841 resultados para PERSPECTIVA DE GÉNERO
Resumo:
A Constituição Federal de 1988 garante o direito à saúde no Brasil a todos os brasileiros. Para assegurar esse direito constitucional foi instituído através das Leis ns 8080/90 e 8142/90, o Sistema Único de Saúde (SUS), organização de direito público que normatiza toda a prestação de assistência à saúde da população. O SUS, constituído a partir de diretrizes filosóficas, garante assistência universal e gratuita em todas as áreas do setor saúde. Incorporado ao SUS através da Política Nacional de Medicamentos e depois pela Política Nacional de Assistência Farmacêutica, o acesso a medicamentos é um setor estratégico da política pública de saúde. A judicialização do acesso à saúde e à assistência farmacêutica, que se converteu em recurso necessário para garantir o direito à saúde no Brasil, é hoje um importante componente da gestão municipal de saúde. Trata-se de um processo que se inicia com a aquisição de medicamentos para tratar o HIV/Aids na década de 1990. Este trabalho realizou uma pesquisa, de caráter exploratório, no município de Saquarema, que permitiu construir uma análise (qualitativa e quantitativa) das ordens judiciais, procedentes da Defensoria Pública da Comarca de Saquarema para aquisição de medicamentos, entre 01/01/2011 e 31/12/2012, totalizando 106 demandas, a partir de prescrições médicas individuais feitas por profissionais do SUS. A pesquisa constatou que a hipossuficiência de recursos e a urgência dos autores das ações são os principais respaldos das decisões judiciais. Ela também observou que a maioria dos requerentes é do gênero feminino, com idade acima de 61 anos, com patologias crônicas e fazendo uso contínuo de medicamentos. Esses medicamentos foram prescritos por quatro profissionais médicos oriundos de quatro especialidades (oftalmologia, cardiologia, endocrinologia e pediatria) e representam 60% das demandas judiciais. A situação de conflito pesquisada mostra que o direito à saúde está sendo exercido através do Poder Judiciário, com uma Defensoria Pública relativamente eficiente, atendendo a uma população com poucos recursos econômicos, que faz uso de medicamentos para tratamento de doenças crônicas e degenerativas. A prescrição médica individual é o documento necessário para requisitar os medicamentos de uso contínuo. A pesquisa, após analisar os principais resultados, aponta algumas alternativas, chamadas de ações defensivas, que as gestões municipais de saúde em Saquarema e outras municipalidades podem adotar.
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Esta dissertação tem como objeto os estudos sobre gênero em pesquisas internacionais. Foram explorados 50 textos selecionados a partir de uma amostra de mil documentos oriundos da biblioteca virtual da Universidade de Sydney na Austrália. O estudo de natureza bibliográfica utilizou mapas conceituais e desenvolveu análises indutivas tendo com objetivo geral estudar como gênero tem sido abordado nas pesquisas internacionais de modo a compreender o desenvolvimento do conceito de gênero, as argumentações relacionadas a este conceito nos estudos investigados. A dissertação teve como objetivos específicos: Descrever os conceitos de gênero e suas interconexões em termos teóricos-epistemológicos de modo a construir uma linha do tempo da última década; Identificar e analisar as principais questões que orientaram as pesquisas em termos das escolhas de metodologias, instrumentos de coleta, formas de análise dos dados e pertinência teórica; Estabelecer a relação entre gênero e educação; analisar e descrever os cinco principais autores recorrentes nos textos, mostrando de que modo descrevem gênero levantando as suas contribuições para os estudos de gênero investigados. Os resultados apontam para: uma super-representação de trabalhos originários dos países ocidentais e uma sub-representação nos países do sul, como assinala Connell (2007); quanto as abordagens metodológicas visualiza-se uma tendência em utilizarem pesquisas quantitativas mais que qualitativas assim como as perspectivas binárias/dualistas em detrimento às perspectivas pós-estruturalista como suporte analítico-interpretativo; dentre as 2.066 citações de teóricos, cinco autores sobressaem nos estudos, são eles: Susan Moller Okin, Raewyn Connell, Madeleine Arnot, Bronwyn Davies e Pierre Bourdieu. Finalmente, este estudo denuncia a necessidade de pesquisas mais comprometida com o enfrentamento da desigualdades de gênero, em especial as minorias silenciadas pelas pesquisas examinadas, onde o mundo foi dividido entre homens e mulheres, na perspectiva de uma ordenação única de gênero, sem levar em conta as diferentes variações, interações e opções de gênero existentes na sociedade contemporânea.
