979 resultados para Hip-hop (Cultura popular) Rio de Janeiro


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As doenas infecto-parasitrias, ainda hoje, em pleno sculo XXI so responsveis por uma quantidade generosa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Muitas delas so amplamente influenciadas pelas mudanas climticas que esto ocorrendo em todo o planeta fazendo com que sua incidncia e distribuio geogrfica aumentem. A dengue considerada a principal doena reemergente nos pases tropicais e subtropicais. A malria tem forte incidncia nos pases ao sul do deserto do Saara na frica, ocorrendo tambm em vrios pases da Amrica do Sul que possuem parte da regio Amaznica em seu territrio. Vrias doenas voltam a assolar a populao de vrios locais como as leishmanioses, a Doena de Lyme, erlichioses entre outras. Em maro de 2009 comeam a ocorrer os primeiros casos de uma nova doena inicialmente denominada Influenza suna, a qual, levou alguns indivduos a bito em Oaxaca, uma cidade mexicana localizada a 400 quilmetros da capital. Rapidamente, a doena se espalhou pelo pas e posteriormente, no comeo do ms de abril de 2009 j, existiam relatos de casos em vrios pases. O objetivo geral desta pesquisa verificar em que medida o cuidado de enfermagem realizado expressou um maior ou menor grau de controle do enfermeiro sobre seu trabalho, apontando para os potenciais riscos (biolgicos) de adoecimento e impactos negativos na sade deste trabalhador. O presente estudo foi desenvolvido por meio de uma abordagem quantitativa com desenho longitudinal e observacional, delineamento de pesquisa no experimental e carter descritivo. Foi feita a anlise observacional nas tendas quanto a sua infraestrutura e posteriormente foi passado um questionrio aos enfermeiros pautado em questes sobre o risco biolgico que estes estavam sendo submetidos. Faz-se necessrio que a cultura do improviso acabe e comece a se pensar em uma nova realidade: as doenas transmissveis so uma realidade, elas existem e h de ser feito um adequamento de tudo que esteja ligado rea de sade pensando em um novo contexto. imperioso que tanto as autoridades como os profissionais revejam e reflitam sobre o que aconteceu, para que os erros do passado possam ficar para trs e no se repitam.

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O objetivo deste trabalho consiste em realizar uma interpretao de discursos sobre o amor e a paixo buscando compreend-los sob o prisma do ideal do individualismo, e tambm de noes importantes na cultura ocidental tais como a liberdade e a igualdade. Os dados etnogrficos dessa pesquisa foram obtidos atravs de entrevistas qualitativas e o universo pesquisado foi composto por indivduos pertencentes aos segmentos mdios cariocas, reunidos atravs de um sistema de rede de relaes. Foram analisadas nove entrevistas em que a experincia amorosa foi compreendida como uma situao de alteridade particularmente significativa na investigao da relao entre o indivduo moderno e seu contexto social/cultural. A anlise dos dados ressalta algumas noes e valores indicados por eles envolvendo o momento do encantamento amoroso assim como suas prticas amorosas, buscando tambm compreender os sentimentos do amor, da paixo e da amizade. Explora tambm as questes sobre a fidelidade perpassando as noes de liberdade individual e do individualismo como valores a provocar possveis tenses entre os indivduos.

