio pastoral feminino e a no filiao de mulheres na OPBB-SP. A importncia deste trabalho a de demostrar as relaes de micro poder existentes entre pastores e pastoras e concomitantemente as desigualdades dentro do contexto batista com relao ao ministrio pastoral feminino. Essa afirmao se consolida por meio das anlises das entrevistas semiestruturadas que realizei na pesquisa de campo, com sete pastoras batistas do Estado de So Paulo, bem como com trs lderes da OPPB-SP. Esta uma pesquisa qualitativa, em que foram analisados documentos oficiais da igreja, como pautas de convenes, atas, sites institucionais, peridicos e documentos no oficiais encontrados em redes sociais, blogs, jornais online, entre outros. Posso afirmar que as pastoras batistas esto se mobilizando para cumprir sua vocao, usando argumentos transcendentes que impedem qualquer pessoa de desafiar ou duvidar de seu chamado pastoral, pois: O vento sopra onde quer; ouve-se o rudo, mas no sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele(a) que nasceu do Esprito. (Joo 3.8).
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Introduo - O abuso sexual de crianas constitui um problema de sade pblica, com aproximadamente 73 milhes de casos de meninos e 150 milhes de meninas registrados anualmente no mundo. O abuso sexual gera consequncias negativas e condutas de risco que contribuem com algumas das principais causas de morte, doena e deficincia nas vtimas do abuso. Pais ou cuidadores primrios so fundamentais no processo de orientao e de cuidado das crianas abusadas, no sentido de prevenir as consequncias cognitivas, comportamentais e emocionais evidenciadas no futuro dessas crianas. Entretanto, as habilidades das famlias de cuidadores para lidar com a problemtica ainda so insuficientes. Objetivo - Descrever os processos e significados da experincia vivida pelos pais ou cuidadores primrios de crianas abusadas sexualmente. Mtodo - Os dados empricos foram tratados utilizando-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), fundamentado na Teoria das Representações Sociais, que viabiliza a emergncia das representações sociais por meio da construo dos discursos coletivos obtidos de depoimentos de um grupo especfico. Foram avaliados 60 pais ou cuidadores primrios no estupradores, que responderam cinco situaes-problema, cada uma com questes correspondentes, residentes nos municpios de Cajic e Tabio de Bogot, Colmbia. O processamento e a anlise dos dados foram realizados no sofware Qualiquantisoft, associado metodologia do DSC. Resultados - Na primeira situao-problema, que aborda o porqu do silncio do filho sobre o abuso, os entrevistados enfatizaram que fundamental o relacionamento pais e filhos (45,7 por cento , n = 43), bem como melhorar o papel de pais por meio da escuta, do dilogo e do confiar, dedicando mais tempo s crianas; tambm acham que o silncio se deve ao medo por parte das crianas e a ameaas e intimidao por parte do abusador, Na situao-problema 2, relativa identificao do abuso sexual como problema real, o significado atribudo configura cadeias que se repetem por transmisso intergeracional (26,9 por cento , n = 21). Na situao-problema 3, o que fazer no futuro, 53,3 por cento dos entrevistados (n = 32) acham que a criana est comprometida comportamentalmente e enfatizam a homossexualidade com perda da identidade como consequncia da violncia sexual. Na situao-problema 4, que enfatiza o papel da rede social quanto ao cuidado da criana, os entrevistados acreditam que a soluo dar proteo (29,1 por cento ; n = 32), com aes que visem a afastar a criana do ambiente agressor, dar orientao, apoio e segurana criana e famlia. A quinta situao-problema que diz respeito ao cuidado das crianas abusadas; 34,26 por cento dos entrevistados (n = 37) enfatizam o apoio e a ajuda com a intervenincia da rede de apoio social e afetivo. Concluso - Para os pais ou cuidadores primrios de crianas abusadas sexualmente, os significados se expressam como afetivo, coragem, superao, no ter medo e saber reconhecer as falhas dos pais. Em funo dos resultados, que identificam posturas tradicionais dos respondentes, recomenda-se programas inovadores com um alto componente educativo, onde se contextualize o abuso sexual por meio de situaes reais em escolas, delegacias, nas famlias e na comunidade, com intervenincia das redes de apoio social; enfatiza-se igualmente a necessidade de formao mais humanizada dos profissionais de apoio social.