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Os estudos para a realização da presente dissertação estão contextualizados no campo epistemológico do currículo e pretenderam abordar questões relativas ao gênero, no contexto da prática. Para tanto, foi considerada a perspectiva de Elizabeth Macedo, que entende o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação de sentidos. A pesquisa buscou destacar que sentidos de sexo, gênero e identidades são atribuídos e se mostram na prática curricular de profissionais que trabalham no segundo segmento do Ensino Fundamental (8 e 9 anos) em uma escola privada de ensino regular localizada no município do Rio de Janeiro, que anuncia um posicionamento não sexista no seu projeto político-pedagógico. A análise se propôs a mostrar caminhos de construção e desconstrução de concepções que tentam fixar identidades de gênero, acreditando na fragilidade dessas fixações, por considerar que as identidades estão em constante processo de fluidez. Para aprofundar a reflexão, além da interlocução com a teórica com o campo do currículo, o trabalho contou com os estudos queer para tratar sobre questões de gênero e processos de identificação, principalmente com Judith Butler e Guacira Lopes Louro. O corpus empírico da pesquisa é constituído por entrevistas semi-estruturadas realizadas com profissionais da escola (professores e gestores). As falas dos entrevistados apontaram para a dificuldade de se trabalhar as questões de gênero, mas, ao mesmo tempo, indicaram movimentos de desnaturalização das identidades de gênero, destacando a heteronormatividade e considerando diferentes maneiras de viver as sexualidades. O estudo pretendeu abrir caminhos para que as diferenças de gênero não sejam limitadas a esquemas binários que pretendem operar a partir de oposições dicotômicas fixas, mas, sim, que se movimentam de acordo com os deslocamentos dos inúmeros processos contingentes de diferenciação, produzindo identificações provisórias.
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Pensar as redes de conhecimentos e significações sobre gênero e sexualidades tecidas a partir de apropriações do cinema em espaçostempos de formação de professores é a proposta central desse projeto de dissertação, que foi desenvolvido durante os semestres letivos 2012.2 e 2013.1, tendo como campo de estudo uma turma do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica. A proposta foi investigar fragmentos da tessitura das redes de saberesfazeres sobre gênero e sexualidades criadas com diferentes usos de narrativas cinematográficas em múltiplos contextos cotidianos dentrofora da UERJ, porém, buscando percebê-las e problematizá-las no momento em que estão sendo entrelaçadas e transformadas nos cotidianos do curso de formação. Para vivenciar fragmentos dessas redes, nos espaçostempos dessa pesquisa-intervenção, criei, num primeiro momento, rodas de conversas para trazer à tona memórias fílmicas. Nessa atividade, pude experimentar o modo como determinados significados são sentidos, pensados e negociados pelas professoras em formação. As análises que desenvolvi buscaram compreender como essas professoras se apropriavam dos saberes e significações contidos nesses filmes que elas próprias apontaram como tendo marcado suas vidas, e como tais saberes se expressavam em suas reflexões sobre as práticas pedagógicas e sobre as sensibilidades e subjetividades docentes. Outros procedimentos metodológicos foram, ainda, desenvolvidos no sentido de produzir e questionar os conhecimentos tecidos em meio a essas redes, possibilitando novas e diferentes conexões. Entre eles, estão leituras de textos, exibição de filmes, realização de debates e a desnaturalização dos modos hegemônicos de fazer ciência e dos conteúdos escolares, com o propósito de incentivar novas conversas e, com isso, o engendramento de outras significações possíveis sobre gênero e sexualidades. Essa pesquisa se insere na tendência de pesquisas em educação, conhecida como nos/dos/com os cotidianos e, assim, entende que as professoras em formação pesquisadas são, acima de tudo, sujeitos e coautoras do estudo desenvolvido. Com este trabalho, afirmo que a formação de professores nunca estará concluída, mas em constante processo de produção. Apesar disso, aposto na germinação de algumas sementes que foram lançadas em uma busca constante, tanto da minha parte, quanto das alunas, na perspectiva de serem instituídas relações mais justas, combatentes dos processos de violência e exclusões motivados por diferenças de gênero e sexualidades. Por fim, defendo que diferentes usos de audiovisuais, especialmente nas práticas educativas, podem produzir maneiras para se inventar sensibilidades e estéticas-éticas de existência.