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Este estudo teve como objeto as prticas educativas em sade desenvolvidas no Programa de Sade da Famlia (PSF), no Municpio do Rio de Janeiro. O objetivo geral foi a compreenso das prticas educativas realizadas pelos profissionais que atuam no PSF. O interesse se deu pelo fato de reconhecer o PSF como espao privilegiado no desenvolvimento de prticas educativas voltadas para a conscientizao popular, nos aspectos sociais, polticos e da sade, pelas suas caractersticas de atuao em territrio definido, e na lgica de vigilncia sade. Ressalta-se a importncia da Educao em Sade como estratgia de interveno por uma sociedade mais saudvel. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada entre 2007 e 2008. A anlise dos dados foi orientada pelo mtodo de Anlise de Contedo. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada, com cinco equipes de sade da famlia, totalizando vinte profissionais. Na anlise foram identificadas quatro categorias: organizao do processo de trabalho, papel do profissional na equipe, organizao da prtica educativa e fatores que interferem na realizao das prticas educativas. Na anlise verificou-se que os profissionais enfrentam dificuldades no planejamento das prticas educativas, relacionadas, principalmente, falta de capacitao pedaggica e dificuldade de organizao do processo de trabalho, centrado no modelo biomdico. Os agentes comunitrios se destacam na realizao das atividades, com o apoio da equipe, principalmente da enfermeira. Os temas so escolhidos, prioritariamente, a partir da identificao das necessidades de sade dos usurios pelos profissionais. Verifica-se que h dificuldade na definio dos objetivos das prticas educativas. Predomina o formato de grupos, voltados para a promoo da sade, mas tambm com enfoque preventivista. Verifica-se a presena de prticas com outras formas de relao entre profissionais e usurios, num exerccio de cidadania para a qualidade de vida. A avaliao realizada informalmente, entre os profissionais e, geralmente, se detm quantidade de usurios participantes, ou na constatao de mudana de comportamento do usurio. Os fatores que interferem dizem respeito s relaes estabelecidas entre os profissionais, e entre estes e os usurios. A violncia associada ao narcotrfico surge como fator que prejudica a atividade no territrio. As capacitaes em prtica educativa tambm so mencionadas. Verifica-se que a forma de organizao do processo de trabalho influencia fortemente, visto que a realizao das prticas educativas depende diretamente da dinmica dada ao trabalho, e do espao destinado para essa atividade na diviso do trabalho. As questes relacionadas infra-estrutura so relatadas, principalmente, no que diz respeito escassez de material, recursos financeiros, e espao fsico inadequado. Percebe-se que a falta da sistematizao da prtica educativa parece comprometer as transformaes necessrias para o seu aprimoramento e reflete a falta de compreenso dos profissionais sobre a importncia do processo educativo para a sade e como instrumento de transformao social e poltica dos sujeitos. Percebe-se, ainda, a necessidade de investimentos para a qualificao do profissional do PSF, no somente em relao s prticas educativas, mas tambm para que seja possvel operar as mudanas necessrias para a reorientao do modelo de ateno sade proposto pelo PSF.

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Este trabalho tem por objetivo analisar a experincia poltica dos Conselhos Governo-Comunidade durante o governo Saturnino Braga frente da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1986 e 1988. Criados no interior das trinta Regies Administrativas espalhadas pelo territrio do municpio, os CGCs, como tambm ficaram conhecidos na poca, tinham a funo de fazer a interlocuo entre as reivindicaes e demandas das comunidades cariocas com o poder pblico municipal. O projeto dos CGCs procurou atender a uma antiga reivindicao do movimento comunitrio: o desejo de participar ativamente nos processos decisrios de interveno da prefeitura nos bairros e favelas cariocas. Constitudos por membros das associaes de moradores de bairros, associaes de favelas, associaes comerciais e de indstrias, alm de contar com a participao dos agentes pblicos da prefeitura, os CGCs, atravs da descentralizao poltica e administrativa, permitiram que as comunidades cariocas pudessem indicar e fiscalizar as obras que a prefeitura realizaria em suas localidades. Ao estabelecer a participao comunitria no processo de interveno nos bairros e favelas cariocas como base de sua poltica, o governo Saturnino Braga, por meio dos conselhos, objetivou o fortalecimento do poder local em detrimento das prticas clientelsticas na cidade do Rio de Janeiro, principalmente ao no permitir a troca de obras por votos para deputados e vereadores. Com crticas ao populismo, os CGCs foram uma aposta da prefeitura do Rio e do governo Saturnino Braga para uma nova forma de se fazer poltica na cidade.