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Esta Tese apresenta um estudo sobre a formao inicial de professores de Qumica em 10 diferentes universidades pblicas brasileiras, estabelecidas em 7 diferentes estados e abrange 217 estudantes de licenciatura. Analisou-se a influncia do \"Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia\" - PIBID - na composio do Ncleo Central (NC) da Representao Social (RS; (MOSCOVICI, 1978) desses Licenciandos sobre o ser \"professor de Qumica\". Para alocar um termo na zona de centralidade de uma RS necessrio identificar o valor simblico do termo, refletido em sua salincia, a qual indicada pela relao entre freqncia e Ordem Mdia de Evocao e, pelo poder associativo, refletido na conexidade e na categorizao temtica dos termos. Para a coleta de informaes, empregou-se um questionrio, com 20 questes, das quais apenas 5 fazem referncia especfica tarefa de livre associao de palavras a partir do termo indutor \"professor de Qumica\", enquanto as demais se referem caracterizao do grupo social. As concluses deste estudo emergiram da comparao entre o NC da RS de alunos participantes do PIBID (118) com aquele de licenciandos que jamais participaram do Programa (99). Para os alunos participantes dos sub-projetos PIBID-QUMICA, os termos do NC da RS investigada so: dedicado, experimentao, responsabilidade. Para o sub-grupo no/PIBID, os termos salientes e com conexidade suficiente para expressar sua centralidade na RS so: dedicado, experimentao, inteligente. Portanto, a zona de centralidade da RS dos dois sub-grupos diferente, devido a dois termos: responsabilidade e inteligente. O primeiro termo destacado exclusivo do NC do sub-grupo PIBID, enquanto o ltimo ocorre apenas no NC do sub-grupo no/PIBID. Vale salientar que para o sub-grupo PIBID o termo experimentao apresenta salincia e conexidade expressivos e, para o outro sub-grupo, o termo mais saliente e conexo dedicado, o que reflete uma diferena qualitativa na organizao interna da estrutura das RS, resultado que os caracteriza como diferentes grupos sociais, cada um com uma RS para o ser \"professor de Qumica\". A presena de termos diferentes na zona de centralidade das RS indica que o processo de formao desenvolvido no mbito do PIBID expressa a importncia da vivncia das diferentes prticas pedaggicas junto Escola Bsica durante a formao inicial para a docncia em Qumica, o que no ocorre para o sub-grupo no/PIBID at o momento dos estgios docentes, que demoram muito para acontecer nas Licenciaturas convencionais. No caso do sub-grupo no/PIBID, forte a presena de termos ligados idia de \"vocao\" na docncia, expressando aspectos histricos resistentes mudana no processo de formao de professores.
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O shopping center ainda , sem dvida nenhuma, um local atraente para os clientes realizarem suas compras. O mix de lojas presentes neste modal varejista, responsvel pela oferta de servios como estacionamento, entretenimento, alimentao, alm de uma gama interminvel de todo tipo de mercadoria que se possa imaginar, o responsvel por atrair, todos os dias, milhares de clientes para seu interior. No obstante todas essas facilidades, os lojistas de shopping centers esto enfrentando uma forte concorrncia de outros modais varejistas como as vendas diretas (por meio de demonstradores), as compras eletrnicas; a venda automtica (por meio das mquinas de venda) e os servios de compras (varejo sem loja que atende a clientes especficos). Em funo disso, este trabalho props-se a discutir como as lojas poderiam atrair uma maior ateno de seus clientes por intermdio do valor percebido por eles. Este valor, sob a perspectiva do benefcio, deriva da avaliao global do cliente quanto s vantagens que ele ganha ao ponderar os benefcios e os sacrifcios percebidos quando adquire produtos. Tais sacrifcios podem ser de ordem no monetria (custos de transao, pesquisa, negociao, tempo incorrido na aquisio do produto etc.). Tambm se estudou o impacto deste valor na fidelizao do cliente a certa loja. Aps extensa consulta bibliogrfica sobre os conceitos apresentados, adotou-se a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para se analisar os resultados obtidos na coleta dos dados por meio de entrevista com clientes fiis de lojas situadas em shoppings. O DSC apoia-se na teoria da representao social, de Jodelet, segundo a qual grupos sociais especficos compartilham ideias e valores comuns em um dado momento. Ele busca, portanto, estabelecer um caminho sistemtico para descobrir estas representações sociais destes grupos especficos no que tange aos temas propostos. Os resultados apresentados revelaram que o ambiente da loja e sua imagem influenciaram, muito positivamente, a percepo dos clientes como atributos importantes para se gerar valor percebido, enquanto o prestgio e o local onde a loja est situada dentro do shopping foram avaliados por eles como caractersticas medianamente influenciadoras neste sentido. Alm disso, verificou-se que o valor percebido pelo cliente influencia, positivamente, em sua deciso de se tornar fiel a determinada loja. No final, foram lembradas aes de marketing que poderiam ser desenvolvidas pelos gestores de loja a fim de alavancarem o valor de loja percebido pelo cliente, na perspectiva dos benefcios, vital sua fidelizao.