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Os estudos para a realização desta dissertação estão contextualizados no campo epistemológico do currículo e pretenderam problematizar questões relativas a gênero e sexualidade no contexto da prática curricular, considerando a perspectiva de Elizabeth Macedo, que entende o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação de sentidos. A pesquisa buscou problematizar os significados sobre sexualidade, gênero e identidades atribuídos às performances das/os alunas/os considerados rompentes da heteronormatividade, que revelam indícios de homofobia no cotidiano do segundo segmento do Ensino Fundamental de uma escola do município do Rio de Janeiro. As análises revelam que as produções discursivas de professoras/es, gestoras/es e alunas/os sobre as/os alunas/os que rompem com aquilo que se instituiu como a normatividade de gênero estão carregadas de significações culturais em disputa, sendo, portanto, instáveis e ambíguas. O silenciamento é considerado também neste texto como um elemento auxiliar de produções homofóbicas. Auxiliaram nestas análises os estudos culturais e a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. É importante, entretanto, frisar que práticas curriculares que atuam no campo do combate à homofobia na escola também foram observadas. O texto é também influenciado pelos estudos queer, e se propôs a questionar as concepções que tentam fixar identidades sexuais e de gênero. Esse questionamento leva em consideração que as identidades estão em constante processo de fluidez. Essa reflexão foi aprofundada a partir dos estudos de Judith Butler e Guacira Lopes Louro, além de outros representantes da Teoria Queer, em interlocução com o campo do currículo. Este estudo pretendeu demonstrar que as diferenças de gênero e sexualidade não devem ficar limitadas a esquemas binários operados a partir de oposições dicotômicas fixas. Os sentidos produzidos a partir das diferenças devem ser entendidos enquanto movimentos provisórios de identificação. São processos contingentes produzindo identificações provisórias. Entendendo que há uma necessidade ampliar estudos no que concerne às questões de gênero e sexualidade, esta pesquisa aponta para a perspectiva pós-identitária como ação efetiva no combate à homofobia.
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Orientado pelo debate sobre a diferença, o presente estudo analisa questões de gênero e sexualidade relativas ao processo de constituição do currículo de Educação em Direitos Humanos, procurando identificar que significados deslizam, disputam hegemonia e ganham espaço e/ou são silenciados em textos voltados à Educação Básica, autodefinidos como relativos à Educação em Direitos Humanos reunidos em acervo pedagógico produzido pelo Núcleo de Educação Continuada (NEC). O NEC é um projeto de extensão da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que atua há 15 anos com a proposta de articular ações de extensão, pesquisa e ensino com a temática dos direitos humanos, desenvolvendo projetos escolares em parceria com o poder público e instituições da sociedade civil. Este estudo se insere em uma abordagem pós-estruturalista, assumindo como referencial teórico as contribuições dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais. Nele, o conceito de discurso desenvolvido por Chantal Mouffe e Ernesto Laclau (2000, 2004) é utilizado como categoria de análise para investigar a diferença como processo de produção discursiva e, na perspectiva da Educação em Direitos Humanos, discutir com base em Aura Helena Ramos (2011) a Educação em Direitos Humanos como eixo articulador da diferença. Apoia-se em Elizabeth Macedo (2007, 2011) para analisar o currículo como produção cultural e em Guacira Louro (2002, 2010) para pensar as questões relativas a gênero e sexualidade na Educação. As análises e conclusões, sempre provisórias e contingentes, indicam que o discurso dos textos curriculares que compõem o material empírico do estudo permite identificar a atenção em relação às diferenças de gênero e a invisibilização das diferenças em relação ao tema sexualidade, silenciamento que produz e sustenta o preconceito contra as homossexualidades.