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O presente trabalho tem por objetivo traar breves notas sobre algumas movimentaes de drag queens e outras artistas da travestilidade que tiveram lugar na cidade do Rio de Janeiro, nos anos de 2009 e 2010. Atravs de um trabalho de observao participante, foram selecionados alguns locais e espetculos que poderiam ser representativos desta categoria artstica, no se pretendendo um levantamento extenso sobre quem so e onde esto tais artistas. Nomeio como artistas da travestilidade aqueles corpos que tm o ato de travestir-se como central em sua construo artstico-cultural, principalmente construindo corporalidades baseadas em um gnero diferente daquele identificado socialmente no nascimento, como drag queens, atores transformistas, travestis e transexuais artistas. Apoiando-me em pressupostos dos mtodos cartogrfico e etnogrfico assumi, nesta dissertao, o posicionamento de um pesquisador-espectador, objetivando o contato com aquilo que drag queens e outras artistas da travestilidade desejam tornar pblico, ou seja, seus shows e espetculos. Acompanhei diversas apresentaes deste tipo em teatros, boates, bares e clubes de bairro, bem como em outros locais nos quais se fizeram presentes, como na Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro e em alguns blocos do carnaval carioca. Tendo ainda como campo de dilogo alguns postulados da Esquizoanlise vertente terica fundamentada principalmente nas contribuies de Gilles Deleuze e Flix Guattari , pretendi situar e afirmar as drag queens e a arte da travestilidade dentro dos estudos de gnero e sexualidade, principalmente aqueles mais diretamente relacionados s manifestaes de uma subcultura camp e cultura gay e/ou homossexual.

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A tese reflete criticamente sobre o Estatuto da Cidade lei promulgada em 2001 que regulamenta o captulo da constituio federal referente Reforma Urbana - e suas implicaes sociais, especialmente em cidades com um percentual elevado de populao vivendo em submoradias (favelas, cortios e autoconstrues). Neste quadro, identificou-se uma maior densidade das experincias democrticas de participao popular na gesto urbana (como o Oramento Participativo) que trouxeram um novo relevo aos seus novos atores e suas novas formas de atuao.Analisou-se tambm o novo cenrio poltico implementado a partir de 2003, com a criao do Ministrio das Cidades que reforou uma poltica participava na gesto municipal via a criao do Plano Diretor Participativo, instrumento obrigatrio estabelecido pelo Estatuto das Cidade. Identificou-se, no entanto que, apesar do novo marco regulatrio urbano e do diagnstico da drstica situao de grande parte da populao pobre nas cidades brasileiras, a agenda das polticas pblicas municipais continua excludente e fechada ao debate mais amplo e politizado de uma efetiva implementao dos direitos sociais para a populao excluda. A presente tese visou contribuir para com esse debate, trazendo novas questes e novas percepes em torno dos movimentos sociais, da cidadania e do direito cidade e enfrentando tambm a discusso acerca do papel do judicirio e da efetividade da Constituio Federal no campo dos direitos sociais. Discutiu-se as polticas pblicas relacionadas ao papel do Estado, inclusive no que tange s atuaes e intervenes do Poder Judicirio e dos movimentos sociais. Para isso, adotou-se a metodologia qualitativa e elaborou-se um questionrio de entrevistas aplicado a 11 pessoas vinculadas uma significativa atuao poltica, legislativa, de pesquisa cientfica, tcnica e/ou jurdica em relao aos conflitos urbanos na cidade do Rio de Janeiro, abrangendo ativistas dos movimentos sociais, do poder judicirio, pesquisadores e legislativo municipal. Os objetivos desta tese foram contemplados ao evidenciar as possibilidades de expanso da cidadania via a gesto democrtica das cidades, tendo como referncia o novo marco legal trazendo esse debate para o campo das polticas pblicas concernentes praticadas pelo Poder Executivo e ainda, apontar a existncia de espaos de luta para a busca da efetividade dos direitos sociais dentro do judicirio.