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O pensamento cultural medieval aparece-nos como herdeiro da Antiguidade Clssica, da sua filosofia, cincia, arte e mitos. Todos estes conceitos traduzem-se com facilidade para as elites intelectuais crists e muulmanas, que os conservam e integram em elementos da sua prpria cultura. A ideia do mar, em especial o mar dito aberto como o Oceano Atlntico, marcada pelo maravilhoso. Em plena Idade Mdia o Oceano Atlntico surge como territrio de Caos, envolto em mistrio. O Oceano Atlntico local das mais variadas manifestaes do fantstico. Desta forma, as ilhas atlnticas, contidas neste vasto oceano, so elas prprias impregnadas de um carcter maravilhoso. Tentaremos, ao longo desta dissertao de mestrado, abordar a questo das ilhas atlnticas e das suas caractersticas a nvel de imaginrio. Este exerccio ser feito, sempre que possvel, fazendo o cruzamento de fontes de origem islmica e de origem crist. Desta maneira, surgir uma imagem comum em relao ao imaginrio do Oceano Atlntico e, em especial, das ilhas neste contidas. O objetivo principal deste trabalho verdadeiramente demonstrar pontos de aproximao entre relatos e mapas, de origem crist e islmica, ligados a ilhas fantsticas e, ao mesmo tempo, reais. Veremos que as duas categorias, do real e do imaginrio, sobrepem-se diversas vezes, sendo que no se conseguem muitas vezes distinguir a nvel das fontes. Desta forma, relatos de navegaes atlnticas como a de So Brando (de origem celto-crist) ou a dos Aventureiros de Lisboa (originria no al-Andalus,) so reveladoras das atitudes e ideias na Idade Mdia em relao ao Atlntico e s suas ilhas.
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Ao escolher o tema Gnero e Poder em Instituies Teolgicas Protestantes da Grande So Paulo, a inteno problematizar as relaes de gnero nestes ambientes, a partir da realidade social diferenciada em que vivem homens e mulheres na docncia. Partimos do pressuposto que h relaes de poder a engendradas que encurralam as mulheres naquele gueto de disciplinas que denominamos femininas , bem como um jogo de representações sociais que justificam a estereotipao das disciplinas e naturalizao destas disparidades, uma vez que o poder a todo tempo se serve da diferena para referendar a dominao e a supremacia de um sobre outro, neste caso de homens sobre mulheres. A noo de gnero no enfrentamento do problema mulherSeminrio tem um lugar central quando se quer descobrir o modo pelo qual os saberes e as prticas produzidas nestes ambientes esto estreitamente ligados produo social do feminino e do masculino - enquanto categorias consideradas atemporais e permanentes - e as relaes de poder endgenas a instituio, posto que parte de um sistema religioso, onde a poltica da dialtica constante, pois um ratifica o outro, ou seja, o Seminrio s tem a fora de excluso que tem porque encontra legitimidade na Igreja. Todavia, ainda que as diferenas formais permaneam, formas de resistncia sempre surpreendem a dominao, especialmente pela sutileza com que se firmam. A presena de mulheres nos Seminrios, algo raro h alguns anos, pode ser lida com uma estratgia para irromper a dominao, sendo um meio seguro de entrar num espao essencialmente masculino.