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Neste trabalho refletimos acerca das relações entre sexo, gênero, ciência e feminismo, a partir da análise da produção contemporânea de um grupo de pesquisadoras que se denominam como neurofeministas e que, desde 2010, se articulam em uma rede internacional chamada NeuroGenderings. O objetivo da NeuroGenderings é trazer uma perspectiva feminista crítica aos estudos recentes sobre o cérebro, sobretudo aqueles que buscam por diferenças entre homens e mulheres. As neurofeministas estão engajadas em produzir uma neurociência situada, assumidamente feminista, que não deixe de lado a materialidade dos corpos e especialmente do cérebro , ao mesmo tempo em que se preocupam politicamente com as hierarquias de gênero. Procuram, portanto, produzir uma neurociência empírica, capaz de produzir o que chamam de zonas de proximidade entre moléculas e paisagens políticas. Além disso, pretendem combater o neurossexismo, isto é, estereótipos em relação à masculinidade e feminilidade que estariam presentes em grande parte da produção neurocientífica, bem como em sua divulgação para o público mais amplo. Assim, mapeamos a rede NeuroGenderings a partir de duas estratégias metodológicas: a leitura e análise da produção bibliográfica das neurofeministas (tanto as publicações oficiais da rede, como publicações individuais das pesquisadoras) e a observação da reunião e conferência mais recente da NeuroGenderings, que ocorreu na cidade de Lausanne, na Suíça, em 2014. O neurofeminismo nos oferece relevante material analítico para refletirmos acerca dos ideais de cientificidade em disputa na ideia de uma neurociência feminista, levando em conta a crença de que ciência e política pertenceriam a esferas separadas e imiscíveis, e que neutralidade seria característica obrigatória à boa prática científica. Além disso, notamos aproximações entre o trabalho das neurofeministas e os trabalhos de um importante grupo de estudiosas do campo da ciência e gênero, chamadas de feministas biólogas. As feministas biólogas inspiram a produção neurocientífica, principalmente no que diz respeito à perspectiva antidualista, que rejeita a oposição entre sexo e gênero, natureza e cultura, encarando-os como entrelaçados e inseparáveis. Entretanto, embora o entrelaçamento entre sexo e gênero seja consenso entre as neurofeministas, não há acordos sobre a forma como esse entrelaçamento deve ser pensado em termos neurocientíficos. Assim, a discussão em torno do conceito de plasticidade cerebral evidencia alguns desses dissensos, bem como tensões entre ciências humanas e neurociência dentro da NeuroGenderings, rede marcada pela interdisciplinaridade. Essas tensões, porém, não inviabilizam o projeto neurofeminista de pensar o cérebro como um objeto compartilhado de conhecimento.
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Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa para obtenção do grau de Licenciada em Medicina Dentária
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Com o presente documento pretende-se abordar e identificar os diferentes factores que influenciam directamente a produção e execução de uma escavação subterrânea, com especial relevo sobre a influência exercida pela geotecnia do maciço intersectado. Inicialmente são focados os principais aspectos a ter em conta na caracterização geotécnica de um maciço, seguindo-se uma introdução a diferentes métodos de escavação actuais e metodologias de suporte de uma obra subterrânea, com particular realce para os utilizados em maciços brandos. Depois de tratados estes conceitos, é apresentada uma obra subterrânea em execução que foi acompanhada durante 4 meses para efeitos de desenvolvimento deste estudo. Assim, são abordados neste documento diferentes aspectos construtivos, no que diz respeito à mão-de-obra utilizada, metodologias e técnicas aplicadas, redes técnicas auxiliares instaladas, produções e rendimentos verificados. De seguida e de modo a atestar a importância da caracterização geotécnica ao longo da obra, foi feito um estudo do maciço intersectado, relativamente às descontinuidades que o intersectam, litologia, alteração, e resistência à compressão. Para este último parâmetro foram utilizadas técnicas distintas mas complementares, nomeadamente o ensaio de carga pontual (em laboratório), e o esclerómetro portátil (in situ). Por último, tendo em conta os parâmetros e características presentes e as implicações que uma obra do género acarreta, são propostas de modo sucinto, técnicas alternativas de escavação do maciço cuja viabilidade de implementação seja possível no contexto em questão.