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A presente pesquisa que ora se apresenta trata das representaes sociais da comunidade cabo-verdiana residente no Rio de Janeiro sobre diversos objetos que esto implicados no processo de construo de suas identidades, no entrecruzamento das culturas e identidades cabo-verdianas e brasileiras. Nesse sentido, realizou-se um estudo comparativo entre trs grupos de cabo-verdianos residentes no Rio de Janeiro. As entrevistas realizadas com 20 estudantes, 20 imigrantes e 10 brasileiros filhos de cabo-verdianos residentes no Brasil permitiram identificar contedos mais especficos, diversificados e detalhados das representaes formadas por eles acerca do Brasil e do povo brasileiro, bem como das suas prprias relaes com os pases de origem e de acolhimento, bem como com os seus respectivos povos, o que, em ltima anlise, consubstancia as identidades sociais prprias que tero reconstrudo durante a sua permanncia aqum do ou melhor, de parte do Oceano Atlntico. A teoria das Representaes Sociais, desenvolvida por Serge Moscovici (1961) se constituiu em uma valiosa sustentao terica para o presente estudo. Por meio da pesquisa comparativa das representaes sociais dos distintos grupos de cabo-verdianos no Rio de Janeiro acerca de variados aspectos dos seus contextos scio-culturais de origem e de acolhimento, foi possvel compreender o complexo processo de construo, reconstruo e atualizao das suas respectivas identidades. isso que se acredita ter aqui demonstrado no que se refere s trajetrias dos estudantes e imigrantes cabo-verdianos, bem como s histrias de vida dos filhos destes, no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro. nessa perspectiva que os cabo-verdianos no Rio de Janeiro tomados tanto como sujeitos quanto como objetos de representao, na presente pesquisa tm construdo um conhecimento ao mesmo tempo, prtico e reflexivo da sua insero nos contextos brasileiro e carioca, atravs do contato face a face com a sociedade receptora e, no caso de dois desses grupos (estudantes e imigrantes), a partir das representaes que j haviam elaborado no pas de origem, sob a influncia dos meios de comunicao de massa. Assim, com base na hibridizao cultural e identitria dos cabo-verdianos, procurou-se compreender de forma mais ampla e circunstanciada o processo de (re) construo das identidades dos estudantes, imigrantes e dos descendentes destes no Rio de Janeiro. Tais mudanas mostraram-se mais visveis nos convvios sociais em que os grupos cabo-verdianos participam em diferentes espaos sociais desta cidade, nas prprias residncias, nas sedes de associaes, as quais participam, no s cabo-verdianos, mas, tambm, alguns brasileiros e outros africanos. Nestes convvios, notam-se diferenas de relacionamento entre eles, estruturam-se em pequenos grupos, ocorrendo uma intensificao das aproximaes identitrias e representacionais. As mudanas que foram observadas superficialmente entre os estudantes so, por conseguinte, mais intensas entre os cabo-verdianos imigrantes, em virtude do maior tempo e freqncia cotidiana da comunicao e da troca de experincias com mais variados estratos da populao brasileira, o que se aproxima a uma autntica fuso cultural. No obstante, constatou-se que, nesse processo, a comunidade imigrante perdeu alguns elementos importantes da cultura cabo-verdiana, o principal dos quais foi a lngua crioula. A perda do crioulo representa uma descontinuidade na reproduo da identidade cabo-verdiana pelos imigrantes no Brasil. Nesse sentido, os brasileiros filhos de pais cabo-verdianos no tiveram acesso a esse poderoso instrumento de comunicao e de preservao da cultura cabo-verdiana. Esses cabo-verdianos imigrantes consideram-se bem sucedidos e avaliam positivamente a sua trajetria de vida enquanto imigrantes no Brasil. De igual modo, os estudantes se consideram realizados, devido oportunidade de estudar no Brasil, o que representa a concretizao de um desejo coletivo, uma vez que a instruo escolar amplamente valorizada no pas de origem.