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O objetivo central desta tese investigar o potencial de transformao social da organizao no-governamental, ligada a CNBB(Confederao Nacional dos Bispos do Brasil).- Pastoral da Criana - para a libertao de mulheres que l atuam, das relaes de dominao e opresses inerentes ao contexto kyriarchal. Esta pesquisa procura considerar o espao religioso subjacente organizao em decorrncia das influncias das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e do MRCC (Movimento de Renovao Catlica Carismtica). feita pesquisa de campo na regio de Curitiba com observaes e entrevistas semi-estruturadas com doze mulheres atuando na Pastoral da Criana, valorizando-se a relao intersubjetiva entre pesquisadora e pessoas envolvidas na pesquisa. A anlise qualitativa de dados em relao ao marco terico feminista desenvolvido em Cincias Sociais pela sociologia, psicanlise e tambm a teologia, mostra o discurso das representações sociais das mulheres envolvidas, a percepo de suas prprias identidades e a importncia da organizao na construo de suas vidas. Nos traz a concluso que a organizao reproduz o perfil tradicional de mulheres na funo materna e facilita a formao de redes comunitrias. Averigua-se que a Pastoral da Criana est vinculada ao sistema neoliberal de pensamento que reproduz os discursos de dominao do sistema kyriarchal da hierarquia da Igreja Catlica e da medicina higienista. Essas instituies de apropriam da vida e dos corpos das mulheres e os reduzem s suas funes meramente biolgicas, reprodutivas e de cuidados. A Pastoral da Criana caracterizada por atividades que no consideram as causas estruturais da pobreza, mas apenas tentam amenizar os seus efeitos e conseqncias. Em suas capacitaes, a organizao usa a forma bancria de educao que reproduz as relaes de dominao e dependncia de mulheres pobres. A organizao, mesmo com a estrutura da ideologia religiosa analisada, no est vinculada sistematicamente em um espao religioso. Sugere-se em relao situao da organizao, a abertura das idias e valores feministas nos campos da sade e religio a fim de promover a libertao e empoderamento reais de mulheres pobres. Esta recomendao est ligada com a abertura, a necessidade de reflexo e de conhecimento, mostradas pelas mulheres entrevistadas durante a pesquisa de campo. Considera-se como limitao aos resultados da pesquisa, o local pesquisado por no ter influncias de movimentos sociais.(AU)
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Essa dissertao tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociolgica, um fenmeno social: o da violncia domstica entre mulheres evanglicas. Fenmeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaos e lugares, inclusive nos religiosos, no inquietam o bastante e nem fomentam uma discusso mais intensa e rigorosa. Ser, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representações de gnero estruturam suas prprias vidas para lidarem com a questo da violncia sofrida no espao que deveria ser o lcus do afeto, do desenvolvimento da confiana, da auto-estima, do acolhimento, da compreenso e respeito, do ninho de amor e que so antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianas, no local para o qual gostariam de no voltar. Procuraremos compreender como a religio evanglica, de maneira sutil, simblica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prtica pastoral, nos aconselhamentos ou na prpria dinmica da comunidade, trata a violncia domstica contra mulheres, solicitando o silncio, a submisso, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertao de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silncio pela promessa de uma famlia feliz. Invocao de representações sociais para justificarem ou ocultarem prticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? So de fato cmplices da violncia sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e no rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua insero religiosa est relacionada com essa situao de violncia? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Ncleo de Defesa e Convivncia da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situao de violncia domstica e sexual. Ao constatarmos o significativo nmero de mulheres evanglicas que ali so atendidas, nos propusemos analisar as representações religiosas de gnero e sua relao com a violncia domstica.(AU)
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Os textos bblicos so o resultado de um processo histrico-literrio no qual as sociedades e as culturas se fazem presentes pelas construes e representações simblicas, pelas linguagens e pelos discursos. Desse modo, na pesquisa bblica torna-se imprescindvel o estudo das fontes do cristianismo primitivo por meio de conceitos histrico-antropolgicos que possibilitem compreender o processo de formao de identidades no contexto judaicohelnico do cristianismo primitivo. Na perspectiva de anlise das identidades, Gl 3,26-29 reflete e sugere a interao e a aproximao entre os grupos tnicos e socioculturais, observadas as diferenas e a unidade em Cristo Jesus; e o reconhecimento das identidades a partir da dinmica das fronteiras sociais, tnicas e geogrficas. Dos pontos de vista teolgico e antropolgico, aproximamo-nos dos componentes conceituais tnicos, socioculturais e religiosos que o texto sugere, bem como das representações sociais e de gnero que emergem da interao entre os grupos cristos ainda no sculo I. Portanto, para o cristianismo paulino da Galcia, a concepo do judasmo, em sua relao com o helenismo, no constitui uma entidade fixa, estagnada, em simples oposio a este; eles esto em contnuo movimento de interao entre as fronteiras e, em sua diversidade e diferenas, possibilitam compreender o emergir das identidades fluidas em formao.