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Dissertação de Doutoramento em Saúde Pública;Especialidade em Política, Gestão e Administração
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Esta tese de doutoramento tem como objectivo geral compreender as experiências de autonomia individual na actual geração de adultos mais velhos, enquadrados pelas construções identitárias de género e assumindo como plataforma de observação as vivências quotidianas de saúde. Para tanto, justifica-se a centralidade do valor da autonomia individual na contemporaneidade, para depois se problematizar o conceito a partir de uma perspectiva feminista, com base na conceptualização proposta por este corpo teórico. O feminismo propõe a adopção do conceito de autonomia relacional, que ao reconhecer a natureza social do self e das identidades, é capaz de proporcionar uma leitura crítica e contextualizada da autonomia de cada sujeito, por integrar não só as especificidades, estímulos, oportunidades e contingências de um tempo e de um espaço social, como também o poder resolutivo, transformador e de resistência da agência individual. A vivência da velhice constitui, cada vez mais, um exercício de individualidade. No envelhecer, a vivência da saúde ganha especiais contornos. Não só porque o cuidar de si se tornou um aspecto biográfico de progressiva acentuação, como também por ser este um tempo da vida em que os dilemas, inquietações e exigências com o corpo se acentuam. A individualização dos trajectos biográficos que nas sociedades contemporâneas surge com cada vez maior expressão sugere a importância do estudo das diferentes ecologias sociais, com base na precisão e no detalhe. A tese adoptou uma estratégia metodológica de estudos de casos, concretizada num estudo de caso múltiplo, de tipo qualitativo. Os sentidos conferidos às experiências da autonomia individual pela actual geração de adultos mais velhos, nos seus quotidianos de saúde, mobilizam e matizam diferentes modelos culturais, iluminando a ideia de uma transição sociocultural que abandona parcialmente certos aspectos, mas que mantém tantos outros. No envelhecer, a vivência da autonomia individual é mediatizada por diferentes performatividades femininas e masculinas, tendo sido três os espaços principais de expressão social da autonomia, resultantes do seu cruzamento com o género, enquanto dimensão de análise principal. Tem-se que estas diferenças entre espaços factoriais vêm demonstrar o hibridismo dos posicionamentos resultante da crescente individualidade das trajectórias de vida. Face à saúde, a capacidade de adaptação e de auto-gestão mais positivos relacionam-se, face às mulheres, com a expressão singular de uma maior individualidade e, face aos homens, com o valor social conferido a diferentes masculinidades.
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1)Conocer cuáles son las dificultades principales que las personas expertas encuentran a la hora de llevar a la práctica en los centros educativos no universitarios el tratamiento de la igualdad deoportunidades y el respeto a los valores de género. 2) Delimitar las principales características que debe reunir un modelo didáctico que aborde la educaciónen la igualdad y respeto al género. En primer lugar, se lleva a cabo una formación teórica por parte de los investigadores, posteriormente se elabora un documento de negociación para los centros participantes, una vez llevada la negociación inicial con los centros, se procede al estudio de campo. Una vez recogidos los datos se pasa al análisis de los datos y el papel de la teoría, para posteriormente pasar a la elaboración de los resultados de la investigación. Las técnicas utilizadas son: la observación, entrevista y la técnica Delphi.. En primer lugar hay que decir que la panorámica que se ofrece es variopinta y depende del libre albedrío del profesorado. La cuestión de género en los centros, se considera de manera oficial pero no en la práctica. El profesorado imparte clase de sus áreas de conocimiento, y si ocurre algo o detectan algo que según su sistema de valores no es correcto lo tratan y aclaran en clase. Así es como se entiende la transversalidad. Sin embargo existe un reducido grupo de personas que trabajan en pro de la igualdad.Esta situación se ve dificultada por la carencia de un Proyecto que comprometa a todo el centro.Las maestras, pese a ser mayoría, huyen de los puestos de poder y de los niveles educativos altos, por la asimilación de estos con la imagen masculina (androcentrismo) y la doble jornada escolar y doméstica a la que se ven sometidas. Las mujeres enseñantes tienen un discurso feminista que no trasciende de la oralidad a la práctica. Cuando se les pregunta por el tema lo plantean desde un punto de vista favorable a la igualdad y equilibrio, pero no se atreven a plantear lo del liderazgo femenino, y en sus acciones cotidianas no cuidan el lenguaje escrito ni el oral no sexista. En general, se actúa con inconsciencia haciendo lo 'políticamente correcto', y se mantienen unas prácticas y comportamientos que no favorecen un cambio de perspectiva en la cuestión de género (en el mejor de los casos) o que facilita el sexismo. Coinciden que la mejor forma de tratar estas cuestiones en las aulas implica la reflexión constante y la crítica sobre las situaciones y valores sociales.Por último hay que señalar que, las familias parecen ausentes en este tema o recriminan las acciones del profesorado, mientras que en sus prácticas educativas legitiman las diferencias por razón de sexo..