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Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma histria da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da histria e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma histria da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma histria, como professores, pesquisadores e alunos.

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Esta dissertao parte integrante da linha de pesquisa Currculo: sujeitos, conhecimentos e cultura e do grupo de pesquisa Currculo, cultura e diferena coordenado pela professora doutora Elizabeth Fernandes de Macedo. Em minha pesquisa, investiguei os currculos destinados s Salas de Leitura, espaos destinados promoo de leitura existentes nas escolas regulares do Municpio do Rio de Janeiro desde 1985. A partir de anlise de documentos curriculares que orientam este programa e do contato com professores que l atuam ou atuaram, a presente pesquisa visou buscar uma melhor compreenso do que hoje o programa Sala de Leitura. Para tanto, busquei retratar como estas Salas de Leitura nasceram nos Centro Integrados de Educao Pblica (CIEP), como se expandiu a toda Rede Municipal de Ensino e como se apresentam no Ncleo Curricular Bsico Multieducao (proposta curricular que esteve vigente na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro de 1996 a 2009). Para ento entender e retratar os movimentos de sua construo, a pesquisa foi organizada com base na anlise documental das resolues e portarias que a Sala de Leitura recebeu ao longo de sua histria. Neste sentido, voltei minha ateno para algumas das mudanas pelas quais as Salas de Leitura passaram, buscando a partir dos documentos citados, investigar tais modificaes a fim de evidenciar as articulaes polticas que a constituram e como tais modificaes mexeram e mexem nas atuaes docentes que modelam estes mesmos espaos. A partir do que foi pesquisado, busquei ento enunciar a produo e vivncia dos currculos da Sala de Leitura. Embasada em discusses ps-estruturais do campo do currculo, interpretei e analisei tais currculos enquanto criaes e enunciaes contnuas de sentidos. Com esta perspectiva, operei com a idia de um currculo que se constitui continuamente, o que possibilitou a problematizao acerca da to cara dicotomia currculo vivido e escrito, que embora parea uma distino superada, esta se fez presente nos cotidianos escolares com os quais tive contato durante a pesquisa de campo. Aps a discusso terica e anlise dos currculos que norteiam o funcionamento da Sala de Leitura, optei por entrevistar atores envolvidos com tal espao a fim de entender suas leituras a cerca dos movimentos vivenciados em sua constituio. Neste sentido, realizei observao em uma Sala de Leitura por quase dois anos, com o intuito de estar presente em tal universo. Em meio a tantas vivncias e experincias que modificaram e nortearam a escrita desta dissertao, trago por fim os dados da empiria que sustentam minhas anlises e que evidenciam que os docentes da Sala de Leitura, ainda que no reconheam, produzem currculos outros para alm dos currculos prontos que chegam s suas salas de aula.

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O Instituto Superior Tecnolgico do Rio de Janeiro (IST-Rio) serviu de lcus para a concretizao deste trabalho, que traz o relato de uma realidade institucional vivenciada por uma comunidade educacional que incorporou em seu projeto pedaggico humanidades dentro da perspectiva de uma formao tecnolgica. O trabalho foi realizado utilizando como base a Teoria Crtica, aplicada ao universo da educao pblica superior e focada nos jovens de classe popular oriundos da Cidade do Rio de Janeiro. A caminhada, turbulenta e ao mesmo tempo repleta de desafios, culminou em conquistas importantes, resultantes do esforo de uma equipe que acreditava nas mltiplas possibilidades de concretizao de um projeto comprometido com a formao tecnolgica na rea de cincia da computao a partir da construo de um currculo integrado que contemplasse as disciplinas da rea tcnica e no deixasse de privilegiar a formao humanstica, to importante para a vida cidad. Um projeto que ao mesmo tempo tivesse o olhar pedaggico para a construo de suas prticas e a gerncia democrtica significativa para a necessria consolidao de um novo estilo de convivncia. Os resultados foram significativos e representaram avanos para as vidas dos docentes e discentes, alm de profundas mudanas na maneira de consolidar o conhecimento, o que alavancou o desenvolvimento de um sentimento institucional capaz de proporcionar a construo de uma proposta de poltica pblica para a ampliao da formao tecnolgica em todo o Estado do Rio de Janeiro, apropriando um projeto inovador, criativo e humano.