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A questo relacional na rea da sade envolve o imaginrio sociocultural. Nos casos de mulheres com cncer de mama, denota um carter emergencial em virtude do elevado nmero de ocorrncias ou pela falta de percepo feminina da doena, o que dificulta a preveno e o tratamento em tempo hbil. Este estudo pretende analisar como e de que maneira ocorrem e repercutem as prticas discursivas entre os profissionais da sade e as pacientes com cncer de mama. Para isso, delineamos como pressupostos tericos as barreiras da comunicao, seja interpessoal, intrapessoal e no verbal. A metodologia foi com base na Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e no Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de Ana Maria Cavalcanti Lefvre e Fernando Lefvre. Nas anlises dos relatos das mulheres com cncer de mama, identificamos conflitos de ordem sociocultural, como crenas, valores pessoais, esteretipos, enfim, distores provenientes do senso comum e do imaginrio coletivo, disseminadas nas representações da doena levadas a pblico pela mdia em geral. Nas consideraes finais, constatamos que tais representações (estigmas sociais) interferem na relao com os profissionais de sade, influenciando, assim, a adeso ao tratamento da doena. Os aspectos comunicacionais so aqui apontados de maneira tcita.
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Inmeros so os estudos que mostram a importncia de se considerar emoo/afetividade no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que emoo e cognio no se separam. Nesse sentido, o presente trabalho discute a relao entre a emoo e a educao por meio das obras do bilogo chileno Humberto Maturana, analisando como estudantes dos cursos de educao (licenciaturas e pedagogia) relacionam a emoo ao trabalho docente. Para Maturana, a emoo no se restringe ao aspecto afetivo ou mesmo subjetivo dos estados psquicos, nem um sentimento. Trata-se, antes de mais nada, de condutas de ao, de uma construo de um sujeito observador a partir de uma emoo constitutiva fundamental, portanto, estruturante, e que impulsiona todas as demais aes humanas. O autor traz a emoo e a educao como uma quebra de paradigmas que consideravam o corpo e a mente como fragmentos e passa-se a entender o ser humano de forma integral, como um ser complexo que se realiza na linguagem e no racional partindo do emocional. A presente pesquisa configura-se como um recorte do Programa de Pesquisa longitudinal Representações Sociais de estudantes de licenciatura e pedagogia sobre o trabalho docente realizado pelo Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade Educao (CIERS-ed), entre 2006 e 2011, sob coordenao da Prof. Dr. Clarilza Prado de Sousa. Partindo-se do pressuposto que a produo discursiva dos participantes da pesquisa revela o modo como estes se situam no mundo e como entendem a sua formao, o presente estudo analisou o Banco de Dados sistematizados no Programa de Pesquisa de modo a analisar, ainda que de forma indireta, como os estudantes entendem a emoo no trabalho docente. Para tanto, foram usados dados de associao livre, de classificao mltipla e de entrevista que, embora no tenham se preocupado diretamente em tratar da questo da afetividade e da emoo, permitiram uma anlise nessa direo. Os resultados apontam para uma formao de docentes que consideram a emoo no trabalho docente, mas que pela formao ainda sentem angustia quando pensar na relao do educar.
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Esta pesquisa fundamenta-se em uma perspectiva psicossocial da Teoria das Representações Sociais, sistematizada por Serge Moscovici, Denise Jodelet e demais colaboradores, com o objetivo de analisar como revistas informativas semanais (Veja e CartaCapital) representam questes relacionadas ao professor. A temtica, do ponto de vista terico, justifica-se em face do papel fundamental da mdia na sociedade contempornea como difusora e produtora de informaes. Foram levantados produtos jornalsticos publicados, durante um ano, na maior e mais importante revista semanal de informao do Pas (Veja) e em CartaCapital sobre a temtica professor e suas variantes. O nico critrio para seleo dos textos foi que versassem sobre o professor brasileiro, independentemente do grau de ensino, sendo includas reportagens, entrevistas e/ou artigos opinativos. Esta investigao abarca ainda como recurso terico-metodolgico, o conceito de representações miditicas conforme elaborado por Sary Calonge. Foram analisados 79 produtos jornalsticos entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013 que indicaram que o professor praticamente um ser invisvel nas pautas de reportagens e artigos desses veculos de comunicao. Professor para falar sobre educao, s se for da rea econmica. Nas poucas vezes em que mencionado ou at aparece com algum destaque, percebe-se o uso de esteretipos e clichs, o que aponta a existncia de um discurso naturalizado na mdia que ora o aponta como vilo, ora o trata como vtima das circunstncias que permeiam a situao atual da Educao no Brasil.