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Reconocer las actitudes del profesorado en Andalucía ante el proceso School Doing Gender (SDG). Explorar las actitudes del profesorado de Educación Física hacia la construcción de una cultura de género en la escuela. Comparar las puntuaciones obtenidas por el profesorado de Educación Física y el profesorado en general. Examinar Buenas Prácticas Coeducativas dentro del área de Educación Física. Se desarrolla con profesorado en activo y en formación universitaria de la Comunidad de Madrid y de Andalucía, sigue una metodología de investigación evaluativa, se caracteriza por una combinación de metodologías cuantitativa y cualitativa. Respecto a la metodología cuantitativa, se emplea técnicas de encuesta instrumentalizadas para la contrastación de las hipótesis comparativas y objetivos. La metodología cualitativa utiliza un enfoque metodológico cualitativo, interpretativo, crítico aplicando para ello un estudio de casos, la muestra participante corresponde a 1610 profesores y profesoras, de los cuales el 43,7 por ciento son hombres y el 56,3 por ciento son mujeres. El profesorado seleccionado imparte docencia en el 14,4 por ciento de los casos en Infantil en el 41,7 por ciento en Primaria, en el 33,7 de los casos en Educación Secundaria Obligatoria (ESO) y el 10,2 por ciento en Bachillerato. En cuanto al tipo de centro, el 18,3 por ciento del profesorado proviene de centros concertados y el 81,7 de centros públicos. Para la realización del estudio se utilizan diferentes recursos. Por un lado, una escala válida y fiable para la medición de las actitudes del profesorado. Por otro lado un recurso, de carácter informático para la selección y análisis estadísticos de datos. Finalmente cuenta con recursos económicos del proyecto de excelencia de la Junta de Andalucía, TEONXXI. Para la recogida de datos de la Comunidad de Madrid se realiza una estancia de investigación del profesor-autor en el Departamento de Expresión Musical y Corporal de dicha Universidad. Se ha establecido cuatro grandes líneas de conclusiones : con respecto al profesorado general, con respecto al profesorado de Educación Física, en relación a la comparativa entre ambos grupos de docentes, y finalmente sobre las buenas prácticas coeducativas en Educación Física. Con respecto al profesorado general se demuestra que el profesorado de Educación Física que participa, de una u otra, manera en actividades de coeducación, muestra actitudes más coeducativas que el profesorado que no lo hace, suele participar libremente en estas actividades el profesorado más inclinado actitudinalmente a favor de la perspectiva de genero. El profesorado de Educación Física alcanza puntuaciones que lo posicionan como un profesorado adaptativo, mientras que el profesorado general muestra una actitud coeducativa. Se confirma que existen Buenas Prácticas Coeducativas en el área de Educación Física, a pesar de que no siempre cumplen todos los criterios teóricamente establecidos para considerarlas 'Buenas Prácticas', obtienen unos beneficios positivos para la construcción de una cultura igualitaria en la escuela. Por un lado da visibilidad a las desigualdades y discriminaciones que se producen en la escuela y en el deporte; por otro lado, son actuaciones que, de una manera u otra, envuelven a toda la comunidad educativa; por último, las propuestas son inclusivas y se dirigen tanto a las mujeres como a los hombres, buscando construir nuevos modelos de feminidad y masculinidad compatibles con el marco de igualdad y acción social comentado y libre de violencia que la teoría de género propugna.