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Este trabalho analisa as perspectivas e limites das polticas pblicas voltadas coleta seletiva no que toca as cooperativas de catadores e sua eficcia socioeconmica, apontando oportunidades, dificuldades e possibilidades de mudanas. Analisamos especificamente a Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), Lei n. 12.305/2010. Para tal, primeiramente, apresentamos o esquema terico utilizado para interpretar e discutir as polticas pblicas e o policy-making process a partir de trabalhos de autores da rea da Cincia Poltica. Posteriormente procede-se anlise dos contextos social, econmico, poltico e histrico em que foram criadas as principais polticas pblicas ambientais no perodo 1930-2010, procurando demonstrar a passagem na construo de polticas pblicas ambientais, identificando aspectos bsicos que evoluram em cada poca pesquisada. Em seguida, realizamos uma anlise sobre a PNRS e de polticas de coleta seletiva, particularmente no mbito do municpio do Rio de Janeiro, por meio de indicadores estatsticos obtidos junto aos rgos governamentais e de associaes privadas especializadas, alm de documentos normativos e programas pblicos. Aps, realizamos pesquisa de campo junto aos gestores de cooperativas a fim de investigar a percepo dos mesmos sobre as polticas pblicas, o cenrio, as positividades e negatividades da coleta seletiva, e a interpretamos a partir da Anlise do Contedo. Enfim, apresentamos uma interpretao, que aponta a PNRS como uma poltica pblica que traz instrumentos que no so percebidos em sua totalidade pelos atores envolvidos, o que implica na sua no pactuao e, por consequncia, na no utilizao plena das vantagens induzidas pela poltica. A pesquisa de campo junto aos gestores indica que os mesmos tm pouco conhecimento sobre o contedo da PNRS, mas sabem todo o processo tcnico da coleta seletiva e da gesto dos resduos. O cenrio envolto s cooperativas compreende aspectos que dificultam o trabalho das cooperativas, a exemplo: o baixo valor de venda dos materiais; a falta de logstica adequada; a insuficincia de materiais bsicos e infraestrutura produo; a concorrncia com atravessadores; a dificuldade em manter e em aumentar o nmero de cooperados. Entretanto, h aspectos positivos como: a cultura da partilha e solidariedade; a preocupao com os cooperados; a melhora efetiva da renda; o aumento do volume de materiais para a produo, mas principalmente a visibilidade das cooperativas de catadores no sistema poltico da gesto pblica. O estudo traz sugestes para novas pesquisas, como categorias analticas novas como processo de pactuao de polticas pblicas e desamparo estrutural, assim como indaga os impactos da tecnologia, a burocracia e a participao pblica e poltica das cooperativas no sistema poltico e no processo decisrio. Por fim, situamos que, ainda que saibam a tecnicidade do processo, as cooperativas apresentam conjuntura de desamparo estrutural, que compreende aspectos socioeconmicos e poltico-institucionais, alm de que esto em um ambiente que mais dificulta do que facilita o desenvolvimento de seu trabalho. A PNRS, por efeito, no pactuada plenamente por todos os atores e, logo, perde a capacidade de incluso social, por ter o distanciamento entre os gabinetes dos formuladores da poltica e os galpes da cooperativa.