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A histria da fundao e desenvolvimento de uma instituio educacional, no pode ser desvinculada dos acontecimentos do pas, sobretudo se ocorrida no ltimo meio sculo, perodo mpar na histria, em que o ensino superior se expandiu de forma acelerada, sobretudo o privado. Este estudo do ensino superior brasileiro, contemplando a histria da Universidade Guarulhos, tem como pano de fundo a histria de vida de seu fundador e atual Chanceler Antonio Veronezi, como mtodo de investigao qualitativa, construdo por meio de entrevistas autobiogrficas. Identificando nas narrativas momentos marcantes da histria da educao brasileira, foram eles contextualizados no aspecto poltico, econmico e social. As transformaes do processo de industrializao foram tambm pesquisadas procurando apresentar o desenvolvimento da prpria cidade de Guarulhos, geradora da demanda por ensino superior desde a dcada de 1970 mantida at o momento. A trajetria educacional, a entrada no setor de educao, o desenvolvimento de habilidades de gesto e a transformao do professor do ensino mdio em um dos mais importantes empresrios e representante do setor, dotam de sentido as questes suscitadas, que podero ser respondidas por pesquisadores da histria, da pedagogia, da lingustica ou da administrao, entre as quais: a democratizao do acesso, a qualidade do ensino superior, as representações sociais dos gestores e a mercantilizao do setor.
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Pouco discutido no mbito pedaggico, o riso tem sido historicamente dissociado da escola, motivo pelo qual este trabalho tem como objetivo identificar como ele percebido em sala de aula. A proposta entender como o riso e sua funo social so vistos por professores e alunos. Para isso, foi selecionada uma escola pblica estadual na cidade de So Bernardo do Campo, SP. L so atendidos adolescentes que frequentam as aulas no Ensino Fundamental II e Mdio. A pesquisa foi realizada com estudantes que esto terminando o Ensino Fundamental. Cem alunos responderam a questionrios estruturados, compostos por itens de perfil e questes abertas. O mesmo foi feito com dezenove professores da referida escola, entretanto as questes para cada pblico sofreram variaes. Como categoria analtica, foi utilizado o conceito de representao da Teoria de Representações Sociais, de forma instrumental. Os resultados obtidos indicam que os sujeitos observam um conceito hbrido presente na composio do objeto em anlise, de forma que o avaliam ora como um elemento nocivo, ora como um recurso estimulante a aulas mais agradveis. Foi constatado que os alunos riem na escola, mas expressivo o fato de no associar essa ao ao contexto escolar. Os estudantes reforam que o riso na sala de aula atrapalha a concentrao, embora sejam conscientes de que essa constatao circunstancial. Em contrapartida, mais de 60 alunos afirmaram j terem aprendido algo com a interferncia do riso, sendo o professor o principal protagonista nesses momentos. Com relao aos docentes, a maioria afirmou que o riso pode ajudar o aluno a aprender algo, mas compreendem que a maior contribuio desse elemento na sala de aula a de proporcionar um ambiente mais agradvel. As duas desvantagens mais listadas pelos professores sobre o riso na sala de aula a de que ele pode provocar a falta de ateno do aluno e tambm momentos de bullying entre os colegas de sala. Acredita-se que a associao do ambiente escolar com manifestaes de seriedade justifique as frequentes referncias feitas ao seu aspecto negativo, retratado na pesquisa pelos sujeitos. Mais da metade dos docentes analisa que o riso pode servir como instrumento pedaggico, entretanto os alunos afirmam que isso depende do professor e do momento. A pesquisa deixou evidente que o aspecto negativo do riso impede que este objeto seja mais bem aceito na escola, de forma que a percepo que os sujeitos fazem sobre o riso passa a interferir na relao que estabelecem com ele em sala de aula.