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Conocer qué factores, en relación al alumnado, son significativos a nivel psicosocial para que se produzca un trato equitativo en las clases de Educación Física. Establecer qué factores dependientes de la función docente son significativos para que exista un trato equitativo en las clases de Educación Física. Distinguir qué factores dependientes del estilo de enseñanza empleado son significativos para que exista un trato equitativo en las clases de Educación Física. Desde una perspectiva epistemológica positivista, utiliza una propuesta metodológica de corte descriptivo (estudio tipo encuesta y estudio observacional). El contexto de los centros de Educación Secundaria (IES 1, IES 2) objeto de la investigación viene caracterizado por su ubicación. El correspondiente al IES 1, abastece una población de tipo rural y con perfil socieconómico bajo, el correspondiente al Instituto de Educación Secundaria IES 2, acoge a una población de clase socioeconómica media. Al tratarse de un estudio de casos, se ha definido la población, tanto para el cuestionario, como para la observación a través del sistema de categorías, sobre el profesorado y alumnado de Educación Física de Primer Ciclo de Educación Secundaria Obligatoria, primer y segundo curso, de dos centros públicos de Sevilla. Respecto a los docentes que imparten las clases de primero y segundo, la población está compuesta por cinco profesores, dos del IES 1 y tres del IES 2. En el segundo caso, la población de estudiantes de Primer ciclo, primer y segundo curso, esta se concreta en 396 sujetos, 168 para el IES 1 (76 alumnos y 92 alumnas) y 228 para el IES 2 (87 alumnos y 141 alumnas). La selección de la muestra, en cuanto al profesorado y alumnado, se realiza mediante 'muestreo incidental' o de conveniencia. Se desarrolla tres instrumentos específicos para la recogida de datos, un cuestionario ad hoc y dos escalas de observación. Para el análisis de la información recogida se utiliza el paquete estadístico SPSS, en su versión 13.0. Tras la aplicación del primer instrumento, Encuesta sobre factores psicosociales que afectan al alumnado en la enseñanza equitativa de las clases de Educación Física, se afirma que en los centros 1 y 2 los factores psicosociológicos que afectan al proceso de enseñanza-aprendizaje de su alumnado provocan una conducta sexista en las clases de Educación Física, afirmación que queda apoyada por casi en su totalidad, se encuentran evidencias de sexismo en los factores sociológicos vinculados a las dimensiones de análisis Estereotipos y Roles de género, Agente socializador y Medios de comunicación, de otro modo, la dimensión Mitos y Creencias no refleja esta evidencia. Por otro lado, dentro de los factores psicológicos que influyen en la formación equitativa del género del alumnado, destaca, como elementos sexistas ante las clases de Educación Física, el Autoconcepto, la Motivación e Intereses y las Expectativas de éxito. Así mismo, se puede ver cómo las Atribuciones realizadas por el alumnado en torno a esta asignatura, no suponen un factor determinante de la transmisión del sexismo dentro de las aulas. Según los resultados obtenidos tras la aplicación del segundo instrumento, Sistema de categorías para el análisis de la equidad de género en el proceso de enseñanza-aprendizaje en las clases de Educación Física, se puede afirmar que la función docente afecta al proceso de enseñanza-aprendizaje del alumnado provoca una conducta sexista en las clases. Se encuentran evidencias de discriminación en las dimensiones Atención nominativa, Empleo del Masculino genérico y Orden de prelación. De otro modo la dimensión Expresiones esterotipadas no refleja esta constatación. De las dimensiones relacionadas con el estilo de enseñanza que producen conductas sexistas dentro de las clases de Educación Física, se observa evidencias de discriminación en las dimensiones Canal de comunicación, Indicaciones sobre el control del grupo, Retroalimentación, Empleo de demostraciones, Refuerzos actitudinales, Contacto físico, Aceptación de ideas, Agrupación del alumnado, Percepción subjetiva del esfuerzo, Solicitación de información adicional, Aceptación de tareas y Tiempo de práctica. En sentido opuesto no se encuentran evidencia sexistas en el Planteamiento diferenciado en la organización, Planteamiento de preguntas, Ocupación del espacio, Uso del Material e Implicación del alumnado.
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El desarrollo de la investigación inicia con una aproximación a los precedentes y bases del proyecto, en estos se describe detalladamente el estado del arte y la condición de la investigación a cerca de la "Autonomía Femenina" y la "Socialización de Género", como también la metodología y los mecanismos de recolección de información utilizados para resolver la pregunta de investigación; En una segunda instancia los resultados son expuestos y focalizados particularmente en la interacción dada entre el género, el proceso de socialización, la autonomía y la pobreza. Finalmente la investigación expone las conclusiones y anexos respectivos.