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Este trabalho tem como objetivo interpretar o fenmeno poltico expressado por Tenrio Cavalcanti - poltico popular que atuou fundamentalmente em reas perifricas e pobres da cidade e do estado do Rio de Janeiro entre as dcadas de 1930 e 1960. Pretendo mostrar a narrativa, os smbolos e os cdigos culturais que construram a sua imagem pblica e como a sua atuao marcou a dinmica e a estruturao do campo poltico do Rio de Janeiro. A pesquisa baseia-se, fundamentalmente, no jornal Luta Democrtica, entre os anos de 1954 e 1964, e nos seus discursos pronunciados na Cmara dos Deputados, entre 1951 e 1964. A partir da anlise das fontes procuro mostrar de que maneira os elementos que constituem o fenmeno servem como ferramenta analtica para compreender melhor a construo de identidades sociais, os mecanismos de representao poltica, a forma como foram percebidos os processos de incluso e excluso social, assim como os conflitos sociais daquele perodo.

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Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio, que se apoiou na estatstica descritiva para abordagem dos resultados produzidos. Tem como objeto as iniciativas para segurana do paciente, implementadas pelos gerentes de risco em hospitais do municpio do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo: analisar as iniciativas implementadas pelos gerentes de risco para garantir a segurana do paciente, considerando as iniciativas nacionais e mundiais existentes. Foi desenvolvido em cinco hospitais do Rio de Janeiro, com quatorze gerentes de risco. A tcnica utilizada foi a aplicao de um questionrio semiestruturado, composto por questes fechadas e abertas sobre as iniciativas para segurana do paciente. Foi verificado que todos realizam atividades voltadas para educao continuada. As menos desenvolvidas so aes de tecno, hemo e farmacovigilncia (29%). A maioria informou que se orienta pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, assim como implementa quatro programas para segurana do paciente: a identificao dos pacientes (100%), seguida da assistncia limpa uma assistncia mais segura (86%), controle de infeco da corrente sangunea associada ao cateter (64%) e cirurgia segura, salva vidas (64%). A maior parte dos gerentes de risco desconhece os cinco protocolos operacionais padronizados da Joint Comission on Acreditation of Healthcarecare Organizations e o contedo da campanha dos 5 milhes de vidas do Institute for Healthcare Improvement. Os eventos adversos cujo monitoramento prioritrio para os gerentes de risco, so queda do leito (43%) e infeces (36%). A maior parte deles (57%) informa utilizar a anlise de causa raiz e anlise do modo e efeito da falha como ferramentas de monitoramento de eventos adversos. Conclui-se que grande parte das iniciativas para segurana do paciente so implementadas pelos gerentes de risco, o que vai ao encontro do que sugerido atualmente, no entanto as iniciativas mais citadas so as iniciativas j divulgadas pelas instituies de referncia para segurana do paciente, e que exigem poucos investimentos para serem implementadas, logo essencial mais aes de capacitao dos gerentes de risco e de desenvolvimento de uma cultura de segurana no ambiente hospitalar.

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A indstria farmacutica, de um modo geral, manipula substncias txicas, desenvolve atividades utilizando como matria-prima um dos maiores bens da natureza, que a gua. Enfim, para produzir o medicamento em benefcio do homem deixa como conseqncias, impactos ambientais considerveis. Pretende-se mostrar que o segmento em questo, apesar de buscar se adequar s normas legais, como as da vigilncia sanitria, ele muito centrado na qualidade do produto, em detrimento dos aspectos ambientais, ainda que tendo disponvel uma importante ferramenta para tal: A certificao de Boas Prticas de Fabricao (BPF) dos produtos farmacuticos. A escolha do local da pesquisa foi o estado do Rio de Janeiro, por ser este, entre outros aspectos, um stio onde historicamente se localizam empresas deste setor. O Rio de Janeiro e So Paulo so estados que congregam o maior nmero de fabricantes de medicamentos do pas. Identificadas as indstrias foi realizado um levantamento para selecionar um grupo de empresas com caractersticas semelhantes. Como as grandes empresas deste segmento so dotadas de estrutura adequada implantao de sistema de gesto ambiental, elas ficaram fora deste escopo. Tambm ficou fora da pesquisa o grupo formado por empresas que importam, embalam, comercializam, mas no fabricam os medicamentos e os produtores de fitoterpicos e veterinrios. O resultado da pesquisa foi que as empresas privadas com nmero de empregados entre 50 e 500 e todas as pblicas tm deficincia para atender aos requisitos ambientais legais, em outras palavras, as questes ambientais ficam restritas a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA / RDC-306) e aos processos de obteno de licenas junto a Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA). Apenas uma dentre s vinte e oito pesquisadas tem Sistema de Gesto Ambiental SGA implantado. Como todos os fabricantes de medicamentos tm que cumprir as exigncias da RDC-210, para obterem o Certificado de BPF e os registros dos medicamentos, assim eles j possuem a cultura, parte dos requisitos e a ferramenta necessria implantao de um SGA de acordo com padres voluntrios como a NBR ISO 14001 (2004). Para comprovar tal evidncia, o estudo apresentou o caso de uma empresa pblica dotada de caractersticas inovadoras e cultura diferenciada, porque agrega colaboradores advindos de laboratrios privados. Tal empresa fabrica exclusivamente vacinas, biofrmacos e reativos, sendo uma grande exportadora, sujeita fiscalizao internacional, como por exemplo, a da Organizao Mundial da Sade (OMS). Conclui-se que as empresas priorizam as questes da ANVISA e as ambientais precisam ser monitoradas e mitigadas. Um Plano de Ao para melhorias ambientais, visando implantao de um SGA e a obteno de um diferencial competitivo pode ser adotado, atravs da estrutura existente por fora das exigncias da ANVISA a qualquer empresa do setor farmacutico

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Este estudo contempla a implementao da Poltica Nacional de Humanizao no Hospital da Lagoa, unidade hospitalar sob gesto do Governo Federal, situada no Municpio do Rio de Janeiro. A escolha do Hospital da Lagoa baseou-se na tradio dessa unidade em implantar aes e atividades inovadoras com vistas melhoria da qualidade da assistncia e, tambm, pela proximidade que a pesquisadora desenvolveu com a instituio ao longo de sua vida profissional. Foi privilegiada a perspectiva dos gestores da instituio quanto experincia de Humanizao, iniciada em 2003 e ainda em curso. De acordo com a poltica, entende-se por humanizao a valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade: usurios, trabalhadores e gestores. Como estratgia de mudanas, a humanizao orienta-se por trs princpios: a transversalidade; a estreita vinculao entre a ateno e a gesto em sade; e a autonomia e protagonismo dos sujeitos nos processos de trabalho. Em se tratando de um estudo de caso, a metodologia do trabalho observou a triangulao, combinando anlise documental, observao participante e realizao de entrevistas semi-estruturadas com 17 gestores, de diversas categorias profissionais e diferentes nveis de chefia. A anlise dos dados revelou a existncia de muitos obstculos a serem transpostos para a institucionalizao da poltica. Entre estes, foram apontados pelos entrevistados: a fragilidade da poltica de humanizao e a prpria cultura organizacional instituda. Nesta, segundo os entrevistados, se localizam os entraves gesto do trabalho: dificuldade na formao de equipes multiprofissionais, desconsiderao com a sade do trabalhador e inoperncia do Colegiado de Gesto Participativa local. Embora tenham sido indicados aspectos favorveis ao processo, ao final do trabalho de campo ainda no tinham sido implantados todos os dispositivos preconizados pela Poltica Nacional de Humanizao. Ademais, os esforos para sua implementao passaram a concorrer com o a implantao de um programa de acreditao hospitalar, pactuado com o Ministrio da Sade.